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Museu do Ipiranga

A partir de amanhã (27), alunos de escolas públicas e particulares de todo o Brasil podem se inscrever para a Olimpíada do Bicentenário da Indepenência do Brasil [https://olimpiadabrasil.org/]. A iniciativa, que visa estimular a difusão de conhecimento em diversas áreas, é realizada pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Educação, Turismo e pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Os estudantes podem se inscrever diretamente, sem a necessidade de que a escola se inscreva. O prazo para inscrições começa nesta terça-feira e vai até o dia 9 de outubro.

Segundo o governo, o objetivo é provocar uma reflexão não só sobre a importância do marco da Independência do Brasil em si, mas também sobre todos os desdobramentos num espectro mais amplo que o histórico. As questões da Olimpíada vão abranger vários temas como literatura, pintura, matemática, história, geografia, geopolítica, música, entre outros.

A Olimpíada do Bicentenário da Independência será dividida em duas categorias: sênior e júnior. Na primeira, participam estudantes nascidos de 1º de janeiro de 2004 a 31 de dezembro de 2007, desde que não estejam matriculados em algum curso superior. Já a categoria júnior é voltada para estudantes nascidos a partir de 1º de janeiro de 2008. As provas serão divididas em quatro fases, incluindo provas virtuais e presenciais.

(Fonte: Agência Brasil)

Está previsto para esta segunda-feira (26), às 20h14 (horário de Brasília), o choque programado de uma sonda da Agência Espacial Norte-Americana contra um asteroide.

É a missão DART, Missão de Teste de Redirecionamento de Asteroide Binário (tradução do inglês), que foi lançada ao espaço em novembro do ano passado com o objetivo de causar uma possível intervenção na trajetória desses corpos celestes.

O alvo da missão é o asteroide Dimorphos, que faz parte de um sistema duplo e orbita, como se fosse um satélite, outro asteroide maior batizado de Didymos.

Filipe Monteiro, astrônomo do Observatório Nacional, vinculado ao Ministério de Ciência Tecnologia e Inovações, destaca que ‘’este é o primeiro teste de defesa planetária da história que tentará desviar a órbita de um asteroide e, por isso, é muito aguardado tanto pela comunidade científica quanto pela humanidade’’, diz.

O choque previsto para esta segunda-feira deve formar uma cratera e ligeiramente alterar a rota e velocidade do asteroide, o que deve ser captado por telescópios terrestres.

O astrônomo diz que é esperado, por exemplo, que o período da órbita de Dimorphos ao redor de Dydimos, que atualmente é de 11h55, diminua em cerca de 10 minutos.

‘’Outra consequência é que como a velocidade do objeto vai diminuir com o impacto, a órbita também vai diminuir. O satélite depois de um tempo vai ficar mais próximo de Didymos’’, explica.

Para Filipe Monteiro, embora esses asteroides não representem risco à Terra, a missão é relevante para a segurança futura do planeta.

“É importante citar que a missão é um experimento que a Nasa e as parceiras estão realizando antes que qualquer ameaça real seja conhecida. Ou seja, preparando toda a tecnologia, toda a autonomia da nave espacial para chegar até o destino para que possamos proteger a Terra em uma possível ameaça real ao planeta. Se o impacto for bem-sucedido, a mesma técnica poderá ser usada no futuro para desviar um asteroide que ameace a Terra”.

Para além deste teste, Filipe destaca a possibilidade de conhecer um pouco mais o nosso Sistema Solar.

“A missão também proporciona o melhor entendimento da história do nosso Sistema Solar. Cada vez que estudamos um asteroide, de forma tão próxima, causa um impacto muito grande na ciência. Cada vez que estamos observando um destes de pertinho, estamos vendo um fóssil do Sistema Solar primitivo. Eles guardam informações da época em que os planetas como a Terra estavam se formando. Então, eles podem nos fornecer informações importantes sobre como a água chegou até o planeta e outros elementos que proporcionaram o desenvolvimento da vida aqui, por exemplo”, explica.

Uma campanha com observatórios terrestres de diversas partes do mundo vai analisar o impacto e os resultados da missão. Aqui no Brasil, participa o Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica, instalado na cidade pernambucana de Itacuruba e ligado ao Observatório Nacional.

(Fonte: Agência Brasil)

O 2º Festival Nacional de Matemática reunirá, de quinta-feira (29) a sábado (1º), 8.251 estudantes dos ensinos fundamental e médio de 179 escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro. O evento será realizado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.

