O governo federal criou o programa de bolsa permanência e de poupança para estudantes de baixa renda que estão no ensino médio, para incentivar a permanência e conclusão dos estudos pelos jovens. Para isso, será criado um fundo especial em que a União deve aportar até R$ 20 bilhões.
“A redução da evasão escolar e o incentivo à conclusão do ensino médio são considerados fatores centrais para garantir o acesso dos jovens a melhores condições de formação profissional e emprego”, explicou a Presidência. Segundo o comunicado, a evasão no ensino médio chega a 16%. Os dados apontam que o primeiro ano é o que tem maior registro de evasão, abandono e reprovação de estudantes.
A Medida Provisória (MP) nº 1.198, de 27 de novembro de 2023, foi publicada, nessa terça-feira (28), em edição extra do Diário Oficial da União. Por ter força de lei, a MP já está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em 120 dias para não perder a validade.
Um ato conjunto dos ministérios da Educação e da Fazenda vai definir valores, formas de pagamento, critérios de operacionalização e uso da poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar. Os valores serão depositados em conta a ser aberta em nome do estudante, que poderá ser a poupança social digital da Caixa Econômica Federal.
Critérios
Estão aptos a receber o benefício os jovens de baixa renda regularmente matriculados no ensino médio nas redes públicas de ensino e pertencentes a famílias inscritas no Cadastro Único para programas sociais do governo federal, com prioridade àquelas que tenham renda per capita mensal igual ou inferior a R$ 218. A elegibilidade ao programa também poderá ser associada a critérios adicionais de vulnerabilidade social e idade, conforme a regulamentação.
A poupança não será considerada no cálculo da renda familiar para a concessão ou recebimento de outros benefícios.
Para ter acesso ao benefício, o aluno precisará ter frequência mínima, garantir a aprovação ao fim do ano letivo e fazer a matrícula no ano seguinte, quando for o caso. A regra também exige participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para aqueles matriculados na última série do ensino médio, nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e nos exames aplicados pelos sistemas de avaliação externa dos entes federativos para a etapa do ensino médio.
A MP também prevê a articulação com Estados, municípios e o Distrito Federal, que prestarão as informações necessárias à execução do programa, a fim de possibilitar o acesso à poupança pelos estudantes matriculados em suas respectivas redes de ensino.
Recursos
Para a operacionalização, o programa prevê a criação de um fundo, administrado pela Caixa, que poderá contar com recursos públicos e privados. A MP autoriza a União a aportar até R$ 20 bilhões no fundo de receitas federais da exploração de óleo e gás.
De acordo com a Presidência, a medida reforça a legislação atual, que prevê que recursos do pré-sal sejam prioritariamente destinados à educação pública e à redução das desigualdades.
Caso os estudantes descumpram as condicionantes ou se desliguem do programa, os respectivos valores depositados em conta retornarão ao fundo.
A Associação Brasileira de Liderança realizou, nessa segunda-feira (28/11), solenidade em que homenageou diversas pessoas de destaque no Brasil e no exterior com o “Prêmio Excelência e Qualidade Brasil 2023”. A solenidade foi realizada no grande salão de festas e eventos do elegante Esporte Clube Sírio, na Avenida Indianópolis, em São Paulo (SP).
O salão ficou lotado de empresários, profissionais liberais (médicos, engenheiros, advogados etc.), cientistas, pesquisadores, professores, jornalistas, consultores, músicos e outros artistas, representantes de entidades filantrópicas e de prestação de serviços, entre outras pessoas e profissionais do multifacetado universo da sociedade brasileira.
Das 19h às 23h, foram sendo apresentadas diversas pessoas que são referência em suas atividades e em seu Estado de atuação. Do Maranhão, foi homenageado o jornalista, escritor, administrador e palestrante Edmilson Sanches, autor de mais de quarenta livros publicados nas áreas de Administração, Biografias, Comunicação, Desenvolvimento, História e Literatura. Segundo o documento da Associação Brasileira de Liderança, Sanches recebeu o “reconhecimento público”, no grau de “Comendador”, por seu “destaque com louvor entre os melhores do Brasil”, título “nomeado a pessoas de nobreza moral e intelectual que se destacam em suas áreas de atuação, demonstrando nosso reconhecimento público e incentivando a excelência e qualidade dessas lideranças”.
