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O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou, nesta terça-feira (16), que alunos do 3º ano do ensino médio vão receber incentivo financeiro para participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa para divulgação dos resultados do Enem 2023. A pasta também liberou os resultados individuais dos participantes. 

De acordo com o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona, nesta terça-feira, a lei que institui o programa Pé-de-Meia. A iniciativa prevê uma espécie de bolsa-poupança para que estudantes de baixa renda concluam o ensino médio. “Posso adiantar aqui que haverá também um incentivo para o jovem que fizer o Enem”. 

“Vai ser uma forma de estimular o jovem regular do ensino médio que vai receber esse auxílio financeiro nos 3 anos do ensino médio, mas, no último ano, no 3º ano, ele vai receber um percentual, um valor para fazer a prova do Enem”, explicou. 

“Precisamos convencer e mostrar que, primeiro, não há custo nenhum para o jovem. Depois, que é a oportunidade que ele tem para acessar o ensino superior. Não há motivo de o jovem não fazer o Enem”, disse. 

Dados da pasta mostram que cerca de metade dos estudantes que estavam concluindo o ensino médio em 2023 participaram da última edição do Enem. Outro agravante, segundo Santana, é que, dentre os que se inscreveram, muitos não chegaram a fazer a prova. Dos 1,4 milhão de concluintes do ensino médio que se inscreveram para o exame, apenas 1 milhão participaram efetivamente. 

“Precisamos identificar os motivos em cada rede, em cada Estado. E dialogar com as redes para identificar os motivos disso”, disse. 

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que 60 candidatos tiraram nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023.

Na edição anterior, em 2022, apenas 18 candidatos alcançaram a nota máxima. 

Os números mostram que, do total de 60, apenas quatro candidatos são oriundos da rede pública de ensino, sendo que 40% do total dos estudantes que participaram do exame nacional são da rede pública. 

Tema

Para o diretor de Avaliação da Educação Básica do Ministério da Educação, Rubens Lacerda, o principal motivo para o aumento de notas mil na redação foi o tema: desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil.  

“Foi um tema relevante socialmente, discutido amplamente. Isso permitiu que as pessoas tivessem condição para discutir esse tema com, não vou dizer facilidade, mas uma certa fluidez. E isso permitiu o aumento das notas mil este ano.” 

(Fonte: Agência Brasil)

Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já podem ser acessados por meio da Página do Participante, utilizando o login único da plataforma gov.br.

As provas foram aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro de 2023. Ao todo, mais de 3,9 milhões de pessoas participaram do certame. 

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as notas dos chamados treineiros – candidatos que participaram do exame em busca de autoavaliação, sem concorrer às vagas – serão divulgadas somente em março. Já o espelho com a avaliação das redações será disponibilizado em 90 dias.  

Além de avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica, o Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni). 

Os resultados também são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

(Fonte: Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nessa segunda-feira (15), projeto de lei que permite a emissoras de rádio sejam organizadas por sociedades compostas por um único sócio, chamadas unipessoais.  

A nova lei altera o Código Brasileiro de Telecomunicações, pois a legislação atual não autoriza atuação de sociedades de um único sócio nos serviços de radiodifusão. De acordo com o governo federal, a mudança vai garantir dinamismo e desburocratização do setor.  

O texto foi aprovado pelo Senado em dezembro de 2023, após aprovação pelos deputados federais. 

A nova regra amplia o limite de estações de rádio e televisão que podem ser operadas por empresa, passando para 20 emissoras (FM, onda média, onda curta ou onda tropical).  

Atualmente, o número máximo varia conforme a abrangência (local, regional ou nacional) e o tipo de frequência. Por exemplo, uma empresa pode ter até seis rádios locais FM (frequência modulada) e três em ondas médias com alcance regional.  

Uma entidade poderá ter até 20 estações de televisão. O limite atual é dez. 

Conforme o projeto, o aumento é necessário para que as pequenas emissoras AM (amplitude modulada) possam migrar para FM, já que a maioria dos grupos tinham atingido o limite imposto pela lei atual.  

(Fonte: Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nessa segunda-feira (15), duas leis aprovadas no Congresso Nacional para o setor de audiovisual do país. Uma delas recria a cota de tela para a exibição de filmes brasileiros no cinema e a outra restabelece o prazo de exibição obrigatória de obras audiovisuais nacionais na programação dos pacotes de TV por assinatura.