Para o público em geral, as inscrições gratuitas podem ser feitas no site do festival e estão sujeitas à  disponibilidade de vagas. As escolas farão visitação na quinta e na sexta-feira, e o público geral poderá comparecer na sexta e no sábado (1º).

Em entrevista hoje (26) à Agência Brasil, o diretor-geral do Impa, Marcelo Viana, disse que, desde a primeira edição, ocorrida no período de 27 a 30 de abril de 2017, a intenção era fazer o festival a cada dois anos, mas alguns eventos, entre os quais a pandemia da covid-19, alteraram os planos, adiando-os. “Eu espero que, a partir daqui, [o festival] vá engrenar”.

Segundo Viana, o objetivo do festival é “divertir com matemática. Trazer a matemática para todo mundo, para as crianças das escolas, para as famílias, para os professores, de um modo interessante, instigante e lúdico, para divertir e para encantar. No primeiro festival, ficou muito claro que era possível fazer isso.”

O 1º Festival Nacional de Matemática foi realizado em três locais da capital fluminense, como parte do Biênio da Matemática 2017-2018, lei federal instituída em prol do fomento e desenvolvimento da educação no país. Ele reuniu 18 mil visitantes em quatro dias, com uma programação que incluiu workshops, cineclubes, exposições, palestras de especialistas nacionais e internacionais e apresentação de 56 oficinas selecionadas de todo o Brasil.

Neste ano, o festival terá, apenas, três dias, por causa do primeiro turno das eleições no domingo (2), Viana estima que a frequência fique, pelo menos, próxima da registrada na primeira edição. “Acredito que a gente vá alcançar um sucesso comparável ao de 2017, sim”.

Desmistificação

De acordo com Viana, o festival vai desmistificar a ideia de que matemática é uma coisa difícil, proibitiva, que ninguém entende. “Quando estávamos preparando o primeiro festival, eu costumava dizer que matemática é um barato, e o pessoal achava que eu estava de brincadeira. Mas não estava, não. Matemática é um barato, e o festival pode mostrar isso. São muitas atividades interessantes, uma programação muito rica. São palestras, oficinas. Tem muita coisa para a garotada fazer com as próprias mãos, pôr a mão na massa. E, certamente, desmistifica essa ideia totalmente errada que muita gente tem da matemática”.

Na avaliação de Viana, a matemática pode ser de fácil entendimento, divertida e lúdica ao mesmo tempo. “E útil. Nós temos várias discussões sobre a aplicação da matemática na área de ciências de dados. É importante para o país, para o desenvolvimento e para cada um de nós, que somos cidadãos. A matemática faz parte da cidadania”, destacou.

A garotada será brindada com sessões de mágica, por exemplo, enquanto o público adulto poderá participar de discussões sérias sobre a diversidade na matemática, entre outros temas. “Sobre a presença feminina, que queremos que seja cada vez maior, bem como a presença de grupos sub-representados. Vai desde assuntos muito sérios até brincadeiras infantojuvenis baseadas em matemática”.

Entre os palestrantes, estão o matemático chileno Andrés Navas, da Universidade de Santiago, e o norte-americano Jack Dieckmann, diretor de pesquisa do Centro de Pesquisa YouCubed, da Universidade Stanford, um dos criadores do Movimento Mentalidades Matemáticas, que abrange uma nova abordagem didática holística do ensino da matemática; além dos pesquisadores do Impa Paulo Orenstein, Luna Lomonaco e Claudio Landim, este diretor adjunto do instituto e coordenador-geral da Olimpíada Brasileira da Matemática das Escolas Públicas (Obmep).

Novidade

As mesas-redondas são uma das novidades desta edição e foram organizadas com o intuito de promover o debate entre pesquisadores, professores e alunos. Entre os temas, destacam-se: Como estimular e influenciar positivamente os alunos de matemática, A força das mulheres na ciência e matemática, Ensino e aprendizagem da matemática para pessoas com deficiência, O que é Data Science e como ela está presente no nosso dia a dia e Meninas inspiradas e inspiradoras.

As oficinas foram escolhidas a partir de um processo seletivo aberto a qualquer pessoa ou escola com projetos voltados para a matemática. As 20 atividades selecionadas retratam o aprendizado de estatística usando minecraft (série de videogame), pensamento computacional, jogos de tabuleiro, os cataventos e a geometria, mandalas e multiplicação, técnicas de origami, a matemática na arte, cultura maker (que se baseia na ideia de que as pessoas devem ser capazes de fabricar, construir, reparar e alterar objetos dos mais variados tipos e com diversas funções), e muitos outros temas.