Moisés Hartmann, presidente da Associação Brasileira de Liderança, em diálogo com Sanches, elogiou o trabalho do maranhense, que há décadas vem se dedicando à organização de entidades comunitárias, acadêmicas, culturais e de miniprodutores rurais, como pequenos agricultores e quebradeiras de coco. Sanches também tem sido frequente palestrante em empresas e em escolas, inclusive universidades, em diversos pontos do País.
Bastante aplaudido após leitura de sua biografia pelo cerimonial, Edmilson Sanches recebeu o diplomas em português e inglês, colar com medalha, troféu e distintivos com o Bandeira Nacional e o brasão da República. Em entrevista à TV da Associação, Edmilson Sanches destacou que devia à palavra a homenagem que acabava de receber: “Escrita ou falada, ela é o suporte ou instrumento que utilizo para levar informação, conhecimento, reflexão e desenvolvimento para pessoas, empresas, entidades e comunidades em já dezoito Estados brasileiros. É o meu ide e pregai particular”. Quanto à solenidade, Sanches disse que “há um grande número de brasileiros, país adentro e afora, realizando grandes e meritórios trabalhos, e o que a Associação Brasileira de Liderança faz é alçar parte dessas pessoas do acinzentamento de suas atividades para o brilho de um grande momento, como esta noite no Clube Sírio paulistano. De qualquer modo, todos aqui desenvolvem atividades que contribuem para que parte do Brasil e dos brasileiros atinja estágios gradualmente mais elevados de qualidade de vida e, por que não?, de felicidade humana”.
Observador e crítico, Edmilson Sanches lembrou: “Dizem que palavra tem poder. E deve ser verdade, para o bem e para o mal, a exemplo de incertos Poderes político-administrativos, os quais, por motivos diversos – todos eles vergonhosos e não republicanos –, ainda submetem nosso país, e a nós seus habitantes, a vexames socioeconômicos, como o fato de o Brasil, com tantos recursos, naturais e humanos, ainda permanecer como país de Terceiro Mundo... porque a classificação não vai até o quarto”.
A convite, Edmilson Sanches encontra-se em viagem pelo Sudeste e Sul do País, já tendo sido homenageado por diversas Entidades acadêmicas e culturais dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Fotos:
Comendas recebidas por Edmilson Sanches, que está com o agropecuarista e ex-gestor do Banco do Brasil Osvaldo David, também homenageado, e sua família. Vê-se ainda o aspecto geral da mesa diretora dos trabalhos do Prêmio Excelência e Qualidade Brasil 2023.
A preparação do Sampaio Corrêa visando a disputa da Conmebol Libertadores de Beach-Soccer 2023 está em sua reta decisiva. Os treinos na Arena Domingos Leal, na Lagoa da Jansen, em São Luís, prosseguem até esta quarta-feira (29). Isso porque, na quinta-feira (30), o elenco tricolor embarca rumo ao Paraguai, país-sede desta edição da competição sul-americana. E, após dias de trabalhos intensos, atletas e comissão técnica estão satisfeitos com o rendimento do time que irá brigar pelo inédito título da Conmebol Libertadores.
“Estamos treinando bem para esta Libertadores. A expectativa é a melhor possível. Estamos com uma equipe bastante forte para jogar, com jogadores experientes. Tenho certeza de que vamos fazer uma boa campanha e trazer esse tão sonhado troféu para o nosso Maranhão”, afirmou Datinha, um dos principais nomes da equipe tricolor.
Além do camisa 10, o Sampaio Corrêa conta com outros talentos maranhenses como o goleiro Bobô e o ala Sikinha. Além deles, a equipe se reforçou com outros atletas de destaque no cenário nacional do beach-soccer como os alas Filipe Silva e Zé Lucas e o pivô Édson Hulk, que estiveram recentemente com a Seleção Brasileira de Beach-Soccer na disputa da Liga Evolución 2023, em Salinas, no Equador. Na competição em solo equatoriano, o Brasil sagrou-se campeão de forma invicta.
A caminhada do Sampaio Corrêa na Conmebol Libertadores de Beach-Soccer 2023 começará no próximo domingo (3 de dezembro). O time maranhense, que é o único representante do Brasil no torneio, fará sua estreia no primeiro dia de disputas diante do San Antonio (PAR). O jogo está marcado para as 13h45 (horário de Brasília), na cidade de Assunção e terá transmissão pelo canal oficial da Conmebol Libertadores no YouTube.
