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A Praça Charles Miller e o Museu do Futebol, ambos no complexo do Estádio do Pacaembu, na capital paulista, sediam, a partir de hoje (8), uma feira de rua totalmente voltada aos livros. Participarão 120 editoras, livrarias e instituições ligadas ao livro e à leitura. O evento, gratuito, ocorrerá até o próximo domingo (12). 

Entre os escritores convidados, estão Djamila Ribeiro, Drauzio Varella, Ailton Krenak e Mia Couto, que participarão de mesas literárias no auditório Armando Nogueira, no Museu do Futebol. A feira é organizada pela Associação Quatro Cinco Um, instituição sem fins lucrativos voltada para a difusão do livro no Brasil, e pela empresa Maré Produções.

A abertura ocorre hoje, às 15h, no Palco da Praça, com o slam (competição de poesias faladas) do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos. Às 19h, Lilia Schwarcz e Mia Couto conversam sobre a presença dos livros em praça pública. Amanhã, a programação de debates começa às 10h, com Ailton Krenak e Yussef Campos. A programação completa do evento pode ser conferida aqui

Parte das exposições do Museu do Futebol permanecerá aberta para visitação durante todos os dias da Feira do Livro, das 9h às 18h, com entrada permitida até as 17h, com ingressos a R$ 10. A feira do livro ocorre hoje, das 15h às 21h; e de quinta a domingo, das 10h às 21h.  

(Fonte: Agência Brasil)

A 52ª edição do Festival de Inverno de Campos do Jordão, cuja programação foi divulgada, nesta terça-feira (7), pelo governo de São Pauolo, homenageará o centenário da Semana de Arte de 1922. O município, que fica na Serra da Mantiqueira, atrai milhares de turistas, especialmente neste período do ano, por suas belas paisagens e baixas temperaturas.

O festival começa em 2 de julho e terá 84 concertos de música clássica ao longo do mês, além de outras atividades artísticas e pedagógicas.

“Estamos conseguindo manter a chama do festival acesa, vencendo também a questão da pandemia, e conseguindo ampliar e diversificar o festival, tornando-o mais relevante do ponto de vista da formação de público, da divulgação da música clássica, da formação de jovens, por meio do projeto pedagógico, do incremento do turismo, enfim todos os aspectos positivos que o festival traz”, destacou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão.

As atividades são 90% gratuitas e distribuídas em cinco locais de Campos do Jordão: Auditório Claudio Santoro, no Parque Felicia Leirner, com apresentações de sexta a domingo; auditório do recém-inaugurado Parque Capivari, com concertos aos sábados e domingos; Palácio Boa Vista, com atrações na Capela de São Pedro; um palco externo, também aos sábados e domingos; e Igreja de Santa Teresinha, no centro da cidade, às sextas-feiras. Também haverá apresentações na Sala São Paulo, na capital paulista.

O tema do festival é Modernos Eternos, inspirado no poema Eterno, do livro Fazendeiro do Ar, de Carlos Drummond de Andrade. “Teremos compositores modernistas, claro, hoje todos eles eternizados por sua obra, mas também teremos músicas de todos os períodos e vertentes do repertório clássico e popular”, informou o diretor artístico da Fundação Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Arthur Nestrovski. A Osesp é uma das organizadoras do evento, promovido pela Prefeitura de Campos do Jordão.

A programação apresentará um panorama do Modernismo internacional, com obras sinfônicas e camerísticas de compositores como Igor Stravinsky, Béla Bartók, Manuel de Falla, Sergei Prokofiev, Silvestre Revueltas, Paul Hindemith, Bohuslav Martinů e Heitor Villa-Lobos, brasileiro que participou da Semana de 1922. O evento também lembra o bicentenário do romântico belga César Franck e o centenário do vanguardista brasileiro Gilberto Mendes.

Módulo pedagógico

Ao longo do festival, 142 alunos e 52 professores participarão do módulo pedagógico, com mais de mil horas-aula. Entre os professores, nomes de destaque no cenário musical internacional: o violoncelista Leonard Elschenbroich e o pianista Alexei Grynyuk. Estudantes e professores formarão a orquestra do festival que se apresentará sob regência do brasileiro Marcelo Lehninger, do turco Çem Mansur e do inglês Neil Thomson.

Uma das atrações será a entrega do Prêmio Eleazar de Carvalho, cujo nome homenageia o maestro criador do festival. O músico vencedor vai receber uma bolsa de US$ 1,4 mil por mês para estudar por até nove meses em uma instituição estrangeira, a ser escolhida pelo premiado. Também serão cobertas as despesas de viagem entre o Brasil e o exterior.
Outros músicos que se destacarem poderão ser premiados com bolsas na Academia de Música da Osesp.

Mais informações estão disponíveis no site do evento. 

(Fonte: Agência Brasil)

Mesatenistas do Fórum Jaracaty participaram, no último fim de semana, dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs). Ao todo, sete atletas do projeto competiram representando suas respectivas escolas, no Clube Independente, Parque Atenas. Esta edição dos JELs ocorre sempre aos fins de semana, neste mês de junho.

Os jogos foram divididos em duas categorias: por equipes e individuais. Na categoria por equipes, Naerlison Mendes, Juan Ramos e Júlio César Valentim levaram o primeiro lugar no Infanto Masculino (15 a 17 anos), pelo Centro Educacional Benedito Leite (antiga Escola Modelo).