Cinema

No caso da cota de tela no cinema para filmes brasileiros, o prazo foi estendido até 2033, conforme o Projeto de Lei (PL) 5.497/19, aprovado, em dezembro do ano passado, pelo Senado, após ter passado pela Câmara dos Deputados. Não houve vetos na sanção. Caberá à Agência Nacional do Cinema (Ancine) definir, anualmente, a quantidade mínima de sessões e obras a serem exibidas, levando em conta diversidade, cultura nacional e universalização de acesso. O descumprimento da medida pode acarretar em advertência e pagamento de multas às exibidoras.

A cota de tela tinha terminado em 2021, após ficar em vigor por 20 anos, como previa a Medida Provisória (MP) 2.228-1/2001, editada durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Embora tenha sido oficializada pela MP de 2001, a cota de tela tem origem em iniciativas adotadas ainda nos anos 1930, quando o governo brasileiro publicou um primeiro decreto de proteção do cinema brasileiro – tomando como exemplo iniciativas semelhantes de outros países.

Televisão

Já cota de programação nacional nos canais de TV por assinatura havia perdido a validade no ano passado, mas foi renovada até 2038. De acordo com o PL 3.696/2023, aprovado pelos parlamentares e sancionado sem vetos pelo presidente, os canais estrangeiros são obrigados a exibir, no mínimo, 3 horas e 30 minutos por semana de produções brasileiras em seu horário nobre, faixa de horário que vai das 18h à 0h. Desse total, pelo menos, 1 hora e 15 minutos deve ser de conteúdo produzido por produtora independente. Já para canais brasileiros, a lei determina a exibição de 12 horas diárias de conteúdo nacional, feito por alguma produtora local. Dessas 12 horas, três devem, obrigatoriamente, ser veiculadas no horário nobre.

Cotas no streaming

O governo também informou que a próxima ação será a aprovação de uma cota de produção nacional nas plataformas de streaming, que já dominam o mercado de audiovisual no país, além da cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) sobre essas plataformas.

“Essa é uma das pautas prioritárias do audiovisual brasileiro, e um das pautas prioritárias deste ano. Ao contrário do que acontece no mundo, no Brasil ainda não está regulado. É o futuro do cinema, do audiovisual. E, no Brasil, existe essa relação predatória, não existe arrecadação de Condecine. Tem dois PLs tramitando, e o Ministério da Cultura tem trabalhado para garantir uma regulação que atenda a indústria brasileira”, defendeu Joelma Gonzaga, secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), em anúncio da sanção à imprensa.

(Fonte: Agência Brasil)

CAXIAS – ÚNICA, ÍMPAR, SINGULAR, EXCLUSIVA, SIMPLESMENTE CAXIAS

– Se a forma correta é “tresidela”, por que o nome de um município é escrito “Trizidela”?

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PARTE 1

– O que estes dados econômicos têm a ver? Em volume de riqueza econômica (posição de 2021), Caxias do Sul, com R$ 31,6 bilhões, é o segundo maior município de seu Estado (Rio Grande do Sul) e o quadragésimo-primeiro (41º) maior do Brasil. Duque de Caxias é o quarto maior município do Rio de Janeiro, com R$ 53,1 bilhões em sua economia, e o vigésimo (20º) maior do Brasil. No Maranhão, Caxias, gigante na História e na Cultura, foi apequenada em sua Economia por uma série de fatores – o principal deles vontade e competência política: em 2021, sua Economia registra apenas R$ 2,1 bilhões – é o décimo município do Maranhão (era o oitavo em 2018) e o de número 571 no Brasil (era o de número 503 em 2018; caiu 68 posições). Nosso país tem 5.570 cidades.