Nos dias 4 e 5 de dezembro, o time maranhense vai entrar em campo no mesmo horário: a partir das 12h. O segundo compromisso tricolor será contra o Sportivo Cerrito (URU) e encerra sua participação na fase de grupos diante do Acassuso (ARG).
“É um grupo difícil, mas vamos com tudo. Queremos brigar pelo título e, por isso, não podemos ficar escolhendo adversários. Em toda competição, entramos para dar o nosso melhor e, nesta edição da Conmebol Libertadores, não vai ser diferente. Vamos dar o máximo para representar bem o Sampaio Corrêa, o Maranhão e o Brasil”, afirmou Bobô, goleiro do Sampaio Corrêa.
Forma de disputa
As 12 equipes participantes na Conmebol Libertadores de Beach-Soccer 2023 foram distribuídas em três grupos. Na primeira fase, jogam entre si, dentro de suas respectivas chaves. Os dois primeiros colocados de cada grupo, além dos dois melhores terceiros colocados, avançam para as quartas de final.
GRUPOS CONMEBOL LIBERTADORES DE BEACH-SOCCER 2023
Grupo A: ]
Presidente Hayes (PAR), Guaicamacuto (VEN), Unión Lurín (PER) e Hamacas (BOL)
Grupo B:
Libertad (PAR), Camba Pizzero (CHI), Antioquia (COL) e Victoria Andrés (EQU)
Grupo C:
Sampaio Corrêa (BRA), Acasuso (ARG), o Sportivo Cerrito (URU) e San Antonio (PAR)
O Ministério da Educação premia, nesta terça-feira (28), as 12 iniciativas vencedoras do 1º Concurso de Boas Práticas, promovido pela pasta com o objetivo de estimular e reconhecer as ações de gestão desenvolvidas para a promoção e o aprimoramento da governança, transparência e integridade pública no âmbito federal da educação.
Entre as instituições premiadas, estão autarquias, empresas públicas, universidades e institutos federais. A premiação ocorrerá na abertura do 1º Seminário Anual de Controle Interno do MEC.
Segundo o MEC, 77 inscrições foram registradas para a premiação. Dessas, foram selecionadas 34 finalistas de todas as regiões do país. O concurso abrangeu todas as unidades e secretarias do ministério, bem como as suas entidades vinculadas.
“As vencedoras foram as duas melhores práticas em cada uma das seis categorias: Aprimoramento da Integridade Pública; Aprimoramento da Transparência Ativa e Passiva e da Participação Social na Gestão Pública; Fortalecimento da Gestão de Riscos e dos Controles Internos; Aprimoramento da Atividade Correcional e de Aplicação da Lei Anticorrupção; e Aprimoramento das Atividades de Auditoria Interna”, informou o ministério.
Semanas após o término da última edição dos Jogos Pan-Americanos, disputados em Santiago (Chile), o Brasil continua colhendo os frutos da grande campanha que fez na competição. Nesta segunda-feira (27), foram anunciados os indicados ao Panam Sports Awards, e a equipe brasileira aparece com destaque, com nove concorrentes, entre eles a campeã olímpica Rebeca Andrade, que concorre em duas categorias: Melhor Atleta Feminina e Criador de Mudança.
A brasileira, que fez sua estreia em uma edição de Pan-americanos, concorre na categoria de Melhor Atleta Feminina com a venezuelana Joselyn Brea, a canadense Maggie Mac Neil, a norte-americana Regina Jaquess, a norte-americana Sunny Choi e a dominicana Marileidy Paulino. O Brasil também tem um representante na disputa de Melhor Atleta Masculino com o nadador Guilherme Costa, que disputa com o norte-americano Jacob Foster, o chileno Santiago Ford, o canadense Ethan Katzberg, o trinitário-tobagense Nicholas Paul e o mexicano Osmar Olvera.
