Quem entra no estande do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na Avenida da Ciência, no Centro Comunitário da Universidade de Brasília (UnB), tem a sensação de pisar no continente.
É a exposição Quando nem tudo era gelo – Novas descobertas no Continente Antártico, uma das iniciativas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico na Reunião Anual da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC).
O espaço reúne 160 peças do Paleoantar, projeto do Museu Nacional vinculado ao Programa Antártico Brasileiro, financiado pelo CNPq.
Segundo o diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Alexander Kellner, entre os itens em exibição, estão oito peças resgatadas após o incêndio que destruiu o prédio em 2018. “A maioria dessas peças foram coletadas em projetos que se sucederam à enorme tragédia que aconteceu em 2018. Mas nós temos inclusive, algumas que foram resgatadas do palácio e estão aqui expostas para os visitantes”, afirmou.
A mostra apresenta novos fósseis, descobertos e coletados por equipes do Paleoantar na região antártica entre os anos de 2015 e 2018.
A exposição conta ainda com maquetes dos navios da Marinha do Brasil que levam os pesquisadores para a Antártica. Os visitantes também podem conhecer as barracas e vestimentas usadas pelas equipes, além de conferir as ferramentas utilizadas pelos paleontólogos no trabalho de campo.
O estudante de Ciência Política da UnB, Gabriel Yudi, passou pelo local, e se surpreendeu com o que viu. “Achei muito organizado, tudo muito bem feito. E é muito interessante, você perceber fósseis que são de muito tempo atrás aqui na sua frente. Adorei o crânio da baleia, acho que foi a parte mais interessante”, disse.
Além do estande, a atuação do CNPQ no evento inclui a entrega de prêmios, e a participação em mesas-redondas.
Na última quarta-feira (27), foi realizada uma sessão especial em comemoração aos 40 anos do Programa Antártico Brasileiro, o Proantar, que promove os estudos científicos na região antártica.
A diretora de cooperação institucional do CNPQ, Zaíra Turchi, destacou a importância do apoio e do financiamento do conselho a este tipo de iniciativa. “O Brasil integra o acordo para a Antártica, e a Antártica é muito importante para o mundo. Então precisa, de fato, de pesquisa científica de ponta nesta região. O CNPQ tem essa missão importante como principal agência de apoio à pesquisa do país”, afirmou.
O CNPQ financia o Proantar desde 1991. Atualmente, cerca de 20 pesquisas estão sendo realizadas nas áreas de ciências da vida, ciências atmosféricas, ciências do mar e ciências da terra.
Pesquisa do Instituto Datafolha com pais e responsáveis por estudantes de escolas públicas brasileiras mostra que 94% das unidades de ensino oferecem algum tipo de ação para enfrentar os desafios resultantes da pandemia de covid-19. Por outro lado, apenas 39% dos alunos têm possibilidade de participar de aulas de reforço, e 40% recebem apoio psicológico.
O estudo Educação na Perspectiva dos Estudantes e Suas Famílias foi feito a pedido do Itaú Social, da Fundação Lemann e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ouviu, em maio, 1.308 pais ou responsáveis por 1.869 estudantes.
Para 74% dos pais ou responsáveis, ações de apoio psicológico contribuem muito para os alunos, enquanto 70% destacam a importância do reforço escolar. “Há desigualdade na oferta do reforço, seja em termos de mais oferta para escolas públicas com maior nível socioeconômico, quando comparados com escolas com menor nível socioeconômico, mas também quando a gente olha e compara regiões do Brasil”, disse a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, Patrícia Mota Guedes.
No sul do país, o percentual de estudantes de escolas com aula de reforço é de 53% e, no Nordeste, cai para 28%. Essa diferença também se expressa entre os matriculados em escolas públicas com maior nível socioeconômico (43%) e os que estudam em escolas com menor nível socioeconômico (33%).
Entre as atividades desenvolvidas para lidar com lacunas impostas pelo ensino remoto, está a promoção de espaços para interação com os colegas, como jogos, brincadeiras e saraus. Oito em cada dez entrevistados relataram essas ações. Também foram relatadas, por sete a cada dez estudantes, avaliações para conhecer, diagnosticar e acompanhar as dificuldades de aprendizagem.
Os dados reunidos pelo Datafolha também mostram que 21% dos estudantes podem desistir da escola. No ensino médio, o percentual sobe para 28%. A perda pelo interesse pelos estudos é o principal motivo para tal preocupação, citada por 32% dos entrevistados. Também foi relatada a falta de acolhimento como razão para a preocupação dos pais com o abandono e a evasão, com 23%.
Na avaliação de Patrícia, os resultados da pesquisa evidenciam a necessidade de estratégias conjuntas, que envolvam tanto questões didáticas quanto políticas públicas de educação. Do ponto de vista pedagógico, ela propõe ações que engajem e estimulem os estudantes. Patrícia considera fundamental pensar na infraestrutura física de modo que esta atenda às demandas, por exemplo, de atividades complementares.