*

Há quatro anos, em 10 de janeiro de 2020, um caxiense por adoção, nascido em Parnaíba (PI), escreveu-me:

“Edmilson, você que já deve ter lido muito, adquirido muito conhecimento, tira uma dúvida de um curioso-teimoso, que não concorda com o Mílson Coutinho [desembargador e historiador maranhense, nascido em Coelho Neto], quando ele fala que a origem da palavra ‘Trizidela’ [sic] é de 03 aldeias, que ficavam do outro lado do rio aqui em Caxias. Aí eu pergunto: Será que em Pedreiras, Codó, Coroatá, na Maioba, tinham 03 aldeias também? Aí já vi também que falam: ‘O que fica do outro lado do rio’. Mas como pode ser, se Caxias começou pela Trizidela? Aí outros falam: ‘A parte menos importante da cidade, a terça parte’; e eu pergunto: Índio sabia fazer cálculo matemático? Só não vejo uma Trizidela ficar do lado direito do rio, só do esquerdo. Há poucos dias eu estava em Pedreiras e discutíamos sobre isso. O que você sabe sobre?”

*

O fato de Codó, Coroatá, Pedreiras e até municípios brasileiros fora do Maranhão terem bairros, distritos, povoados ou outros lugares com o nome “Tresidela” apenas confirma a influência de Caxias na região, no Estado, no país.

A fundação oficial de Codó é de 1896, embora com registros de povoamento a partir de 1780.

A fundação de Coroatá é de 1920, mas desde 1843 que fora desmembrada do território de Caxias.

Pedreiras também foi fundada em 1920, mas há registros como vila desde 1889.

Portanto, o ano mais antigo entre os seis acima é o de 1780, início da chegada a Codó de portugueses, fazendeiros maranhenses, africanos escravizados, índios e imigrantes da Síria e do Líbano.

Por sua vez, a palavra “tresidela”, como atesta o “Dicionário Houaiss”, tem primeiro registro documentado a partir de 1757 – pelo menos 23 anos antes de 1780 e dezenas (senão centenas) de anos antes de uma localidade codoense, coroataense e pedreirense ser batizada com o nome “Tresidela”.

“Tresidela”, afirmo (até provas em contrário), é nome, é palavra genuinamente caxiense, pois Caxias tem história cujo início vem da segunda década do século XVII, ano de 1612.

Como havia três aldeias na área da hoje Tresidela, o caxiense Gonçalves Dias, grande estudioso de etnografia, tupinólogo, pesquisador, autor de dicionário de língua indígena, foi o primeiro a afirmar e registrar que a palavra “tresidela” é corruptela da expressão “três aldeias”. Grandes dicionários, como o brasileiro “Houaiss” (o maior da Língua Portuguesa), também creditam essa etimologia à palavra “tresidela”, cujo significado é sempre relacionado a uma posição geográfica, um aspecto topográfico, ou seja, uma localidade, povoação, bairro, situado em um dos lados de um rio e próximos a um lugar maior, geralmente uma cidade, a sede de um município. O “Houaiss” define o substantivo comum “tresidela” como “localidade ribeirinha vizinha à cidade mais importante, na margem oposta do rio”.

Desconheço qualquer registro que ligue a palavra “tresidela” à expressão fracionária “terça parte”, ainda que, epidermicamente, uma ou outra pessoa queira relacionar a uma fração as letras iniciais (“tres-“) ou a sílaba equivocadamente grafada “tri-“. Nesse campo da imaginação e da superficialidade nem é bom entrar...

Também, a palavra “tresidela”, como denominadora de bairro ou povoação (e, no Maranhão, nome até de município – Tresidela do Vale), nada tem a ver com a localização de uma ou da outra margem de um rio, se direita ou esquerda. Como está nas definições, “tresidela”, além de um localismo (vocábulo próprio de um lugar), é palavra de indicação geográfica, geoterritorial.

Nascido em Caxias, o termo "tresidela", até pela baita influência econômica e sociocultural – mas sobretudo econômica – da cidade, migrou para outros municípios e territórios, onde também deu nome, por identidade geográfica, à região na outra margem de um rio e contígua, fronteiriça ao local sede do município, assemelhado ao que era/é na terra caxiense onde teve origem a palavra.