Outras categorias com indicados do Brasil são: Melhor Equipe Masculina, com a seleção de vôlei, Melhor Equipe Feminina, com a seleção de handebol, Legado Cali 2021 – Masculino, com o triatleta Miguel Hidalgo, Legado Cali 2021 – Feminino, com a ginasta Maria Alexandre, Panam Lenda do Esporte, com o nadador Thiago Pereira, e o Comitê Olímpico com Melhor Desempenho, com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
“A participação brasileira nos Jogos Pan-americanos de Santiago foi histórica, com a superação do número de medalhas de ouro e no total. Com o talento e dedicação dos atletas e através do trabalho do COB e das Confederações, o Brasil está se consolidando no segundo lugar do quadro de medalhas na competição, algo inimaginável há pouco tempo”, declarou o presidente do COB, Paulo Wanderley.
A votação popular está aberta no site panamsports.org/en/vote até o dia 5 de dezembro. Os vencedores serão anunciados durante cerimônia realizada no dia 9 de dezembro em Miami (Estados Unidos).
O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) divulgou, nesta segunda-feira (27), o edital de seleção de estudantes para o Impa Tech, seu primeiro curso de graduação. O bacharelado em Matemática da Tecnologia e Inovação vai começar em 2024, no Porto Maravalley, polo de tecnologia desenvolvido pela Prefeitura do Rio de Janeiro, na zona portuária da cidade.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de 29 de novembro a 28 de dezembro, no site do Impa. A matrícula também será gratuita, e os estudantes terão moradia e apoio financeiro. A duração será de quatro anos, com um ciclo básico de quatro períodos letivos.
Numa etapa posterior, os alunos poderão escolher entre as ênfases em Matemática, Ciência de Dados, Ciência da Computação ou Física. Para o diretor-geral do Impa, Marcelo Viana, o novo curso vai capacitar os estudantes para entrar de forma efetiva no mercado de tecnologia e inovação, atuando em áreas como inteligência artificial, machine learning, big data, entre outras.
“Sabemos bem do potencial do conhecimento matemático para contribuir para o desenvolvimento da geração de riqueza. A criação do Impa Tech é mais uma iniciativa, de grande envergadura, do Impa para colocar esse conhecimento a serviço da sociedade brasileira”, disse Viana, em nota.
A localização do curso também é estratégica. O Porto Maravalley vai abrigar, além do Impa Tech, startups e empresas de tecnologia, criando um ambiente de inovação e colaboração.
Processo seletivo
Para 2024, o processo seletivo usará o desempenho dos estudantes em olimpíadas do conhecimento e Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Serão ofertadas até 80 vagas para alunos medalhistas do nível 3 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, promovida pelo Impa, e da Olimpíada Brasileira de Matemática; premiados nas modalidades A e/ou B da Olimpíada Brasileira de Química; níveis 2 e/ou 3 da Olimpíada Brasileira de Física e nas modalidades programação dos níveis 1 e 2 da Olimpíada Brasileira de Informática.
Segundo o edital, cada medalha garantirá uma pontuação diferente no processo de seleção do Impa Tech.
Outras 20 vagas serão disponibilizadas para candidatos com melhor desempenho em Matemática no Enem. A seleção contará ainda com atividades em grupo e entrevistas individuais on-line.
O Impa Tech terá vagas destinadas à ampla concorrência e reservará um quantitativo aos candidatos distribuídos em diferentes grupos de cotas, conforme detalhado no edital.
O Impa Tech é um curso de ensino superior financiado pelo governo federal por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC). A graduação conta com a parceria da Prefeitura do Rio, responsável pelo Porto Maravalley.
O período de inscrição para vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) termina na próxima quinta-feira (30). O prazo chegou a ser prorrogado pelo Ministério da Educação (MEC). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas, exclusivamente, por meio do Portal de Acesso Único ao Ensino Superior. Os resultados da pré-seleção em chamada única e da lista de espera serão divulgados no dia 4 de dezembro.
De acordo com o MEC, podem se inscrever todos os estudantes com matrícula ativa, na condição de cursando regularmente o mesmo curso, turno e localidade da instituição de ensino participante do Fies ofertados nesta edição. Além disso, os estudantes precisam atender às demais exigências do programa, como ter renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos.
“Quem for selecionado poderá contratar o financiamento já com abrangência a partir de julho de 2023. Ou seja, com o Fies Vagas Remanescentes, todo o segundo semestre de 2023 poderá ser financiado, mesmo para quem não está em situação de inadimplência na instituição de ensino. Nesse caso, o estudante pode até reaver valores já pagos durante esse período, se assim preferir”, destacou a pasta.