“Temos escolas e redes públicas de ensino com enorme dificuldade de conseguir espaços para realizar atividades complementares, para além do horário da aula. São escolas que têm dois turnos, ou mais, que já têm situações limitadas de espaço físico”, explica. Nesse sentido, ela sugere parcerias com outros equipamentos públicos e organizações sociais no território que podem contribuir para superar esse desafio.
Patrícia ressalta, ainda, a importância da contratação e do volume do trabalho dos professores. “Eu trouxe a importância de pensar em didáticas que engajem, que estimulem, que busquem o protagonismo dos estudantes, e que, ao mesmo tempo, sejam feitas por professores. Esses professores precisam ter condições de trabalho que viabilizem e os estimulem, que viabilizem esse tempo necessário”.
Ciclos
A pesquisa também traz reflexões sobre cada um dos ciclos de aprendizagem. Desde 2022, apenas 6% dos estudantes em fase de alfabetização fizeram a maior parte das atividades escolares de forma presencial. Para 37%, as aulas ocorrem com atividades impressas e pela internet, e para 34%, foram apenas atividades impressas. Para metade dos responsáveis, o ensino remoto prejudicou muito o aprendizado.
Nos anos finais do ensino fundamental, foi relatada a dificuldade de 47% dos estudantes em ter vários professores, característica dessa fase escolar. O desafio é antigo, mas, para os responsáveis, foi agravado pela pandemia. Para eles, 16% dos estudantes nessa etapa tiveram dificuldades em termos de comportamento após o período de retomada presencial da escola.
No ensino médio, a pandemia soma-se à realidade da implementação no novo ensino médio a partir de 2022. Cerca de 58% dos responsáveis disseram ter ouvido falar das mudanças no currículo. Entre os mais escolarizados e com maior renda familiar mensal, o percentual de conhecimento é maior que a média, com 81% e 79%, respectivamente.
“A gente chega em 2022 com muito trabalho ainda para ser feito com quem passou por aqueles anos [de pandemia]”, destaca Patrícia. Ela lembra, no entanto, que a retomada do ensino presencial, com 91% dos retornos efetivados, vem diminuindo a preocupação dos pais e responsáveis com a evasão.
“Ainda existe para uma fração dos alunos [com risco de abandono]. Hoje, cerca de 21% dos estudantes cujos pais foram entrevistados correm risco de desistir da escola. Essa porcentagem é maior no ensino médio, 28%, mas reduziu-se. Na pandemia, houve momentos em que se tinha 40%, 37%. Realmente, a retomada do presencial vem fazendo a diferença”, comemora.
Um superaulão de dança marcou o início da primeira edição do Zumba Para Todos, projeto desenvolvido por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. No último fim de semana, dezenas de pessoas da comunidade do Bairro do Monte Castelo, em São Luís, participaram o lançamento do projeto, realizado na Praça Mestre Antônio Vieira. O objetivo da iniciativa é proporcionar mais qualidade de vida às pessoas da capital maranhense.
O Zumba Para Todos é patrocinado pelo governo do Estado e pelo El Camiño Supermercados, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. A atividade de lançamento contou com a presença de moradoras do Monte Castelo, de diversos bairros do entorno e de outras localidades. As professoras Gleise Quaresma e Angel Soares ministraram a aula inaugural com muita energia.
A zumba é uma atividade física dinâmica e divertida que mistura passos de ginástica aeróbica e danças latinas que possibilitam diversos benefícios para a saúde. Para Dorinha Sampaio, aluna de zumba do Bairro João de Deus e que veio aproveitar o projeto Zumba Para Todos no Monte Castelo, essa atividade é de grande importância para a saúde. "Eu adoro dançar a zumba. A gente dança todos os dias e quando eu soube que ia ter aqui viemos logo prestigiar. A zumba alegra e faz bem para o corpo e para a alma também. A gente sai logo feliz", destacou Dorinha.
Os participantes do Zumba para Todos receberam camisas do projeto e durante a aula tiveram água à disposição. Além disso, a praça estava organizada com estrutura completa de tenda, palco e som para proporcionar maior conforto à comunidade. As crianças também estiveram presentes e contaram com a distribuição de pipoca, algodão-doce, além das brincadeiras de pula-pula, piscina de bolinhas e brinquedos infláveis.
Vale destacar que a iniciativa é voltada para todos os públicos. “Como o próprio nome já diz, o Zumba para Todos é para todos que queiram sair do sedentarismo com saúde. As aulas serão ministradas por profissionais qualificados. Temos certeza de que o projeto será um sucesso. A zumba é uma atividade que possibilita inúmeros benefícios. Nosso muito obrigado ao governo do Estado e ao El Camiño Supermercados por apoiarem essa iniciativa”, afirmou Kléber Muniz, coordenador do projeto.
Todas as informações sobre esta edição do Zumba para Todos estão disponíveis no Instagram oficial do projeto (@projetozumbaparatodos).
Benefícios da zumba
- Melhora a condição cardiovascular;
- Promove a tonificação muscular;
- Proporciona uma oportunidade de socialização;
- Desenvolve a sensualidade;
- Aumenta a autoestima;
- Favorece o equilíbrio;
- Trabalha a percepção espacial e coordenação motora;
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas, pediu demissão do cargo alegando motivos pessoais. O anúncio foi feito, nesta quarta-feira (27), pelo ministro da Educação, Victor Godoy, por meio do Twitter. Segundo ele, Carlos Moreno, servidor de carreira, assume o comando do instituto.