Na categoria individual, Paola Morais conquistou o primeiro lugar no Infanto Feminino (15 a 17 anos), pela Unidade Escolar Alberto Pinheiro, e Ingrid Saraiva garantiu o segundo lugar na mesma categoria. Entre os meninos, Naerlison Mendes saiu em primeiro lugar e Juan Ramos, em terceiro.

Os bons resultados são frutos da dedicação de alunos e professor. Antônio Ferreira, técnico do tênis de mesa do Fórum Jaracaty, destaca que a ampliação dos horários de treinos tem sido um dos fatores essenciais para o bom desempenho dos atletas. “É uma equipe que sempre se dedica nos treinos e nos campeonatos, mas percebemos que esta adaptação nos horários deu um salto no desempenho deles. O que é ótimo, tendo em vista que o ano ainda deve trazer importantes campeonatos para os atletas”, disse.

O próximo desafio da equipe de tênis de mesa do Fórum Jaracaty será a terceira etapa do TMB Estadual. Os JELs são organizados pela Secretaria Municipal de Desportos e Lazer (Semdel) e reúne 57 escolas das redes pública municipal, estadual e privada de São Luís.

O Fórum Jaracaty é um projeto patrocinado pelo governo do Estado e pela Equatorial Maranhão, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, e está presente no Jaracaty há quase duas décadas, ofertando modalidades esportivas às crianças e jovens da comunidade do Jaracaty e bairros adjacentes, além de cursos e brinquedoteca para a comunidade em geral.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Uma das principais obras da história de Timon já é realidade. Foi assinada, nessa segunda-feira (6), a ordem de serviço dos trabalhos de drenagem e urbanização do Grotão do Pedro Patrício. O antigo anseio da população só foi possível graças a uma emenda parlamentar do deputado federal Juscelino Filho (União-MA), da ordem de R$ 10 milhões. Além dele e de centenas de pessoas, participaram da solenidade a prefeita Dinair Veloso, o senador Weverton, o ex-prefeito Chico Leitoa e outras lideranças do município e da região.

“Estou muito feliz de realizar esse sonho de Timon, uma demanda que foi trazida pela prefeita Dinair logo no início de sua gestão. Tive a oportunidade de ir ao local, conhecer de perto o problema, conversar com os moradores e correr atrás dos recursos. O que começou como uma vala foi aumentando a cada ano. Famílias perderam suas residências, estruturas de escolas e unidades de saúde foram comprometidas. Mas tudo isso é passado. E essa é apenas uma das ações que temos tido na cidade”, afirmou Juscelino Filho.

A prefeita Dinair Veloso fez questão de enaltecer a importância das obras e o empenho do deputado. “Trata-se de um marco para o desenvolvimento e para a melhoria da qualidade de vida de milhares de timonenses. É uma antiga reivindicação que está sendo possível realizar graças ao deputado Juscelino, que mostra, mais uma vez, que é de palavra e alguém com quem podemos contar sempre. É assim, com importantes parcerias, que seguiremos trazendo melhorias para a nossa Timon”, disse.

Felicidade e gratidão

No Bairro Pedro Patrício, a população é só alegria. “Eu tenho 28 anos. Desde a minha infância, eu conhecia essa grota, o buraco foi só aumentando. Quero agradecer a todos que correram atrás, que olharam por nós. Ficamos muito felizes em saber que não estamos sozinhos”, frisou a moradora Joaquina Soares. Eliane Pereira, que também reside na localidade, comemorou: “É um sonho ver uma rua aqui e não mais esse grotão. Vai ser realizado, com fé em Deus”.

As obras do grotão vão beneficiar cerca de 25 mil pessoas, nos bairros Pedro Patrício, São Marcos, Planalto Formosa e Parque Aliança. Os trabalhos preveem 3 mil metros de galerias, terraplanagem, 6 quilômetros de pavimentação em bloquetes, 3 mil metros de calçadas e 12 mil metros de área com drenagem, meio-fio e sarjeta. No total, serão 31 ruas estruturadas. “É uma intervenção complexa e emblemática, que vai não apenas urbanizar a região, mas também salvar vidas”, observou o deputado Juscelino Filho.

Parceria em prol de Timon

O deputado federal Juscelino Filho lembrou que as obras do Grotão do Pedro Patrício são apenas um dos frutos da parceria com a prefeita Dinair Veloso. “Desde o ano passado, o que fizemos foi construir uma parceria com esse grupo, com essa gestão, que, acima de tudo, se preocupa com cada morador. Temos tido a oportunidade de ajudar o município com recursos, benefícios, obras de infraestrutura, na área da saúde, educação. Vamos continuar usando o nosso mandato em Brasília para unir forças e buscar as soluções dos problemas”, prometeu.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Um dos antebraços é colocado à frente do corpo, na horizontal. O outro antebraço, sobre ele, traça uma linha diagonal. Este é o sinal, em língua brasileira de sinais (Libras), do Museu do Amanhã, localizado no centro da cidade do Rio. É com a apresentação desse sinal que começou a visita mediada ao museu, destinada aos estudantes do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), na última sexta-feira (3). A visita faz parte do projeto Entre Museus Acessíveis, que tem como objetivo promover o acesso à cultura de forma inclusiva. 

Os visitantes não só percorrem o museu e todo o acervo interativo, como debatem, em Libras, a importância do que estão conhecendo e de que forma esse conteúdo se relaciona com a própria vida. “Este é o Museu do Amanhã. O que é esse amanhã? Quando a gente fala amanhã, isso não significa apenas o dia, tem, outro conceito. É fazer uma reflexão sobre o futuro”, diz o educador do Museu do Amanhã, Bruno Baptista, que conduz a visita. Ele foi também aluno do Ines. Os estudantes logo sinalizam em resposta ao que acreditam ser importante nesse amanhã: “Amazônia”, “Florestas”, afirmam. “É um pouco disso tudo que vamos ver aqui hoje”, diz Baptista.