Assim, e finalmente, até provas em contrário:

a) “tresidela” (substantivo comum) ou "Tresidela" (nome próprio – topônimo e politônimo) é palavra com, pelo menos, 267 anos de existência documentada, pois há registro de uso dela desde 1757;

b) a etimologia da palavra “tresidela”, segundo registrou Gonçalves Dias, vem da aglutinação e corruptela da expressão “três aldeias”, que identificava uma região de aldeias próxima ao rio Itapecuru, no início de Caxias – “início" conforme a história contada e escrita por nós, os “brancos”, embora saibamos que naquele território bem há mais tempo viviam populações autóctones, indígenas. Ressalve-se que há quem discorde do processo de formação da palavra "tresidela" como oriunda de "três aldeias", mas também não se propôs nenhuma alternativa etimológica;

c) para quem respeita a própria Língua que utiliza, a grafia da palavra deve ser, sempre, "tresidela" ou “Tresidela”, onde remanescem as letras do predecessor numeral “três”, da primitiva expressão com função toponímica “três aldeias”. A ideia da expressão "três aldeias" esteve em parte presente  – sem o numeral – nos diversos topônimos e politônimos que nomearam Caxias ao longo de sua história: São José das Aldeias Altas, Freguesia das Aldeias Altas, Arraial das Aldeias Altas, Distrito de Caxias das Aldeias Altas (criado antes de 1735), Vila de Caxias das Aldeias Altas (criada por alvará de 31 de outubro de 1811) e, por força da Lei Provincial nº 24, de 5 de julho de 1836, apenas Caxias, cujo topônimo, pela importância histórica, cultural, social e econômica do município, foi escolhido para dar nome a títulos de nobreza (como o de Duque de Caxias) e a grandes cidades das regiões Sul e Sudeste: Caxias do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

A propósito, historie-se que a hoje gaúcha Caxias do Sul, que tanto quis ser só “Caxias”, chamava-se, inicialmente, “Campo dos Bugres”, nome que perdurou até 1877. A partir de 11 de abril de 1877, em homenagem ao militar Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, passou a chamar-se “Colônia de Caxias”, assim permanecendo até 1884. Neste ano, foi denominada “Santa Teresa de Caxias”, topônimo que ficou até 20 de junho de 1890, quando, na condição de vila, passou a chamar-se “Caxias”, nome que manteve em sua elevação à categoria de cidade pela Lei Estadual nº 1.607, de 1º de junho de 1910. Trinta e quatro anos depois, com o Decreto-Lei Estadual nº 720, de 29 de dezembro de 1944, a cidade foi redenominada, passando oficialmente a chamar-se  “Caxias do Sul”, não sem antes ter feito persistentes e infrutíferas tentativas para obrigar nossa Caxias, do Maranhão, a mudar de nome, pois, na época, lei federal proibia um mesmo nome para duas cidades. As tentativas, como se sabe, não tiveram êxito – o que, como também se sabe, seria um desrespeito a tantas lutas e conquistas históricas, culturais, políticas, econômicas etc. da cidade maranhense e seus filhos.

Por outro lado, fundada em 1943, a fluminense cidade de Duque de Caxias era um local de estação ferroviária conhecido até 1931 como “Meriti”, que integrava o 8º distrito do município de Nova Iguaçu. O governo do Rio de Janeiro, pelo Decreto nº 2.559, de 14 de março de 1931, criou, na antiga região de Meriti, o distrito a que se denominou “Caxias”. Doze anos depois, em 31 de dezembro de 1943, o Decreto-Lei nº 1.055 elevava o distrito de Caxias à categoria de município, com o nome de “Duque de Caxias”.

Relembre-se que à época havia norma legal no país que proibia que dois municípios tivessem o mesmo nome. Daí que tanto Caxias do Sul (RS) quanto Duque de Caxias (RJ), que originariamente chegaram a se chamar apenas “Caxias”, tiveram, eles, de mudar de denominação...

... pois, no Brasil, assim como a caxiensidade da denominação “Tresidela”, a única, ímpar, singular, exclusiva, só e simplesmente Caxias é a nossa cidade-mãe, cujo início de formação histórica remonta a mais de quatro séculos...

Como se dizia n’outros tempos: antiguidade é posto... (EDMILSON SANCHES - [email protected])

***

PARTE 2

SE A FORMA CORRETA É “TRESIDELA”, POR QUE O NOME DE UM MUNICÍPIO É ESCRITO “TRIZIDELA”?

*

Leitor me escreveu em 10 de janeiro de 2021 acerca de um texto meu, em que se aborda a origem da palavra “tresidela” (localidade ao lado de um rio). O artigo foi republicado em redes sociais e mal o texto se acomodava entre os “bits” e “bytes” digitais e já o leitor comentava, publicamente:

“Sanches, gostei do artigo. Parabéns!