“Anuncio que, a partir de 1º de agosto, o diretor Carlos Moreno será o novo presidente do Inep, respondendo interinamente e garantindo a continuidade dos exames e avaliações fundamentais para a sociedade brasileira”, escreveu o ministro.
Carlos Moreno é servidor de carreira da autarquia há 37 anos, bacharel e mestre em estatística pela Universidade de Brasília e doutorando em educação pela Universidade Católica de Brasília. Já ocupou diversas funções no Inep. É diretor de Estatísticas Educacionais do instituto desde 2010, liderando processos como o Censo da educação.
A nadadora maranhense Sofia Duailibe continua ampliando a coleção de conquistas na temporada de 2022. A atleta da Atlef/Nina, que conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, e do Banco da Amazônia, foi a campeã da categoria Petiz na prova dos 1.650m do tradicional Desafio do Cassó, realizado no sábado (23) e no domingo (24), na Lagoa do Cassó, em Primeira Cruz (MA). Sofia, de apenas 12 anos, concluiu a prova com o tempo de 24'31''.
Sofia Duailibe garantiu o título no Desafio do Cassó logo após faturar três medalhas de ouro nas provas dos 200m medley, 400m livre e do revezamento 4x50m livre misto no Campeonato Maranhense de Natação de Inverno / Troféu Rodrigo Almeida, que ocorreu no início de julho, e de sagrar-se campeã dos 1.500m e dos 2.500m na segunda etapa do Circuito Cearense de Águas Abertas, realizado no fim de junho, no Iate Clube, em Fortaleza (CE).
Antes dessas conquistas, Sofia Duailibe representou o Colégio Literato nos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) e foi campeã nas provas dos 100m costas e 100m borboleta, além de ficar com o vice-campeonato na competição dos 400m livre. Vale destacar que a jovem atleta registrou suas melhores marcas pessoais na conquista dos 100m borboleta e na segunda colocação dos 400m livre.
Sofia Duailibe também teve um grande desempenho na disputa do Festival Norte-Nordeste Mirim e Petiz de Natação – Troféu Pedro Nicolas Sena da Silva, realizado em maio, em São Luís, conquistando uma medalha de prata no revezamento 4x50m medley misto e cinco medalhas de bronze nas provas dos 50m costas, 100m costas, 100m livre, 200m livre e 400m livre. Já em abril, Sofia foi medalha de ouro na prova dos 400m livre do Torneio Nordestinho e campeã geral feminina nos 1.500m da primeira etapa do Circuito Cearense de Águas Abertas, na cidade de Fortaleza.
Temporada repleta de conquistas
Sofia Duailibe vive grande fase na temporada de 2022. Em março, a nadadora da Atlef/Nina faturou três medalhas de ouro nas provas dos 50m livre, 200m medley e 400m livre do Troféu João Victor Caldas do Norte, além de registrar o melhor índice técnico da competição na categoria Mirim/Petiz.
Pouco antes, em fevereiro, Sofia Duailibe conquistou quatro medalhas de ouro nas provas dos 50m costas, 100m medley, 200m livre e revezamento 4x50m misto livre do Torneio Início / Seletiva Escolar, organizado pela Federação Maranhense do Desporto Escolar (Femade).
A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pelo Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e pelo Banco da Amazônia. Ela ainda conta com os apoios da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal do Maranhão (Apcef/MA) e do Colégio Literato.
A partir desta quarta-feira (27) até domingo (31), a cidade de Fortaleza será palco de mais uma edição do Campeonato Brasileiro de Base de Futebol 7. A competição nacional contará com disputas em diversas categorias e, mais uma vez, o Maranhão terá representantes no torneio: Alemanha, Grêmio Maranhense, Juventude Maranhense, Olímpica, Palmeirinha e Ponte Preta.
Dos times maranhenses confirmados na competição na capital do Ceará, o Juventude é o que participará da maior quantidade de categorias: seis no total (Sub-9, Sub-10, Sub-11, Sub-12, Sub-13 e Sub-15). Logo em seguida, é o time da Alemanha, que levará para Fortaleza equipes do Sub-9, Sub-10 e Sub-11.
Grêmio Maranhense, Ponte Preta e Olímpica terão representantes em duas categorias. Já o Palmeirinha participará apenas do torneio Sub-13. “Será uma competição bem legal, com um bom nível técnico. Estamos na expectativa por resultados expressivos dos times maranhenses. O Maranhão tem tradição no futebol 7 no cenário nacional, e acredito que, neste Brasileiro, nossas equipes têm tudo para brilhar. Todos os nossos seis clubes são tradicionais no Estado e têm tido grandes conquistas nas competições locais promovidas pela Federação Maranhense de Futebol 7”, afirmou Waldemir Rosa, presidente da FMF7.
Mais sobre o Campeonato Brasileiro de Base de Futebol 7 está disponível no site da Federação Maranhense de Futebol 7 (www.fut7ma.com.br) e nas redes sociais oficiais da federação (@fmf7ma).