A programação completa está disponível aqui.

Diversidade

O Impa, que tem, agora, duas matemáticas em seus quadros, Marcelo Viana admitiu que atrair mulheres para a carreira da matemática não é fácil. No doutorado do Impa, 12% dos candidatos são mulheres. Entre os admitidos, as mulheres representam 15%. “Um pouco acima da oferta de candidatos”.

Para ele, isso é parte de um quadro geral que envolve aspectos socioculturais e não é exclusivo do Brasil. De modo geral, a presença de mulheres nas ciências está aquém do desejado. “Nós [no Impa] somos totalmente favoráveis ao aumento de mulheres, porque sabemos que é benéfico para o ambiente de pesquisa essa diversidade, em particular de gênero, e somos abertos e atentos a todas as oportunidades. Temos projetos voltados ao incentivo à presença de mulheres e meninas, desde a educação básica, nas carreiras de ciências. Estamos muito conscientes de que é necessário incentivar essa presença, essa diversidade”.

Popularização

Popularizar o ensino da matemática entre crianças e jovens é o objetivo da Escola Firjan Sesi no 2º Festival Nacional de Matemática, organizado pelo Impa e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

“Esta é uma boa oportunidade para os alunos verem a matemática de uma forma que vai além da sala de aula, de perceberem que ela pode estar presente em uma brincadeira, em um objeto, em um material mais lúdico”, disse o coordenador de Educação Básica da Firjan Sesi, Vinicius Mano. Ele explicou que a dinâmica que será mostrada no festival já é experimentada dentro das Escolas Firjan Sesi. “Nossa metodologia incentiva uma matemática investigativa, que pensa em como resolver um problema ou interpretar um aspecto de um objeto ou da realidade. Mostrar uma matemática que vai além de fazer contas é o que esperamos para a Arena”. Um dos exemplos é o projeto em parceria com a associação francesa Math en Jeans, que visa aproximar os jovens estudantes da pesquisa acadêmica na área e que está sendo iniciado agorra nas Escolas Firjan Sesi.

Na Arena Firjan Sesi, a matemática será mostrada em atividades que podem ser comuns no dia a dia ou que podem causar estranheza e curiosidade. A Roda Quadrada em um triciclo; o Cubo Cabeça, formado por sete peças tridimensionais; o Desafio do Labirinto; a Legolândia; o Xadrez Gigante e o Desvende os Padrões, que explora os padrões visuais, são algumas das atividades propostas durante o evento. Também as equipes de robótica das Escolas Firjan Sesi de Resende, Barra do Piraí, São Gonçalo e Tijuca estarão presentes no evento.

(Fonte: Agência Brasil)

A 2ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica está com inscrições abertas até 17 de outubro. O evento, realizado pelo Ministério da Educação (MEC), tem como temática tecnologia e Inovação e tem o objetivo de promover a participação de estudantes e de profissionais da educação profissional e tecnológica no desenvolvimento de projetos de inovação, iniciação e extensão, a fim de ampliar a divulgação e valorização dessa modalidade educacional.

A Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica vai ocorrer entre os dias 28 de novembro e 4 de dezembro em Brasília. O evento é realizado ao mesmo tempo que a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia e tem o objetivo de criar um ambiente de aproximação entre as instituições de educação profissional e tecnológica e o mundo do trabalho, assim como a integração e a troca de experiências entre as diferentes redes de ensino.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio do link: . As propostas poderão ser enviadas pelas instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, das redes estaduais, municipal e do Distrito Federal e de instituições privadas. 

O edital prevê a seleção para a Mostra Tecnológica de Projetos de Inovação, sendo disponibilizados 30 estandes, e para a apresentação de Trabalhos Acadêmicos nos formatos oral e pôster. A divulgação do resultado está prevista para ser divulgada no dia 1º de novembro. 

(Fonte: Agência Brasil)

Casa Mário de Andrade

As obras de ampliação e readequação do Museu Casa Mário de Andrade, que começaram neste mês de setembro, deverão ser concluídas no primeiro semestre do ano que vem. Localizado na região da Barra Funda,  zona oeste da capital paulista, o museu foi endereço do escritor modernista Mário de Andrade, que se mudou com a família para essa casa na Rua Lopes Chaves, em 1921.