Mas o IBGE e o próprio ‘site’ da prefeitura de Trizidela do Vale registram o nome da cidade maranhense com ‘iz’.

Até copiei... Veja:

‘História // Trizidela do Vale Maranhão (MA)

Histórico – Fica criado, pela Lei nº 6.164, de 10 de novembro de 1994, o município de Trizidela do Vale, com sede no Povoado Trizidela, a ser desmembrado do município de Pedreiras, subordinado à Comarca de Pedreiras.

*

Em resposta, escrevi:

O IBGE não é autoridade linguística. Ele registra o que vem dos Órgãos oficiais  prefeituras, câmaras municipais e outros governos e parlamentos, estaduais ou federais.

Por questões de tradição, de costume, de História, vão-se conservando e admitindo grafias que fogem à Lei (a Língua é lei, norma). Como exemplo, sabe-se que, em termos de Língua Portuguesa, escrever “Bahia” é antigramatical – tanto que o adjetivo pátrio (naturalidade) não é “baiano”, com “h”, é “baiano”, sem o “h”, que é a forma normativa correta.

Nessa linha, entre os 5.570 municípios brasileiros, há diversos casos equivocados de topônimos e politônimos (nomes de lugares, de cidades, a exemplo da duas vezes equivocada grafia “Trizidela”) e seus adjetivos gentílicos (nome de quem nasce ou habita esses locais, a exemplo de “trizidelense”, grafia igualmente equivocada, corolário da anterior).

Quem é autoridade legal/oficial em termos de Língua, no Brasil, é a Academia Brasileira de Letras, que, há muito tempo, consigna uma única grafia: “tresidela”. E o lugar formal onde estão as palavras e forma correta de escrevê-las é o “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”. Está lá na página 735. E o meu exemplar é de 1981, TREZE ANOS ANTES da fundação de Tresidela do Vale, em 1994. E dizendo novamente que a palavra “tresidela” tem registro escrito, no mínimo, a partir do ano 1757.

Em que lugar se soca a regra geral (não impositiva nem exclusiva) que diz que entre duas vogais escreve-se “s”?

Em que lugar se mete a observação e observância à práxis linguística, filológica, de respeito à origem, descendência, etimologia da palavra? Pelo menos neste caso – ou também neste caso –, a palavra “tresidela” assim é escrita porque vem de "três" (pois três eram as ancestrais aldeias do outro lado do Rio Itapecuru, em Caxias).

Estaríamos muito bem, nós brasileiros, se em nosso país a única lei, o único desrespeito histórico e cultural, linguístico e legal que vereadores e prefeitos descumprissem fossem à Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) e o tratado internacional de 1990 conhecido como novo Acordo Ortográfico.

Se quiser sair de, pelo menos, uma de suas pobrezas oficiais (a linguística, de que o município não é exclusivo detentor), Trizidela do Vale poderia, por meio de sua Câmara e Prefeitura, aprovar e sancionar uma lei com um pequeno artigo, onde se diria, mais ou menos:

“Fica adotada a grafia Tresidela do Vale e tresidelense para nome do município e seu adjetivo gentílico, na forma das normas gramaticais brasileiras e do Acordo Ortográfico internacional de 1990, vigentes”.

Na justificativa, no projeto de lei, seriam elencadas razões/informações que dariam mais lastro histórico, cultural e linguístico para a nova lei ou decreto-lei.

Agora, quem dentre os leitores deste texto acha que existe REALMENTE algum mandatário ou parlamentar preocupado com a Língua Portuguesa? Nossa Língua, tão maltratada desde seu nascimento a ponto de Olavo Bilac, em verso inicial de famoso soneto, a ela referir-se como a "Última Flor do Lácio, inculta e bela".

Ora, ora... Prefeitos e vereadores, deputados e governadores, presidente e senadores preocupados com a Ortografia...

O “negócio” da grandíssima maioria dos políticos não são propriamente LETRAS, mas NÚMEROS  --  muitos número$$$$$...

Bandidos...