Em 1960, o escritor baiano Jorge Amado ajudou a delinear um marco de todos os escritores brasileiros: o Dia Nacional do Escritor. Na ocasião, ele e outro imortal da Academia Brasileira de Letras, João Pelegrino Júnior, organizaram o 1º Festival do Escritor Brasileiro. Mais de 60 anos depois, o cenário literário se renova com novos rostos, formatos e temas abordados. Marcada pela escrita independente e por novos formatos de publicação, é possível observar um novo movimento de leitores e escritores no Brasil.
Diego Drummond, vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), afirma que o público adolescente foi o que mais cresceu entre os leitores – em boa parte por causa da internet. “As redes sociais estão se tornando um vetor de indicação de livro”, reconhece.
Novas temáticas
Um dos destaques de vendas da editora Seguinte, selo da Companhia das Letras voltado para o público jovem, Clara Alves começou a carreira no mercado independente. A escritora de Conectadas (2019) conta que começou a publicar pela internet, em espaços como o Wattpad (plataforma gratuita de publicação e leitura de obras originais). Nessa comunidade, seu trabalho chegou a ser premiado. “Apesar de ser algo informal, sem ganhos financeiros ou perspectiva de publicação, me ajudou a acreditar mais na minha escrita e ganhar visibilidade”, comenta.
A primeira tentativa de lançamento foi em 2015, com a estratégia de impressão por demanda. No entanto, o alto custo e outros fatores fizeram com que ela optasse pelo lançamento digital. “Mas foi bom por um tempo, para me ajudar a entender o mercado, a fazer networking, ir em eventos e ser vista”, conta.
A entrada no mercado editorial veio depois de a atual agência da escritora anunciar um pitching para apresentação de obras originais na Bienal do Livro de 2017. Dois anos depois, veio a proposta de lançamento de Conectadas pela Seguinte, com repercussão que, segundo Clara, ainda parece um pouco surreal. “Foi bem louco, mas de um jeito muito bom. Não apenas por saber que, depois de anos de dedicação, finalmente meus livros estavam sendo reconhecidos, como também por tudo que Conectadas significava: uma obra LGBTQIAP+ escrita por uma mulher sobre amor entre garotas”, relata.
Giulianna Domingues foi um dos destaques do selo juvenil Galera Record. A obra de fantasia Luzes do norte foi lançada de forma independente como e-book em 2017. Na época, Giulianna ouviu que não havia espaço para literatura fantástica no Brasil, mas preferiu não acreditar na negativa.
Profissional de marketing, ela relata que o sucesso do livro foi alavancado pelas redes sociais. “Elas dão voz a esse público que está em busca de novas histórias”, afirma. Giulianna acredita que narrativas que trazem personagens não brancos, LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência têm ganhado destaque entre os mais novos. Para ela, o momento literário atual pode ser descrito como “jovem, intrépido e crescente”.
Representatividade
A autora Lavínia Rocha, de Belo Horizonte, tinha 13 anos quando publicou o primeiro livro, Um amor em Barcelona. Nessa idade, Lavínia ainda tinha uma imagem muito limitada de escritor: homem, branco, barbudo e que já não estava mais vivo.
Por ser filha de professor, ela sempre teve contato com o meio escolar – e foi assim que seu primeiro romance ficou conhecido nas escolas. Um amor em Barcelona acabou sendo impresso de forma independente: na época, os pais de Lavínia custearam a publicação como uma forma de incentivar a filha. A obra seguinte já foi publicada por uma editora da capital mineira.
No início da carreira, Lavínia recorda que não conhecia muitos livros brasileiros voltados para o público juvenil. “Uma coisa que me pegava muito era não saber ou mal saber pronunciar os nomes nos livros que eu lia”, conta. Com a inserção no meio literário, ela conheceu mais obras nacionais – como a série Os Karas, de Pedro Bandeira, e os livros da escritora Paula Pimenta, que se passam em Belo Horizonte.
Mas se reconhecer nas obras literárias ainda é um desafio. Lavínia explica que, como mulher negra, percebeu que a cor de sua pele não aparecia nas capas dos livros. As amizades que fez no meio editorial ajudaram a autora a entender e buscar trazer a representatividade para as obras.
Em 2022, o “Quilombinho”, apelido dado ao grupo de amigas formado por Lavínia, Olívia Pilar, Solaine Chioro e Lorrane Fortunato, lançou o e-bookFlores ao mar (2022). A obra colaborativa marca o encontro de quatro mulheres que trazem vivências como mulheres negras para as páginas de livros.
A falta de representatividade também chamou a atenção do escritor Stefano Volp, autor de O segredo das larvas (2019) e Homens pretos (não) choram (2022). Em 2020, ao pesquisar obras de ficção escritas por seus ancestrais, como ele mesmo os chama, ele se deparou com diversos contos brasileiros de autores pretos que nunca foram publicados. Foi então que surgiu a ideia do clube de leitura Clube da Caixa Preta. Depois desse grupo, surgiu também a editora Escureceu.