A construção, projetada por Oscar Americano, em realidade, é composta por três sobrados geminados, todos pertencentes à família do escritor. O primeiro, que abriga o museu, era o de sua mãe, Maria Luiza. O do meio era destinado ao irmão mais velho, Carlos. E o último seria a residência do próprio Mário, quando ele se casasse. No entanto, Mário acabou não saindo da casa da mãe e viveu nessa residência até a sua morte, em 1945.

Com a reforma, as duas residências ao lado serão incorporadas ao museu que, com isso, praticamente dobrará de tamanho, passando de 416 metros quadrados para 782 metros quadrados.

Entre as melhorias previstas no local, estão a instalação e construção de mais espaços expositivos, um espaço de convivência com café e loja e um auditório com capacidade para 78 pessoas. O museu também será readequado para ser todo acessível, com inclusão de piso tátil, rampas de acesso, elevador e uso de recursos audiovisuais. O governo paulista aplicou, no projeto, R$ 8,5 milhões – R$ 1,12 milhão para aquisição dos dois imóveis e R$ 7,83 milhões para obras e equipamentos.

Durante o período das obras, as atividades do museu serão realizadas no anexo da Casa Guilherme de Almeida, no Bairro do Pacaembu, que também integra a Rede de Museus-Casas Literários da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, da qual a Casa Mário de Andrade também faz parte.

(Fonte: Agência Brasil)

Novo edital do Instituto Serrapilheira vai selecionar dez jovens cientistas de todo o Brasil que apresentem propostas nas áreas de ciências naturais, ciência da computação e matemática. Na sexta chamada pública de apoio à ciência, o instituto oferece R$ 9,1 milhões para os projetos escolhidos.

O apoio financeiro que os jovens cientistas receberão varia de R$ 200 mil a R$ 700 mil, ao longo de cinco anos. As inscrições serão abertas no dia 28 de outubro, para que os candidatos possam se preparar e enviar um pré-projeto ao edital. O encerramento das inscrições está previsto para o dia 28 de novembro.

A diretora de Ciência do Instituto Serrapilheira, Cristina Caldas, esclareceu, em entrevista à Agência Brasil, que a distribuição dos recursos levará em consideração que as áreas experimentais demandam mais recursos do que as áreas teóricas. “O cientista vai mandar um pedido de orçamento e a gente já recebe orçamentos diferenciados em relação à demanda das áreas específicas. Em geral, a gente acata o que o cientista pede e existe essa relação de que as áreas experimentais são mais demandantes mesmo”, explicou Cristina.

Há, também, a possibilidade de os selecionados acessarem recursos extras que correspondem a até 30% da subvenção e que serão investidos na formação e integração de pessoas de grupos sub-representados na ciência, entre os quais mulheres, negros e indígenas, entre outras.

Seleção

A seleção ocorre em duas fases e leva em consideração a excelência das propostas nas diversas áreas. Na primeira fase, os candidatos enviam uma pré-proposta, que será avaliada por revisores internacionais. “O que define os selecionados é a qualidade das propostas e a indicação dos revisores internacionais. Escolhemos os candidatos em função dessa lista que é recomendada pelos revisores internacionais, com base naqueles que forem mais competitivos”. Os que forem indicados pela comissão deverão apresentar seus projetos completos. A etapa final inclui uma entrevista em inglês com os candidatos.

Os jovens cientistas deverão ter vínculo permanente com alguma instituição de pesquisa no Brasil e ter concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2020. O prazo é estendido em até dois anos para pesquisadores do sexo feminino com filhos.

A 6ª chamada pública introduz novidades em relação aos anos anteriores. Uma delas é que o candidato deve detalhar o risco do seu projeto a partir de três definições propostas pelo Serrapilheira: o risco de concepção, relacionado à formulação da hipótese do projeto; o risco de abordagem, que diz respeito à escolha metodológica; e o risco técnico, ligado à obtenção dos dados. “É algo que a gente quer explorar junto à comunidade científica. Passa a ser um novo roteiro para os candidatos submeterem as propostas”.

Cristina Caldas indicou que, para o Serrapilheira, o risco é bem-vindo e faz parte de projetos ousados. O objetivo do detalhamento é mensurar como as escolhas dos cientistas podem dar errado e o que o pesquisador pretende fazer caso isso aconteça.