O projeto Entre Museus Acessíveis começou no dia 18 de maio, que é o Dia Internacional dos Museus, e segue até novembro deste ano. O foco é em visitantes com deficiência visual e em surdos. Por enquanto, fazem parte do projeto o Museu do Amanhã, com visitas mediadas às sextas-feiras, e o Museu da República, localizado no Catete, zona sul do Rio, com visitas às quartas-feiras.

A gerente de Educação do Museu do Amanhã e responsável pelo projeto, Camila Oliveira, explica que oferecer visitas mediadas não é apenas proporcionar uma tradução. “Estamos oferecendo acessibilidade atitudinal, ou seja, acessibilidade relacional. A gente trabalha com objetos mediadores para que esses conceitos possam chegar não só pelo fato de eu dizer o que tem aqui, mas de experimentar o que tem aqui”, diz.

Durante a visita, Bruno Baptista compartilha um pouco da própria vivência. Ele conta que já teve ouvintes que se assustaram quando ele disse que era surdo. “Como você se sentiria? Eu sou surdo e estou aqui trabalhando, tenho orgulho. É melhor quando há interação. Vejam a Camila, ela é gerente e está aqui aprendendo Libras. Ela vai evoluindo todos os dias”, afirma aos visitantes, que respondem com aplausos.

Acessibilidade nos museus

Além de Baptista, os visitantes são acompanhados pela educadora do Museu Eduarda Emerick. Duda, como prefere ser chamada, é a primeira bióloga cega formada no Brasil. “Tem sido uma experiência maravilhosa. Eu gosto muito de estar em contato com pessoas diferentes e com diferentes questões”, diz. Ela, inclusive, está aprendendo Libras e também sinaliza para os visitantes.

Segundo a educadora, que já trabalhou em mais dois museus na cidade, a acessibilidade é ainda um problema. “Os museus em si trazem essa dificuldade por terem muito acervo disposto em vitrines ou exposições de arte que, geralmente, são quadros ou esculturas, algo em que não se pode tocar. É importante que a gente entre em contato com o setor educativo dos museus, antes da visita, para ver se tem alguém que pode nos receber. É muito importante ter a figura do mediador”.

No Brasil, de acordo com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 24% da população têm alguma deficiência. A acessibilidade aos museus para todas as pessoas está prevista no Estatuto de Museus, Lei 11.904/2009.

Colocar isso em prática é ainda um desafio. Segundo Camila, a acessibilidade plena a museus passa pela necessidade de superar várias barreiras, entre elas a arquitetônica, uma vez que muitos edifícios são antigos e têm limitações para reformas.  “A gente pensa muito em acessibilidade arquitetônica, com elevador, rampa. Mas, e para essa pessoa chegar até aqui? Ela vai ter acesso ao conteúdo que está sendo colocado, que tipos de acesso essa pessoa vai ter?”, questiona a gerente.

Além dos prédios, há ainda a necessidade de formação de equipe para receber pessoas com deficiências. “Eu preciso ter, pensar em uma formação de público e entender por que é tão importante essas pessoas visitarem os museus. A importância não está necessariamente em conhecer o museu. A gente tem percebido muito nesses encontros que não é só sobre os conteúdos dos museus, mas a capacidade de relação que essas pessoas muitas vezes são limitadas a ter”, diz Camila.

O projeto é um passo na direção de maior acessibilidade. De acordo com Camila, a intenção é ampliar a mediação nos museus para incluir outras deficiências e outros museus no circuito.

Do museu para a sala de aula

Na última sexta-feira, os estudantes do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) deixaram o Museu do Amanhã empolgados. “Eu aprendi muito, estou pensando em como ajudar, como ensinar, como desenvolver para o futuro”, afirmou a estudante do 7º ano Vitória Silva.

O que os estudantes aprenderam no Museu do Amanhã será levado para debate em sala de aula. “A gente recolhe um pouco desse material antes da visitação para que os alunos, quando vierem, tenham conhecimento do que vão encontrar. E não paramos por aqui. Pegamos todo esse trabalho e levamos para dentro da sala de aula a fim de trabalhar, de modo interdisciplinar, de modo que assegure melhor conhecimento”, diz o coordenador do Ines, Sidnei Reis, que acompanhou a visita.

Além do conteúdo que aprenderam, ficou também o exemplo de Baptista, conhecido como Tubarão. “Estou vendo o Tubarão como mediador e como ele consegue fazer esse trabalho. Estou olhando para ele e me vendo também como futura mediadora. Estou estudando, quero me desenvolver, conseguir me formar para, no futuro, trabalhar igual ao Tubarão”, afirma a estudante do 8º ano Isadora Carvalho.

O projeto de mobilização social e cultural Entre Museus Acessíveis é um desdobramento do programa Entre Museus, promovido pelo Museu do Amanhã desde 2017, em conjunto com mais de 20 museus do Rio de Janeiro. O programa é voltado para capacitar e incluir a população local na fruição cultural, incentivando-a a entrar no mundo da ciência, das artes e da cultura e, assim, construir e expandir caminhos para a cidadania plena.

O Entre Museus Acessíveis conta com patrocínio da Fondation Engie e convida pessoas com deficiência visual e a comunidade surda a ocuparem a cidade e os museus. As pessoas e instituições interessadas em fazer agendamentos para grupos de 15 a 20 pessoas podem solicitar pelo e-mail [email protected].