Volp já havia publicado outros contos, romances e até trabalhado como escritor-fantasma quando começou a se destacar na cena literária. “Gosto da ideia de que, ao comprar meus livros, as pessoas encontram o entretenimento que buscavam, mas que essa sopa também está cheia de caroços e o leitor só vai percebê-los quando já estiver engolido. Nesse caso, são as pautas humanas, raciais e sociais”, explica. “A literatura para mim tem sido uma forma de estabelecer diálogos sobre a profundidade das nossas relações com o mundo e com nós mesmos”.
A importância da divulgação literária
Além de leitores e escritores, outra peça fundamental tem se destacado: os divulgadores literários. Eles fazem parte da rede de apoio de escritores independentes, que buscam, nessas páginas, formas de divulgar novos trabalhos. Em 2020, Íris Teles, 21 anos, resolveu falar, em suas redes sociais, sobre os livros que lia – geralmente obras brasileiras de autores independentes. Ao perceber que esses títulos eram pouco falados na internet, ela criou o Divulga Nacional.
“O Divulga Nacional nasceu com intuito de divulgar autores nacionais. O critério é basicamente esse: ser alguém que escreve dentro do nosso país. Se o autor deseja ser divulgado no perfil, basta redigir um e-mail se apresentando e falando da sua obra”, explica a divulgadora, que também filtra se há discurso de ódio na publicação indicada.
Atualmente, o Divulga Nacional é administrado por Íris e pelo namorado Lucas Estevez, 23. O perfil conta com 57,3 mil seguidores no Twitter e está presente em outras mídias como Instagram e TikTok, além de um canal no Telegram voltado para divulgar promoções de livros.
Como publicar o seu próprio livro
Para mostrar novas possibilidades no cenário da literatura brasileira e incentivar cada vez mais escritores, a Agência Brasil preparou algumas dicas de como ingressar nesse mercado:
- a primeira é unânime entre os entrevistados: continuar a escrever. O exercício da escrita é fundamental para aprimorar técnicas e desenvolver habilidades. A escritora Giulianna Domingues ressalta que é importante “se levar a sério como escritor” para continuar a perseguir o sonho;
- também é fundamental que o escritor amplie horizontes literários e leia escritores contemporâneos. Afinal, a rede de novos escritores é feita de apoio mútuo;
- Antes de fazer uma publicação, é necessário estar atento ao mercado e onde está o público-alvo. Por isso, uma boa é ficar de olho nas plataformas de publicação independente. Atualmente, existem plataformas que permitem a autopublicação de obras em formato e-book. Além desse formato, escritores também utilizam recursos como o Wattpad e as próprias redes sociais para postar textos;
- editais de publicação de revistas e editoras também podem ser uma porta de entrada para ingressar no mercado editorial. É importante estar de olho nas oportunidades publicadas nas mídias oficiais e, sempre que possível, também participar de eventos literários. A presença em eventos e na própria internet interagindo com leitores e escritores podem ajudar o autor a criar uma rede de contatos. Participar de antologias e obras colaborativas também é uma boa oportunidade de crescimento para todos os envolvidos.
- e, é claro, não deixar de publicar. Há formatos para os mais diversos públicos e uma cena literária onde há espaço para os amantes da leitura e da escrita.
As aventuras de um super-herói cego foram parar nos quadrinhos em braille.
A história conta a trajetória de Luís, um pré-adolescente que descobre que tem o poder de transformar textos de escrita comum em sistema braile e que, por isso, tem uma identidade secreta chamada Super Braille.
A professora Hylea Vale, uma das autoras da história em quadrinhos, explica os desafios de produzir as aventuras do herói. “O desafio maior do Super Braille é a questão de ser uma história em quadrinhos que a gente precisa trazer para o braille as descrições dos desenhos”, afirma.
A produção dos quadrinhos é feita pelo Instituto Benjamin Constant, que é vinculado ao Ministério da Educação. O instituto já realiza a produção de materiais no sistema braille há, pelo menos, 63 anos, como a revista Pontinhos. Nela, começou a ser contada a história de Luís.
Hylea afirma que, nos quadrinhos, o poder de Luís vem de uma bengala que ele ganhou do avô. “Um menino que é vidente – como a gente chama na área da deficiência visual – é o menino que enxerga. E ele encontrou uma bengala mágica. Quando ele mudava de mão, ele ficava cego e conseguia passar a mão nos textos e enxergar, ou seja, passava a transformar aquilo que estava em tinta em braile”, explica.
A publicação vai ter distribuição gratuita e trimestral.
Pessoas físicas e instituições de ensino públicas podem solicitar gratuitamente tanto as histórias em quadrinhos do Super Braille quanto a revista Pontinhos. Para isso, é só preencher o formulário no site do Instituto Benjamin Constant.
Uma estrela localizada em outra galáxia, na Grande Nuvem de Magalhães, transformou-se em um buraco negro “adormecido”, estado que torna este tipo de corpo celeste difícil de ser detectado. O fenômeno, um dos mais extraordinários da Astronomia, foi constatado, recentemente, por especialistas de diferentes entidades internacionais.