Parcerias

Outra novidade trazida pelo edital é o estabelecimento de parcerias do Instituto Serrapilheira com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e com as fundações (FAPs) de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), Rio de Janeiro (Faperj) e Santa Catarina (Fapesc). O objetivo é ampliar o apoio a jovens cientistas nos Estados.

Cristina Caldas afirmou que o Serrapilheira já tinha um espaço definido enquanto financiador privado para jovens cientistas. “Mas a gente viu que era importante começar a fazer parcerias efetivas com outros agentes de fomento também”. É a primeira vez que, em um edital, existe a parceria com as fundações de apoio e o Confap. “A gente enxerga essa possibilidade como uma maximização dos nossos esforços porque, depois de selecionar os cientistas, acaba não dando conta de apoiar todos que gostaria de apoiar por restrição orçamentária”.

Segundo destacou a diretora de Ciência, a parceria tem dois grandes motivos. “O primeiro é que a gente consegue capilarizar mais dinheiro para os jovens, que têm mais dificuldade de acesso a recursos nessa fase da carreira e estão tentando montar linhas independentes de pesquisa, competindo com pesquisadores seniors. O segundo é porque vai ser um bom experimento de parcerias público-privadas (PPPs) efetivas”.

A diretora acredita que esse vai ser um experimento interessante porque significa combinar agilidade e acessibilidade do financiamento privado “com a robustez que a gente espera do financiamento público”.

A ideia é, nos próximos editais, dar seguimento às parcerias com as fundações de amparo à pesquisa em todo o Brasil. “Está começando agora com um número restrito de FAPs, mas a gente quer ampliar isso nas próximas chamadas, que outras FAPs entrem oficialmente com a gente e que nós possamos explorar outras formas de trabalhar em conjunto”. Salientou ainda que esse é um experimento piloto, mas que tem possibilidades de expansão pensando também outras pautas, como a ciência aberta e a diversidade na ciência.

Prazos

As propostas completas têm prazo final de envio no dia 17 de abril de 2023, às 15h, prevendo-se a divulgação dos nomes selecionados em 28 de junho, com início do apoio no dia 28 de julho do próximo ano. 

(Fonte: Agência Brasil)

Estamos olhando este 1º domingo de janeiro deste 1964. Olhando apenas. Um olhar perdido nas distâncias. Um olhar se alongando, se espichando, querendo ir mais longe, do horizonte limitado. Olhar muito além, muito além mesmo.

Estamos assim com os olhos pregados neste ANO NOVO que chegou debaixo de um aguaceiro. Que chegou molhado de chuva. Ensopado de água, água se despencando lá de cima, do alto, das nuvens escuras, cinzentas. E tudo o mais está parado dentro de nós: as emoções, os sentimentos, as impressões. O pensamento parado. Domina-nos apenas esta contemplatividade. Isto apenas.

E o 64 veio sem o registro dos chamados “escândalos políticos”, sem o registro duma ocorrência violenta no meio da sociedade. Sem a virulência de uma tragédia. Entrou manso. Chegou, devagarinho. E nem sentimos mesmo a sua aproximação.

De momento, estávamos com eles, com ele encharcado de chuva, pedindo agasalhos, abrigos... Estávamos com ele, dentro de casa, na iluminação da NOITE, de uma NOITE triste, escura, medonha, terrivelmente medonha. Estávamos com ele no quarto e, depois o vimos debruçado no peitoril da janela, querendo espiar, por sua vez, algo diferente. Depois, tomou conta de toda a casa. Dominou-a com a sua presença. E nós olhando para ele friamente, quase que com um indiferentismo. Quase sem lhe dá muita importância.

E ele deve ter estranhado esta fuga, esta ausência de nós, das nossas alegrias, do nosso encantamento espiritual, da nossa boemia do espírito. Sim, deveria ter notado esta nossa quase que total ausência.

Tudo tão diferente dos outros anos. Toda a casa vestida de tristeza com uma mistura de revolta. Toda a casa no esvaziamento das expansões dominadoras. Tudo tão diferente.

O ANO NOVO deveria ter notado isto, esta nossa incompatibilidade, este nosso retraimento. Deveria sim. Mas nós o estávamos olhando... E ficamos muito tempo na janela olhando ao longe. Os olhos perdidos nas distâncias. Sacudidos ao longe, muito ao longe mesmo. E deveria nos ter sentido só, só com as nossas decepções, só com as nossas íntimas explosões, de revolta.