Vagas
Cerca de 60 mil vagas são ofertadas com a retomada do Fies Vagas Remanescentes, que estava interrompido desde 2021. Os inscritos serão selecionados de acordo com a classificação de suas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Serão consideradas as edições a partir de 2010. A nota mínima exigida é 450 pontos na média das cinco provas do Enem, bem como nota superior a zero na prova de redação.
Classificação
Bolsistas parciais (50%) do Programa Universidade para Todos (Prouni) aparecem em primeiro lugar na lista de prioritários para o critério de classificação no processo seletivo de ocupação das vagas remanescentes do Fies, desde que não tenham graduação e nem sido beneficiários do Fies.
Em segundo lugar estão os estudantes que não têm um diploma de curso de graduação e nunca foram beneficiados pelo Fies. Em terceiro estão aqueles que não têm diploma de curso de graduação, mas que já foram beneficiados pelo Fies em outro momento, tendo quitado o financiamento.
Em quarto estão os estudantes com diploma de graduação, mas que nunca tiveram contrato com o Fies e, em quinto, estudantes com diploma de curso de graduação e beneficiários do Fies que conseguiram quitar o financiamento do seu curso.
Movo cronograma
Período de inscrição: 17 a 30 de novembro;
Resultado da chamada única (pré-seleção): 4 de dezembro;
Comparecimento à instituição de ensino para comprovação de informações da inscrição: 5 a 7 de dezembro;
Resultado da lista de espera (pré-seleção): 12 de dezembro
O acadêmico, diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador Alberto Costa e Silva morreu na madrugada deste domingo (26), em casa, de causas naturais, aos 92 anos. De acordo com a Academia Brasileira de Letras (ABL), não haverá velório, e o corpo será cremado amanhã em cerimônia restrita à família.
Especialista na cultura e na história da África, Costa e Silva foi embaixador do Brasil na Nigéria e no Benin, e é considerado um dos mais importantes intelectuais brasileiros. “Sua obra é fundamental para o desenvolvimento dos estudos e do ensino da história do continente africano. Escreveu mais de 40 livros, entre poesia, ensaio, história, infantojuvenil, memória, antologia, versão e adaptação”, diz a ABL em nota sobre a morte do acadêmico.
Eleito para a ABL em 2000, foi o quarto ocupante da cadeira nº 9, na sucessão de Carlos Chagas Filho. Alberto Costa e Silva foi presidente da Academia no biênio 2002-2003 e ocupou os cargos de secretário-geral em 2001, primeiro-secretário em 2008-2009 e diretor das Bibliotecas em 2010-15. Era também sócio-correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Portuguesa da História. A diplomação no Instituto Rio Branco ocorreu em 1957.
O acadêmico nasceu no dia 12 de maio de 1931, em São Paulo, e fez os estudos primários e o curso secundário em Fortaleza. Em 1943, mudou-se para o Rio de Janeiro.
No discurso de posse na ABL, destacou a sua brasilidade. “Carlos Chagas Filho desejou para esta cadeira que fosse uma 'cadeira cativa' carioca. Não o desapontará de todo estar eu aqui. Meu pai era de Amarante, no Piauí, de mãe maranhense, e estudou no Recife; minha mãe era de Camocim, no Ceará, criada em Manaus; tive um irmão carioca e dois mineiros, um deles educado em São Luís do Maranhão; de minhas irmãs, uma nasceu no Amazonas e a outra no Rio; deixei de ser gaúcho por três meses e fui nascer em São Paulo. Se me considero piauiense de coração, ancorado, pela infância, em Fortaleza, acabo de esboçar a ficha pessoal e familiar de um verdadeiro cidadão do Rio de Janeiro, cujas velhas ruas mais de uma vez percorri na companhia de um dos mais fraternos de meus amigos, Herberto Sales, e de um de seus amigos mais fraternos, Marques Rebelo.”
África
O interesse de Costa e Silva pela história da África foi despertado pelos livros Os Africanos no Brasil, de Nina Rodrigues, e Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre. No início da carreira diplomática, fez a primeira viagem à África, como integrante da comitiva do então ministro das Relações Exteriores, Negrão de Lima, representante do Brasil nas cerimônias de independência da Nigéria, em 1960. “Desde então seu interesse pelo continente, conhecido pelos que com ele conviviam, fez com que fosse designado para missões na África”, disse a historiadora Marina de Mello e Souza.