Tendo por base informações de uma equipe que, por seis anos, fez observações com o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), o Observatório Nacional explica que este é o “primeiro buraco negro de massa estelar adormecido a ser detectado fora de nossa galáxia”.
Diz-se que um buraco negro está “adormecido” quanto não emite altos níveis de raios X, que é justamente como esses eventos são detectados. O que torna a pesquisa ainda mais especial é o fato de que este buraco negro não está recebendo matéria de uma estrela companheira, o que torna o fenômeno difícil de ser medido.
Esses dois objetos – o buraco negro e a estrela – formam um sistema binário. Caso se aproximem suficientemente um do outro, pode ser que essa estrela comece a transferir matéria para o buraco negro que, então, sairia do estado adormecido em que se encontra.
Apesar de não serem visíveis, uma vez que, devido à gravidade colossal, atraem (ou distorcem) até mesmo a luz, os buracos negros podem ser percebidos matematicamente, pela influência que exercem em outros corpos celestes.
De acordo com o Observatório Nacional, o buraco negro em questão tem aproximadamente dez vezes a massa do Sol e a estrela que o acompanha tem 25 vezes a massa solar.
“Há mais de dois anos que andamos à procura destes sistemas binários com buracos negros”, diz a coautora do trabalho Julia Bodensteiner, pesquisadora do ESO, na Alemanha. Outro coautor do estudo, Pablo Marchant, da KU Leuven, diz ser surpreendente o tão pouco que se sabe a respeito de buracos negros adormecidos, “dado o quão comuns os astrônomos acreditam que eles sejam”.
Para realizar o estudo, a equipe observou quase mil estrelas massivas na região da Nebulosa da Tarântula, localizada na Grande Nuvem de Magalhães, na busca por alguma que tivesse um buraco negro como companheiro.
Representada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), a Prefeitura do Rio de Janeiro deu continuidade, nesta semana, à inauguração de placas azuis do Patrimônio Cultural, dentro do Circuito da Literatura, em homenagem a imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL). O IRPH é vinculado à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (SMPU).
No último dia 20, data em que a ABL fez 125 anos, dois imóveis no Cosme Velho, zona sul da cidade, receberam as tradicionais placas azuis, em homenagem a Machado de Assis e Austregésilo de Athayde, que foram, respectivamente, primeiro presidente e presidente mais longevo da instituição. Criado para levar à população informações sobre os imortais e os locais onde viveram no Rio de Janeiro, o Circuito da Literatura teve 107 endereços eternizados pela prefeitura em decreto publicado no Diário Oficial do Município.
Agora, são três as estações do Circuito da Literatura. A primeira placa do circuito foi instalada em dezembro do ano passado, na Rua São Clemente, 421, em Botafogo, zona sul, onde morou o crítico literário, poeta, orador e advogado Rodrigo Octavio Filho, ocupante da Cadeira 35 da ABL.
Concebido inicialmente com o nome Onde Moravam os Acadêmicos, o projeto passou a ser chamado Circuito da Literatura, ao integrar os circuitos do Patrimônio Cultural Carioca.
Austregésilo e Machado
Terceiro ocupante da Cadeira 8 e presidente da ABL de 1959 a 1993, o jornalista Austregésilo de Athayde foi um dos redatores da Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948. Ele teve a placa inaugurada no imóvel onde morou, na Rua Cosme Velho, 599. A cerimônia contou com a presença da presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Laura Di Blasi; do presidente da ABL, jornalista Merval Pereira; e de Roberto Athayde e Paula Sandroni, respectivamente filho e neta do homenageado.
Na ocasião, Paula Sandroni destacou a felicidade da família com o convênio firmado entre a prefeitura e a ABL, valorizando a literatura. “A vida toda do meu avô foi essa: jornalismo, literatura e, principalmente, Academia Brasileira de Letras. Então, eu tenho certeza de que ele está feliz, assim como todos nós estamos na família”, disse Paula.
A segunda placa foi afixada na parede do Capitu Café, na Rua Cosme Velho, 174, endereço onde ficava a última residência do jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo Machado de Assis. O escritor nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839, onde morreu em 29 de setembro de 1908. Machado foi o fundador da Cadeira 23 da ABL.
Circuitos
O Circuito da Literatura é o 22º dos circuitos do Patrimônio Cultural Carioca, que sinalizam bens culturais espalhados por toda a cidade. Destacam-se, entre eles, os circuitos Liberdade, Art-Déco, Cinemas, Trem, Botequins, Águas, Samba, Bossa Nova, Praça Tiradentes, Herança Africana, Choro e Negócios Tradicionais.
Segundo a presidente do IRPH, Laura Di Blasi, o objetivo do projeto é informar o público sobre o rico acervo de bens culturais e de personalidades que fazem parte da cultura carioca. “O Circuito da Literatura chega para agregar valor a esse projeto, estabelecendo um mapeamento e identificando os locais onde residiram intelectuais e escritores que integraram a Academia Brasileira de Letras desde a sua fundação, em 1897”, informou. .