Além das visitas semanais no Museu do Amanhã e no Museu da República, há, no último sábado do mês, um trajeto de bicicleta pela orla, com educadores e intérpretes de Libras e bicicletas adaptadas, além de instrutores, para o público com deficiência visual. O passeio é oferecido, preferencialmente, para os participantes das visitas mediadas daquele mês, mas, em caso de disponibilidade, poderá ser realizada com outros grupos. 

(Fonte: Agência Brasil)

Que Baleia é essa

Para comemorar os 204 anos do Museu Nacional, instituição museológica e de pesquisa mais antiga do país, foi aberta, nesta segunda-feira (6), a exposição Que baleia é essa?, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. A sede do Museu, o Palácio Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, foi destruído por um incêndio no dia 2 de setembro de 2018.

A exposição traz um esqueleto de baleia-cachalote - Physeter macrocephalus - com 15,7 metros de comprimento, além de um modelo tátil da baleia em miniatura e textos explicativos sobre o exemplar e hábitos da espécie e de outros cetáceos. O objetivo é aproximar o público do Museu Nacional e trabalhar com as escolas a educação ambiental e a biologia, com visitas agendadas.

A curadora da exposição, Juliana Sayão, que é bióloga e pesquisadora do Museu Nacional, entidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca que a aquisição é fruto da campanha #Recompõe, iniciada no ano passado para ajudar a recompor o acervo do museu, que tem foco na história natural.

“Essa baleia é a primeira peça de grande porte que o museu recebe. A gente monta aqui para que o público já tenha um gostinho do que ele poderá ver quando o museu abrir suas novas exposições. A nossa ideia é que a baleia fique no hall de entrada, ao lado da escada monumental, que é a peça arquitetônica mais icônica do Museu”.

De acordo com a curadora, a campanha já arrecadou cerca de mil peças de cunho expositivo e científico. A recomposição do acervo vai buscar novas abordagens de pesquisa.

Baleia-cachalote

O esqueleto foi montado no segundo pavimento do foyer da sala de concertos da Cidade das Artes. Trata-se de um macho adulto com cerca de 80 toneladas, que encalhou na Praia de Curimãs, no município de Barroquinha (CE), em janeiro de 2014, ainda vivo, mas não resistiu, sendo enterrado no local.

A montagem da exposição foi financiada pelo governo da Alemanha, que aportou 24 mil euros para os cuidados necessários e transporte da ossada. A peça ficará exposta no local pelos próximos dois anos, com visitação às terças e quintas-feiras das 10h às 18h e aos sábados 10h às 16h, mediante agendamento prévio pelo e-mail[email protected].

A bióloga Juliana Sayão explica que a cachalote emite um dos sons mais altos do reino animal, chegando a 197 decibéis, e é o maior animal carnívoro que existe atualmente, se alimentando de grandes espécies que podem incluir lulas gigantes e até tubarões. A espécie pode chegar a 20 metros e é ficou muito conhecida por causa do livro Moby Dick, do escritor norte-americano Herman Melville.

O biólogo Antônio Carlos Amâncio, que coordenava a ONG que registrou a baleia encontrada junto ao Estado do Ceará e foi responsável pela montagem do esqueleto na exposição, explica que o estado de conservação do animal estava muito bom, com 96% da estrutura óssea preservada após a recuperação, feita seis anos após a baleia ter sido enterrada.

“A primeira exposição dela ao público vai ser agora. O esqueleto passou um ano sendo preparado até estar pronto para se fazer a montagem final. Por ser um museu de história natural, é muito comum ter esqueletos, animais de taxidermizados. O Museu nacional tinha um esqueleto de baleia em sua exposição e que, infelizmente, se perdeu no incêndio. Houve a necessidade de ter a reposição de um animal dessa magnitude, de um bicho grande de mais de 14 metros para recompor essa exposição.”

Reconstrução do Museu Nacional

Antes da visita à exposição, a diretoria do Museu Nacional atualizou o andamento da reconstrução da instituição, em entrevista coletiva. De acordo com o diretor do Museu, Alexander Kellner, até o momento foram arrecadados cerca de 60% do valor estimado que será necessário para a reconstrução do Palácio, do total de R$ 380 milhões.

“O grande problema é que, para começar as obras, tem que planejar muito, a gente não sai construindo assim. E esse planejamento está enfocado na necessidade - que nós sabemos que teremos - que é de mostrar um museu superbacana, supermoderno, com a vertente histórica que queremos preservar. E isso demanda um certo planejamento. Queremos ser um museu de história natural e antropologia com vertente histórica, inclusiva, inovadora, sustentável”.

Kellner explica que o novo acervo foi dividido em quatro vertentes: histórica; meio ambiente; universo; e vida e diversidade cultural. Para montar uma exposição completa, são necessárias cera de 10 mil peças e o Museu Nacional conseguiu, até o momento, cerca de mil.

“Estamos em uma campanha bem complexa, que é obter novos exemplares para as nossas exposições e é fundamental que a gente entenda que temos que merecer este novo acervo. E nós só vamos merecer o acervo se  fizermos o nosso dever de casa, que é reconstruir o palácio com as melhores normas de segurança para pessoas e, também, para um novo acervo. Temos que mostrar o mundo que o Brasil aprendeu e que agora estamos unidos para reconstruir o primeiro museu brasileiro”.