Sim, o ANO NOVO nos veio encontrar assim. Tão distante dele, das suas festas, das suas alegrias. E foi assim pelo NATAL, foi assim... As mesmas reações contrárias. Ficamos longe de tudo, afastado de tudo, mas muito perto de nós, com os olhos fitos ao longe, perdidos ao longe, muito além...

É que nós ficamos com a presença emocional de José Nascimento Moraes Filho, o irmão, o amigo, o companheiro. Nunca o tivemos tão perto de nós, tão junto de nós. Foi o nosso NATAL, o nosso ANO NOVO! Nunca o sentimos tão digno, tão extraordinário, tão íntegro, tão fortalecido na sua moral, na sua condição humana. Nunca o sentimos tão NOSSO, continuação de nós na VIDA. Na vida luta, trabalho, grandiosidade do espírito, da inteligência. Nunca o sentimos tão VIVO em nós, na nossa VIDA.

E tanto sacrifício pelo DEVER CUMPRIDO, quando o vimos sobreviver diante de nós, sublimado no seu comportamento digno. Nunca o sentimos tão irmãos, tão amigos, tão íntimos. Tudo nele é grandiosidade desta resistência moral que imprime aos indignos as reações covardes, os métodos condenáveis, que os atemorizam e os empurram para a execução fantástica do crime premeditado, calculado na sombra, na tormenta da irresponsabilidade, dominado pelo medo.

Tudo nele a fulguração intelectual, junto dele a valorização da honra, o robustecimento do caráter, da expressão fascinante do homem na sua mais perfeita identificação. E contra isto, contra esta estrutura humana, abateram-se os impulsos dos frágeis, dos corruptores da Lei, dos negociadores da Lei, dos usurpadores da Lei. Contra ele, a fúria assassina dos que ficaram na noite escura dos desequilibrados morais, que se abrigaram no charco, no rastejamento das atitudes comprometedoras, açulando a matilha, os cães hidrófobos para atacar a vítima, a grande vítima que, a descoberto, glorificação da sua vida pública, oferecia-lhes a lição edificante dos que sempre dormem com a consciência tranquila. Contra ele, ele a ORDEM, ele a LEI, ele o DEVER, ele a RESPONSABILIDADE, ele a DEFESA dos interesses do ESTADO, da grandeza econômica da TERRA espoliada. Contra ele, a astúcia dos covardes, o ataque dos indignos, a ferocidade dos instintos maus, desseguidos.

Assim. E nós, nesta página, temos, para com ele, JOSÉ NASCIMENTO MORAES FILHO, esta mensagem de solidariedade humana, esta página edificante de o sentirmos muito mais, na VIDA. Muito mais em nós.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”,  5 de janeiro de 1964 (domingo).

Neste último domingo de setembro/22, continuamos com as...

Dúvidas dos leitores

1ª dúvida:

O deputado acha de que ou que estas medidas não são necessárias?

A resposta é:

O deputado acha que estas medidas não são necessárias.

Quem acha sempre acha alguma coisa, ou seja, o verbo ACHAR é transitivo direto. Isso significa que a preposição “de” é totalmente desnecessária.

O mesmo vale para “eu penso que” (e não “eu penso de que”), “nós julgamos que” (e não “nós julgamos de que”).

No caso de “o Sampaio chegou à vitória que tanto precisava”, temos o problema ao contrário. Agora, está faltando a preposição “de”, pois quem precisa (= necessitar) sempre precisa “de” alguma coisa. Assim sendo, o correto é “o Sampaio chegou à vitória de que tanto precisava”.

O mesmo ocorre com o verbo GOSTAR. O certo é “Esta é a música de que o povo gosta”, e não “a música que o povo gosta”.

2ª dúvida:

Ele tem muito respeito pelo ou para com o adversário?

A resposta é:

Ele tem muito respeito pelo adversário.

Usar uma preposição já exige cuidados, que dirá usar duas!!! Quem tem respeito tem respeito por alguém ou por alguma coisa. Em geral, a combinação “para com” é desnecessária e pedante: “Ele não teve consideração para com Pedro”. Basta: “Ele não teve consideração com Pedro”.

Exemplo semelhante é a tal história de “chutar por sobre a trave”. Ou “chutou sobre a trave” ou “por cima da trave”.

3ª dúvida:

O técnico da seleção só falou após ao ou após o jogo?

A resposta é:

O técnico da seleção só falou após o jogo.