* EDMILSON SANCHES

Fotos:

1) Imagem aérea do Google, com o Bairro Tresidela à esquerda, o Rio Itapecuru e parte da região central de Caxias. 2) “print screen” da página da palavra “tresidela” no “Dicionário Houaiss”, o maior de toda a Língua Portuguesa, edição eletrônica. 3) Aspecto da cidade de Tresidela do Vale. 4) Antônio Gonçalves Dias. 5) Edmilson Sanches.

Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 aplicado nos dias 5 e 12 de novembro de 2023 serão divulgados nesta terça-feira (16). O acesso às notas deverá ser feito por meio da Página do Participante, com o login único da plataforma gov.br.

Segundo o Ministério d Educação (MEC), as notas dos chamados “treineiros” – pessoas que participaram do exame na busca por autoavaliação, sem concorrer para as vagas – serão divulgadas em março. Ao todo, mais de 3,9 milhões de pessoas participaram do certame.

O espelho com a avaliação das redações será disponibilizado em 90 dias, após a divulgação dos resultados. O MEC reitera que os textos são avaliados de acordo com as cinco competências apresentadas na matriz de referência; e que a nota pode chegar a 1.000 pontos, mas que há fatores que podem resultar em nota zero.

Entre esses fatores estão fuga ao tema, extensão total de até sete linhas, trecho deliberadamente desconectado do tema proposto, não obediência à estrutura dissertativo argumentativa e desrespeito à seriedade do exame.

Além de avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica, o Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Os resultados também são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

(Fonte: Agência Brasil)

Já está disponível para consulta a lista de instituições de ensino superior que vão oferecer vagas para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2024. São 127 universidades, distribuídas por todo o país, e 264.360 vagas, a maioria delas para cursos em tempo integral, com 121.750 vagas para cotas e 19.899 para ação afirmativa própria da instituição.

As inscrições para o processo seletivo começam no dia 22 de janeiro. Os estudantes podem escolher entre instituições federais, estaduais, municipais e da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), a lista de entidades com maior número de vagas é liderada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 9.240 vagas. Em seguida, estão a Universidade Federal Fluminense (UFF), com 8.788, e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com 7.750.

Entre as instituições públicas estaduais, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) tem o maior número de vagas, com quase 6 mil oportunidades. O segundo lugar ficou com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), com 4.215; e o terceiro, com a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), que oferecerá 2.610. Quanto à oferta do Sisu em instituição de educação superior pública municipal, a única participante do programa é a Faculdade Municipal de Educação e Meio Ambiente (Fama), no Paraná, com 86 vagas.

A partir de 2024, o Sisu terá apenas uma edição por ano. O programa seleciona estudantes para vagas em universidades públicas de todo o país com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Criado em 2009 e implementado em 2010, o Sisu era realizado tradicionalmente duas vezes por ano, selecionando estudantes para vagas no ensino superior tanto no primeiro quanto no segundo semestre de cada ano.

O sistema reúne, em uma mesma plataforma, as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior, sejam elas federais, estaduais ou municipais. Para participar, os estudantes devem ter feito a última edição do Enem e não podem ter tirado zero na prova de redação.

Na hora da inscrição, os candidatos podem escolher até duas opções de curso nas quais desejam concorrer a vagas. Uma vez por dia, durante o período de inscrição, é divulgada a nota de corte de cada curso, baseada nas notas dos candidatos inscritos até aquele momento. Os estudantes podem mudar de opção de curso até no último dia de inscrição.

A edição do início do ano contou com a maior participação de instituições e teve a maior oferta de vagas. Na primeira edição de 2023, foram ofertadas 226.399 vagas de 6.402 cursos de graduação em 128 instituições federais, estaduais ou municipais de ensino, sendo 63 universidades federais. A segunda edição de 2023 disponibilizou 51.277 vagas em 1.666 cursos de graduação, de 65 instituições de educação superior.

(Fonte: Agência Brasil)

A última rodada da primeira edição do Maranhão Cup International, competição de beach-soccer que reuniu as seleções principais do Brasil, Emirados Árabes, Marrocos e Estados Unidos em São Luís, foi disputada na manhã deste domingo (14), com duas partidas que tiveram muitos gols e emoção de sobra para o público que lotou a Arena Domingos Leal, na Lagoa da Jansen. Na partida preliminar, Marrocos bateu os Estados Unidos por 4 a 1 e garantiu o vice-campeonato, enquanto o Brasil venceu os Emirados Árabes por 3 a 1 no jogo principal e sagrou-se campeão do torneio internacional com 100% de aproveitamento, fazendo a festa da torcida maranhense.