Reconstrução

A coordenadora do projeto Museu Nacional Vive, Lúcia Bastos, apresentou o andamento da reconstrução e disse que a primeira parte da obra, que compreende a fachada principal e a cobertura do Palácio, será entregue a tempo das comemorações do bicentenário da Independência, em 7 de setembro.

“Concluímos uma etapa e depois vamos contratando, em paralelo, as obras para as outras fachadas, coberturas e esquadrias. O projeto da área interna ficando pronto em 2023. O projeto está sendo desenvolvido e já tem a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Então, isso é muito positivo”.

De acordo com ela, a Biblioteca está quase pronta, faltando apenas o sistema de ar condicionado, cujos recursos já foram conseguidos. Sobre o novo campus, para onde será transferida toda a parte de pesquisa do Museu Nacional, a área ainda está passando pelas obras de infraestrutura, mas já está em funcionamento no local a parte administrativa, para a qual foi construída um prédio modular provisório.

(Fonte: Agência Brasil)

A memória de povos indígenas, representada em mais de 40 mil objetos feitos de plumas, trançados, madeira e cerâmica no acervo etnográfico do Museu Nacional, não resistiu ao incêndio e ao desabamento do Palácio Paço de São Cristóvão, sede do Museu Nacional, em 2 de setembro de 2018. Mas, passados quase quatro anos da tragédia, a instituição comemora, nesta segunda-feira (6), 204 anos, em meio a um trabalho de reinventar como essas e tantas outras histórias devem ser reunidas, tratadas e contadas em futuras exposições, com reinauguração completa prevista para 2027.

Curador do acervo etnográfico, o antropólogo João Pacheco chama de depressão o sentimento que se seguiu ao incêndio, quando constatou que praticamente todas as peças de seu departamento tinam sido destruídas. “Existiam coleções históricas muito importantes, formadas ainda no Império, coleções formadas na República, por Marechal Rondon e Roquette Pinto. E também coleções mais recentes, feitas por vários antropólogos. Por mim, inclusive”.

Entre essas peças históricas, havia tesouros como uma máscara Tikuna desenhada por Jean-Baptiste Debret, durante a Missão Artística Francesa ao interior do Brasil, entre 1816 e 1831, e um escudo trançado Tukano descrito em 1861 pelo poeta Gonçalves Dias, que também se dedicou à etnografia.

Apesar da identificação dos dois artistas renomados que, de alguma forma, participaram do caminho feito por essas obras até chegar ao acervo, o Museu Nacional não sabia informar, por exemplo, quem foi o artesão responsável pelas peças, em que ano foram confeccionadas e como seus povos descreveriam a importância cultural e simbólica de cada uma. Pacheco diz que essa é a virada proposta para a nova coleção. "Não é questão de resgate, nem de reconstrução. É questão de renascimento. A nova coleção do Museu Nacional está surgindo de maneira muito diferente da antiga e muito mais adaptada aos padrões atuais de pensamento”, afirma o antropólogo.

Segundo Paheco, isso também garante um salto qualitativo para a produção científica. “As novas coleções estão sendo refeitas principalmente através do contato direto com os povos e comunidades indígenas. Nosso material é totalmente identificado pelos indígenas. Se tiver um colar, teremos o nome dele na língua indígena, as ocasiões em que ele é usado ritualmente, de que materiais ele é composto, e quem fez o objeto, quem foi o artesão e a comunidade que construiu, em que ano foi feito”.

O antropólogo explica que, além de recompor o acervo, o projeto visa trazer os indígenas para este processo e produzir resultados que levem um retorno a seus povos. Isso já está acontecendo em outro processo de aquisição de acervo, em que museus no Brasil e no exterior compartilharam com o Museu Nacional imagens de 12 mil peças de origem indígena brasileira que compõem suas coleções. É o caso de um manto sagrado Tupinambá, que foi levado para a Europa no fim do século XVI e está conservado há quase 500 anos. Ao obter imagens detalhadas dessa peça, o Museu Nacional as compartilhou com comunidades Tupinambás da atualidade, que passaram a trabalhar em reproduções e releituras da peça.

“Quando a gente manda esse material para os indígenas, cria-se uma conexão muito grande na cabeça deles, e o passado se junta com o presente deles. Eles podem começar a reproduzir a cultura material de um modo muito impressionante. Coisas que nunca viram e só ouviram os avós contarem, eles agora estão vendo. É uma iniciativa importante que está tendo repercussões na vida das comunidades”, acrescenta.

Ciência sobre o resgate

Paleontóloga e curadora da coleção de paleovertebrados, Luciana Carvalho foi uma das coordenadoras do trabalho de resgate no sítio arqueológico em que os escombros do palácio se transformaram. Entre as tantas espécies fossilizadas que faziam parte do acervo, uma trouxe um alívio especial à pesquisadora quando foi encontrada nas escavações. “São dois blocos de vértebras e ossos de um dinossauro do Maranhão que ainda estava sendo descrito, uma espécie nova. Por serem blocos muito grandes, eles não cabiam nos armários e ficavam apoiados no chão. Quando o museu desabou, esse material recebeu o peso dos três andares. Quando escavamos a sala, começaram a aparecer os blocos e pensamos que estava [tudo] destruído, mas não estava. Estava igual a antes, só com marcas de fuligem”, lembra Luciana.

Para a paleontóloga, o material ainda é capaz de revelar a espécie nova, ainda sem nome, por meio da pesquisa científica.