A presença da preposição “após” dispensa a preposição “a”. É bom lembrar que “ao” é a combinação da preposição A com o artigo definido O. Não há necessidade de usarmos duas preposições juntas.

Outro exemplo errado é “estava perante ao juiz”. O correto é dizer “perante o juiz”.

4ª dúvida:

Uma multidão assistiu ao ou o desfile de todas as escolas?

A resposta é:

Uma multidão assistiu ao desfile de todas as escolas.

O verbo ASSISTIR, no sentido de “ver, presenciar”, é transitivo indireto. Isso significa que o uso da preposição “a” é obrigatório. Se você assiste (= ver), assiste a alguma coisa.

A confusão se deve ao verbo VER, que é transitivo direto. Você vê o desfile, mas assiste ao desfile.

Outro motivo que pode causar confusão é o fato de o verbo ASSISTIR ser transitivo direto quando usado no sentido de “prestar assistência, ajudar, auxiliar”: “O médico assiste o paciente”; “O advogado assiste o cliente”.

5ª dúvida:

Todos anseiam pela chegada do produto no ou ao mercado?

A resposta é:

Todos anseiam pela chegada do produto ao mercado.

Toda chegada sempre se dá “a algum lugar”, e não “em algum lugar”, como se diz coloquialmente. Portanto, em textos formais, devemos dizer que “tudo aconteceu após sua chegada ao Brasil”, e não “após sua chegada no Brasil”.

Segundo o rigor da gramática tradicional, essa regra vale para os verbos que indiquem movimento: chegar, ir, retornar, dirigir-se… Assim sendo, deveríamos dizer: “O advogado ainda não chegou ao escritório”; “Ela não vai mais à sua casa”; “Ele certamente retornará ao lar”.

6ª dúvida:

Andou através ou através de campos e florestas?

A resposta é:

Andou através de campos e florestas.

A locução prepositiva é “através de”. Assim sendo, não devemos usar “através” sem a preposição “de” a seguir.

Na sua origem, “através de” apresenta a ideia de atravessar: “através dos campos”, “através dos séculos”. Hoje em dia, porém, a locução “através de” é muito usada com o sentido de “por meio de, por intermédio de”: “Recebeu a notícia através da internet”; “O gol da vitória foi marcado através de Richarlison”. Há quem aceite, há quem condene.

Se você preferir, pode perfeitamente substituir “através de” pela preposição “por”: “Recebeu a notícia pela internet”; “O gol da vitória foi marcado por Richarlison”.

7ª dúvida:

Foram levá-lo em ou a domicílio?

A resposta é:

Foram levá-lo a domicílio.

Se você leva, leva alguma coisa (= objeto direto) a algum lugar (= adjunto adverbial de lugar). Ninguém leva alguma coisa “em algum lugar”. LEVAR é um verbo que denota “movimento”: ir a algum lugar, chegar a algum lugar, dirigir-se a algum lugar, levar alguém a algum lugar…

Não devemos confundir “levar alguém a algum lugar” com “entregar alguma coisa a alguém em algum lugar”: “Foram entregar o presente (= objeto direto) aos noivos (= objeto indireto) em domicílio (= adjunto adverbial de lugar).

Toda entrega é feita “em” algum lugar: “Fazemos entregas em casa”; “Neste hotel, as entregas devem ser feitas na recepção. Não fazemos entregas no quarto do hóspede”; “Nosso restaurante oferece entregas no seu escritório”.

Assim sendo, o mais coerente é “entregas em domicílio”.

8ª dúvida:

Estamos à ou a disposição para mais esclarecimentos?

A resposta é:

Estamos à disposição para mais esclarecimentos.

O acento grave indicativo da crase se faz necessário porque temos a preposição “a” mais o artigo definido “a”, que antecede o substantivo feminino “disposição”.

A prova de que ocorre a crase (a+a = à) é que, se fosse um substantivo masculino, teríamos “ao” (a+o): “Estamos ao dispor para mais esclarecimentos”.

O acento da crase se tornaria facultativo se, antes do substantivo feminino, houvesse um pronome possessivo: “Estamos a sua disposição ou à sua disposição”.

A novidade, para quem não sabe, é que o uso de artigos definidos antes de pronomes possessivos é facultativo, podemos usar ou não: “Este é meu carro” ou “Este é o meu carro”; “Estamos a seu dispor” ou “Estamos ao seu dispor”.