Condecorações
Entre as condecorações que recebeu no Brasil, estão a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco; Grande Oficial da Ordem do Mérito Militar; Grande Oficial da Ordem do Mérito Aeronáutico; comendador da Ordem do Mérito Naval e Comendador da Ordem do Mérito Cultural. Fora do país, entre outras, recebeu, em Portugal, a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo; Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada; Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique; na Colômbia, Grã-Cruz de Boyacá; comendador da Ordem de San Carlos; na Espanha, comendador com placa da Ordem de Isabel, a Católica; e, na Itália, Grande Oficial da Ordem do Mérito.
Imortais
Para o presidente da ABL, Merval Pereira, a morte de Alberto Costa e Silva tem efeitos múltiplos, todos negativos para a cultura brasileira, que perde um dos seus maiores intelectuais de todos os tempos.
“Para o estudo da África, Alberto foi um dos maiores, senão o maior africanólogo brasileiro. Tinha uma dimensão histórica e política sobre nossas relações com a África, e dava a importância que ela sempre teve, mas nunca foi devidamente enaltecida como ele fez em seus livros. Ganhou o Prêmio Camões, o maior prêmio da língua portuguesa por esta especificação da importância da África no desenvolvimento brasileiro. Era um grande poeta, grande intelectual, grande diplomata. Internamente, nós, da ABL, perdemos uma de nossas bússolas. Alberto dava a direção e a solução correta quando tínhamos dúvidas. É uma perda que tem consequências graves para a ABL, para a cultura brasileira e para o Brasil como um todo”, afirmou o jornalista.
João Almino também lamentou a morte do amigo. “Uma inestimável perda para a ABL e o Brasil do grande homem que foi Alberto Costa e Silva, como diplomata e como intelectual, historiador e africanista, reconhecido dentro e fora do Brasil, com uma obra sólida na ficção, na poesia e no ensaio. Presença marcante nas reuniões da ABL enquanto sua saúde permitiu, sempre guardaremos as melhores recordações de sua vasta cultura e de seu humor”, disse.
O acadêmico Arnaldo Niskier destacou a atuação impecável de Alberto Costa e Silva na ABL. “Sua presidência na Casa de Machado de Assis foi simplesmente histórica! Estivemos com ele ao lado de sua querida Vera na Embaixada do Brasil guardando até hoje esses momentos felizes. Como historiador e africanista, deixou um excelente trabalho. Sentiremos muito a sua falta”.
A escritora Ana Maria Machado disse que, apesar de saber que o colega vinha enfrentando problemas graves de saúde e se apagando aos poucos, a morte do amigo representa para ela uma tristeza imensa. “Eu gostava imensamente dele, foi um privilégio ter convivido de perto com Alberto durante anos, um dos responsáveis diretos por minha entrada para a ABL”.
Segundo a acadêmica, além do historiador e africanólogo “incomparável e exemplar”, a quem o mundo tanto deve, e o Brasil nunca louvará suficientemente, Alberto Costa e Silva foi bom poeta e excelente memorialista. “Capaz de abrir mão de vaidades individuais em seus escritos e evocar com acuidade e precisão ambientes, costumes e pessoas do passado, personalidades importantes com quem conviveu, detalhes preciosos dos bastidores do poder”.
Para Cacá Diegues, o colega foi um irrepreensível integrante da academia. “Sua morte deixa um imenso vazio no espírito da ABL, é uma ausência grave entre nossos especialistas: ninguém no Brasil possui o conhecimento da África como ele o possuía, ninguém sabia mais sobre a história e a economia daquele continente, ninguém era tão íntimo da cultura popular africana como ele. Vamos levar muitos anos, quem sabe, décadas, para formar um outro especialista em África como Alberto Costa e Silva! O luto da ABL é total e irreparável. E o do Brasil também”, completou.
Itamaraty
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou, com grande pesar, o falecimento do embaixador Alberto Costa e Silva. “Como diplomata, ocupou relevantes funções em Brasília, entre elas a de chefe do Departamento Cultural (1983-1984), a de subsecretário-geral de Administração (1984-86) e a de Inspetor do Serviço Exterior (1995-98). Ao longo de uma carreira destacada, no exterior, serviu, inicialmente, nas embaixadas em Lisboa, Washington, Caracas, Madri e Roma, antes de ser embaixador na Nigéria (1979-83) e cumulativamente em Cotonu, Benin (1981-1983), em Portugal (1986-90), na Colômbia (1990-93) e no Paraguai (1993-95). Sua valiosa e extensa contribuição diplomática o tornou um dos artífices da política externa brasileira para a África”, diz o texto.