Os armários a que Luciana se refere garantiram que boa parte da coleção sobrevivesse, e o acervo dos paleovertebrados ocupa estantes em uma área de 100 metros quadrados na nova reserva técnica do museu. Na semana passada, começou a avaliação, peça por peça, de quais danos os exemplares sofreram e a contagem de quantos exatamente foram resgatados, já que muitos saíram dos escombros em gavetas retiradas diretamente dos armários soterrados. De acordo com Luciana, este é um trabalho longo, porque a coleção tinha 7,7 mil exemplares, que chegavam a ter 12 mil peças, se fosse contado separadamente cada osso de um fóssil, por exemplo.

“Vai ser avaliado qual peça ainda pode fazer parte da coleção e servir como estudo tradicional e qual peça foi perdida. Tem também um meio termo. São peças que, apesar de não poderem mais fazer parte de um estudo tradicional, como o de reconhecer uma nova espécie, servem como outro tipo de estudo. Elas nos ajudam a entender como é o processo de incêndio, o que acontece com essas peças, e como podemos evitar ou minimizar uma situação como essa”, ressalta a paleontóloga.

A busca de referências para o trabalho de resgate mostrou que as pesquisas podem ser extremamente relevantes, porque a equipe não encontrou trabalhos que tratassem de como recuperar o acervo após o incêndio em um museu tão diverso quanto o Museu Nacional, onde havia desde documentos até múmias egípcias e fósseis de dinossauros. As primeiras conclusões já foram publicadas em dois livros: 500 Dias de Resgate: Memória, Coragem e Imagem, voltado ao público em geral, e Depois das Cinzas: Conservação Preventiva das Coleções Recuperadas pelo Núcleo de Resgate de Acervos do Museu Nacional, destinado à comunidade científica, com o detalhamento de protocolos usados no resgate e na identificação e avaliação das peças. Tanto conhecimento adquirido inaugura no museu um campo de estudo para os pesquisadores da instituição.

“É o iniciozinho. A gente tem muita coisa para publicar, mas é o início dessa linha de pesquisa voltada para a compreensão do que é o incêndio em uma coleção, como atuar e como as peças agora resgatadas podem nos dizer e nos orientar em situações semelhantes”, conclui Luciana.

Expedições e doações 

Em uma visita ao Museu Nacional antes do incêndio, era impossível ficar indiferente à coleção de borboletas e mariposas, selecionadas em um acervo que contava com mais de 180 mil exemplares, reunidos desde o início do século XX. Considerado muito delicado, todo esse material estava armazenado no palácio e se perdeu.

A coleção era considerada referência para pesquisadores de todo o mundo, até pela biodiversidade da fauna brasileira. A bióloga Thamara Zacca lembra que chegou a fazer quatro visitas ao museu para completar a pesquisa de mestrado e doutorado em entomologia, o estudo dos insetos. Apaixonada pelo palácio e seu acervo, Thamara prestou concurso para ser professora da instituição no ano de 2018, mas a notícia de que o fogo havia destruído os exemplares que ela pretendia pesquisar causou desesperança.

“Quando vi o incêndio, eu pensei: ‘acabou qualquer sonho e chance de trabalhar no museu’. Eu estava fazendo um trabalho de campo, e uma amiga ligou e disse que o museu tinha pegado fogo. Eu fui atrás de um local que tivesse televisão para assistir e vi aquela cena. Na hora, é uma sensação de dor. Você não consegue entender o que está acontecendo. Passei um tempo sem conseguir falar sobre isso”, conta.

Thamara seguiu com sua pesquisa de pós-doutorado em São Paulo e até participou do trabalho de separação de 1.000 exemplares que a Universidade de Campinas doou ao Museu Nacional após o incêndio. No fim do ano de 2020, a bióloga foi surpreendida com a convocação no concurso que havia prestado antes da tragédia, e hoje ela é curadora da coleção de borboletas e mariposas do museu, tarefa que começou com o catálogo das peças que ela mesma havia ajudado a doar.

“É um trabalho de tentar não olhar tanto para trás e olhar o daqui para a frente. Os exemplares que existiam, por mais que se volte nessas áreas, não se consegue recompor. Então, é pensar em uma nova coleção”, diz ela. “Em 2018, houve essa primeira doação de 1.000 exemplares. Entre 2018 e dezembro de 2020, a coleção chegou a 2 mil exemplares. Com a minha chegada e, a partir de fevereiro de 2021, eu investi bastante em saídas de campo e coletas. Hoje, já estamos com quase 10 mil exemplares". 

A bióloga reconhece que o número é pequeno se comparado à imensidão do acervo anterior, mas destaca que representa um avanço importante. “É um número interessante e já permite começar a desenvolver algum tipo de pesquisa. Já temos exemplares de espécies não descritas pela ciência e espécies que não eram encontradas mais”.

Thamara lamenta que tenha que custear suas próprias expedições em busca de novos exemplares e conta com sete estudantes de graduação que se apresentaram como voluntários para ajudar no trabalho em seu laboratório, já que ainda não dispõe de bolsas de pós-graduação. “Já tirei muito dinheiro do meu próprio bolso, e não só eu. Vários pesquisadores fazem isso, porque, se não fizerem, não tem como fazer pesquisa”.

Mesmo assim, ela vê com otimismo o futuro da coleção e do museu. “Quando eu cheguei, fiz o cálculo de quantos anos eu precisaria trabalhar para ter aqueles 186 mil exemplares, e, obviamente, não me fez bem olhar dessa maneira”, pondera a bióloga, que usa o Instagram para divulgar o progresso do acervo sob sua curadoria. “Uma coleção biológica é mais do que números, é representatividade. Mesmo com 10 mil exemplares, ela abrange mais grupos de borboletas e mariposas do que tinha na coleção antiga. Então, meu foco é pensar na qualidade do material e pensar nas possibilidades de pesquisa com esse novo material”.