Ainda com chances de título no Maranhão Cup, os Estados Unidos tomaram a iniciativa diante de Marrocos, mas a seleção africana foi mais eficiente e abriu o placar com o goleiro Abada Yassir. A seleção norte-americana reagiu rapidamente e deixou tudo igual em cobrança de pênalti de Gabe Silveira, porém Reda Zahraoui recolocou os marroquinos em vantagem na segunda etapa.

No terceiro tempo, Marrocos dominou as ações ofensivas, enquanto os Estados Unidos encontravam dificuldades para trabalhar a bola diante da marcação adversária. Com uma boa atuação, os marroquinos confirmaram a vitória: Zouhair Jabbary fez o terceiro gol, e Mohamed Lazrak fechou o placar em 4 a 1.

Em seguida, Brasil e Emirados Árabes fizeram o tão aguardado duelo de encerramento do Maranhão Cup. Empurrado pela torcida na Arena Domingos Leal, a Seleção Brasileira abriu o placar com uma bela bicicleta de Rodrigo e fechou o placar do primeiro tempo em 1 a 0. Já no início da segunda etapa, os Emirados Árabes empataram o confronto após uma bela jogada ensaiada, que terminou na finalização precisa de Abdulla Abbas.

Após o empate dos Emirados Árabes, o Brasil intensificou a pressão no ataque, diante de um adversário que tentava levar perigo nos contragolpes. A insistência da Seleção Brasileira foi premiada já na reta final do terceiro quarto: após cobrança de escanteio de Datinha, Rodrigo deu um leve desvio na bola e marcou o segundo gol. Com os Emirados Árabes utilizando o goleiro-linha nos segundos finais, o Brasil se segurou, aproveitou um erro adversário e anotou mais um gol com Edson Hulk, confirmando a vitória por 3 a 1 e o título do Maranhão Cup na Arena Domingos Leal.

Capitão e camisa 10 da Seleção Brasileira, o ala Datinha comemorou a conquista do Maranhão Cup e a oportunidade de defender o país em uma competição em São Luís. “Estou muito feliz por estar representando a Seleção Brasileira em uma competição importante na capital do meu Estado, é uma sensação única. Foi uma boa preparação para a Copa, e espero estar representando o Maranhão entre os 12 convocados. Enfrentamos seleções difíceis, mas deu tudo certo e cumprimos o nosso objetivo”, celebra Datinha.

“Foi muito bom disputar uma competição de alto nível entre seleções aqui no Maranhão. Faltava uma competição dessas e ela veio no melhor momento, como preparação para a Copa. Acredito que vamos tirar muitas lições daqui e chegar preparados na Copa. Todo mundo quer ganhar do Brasil, não tem jogo fácil, mas tivemos a cabeça no lugar e aceleramos no momento certo para conquistar a vitória sobre os Emirados Árabes e ficar com o título”, afirma o goleiro maranhense Bobô.

O Brasil sagrou-se campeão do Maranhão Cup vencendo as três partidas que conquistou e somando nove pontos, seis a mais que Estados Unidos, Marrocos e Emirados Árabes. Levando em consideração os critérios de desempate, Marrocos ficou com o vice-campeonato, e os Emirados Árabes garantiram o terceiro lugar.

Logo após a vitória do Brasil, houve uma cerimônia de premiação das seleções participantes do Maranhão Cup, que contou com a presença do ministro dos Esportes, André Fufuca, do empresário Fernando Sarney, e do gerente de Beach-Soccer da CBF e presidente da Federação Maranhense de Beach-Soccer (FMBS), Eurico Pacífico.

“O Maranhão hoje é um celeiro de craques, no que diz respeito tanto ao beach-soccer masculino quanto ao feminino, e nós devemos incentivar a modalidade, não só com discurso, mas com ações. Pudemos trazer esse evento internacional para o Estado do Maranhão, em parceria com a Sedel, a CBF e a CBSB, e temos outros projetos para competições estaduais e internacionais”, destacou o ministro André Fufuca.