Os imóveis onde moraram os imortais da ABL serão gradativamente sinalizados com as tradicionais placas azuis. A lista inclui ainda os acadêmicos Rachel de Queiroz, Nelson Pereira dos Santos, Antonio Callado, Darcy Ribeiro, Dias Gomes, João Ubaldo Ribeiro, Roberto Marinho, João Cabral de Melo Neto, Ferreira Gullar, Jorge Amado e Zélia Gattai.
As placas de identificação de bens e locais de relevância começaram a ser instaladas pela Prefeitura do Rio em 1992. Desde 2010, porém, os circuitos do Patrimônio Cultural Carioca deixaram de ser focados em arquitetura e passaram a abranger temas livres, ligados à cultura e à identidade carioca. Por meio da fixação de uma placa informativa, a prefeitura seleciona locais de destaque para cada tema. Em cada placa, os visitantes podem saber um pouco mais sobre o local e sua importância para a história da cidade e para o tema em questão.
Homenageados da ABL
Cadeira 1 – Luís Murat
Rua Conde de Bonfim, nº 583 – Tijuca
Cadeira 1 – Ivan Lins
Rua Almirante Guilhem, nº 40 – Leblon
Cadeira 1 - Evandro Lins e Silva
Av. Nossa Senhora de Copacabana, nº 126 – Copacabana
Cadeira 2 – João Neves da Fontoura
Rua Paissandu, nº 93 – Flamengo
Cadeira 3 – Herberto Sales
Avenida Rui Barbosa, nº 300 – Flamengo
Cadeira 3 – Carlos Heitor Cony
Avenida Epitácio Pessoa, nº 4500 – Lagoa
Cadeira 4 – Vianna Moog
Avenida Atlântica, nº 270 – Copacabana
Cadeira 5 – Candido Motta Filho
Rua Paissandu, nº 93 – Flamengo
Cadeira 5 – Rachel de Queiroz
Rua Rita Ludolf, nº 43 – Leblon
Cadeira 6 – Raymundo Faoro
Rua das Laranjeiras, nº 550 – Laranjeiras
Cadeira 7 – Afrânio Peixoto
Rua Paissandu, nº 149 – Flamengo
Cadeira 7 – Hermes Lima
Avenida Atlântica, nº 2364 – Copacabana
Cadeira 7 – Sergio Corrêa da Costa
Ladeira de Nossa Senhora, nº 311, Casa 64 – Glória
Cadeira 7 – Nelson Pereira dos Santos
Rua Mário Pederneiras, nº 45 – Humaitá
Cadeira 8 – Austregésilo de Athayde
Rua Cosme Velho, nº 599 – Cosme Velho
Cadeira 8 – Antonio Callado
Rua Aperana, nº 143 – Leblon
Cadeira 8 – Antonio Olinto
Rua Duvivier, nº 43 – Copacabana
Cadeira 9 – Marques Rebelo
Rua das Laranjeiras, nº 550 – Laranjeiras
Cadeira 10 – Osvaldo Orico
Avenida Rui Barbosa, nº 40 – Flamengo
Cadeira 10 – Orígenes Lessa
Rua Prado Júnior, nº 63 – Copacabana
Cadeira 10 – Lêdo Ivo
Rua Fernando Ferrari, nº 61 – Botafogo
Cadeira 11 – Adelmar Tavares
Rua Barão de Ipanema, nº 115 – Copacabana
Cadeira 11 – Deolindo Couto
Rua Raul Pompéia, nº 228 – Copacabana
Cadeira 11 – Darcy Ribeiro
Rua Bolivar, nº 7 – Copacabana
Cadeira 11 – Celso Furtado
Rua Conrado Niemeyer, nº 23 – Copacabana
Cadeira 11 – Helio Jaguaribe
Rua Barão de Oliveira Castro, nº 22 – Jardim Botânico
Cadeira 12 – Augusto de Lima
Rua Marquês de São Vicente, nº 452 – Gávea
Cadeira 12 – Macedo Soares
Praia do Flamengo, nº 2 – Flamengo
Cadeira 13 – Hélio Lobo
Rua do Russel, nº 680 – Flamengo
Cadeira 13 – Augusto Meyer
Praia de Botafogo, nº 124 – Botafogo
Cadeira 13 – Francisco de Assis Barbosa
Praia de Botafogo, nº 132 – Botafogo
Cadeira 14 – Clóvis Beviláqua
Rua Barão de Mesquita, nº 506 – Tijuca
Cadeira 14 – Natônio Carneiro Leão
Rua Fernando Osório, nº 19 – Flamengo
Cadeira 14 – Fernando de Azevedo
Rua Pinheiro Machado, nº 76 – Laranjeiras
Cadeira 15 – Odylo Costa Filho
Rua Senador Vergueiro, nº 103 – Flamengo
Cadeira 16 – Pedro Calmon
Rua Santa Clara, nº 415 – Copacabana
Cadeira 17 – Roquette-Pinto
Avenida Beira Mar, nº 406 – Centro
Cadeira 17 – Álvaro Lins
Praia de Botafogo, nº 48 – Botafogo
Cadeira 17 – Antônio Houaiss
Avenida Epitácio Pessoa, nº 4560 – Lagoa
Cadeira 18 – Pereira da Silva, A. J.