Illia Ovcharenko

A Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, será palco neste domingo (25) da primeira apresentação da Série Estrelas do Piano, do Festival Internacional de Piano. A estreia caberá ao pianista ucraniano Illia Ovcharenko que, aos 23 anos, já soma 20 prêmios internacionais.

O concerto terá três horas, com início às 17h, e o programa a ser apresentado pelo pianista vai incluir Schumann, Chopin e Ginastera.  

Os ingressos custam de R$ 10 a R$ 5 e podem ser comprados pela internet ou na bilheteria da Sala Cecília Meireles, localizada na Rua da Lapa, 47.

Illia Ovcharenko também vai se apresentar em São Paulo, no dia 27 de setembro, no Auditório Villa-Lobos da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Universidade de São Paulo (USP). A entrada será gratuita, e o espetáculo está marcado para as 12h30. 

A Série Estrelas do Piano do Festival Internacional de Piano tem direção artística e coordenação geral de Lilian Barretto e continuará em outubro, com apresentações de Leonardo Hillsdorf em Belém (18) e Vitória (20). 

No dia 2 de dezembro, Cristian Budu fará um concerto na Sala Cecília Meireles e tocará um dueto com Gustavo Carvalho no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, no dia 7. 

(Fonte: Agência Brasil)

Chegou a hora da primeira decisão. O Festival de Música 100 Anos de Rádio no Brasil, promovido pela Empresa Brasil de Comunicação, anuncia, neste domingo (25), às 12h, os primeiros classificados para as fases finais do evento. A seleção foi feita pela comissão julgadora do evento.

Os sons e as expectativas na programação

Neste domingo, também começa o período de divulgação dos materiais nas rádios EBC. As músicas passam, agora, a ser veiculadas durante toda a programação das emissoras até o dia 10 de outubro. Isso vai permitir que ocorra a votação popular dentro desse período. 

Para o gerente da Rádio MEC e coordenador do festival, Thiago Regotto, a divulgação dos trabalhos em programação das emissoras de rádio garante aos participantes uma oportunidade diferenciada.  

“O músico ganha uma exposição que já possibilita a projeção das carreiras desses artistas”, afirma o coordenador do festival.

Inclusive, Regotto testemunha que a tradição dos festivais da EBC tem garantido, ao longo do tempo, belos caminhos aos artistas que se classificam para as etapas decisivas.

Os trabalhos estão divididos em cinco categorias: Prêmio Rádio MEC de Melhor Música ClássicaPrêmio Rádio MEC de Melhor Música InstrumentalPrêmio Rádio MEC de Melhor Música InfantilPrêmio Rádio Nacional de Melhor Música Popular; e Prêmio Rádio Nacional do Alto Solimões de Melhor Música Regional.

A seleção das músicas levou em conta a qualidade artística da obra (música, letra, partitura e interpretação), a originalidade e a qualidade da gravação.

Agora, nessa terceira etapa, o público pode acompanhar a transmissão e participar da escolha das semifinalistas pelo voto popular na internet até 10 de outubro.

O anúncio das obras que seguem na disputa ocorre em 11 de outubro. A divulgação das 15 músicas finalistas – três por categoria, sendo cinco definidas pelo público e dez escolhidas pela Comissão Julgadora – será realizada no dia 5 de novembro. As músicas permanecem na programação das emissoras até o dia 6 de dezembro, quando as ganhadoras serão conhecidas.

No palco

As músicas que chegarem à final concorrem aos prêmios em um show na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. O evento anunciará a decisão do Festival de Música 100 Anos de Rádio no Brasil. Os artistas vencedores receberão os troféus em cada categoria.

Os autores das obras concorrentes vão poder contar com a veiculação nas emissoras afiliadas que integram a Rede Pública de Rádios, bem como nos demais veículos da EBC, como a TV Brasil, e suas plataformas digitais.

Cronograma a partir de agora do Festival de Música 100 anos de Rádio no Brasil

25/9 a 10/10 – Período de veiculação das músicas classificadas

25/9 a 10/10 – Votação popular para definir semifinalistas nas emissoras

11/10 – Divulgação das músicas semifinalistas

11/10 a 04/11 – Período de veiculação das músicas semifinalistas

11/10 a 4/11 – Votação popular para definir uma música finalista por categoria

5/11 – Divulgação das músicas finalistas

5/11 a 6/12 – Período de veiculação das músicas finalistas

6/12 – Divulgação dos vencedores

(Fonte: Agência Brasil)