De acordo com o ministério, Alberto Costa e Silva deixa sete netos, uma bisneta recém-nascida e três filhos, todos vinculados ao Itamaraty: a embaixatriz Elza Maria e os embaixadores Antônio Francisco e Pedro Miguel. "O Ministério das Relações Exteriores expressa à família, aos amigos e aos discípulos do embaixador Alberto da Costa e Silva as mais sentidas condolências”, conclui a nota.
O Museu das Favelas comemora neste domingo (26), com um festival, seu primeiro ano de existência. O evento, que vai até as 18h, aproveita para lembrar os 50 anos dohip hop, considerado um dos mais importantes movimentos das periferias. O festival está sendo realizado no Palácio dos Campos Elíseos, como forma de mostrar a entrada das favelas pela porta da frente nas memórias, pautas, produções, exposições, atividades, nos espaços de decisão e de gestão.
“Acreditamos que novos caminhos para a mudança precisam passar pelas favelas. E, assim, nada melhor do que celebrar este momento potencializando e reverenciando movimentos e manifestações culturais que se tornaram base sólida no processo de resistência e transformação social nesses territórios”, diz a organização do evento.
A cultura hip hop surgiu com uma festa organizada pelos irmãos Cindy Campbell e seu irmão, o DJ Kool Herc, que uniram, pela primeira vez, no Bairro nova-iorquino do Bronx, o rap, o break, o graffiti e o DJ. O encontro foi batizado pelo DJ Afrika Bambaataa, que fundou a Universal Zulu Nation. Em São Paulo, a cultura ganhou força enquanto expressão de resistência na década de 80, tendo a estação de Metrô São Bento como importante local de encontro, uma ocupação que não era “bem-vinda”.
Programação
No período da manhã, houve a Batalha de B-Boys e B-Girls, uma competição de dança breaking entre dois grupos, apresentando acrobacias e coreografias. O som ficou por conta dos DJs Ninja, Rooneyoyo, Zulu, Rock Master. Também de manhã, a Live Paint Graffiti teve a participação de Patricia Rizka, Amanda Pankill e Dina Inuma, grafiteiras integrantes da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop.
A Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop foi criada, em 2010, por mulheres de oito Estados brasileiros. Atualmente, as representações estão em 23 Estados. As líderes do movimento buscam o reconhecimento da cultura hip hop pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Às 14h, começa a competição de spoken word, de poesias faladas. Nessa disputa, os participantes terão 3 minutos para apresentar suas poesias. O júri é popular.
Às 16, a DMC Brasil faz a discotecagem de encerramento para celebrar a cultura de DJ, festas, bailes e discos de vinil.
As provas do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2023 serão aplicadas neste domingo (26), em todas as unidades federativas. Ao todo, 408.037 estudantes concluintes farão o exame, composto por questões objetivas e discursivas. O fechamento dos portões ocorre às 13h. A aplicação das provas terá início às 13h30 e finalizará às 17h30.
O Enade avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos; o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional; bem como o nível de atualização dos estudantes quanto à realidade brasileira e mundial.
Serve também para compor o perfil do participante do exame e o contexto de seus processos formativos, relevantes para a compreensão dos resultados dos estudantes no exame, bem como para subsidiar os processos de avaliação de cursos de graduação e de instituições de educação superior.
Para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Enade é uma ferramenta que possibilita uma visão mais precisa dos diversos aspectos das condições de oferta dos cursos e da qualidade da educação superior no Brasil.
Em 2023, o Enade avaliará cursos de bacharelado das áreas de agronomia, arquitetura e urbanismo, biomedicina, enfermagem, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de alimentos, engenharia de computação I, engenharia de controle e automação, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia florestal, engenharia mecânica, engenharia química, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia e zootecnia.
Também serão avaliados os cursos superiores de tecnologia das áreas de estética e cosmética; gestão ambiental; radiologia; gestão hospitalar; segurança no trabalho; e agronegócio.