Rua Uruguai, nº 521– Tijuca
Cadeira 19 – Gustavo Barroso
Rua Sá Ferreira, nº 123 – Copacabana
Cadeira 19 – Antônio da Silva Melo
Rua Cosme Velho, nº 792 – Cosme Velho
Cadeira 19 – Américo Jacobina Lacombe
Rua 19 de fevereiro, nº 105 – Botafogo
Cadeira 19 – Marcos Almir Madeira
Rua Pinheiro Machado, nº 76 – Laranjeiras
Cadeira 20 – Múcio Leão
Rua Fernando Mendes, nº 7 – Copacabana
Cadeira 20 – Aurélio de Lyra Tavares
Rua Inhangá, nº 2.666 – Copacabana
Cadeira 21 – Mário de Alencar
Rua Marquês de Olinda, nº 74 – Botafogo
Cadeira 21 – Olegário Mariano
Rua Barata Ribeiro, nº 662 – Copacabana
Cadeira 21 – Álvaro Moreyra
Rua Francisco Sá, nº 38 – Copacabana
Cadeira 21 – Adonias Filho
Rua República do Peru, nº 72 – Copacabana
Cadeira 21 – Dias Gomes
Rua Visconde de Albuquerque, nº 582 – Leblon
Cadeira 21 – Roberto Campos
Rua Francisco Otaviano, nº 140 – Copacabana
Cadeira 22 – Miguel Osório de Almeida
Estrada do Açude, nº 544 – Alto da Boa Vista
Cadeira 22 – Luís Viana Filho
Rua Constante Ramos, nº 105 – Copacabana
Cadeira 22 – Ivo Pitanguy
Rua Émile Zola, nº 20 – Gávea
Cadeira 23 – Machado de Assis
Rua dos Andradas n° 147, (antigo n° 119) – Centro
Cadeira 23 – Luiz Paulo Horta
Travessa Visconde de Morais, nº 217 – Botafogo
Cadeira 23 – Octavio Mangabeira
Avenida Oswaldo Cruz, nº 131 – Flamengo
Cadeira 23 – Jorge Amado e Zélia Gattai
Rua Rodolfo Dantas, nº 16 – Copacabana
Cadeira 24 – Manuel Bandeira
Avenida Beira Mar, nº 406 – Centro
Cadeira 24 – Cyro dos Anjos
Rua Domingos Ferreira, nº 242 – Copacabana
Cadeira 24 – Sábato Magaldi
Rua Rainha Elizabeth, nº 540 – Copacabana
Cadeira 25 – Ataulfo de Paiva
Rua Valparaiso, nº 36 – Tijuca
Cadeira 25 – Afonso Arinos de Melo Franco
Rua Dona Mariana, nº 63, Casa 65 – Botafogo
Cadeira 26 – Ribeiro Couto
Rua Senador Vergueiro, nº 92 – Flamengo
Cadeira 26 – Gilberto Amado
Rua General Glicério, nº 400 – Laranjeiras
Cadeira 27 – Otávio de Faria
Praia de Botafogo, nº 28 – Botafogo
Cadeira 27 – Eduardo Portella
Praia do Flamengo, nº 332 – Flamengo
Cadeira 28 – Menotti del Picchia
Avenida Churchill, nº 60 – Centro
Cadeira 28 – Oscar Dias Corrêa
Rua Joaquim Nabuco, nº 190 – Copacabana
Cadeira 29 – Cláudio de Sousa
Praia do Flamengo, nº 172 – Flamengo
Cadeira 29 – Josué Montello
Avenida Atlântica, nº 3.018 – Copacabana
Cadeira 30 – Antonio Austregésilo
Praia do Flamengo, nº 122 – Flamengo
Cadeira 30 – Aurélio Buarque de Holanda
Praia de Botafogo, nº 48 – Botafogo
Cadeira 31 – Cassiano Ricardo
Rua Fernando Mendes, nº 7 – Copacabana
Cadeira 31 – Geraldo França de Lima
Rua Marques de Abrantes, nº 152 – Flamengo
Cadeira 32 – Viriato Correia
Rua São Clemente, nº 120 – Botafogo
Cadeira 32 – Joracy Camargo
Rua Raul Pompéia, nº 141 – Copacabana
Cadeira 32 – Genolino Amado
Rua Senador Euzébio, nº 29 – Flamengo
Cadeira 33 – Fernando Magalhães
Rua Pinheiro Machado, nº 76 – Laranjeiras
Cadeira 33 – Luís Edmundo
Rua Clóvis Beviláqua, nº 160 – Tijuca
Cadeira 33 – Afrânio Coutinho
Rua Paul Redfern, nº 41 – Ipanema
Cadeira 34 – José Maria da Silva Paranhos
Rua Vinte de Abril, nº 14 – Centro
Cadeira 34 – Raimundo Magalhães Júnior
Rua Mal. Mascarenhas de Morais, nº 100 – Copacabana
Cadeira 34 – João Ubaldo Ribeiro
Rua General Urquiza, nº 147 – Leblon
Cadeira 35 – Rodrigo Octavio
Estrada Velha da Tijuca, nº 1251 – Alto da Boa Vista