(Fonte: Agência Brasil)

E o domingo está aí na iluminação da LUZ CRIADORA. E há em tudo, encantadoramente, a festa de todas as emoções. O deslumbramento da paisagem. Por toda a parte a presença da VIDA, da vida em todas as suas manifestações de Amor, deste Amor que é fraternidade de espírito e noivado dos corações. Do amor que é uma sequência de obrigações e deveres. Do amor que é trabalho, que é luta, que também é desespero, e que também é renúncia.

Tudo tão edificante. Tudo extraordinariamente grandioso dentro de nós, dos nossos pensamentos criadores. A ideia se rebentando em LUZ numa explosão violenta de expansão, de conquistar domínios e de impor a grandiosidade de algo fulgurante e imorredouro.

São as impressões que surgem nesta manhã de sol, de fascinação de luz. E a vida lá fora na elaboração doutras vidas, na fermentação doutras emoções. E, como centro da paisagem geográfica e humana, a ILHA, a cidade, a terra berço, a terra túmulo. A terra do passado, do presente e a terra do futuro. A terra das tradições, de inteligência, de cultura, de talento. A terra fértil na fartura da expansão cultural de seus filhos ilustres. Os que ficaram, os que ainda vivem, os que ainda trabalham, os que ainda produzem.

Tudo tão grandioso diante do colunista que deixou de lado, neste domingo, a política e os políticos, os homens parlamentares, homens em luta pelas posições de destaque no cenário da vida administrativa do país. Que deixou de lado esta situação confusa que aí está com um presidente da República que ora tenta identificar-se com o povo, com os “rigores” da tal revolução de 1º de abril, e que ora recomeça tudo de novo, recua para atender às pressões partidas dos elementos militares que se concentram dentro da área político-revolucionária da chamada “linha dura”. De um presidente que anuncia a inauguração de uma “linha  branda” e faz pressão violenta, duríssima contra Mauro Borges, o homem forte de Goiás, que ajudou a revolução desenvolver-se, mas que, ante,s estava integrado, unidade de cooperação positiva no esquema político de Jango Goulart.

Sim, tudo tão maravilhoso neste domingo sem pensar nesta precária situação financeira em que se encontra o país, sofrendo com resignação, com aprisionamento, as consequências desastrosas desta política financeira executada que está sendo pelo ministro da Fazenda do “governo revolucionário”. Tudo tão bom, neste domingo...

E o colunista volta-se para as suas divagações. Um Sol lá em cima alumiando a gente, a terra, as praias distantes, tomando seu banho de Mar no Atlântico, refletindo-se nele, mergulhando nas suas águas revoltas, nas suas águas mansas, nas suas águas em retirada, precipitada, para a vazante.

Tudo assim diante da gente, da gente que hoje não quer saber de nada de política, de partidos, de líderes, de cúpulas partidárias. Que por instantes deixou de se interessar pela sorte do senador Moura Andrade, presidente do Congresso, e pela posição exata de Mazilli, presidente da Câmara dos Deputados. Que eles se defendam, pois só assim poderão manter, democraticamente, a “intocabilidade do Poder Legislativo”. Que defendam a “carcaça moral” para, logo depois, redimidos, retomarem a posição de luta e do dever cumprido.

Mas tudo maravilhoso neste domingo de sol, de esbanjamento de LUZ quando o colunista, mais uma vez, abandonou o “comentário político”, o registro das arengas e dos atritos entre o bancário Magalhães Pinto, indeciso como sempre, e o governador da Guanabara, o vibrante jornalista Carlos Lacerda, que está sendo conduzido para a oposição, para a luta aberta contra o presidente Castelo Branco, talvez com as mesmas intenções que o identificaram noutras campanhas e que provocaram a morte de Vargas, a renúncia de Jânio e a deposição de Goulart!

Mas não. Estamos  fora desta área de atritos políticos, de ambições personalistas. Estamos olhando este domingo que se derrama lá fora, que veste a cidade de alegrias e de tristezas, de sonhos e de realidades. E há, em tudo, a presença de todos, do homem simples, do homem bom, do homem cooperação. Do homem que trabalha, que realiza algo surpreendente. Olhando este domingo. A cidade. O sol crepitante. Olhando a população da Ilha, dos subúrbios distantes, marcados, identificados pela DOR dilacerante, pela miséria, pela dilaceração. Mas há também, com as suas populações abandonadas, este mesmo Sol fascinante, clareando tudo, queimando a DOR e a MISÉRIA.

Um céu lá em cima, no alto. Um azul límpido, suave. Flocos de algodão pregados no Azul, espalhados e em direções diversas. Uma poesia que vem lá de cima, do Desconhecido, que vem doutros mundos... Uma poesia que é magia, que é sublimidade, que é poesia. Tudo assim, tudo dentro destas emoções que se vai sentindo, que se vai sofrendo. Sofrer de emoções... Sim, a gente sofre de tudo. A gente sofre de NADA! E a vida lá fora, a vida na gente, a vida em tudo. Mas também há a Morte, o esvaziamento de tudo... Mas para outros, em tudo, há apenas VIDA e até na MORTE. E o Sol lá em cima, porção de luz fascinante clareando tudo.

E, longe desta coluna de hoje, os políticos, os partidos e a sorte daqueles que estão sob a pressão dos inquéritos, das investigações militares. Que se defendam. É o caminho certo e digno. E que a vida continue assim: sempre um domingo de Sol para mudar a paisagem geográfica da Ilha, da cidade, com novos aspectos, novos quadros de aquarelas, novas impressões que sempre ficam. É a vida.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 8 de novembro de 1964 (domingo).

Neste primeiro domingo de junho/22, lembramos...

Ortografia – POR QUÊ?

1.    PORQUE, POR QUE, PORQUÊ ou POR QUÊ?

a) PORQUE é conjunção subordinativa causal ou conjunção coordenativa explicativa:

“Ele viajou porque foi chamado para assinar contrato”.

“Ele não foi porque estava doente”.

“Abra a janela porque o calor está insuportável”.

“Ele deve estar em casa porque a luz está acesa”.

b)    PORQUÊ é a forma substantivada (= antecedida de artigo “o” ou “um”):

“Quero saber o porquê da sua decisão”.

“A professora quer um porquê para tudo isso”.

c)    POR QUÊ = só no fim de frase (= antes de pausa):

“Parou por quê?”

“Ele não viajou por quê?”

“Se ele mentiu, eu queria saber por quê”.

“Eu não sei por quê, mas a verdade é que eles se separaram”.

d)    POR QUE

1.    Em frases interrogativas diretas ou indiretas:

“Por que você não foi?” (= pergunta direta)

“Gostaria de saber por que você não foi”. (= pergunta indireta)

2.    Quando for substituível por POR QUAL, PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS, PELAS QUAIS:

“Só eu sei as esquinas por que passei”. (= pelas quais)

“É um drama por que muitos estão passando”. (= pelo qual)

“Desconheço as razões por que ela não veio”. (= pelas quais)

3.  Quando houver a palavra MOTIVO antes, depois ou subentendida:

“Desconheço os motivos por que a viagem foi adiada”. (= pelos quais)

“Não sei por que motivo ele não veio”. (= por qual)

“Não sei por que ele não veio”. (= por que motivo, por qual motivo).

Exercício

Complete as frases a seguir com PORQUE, POR QUE, PORQUÊ ou POR QUÊ:

1. Assinamos __________ era um bom contrato.

2. __________ ainda não assinaram o contrato?

3. Quero saber__________ ainda não assinaram o contrato.

4. Não assinaram __________ ?

5. Não sei as causas __________ ele foi demitido.

6. Não sei __________ motivo ele foi demitido.
7. Não sei __________ ele foi demitido.

8. Não sei o__________ da sua demissão.

9. Queremos um __________ para tudo isso.

10. Se ele mentiu, quero saber __________.

11. __________ parou? Parou __________ ?

12. Este é o drama __________ o povo está passando.

13. Estão passando por este drama __________ foram teimosos.

14. Lembro as esquinas__________ passei.

15. Ele não sabe, __________ chegou atrasado.

16. Ele não sabe __________ chegou atrasado.

17. Ele não sabe o__________ do seu atraso.

18. __________? __________? Repetia inconsolável a mãe.

19. Quero saber onde, quando e __________.

20. Quer saber __________, onde e quando.

21. Ela nunca perguntava ao pai __________ apanhava.

Respostas
1. Assinamos PORQUE era um bom contrato.

2. POR QUE ainda não assinaram o contrato?

3. Quero saber POR QUE ainda não assinaram o contrato.

4. Não assinaram POR QUÊ?

5. Não sei as causas POR QUE ele foi demitido.

6. Não sei POR QUE motivo ele foi demitido.

7. Não sei POR QUE ele foi demitido.

8. Não sei o PORQUÊ da sua demissão.

9. Queremos um PORQUÊ para tudo isso.

10. Se ele mentiu, quero saber POR QUÊ.

11. POR QUE parou? Parou POR QUÊ?

12. Este é o drama POR QUE o povo está passando.

13. Estão passando por este drama PORQUE foram teimosos.

14. Lembro as esquinas POR QUE passei.

15. Ele não sabe, PORQUE chegou atrasado.

16. Ele não sabe POR QUE chegou atrasado.

17. Ele não sabe o PORQUÊ do seu atraso.

18. POR QUÊ? POR QUÊ? Repetia inconsolável a mãe.

19. Quero saber onde, quando e POR QUÊ.

20. Quer saber POR QUÊ, onde e quando.

21. Ela nunca perguntava ao pai POR QUE (ou PORQUE) apanhava.

Os estudantes que estão no fim do ensino fundamental ou no começo do ensino médio têm, agora, uma ferramenta para ajudar na escolha da carreira profissional. É um aplicativo chamado SouTEC, que oferece um questionário com 72 perguntas e, a partir das respostas, indica cursos técnicos e roteiros de estudos para se qualificar.

O ministro da Educação, Victor Godoy, apresentou a ferramenta a estudantes, durante uma cerimônia no auditório da pasta.

O aplicativo SouTEC foi desenvolvido por meio de uma parceria do Ministério da Educação com a Universidade Federal de Alagoas e a Universidade de São Paulo. De acordo com a diretora de Políticas e Regulação da Educação Profissional e Tecnológica, Joelma Kremer, além de ajudar os alunos, a ferramenta também pode auxiliar a elaboração de políticas públicas.

Para usar o SouTEC, os estudantes só precisam informar a idade e a cidade onde moram. Nenhuma outra informação pessoal é solicitada. O aplicativo já está disponível gratuitamente para telefones e tablets. Depois de baixar, é possível usar o SouTEC mesmo que o aluno não tenha acesso à internet.

(Fonte: Agência Brasil)