Vale destacar que o Maranhão International Cup contou com os apoios do Ministério do Esporte, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), da Confederação de Beach-Soccer do Brasil (CBSB), da Federação Maranhense de Beach-Soccer (FMBS) e do governo do Maranhão por meio da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel).

Sobre o Maranhão Cup

O Maranhão Cup teve uma importância significativa para Brasil, Emirados Árabes e Estados Unidos, que estão na fase final de preparação para a Copa do Mundo de Beach-Soccer da Fifa 2024, que ocorre entre os dias 15 e 25 de fevereiro, em Dubai. Em São Luís, as seleções participantes do torneio internacional se enfrentaram em turno único, totalizando três rodadas.

TABELA DE JOGOS DO MARANHÃO CUP

#Rodada 1

Marrocos 5 x 7 Emirados Árabes

Estados Unidos 3 x 6 Brasil

#Rodada 2

Emirados Árabes 1 x 3 Estados Unidos

Brasil 7 x 4 Marrocos

#Rodada 3

Estados Unidos 1 x 4 Marrocos

Brasil 3 x 1 Emirados Árabes

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Até o próximo dia 31 de janeiro, o Museu do Futebol, em São Paulo, está com uma programação de férias que envolve jogos e brincadeiras relacionadas ao futebol. As atividades são gratuitas e são realizadas na área externa do museu, situado na Praça Charles Miller, no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.

Entre os brinquedos estão mesas de pebolim (ou totó), futebol de botão e de futmesa (modalidade que mistura futebol, tênis de mesa e futevôlei). Há, também, atividades especiais que variam conforme o dia, com horário marcado, como oficinas de destrezas manuais e de confeccionar pipas, futsinuca, pula-pula de bola inflável, campeonato de embaixadinhas e desafio de chute a gol.

As atrações funcionam de terça-feira a domingo, das 9h às 18h (horário de Brasília), com entrada até 17h, voltadas a todas as faixas etárias, mas a predominância é da criançada. A aposentada Ivone Batista levou o afilhado Miguel Figueiredo, de 11 anos, para gastar energia de uma maneira diferente.

“Nunca tinha vindo [ao Museu do Futebol], mas é muito legal. Tem muitos jogos, dá para aprender muito”, disse Miguel.

“Chega de shopping, de ficar preso em telinha [de videogame]. Ele [Miguel] gosta de esporte e achei que era o melhor lugar para trazê-lo. Aqui ele brinca, faz amizades”, comentou Ivone.

E foi numa mesa de “tamancobol” (jogo em que o chute é feito com um apetrecho semelhante a um tamanco) que Miguel conheceu e brincou com Pedro Araújo Tucci. O garoto de 10 anos foi levado ao Museu pela mãe, a professora Nairla de Araújo Messias, que o apresentou ao futebol de botão.

“Eu já tinha conversado com ele sobre, mas nunca tive oportunidade de jogar com ele. E [mostrou] também o futmesa, que é um esporte mais atual”, contou Nairla.

“Estou adorando, tem muita coisa para fazer. Gostei de jogar o futebol de botão, achei difícil”, completou Pedro.

Futebol de Brinquedo

Além da programação de férias, o Museu do Futebol está com uma exposição temporária chamada “Futebol de Brinquedo”. Com curadoria do jornalista Marcelo Duarte, a mostra segue até abril e reúne artigos e jogos históricos, com mais de 60 anos, e outros mais recentes, para mexer com o imaginário dos visitantes de diferentes perfis de idade.

O futebol de mulheres mereceu destaque. Além de uma coleção de mini-craques (bonecos em miniatura de cabeças avantajadas em relação ao corpo, sucesso nos anos 1990) alusivos aos grandes nomes da seleção feminina, foram expostos times de botão referentes a times históricos como Radar-RJ, Saad-SP (pioneiros no profissionalismo), Centro Olímpico (primeiro campeão brasileiro, em 2013) e Avaí/Kindermann.

“Temos, por exemplo, um jogo de tabuleiro que se chama Ludopédio, criado pelo Chico Buarque lá nos anos 1970. Em paralelo, temos caixinhas de futebol de botão antigas e também mais contemporâneas”, descreveu Maíra Corrêa Machado, coordenadora do Núcleo de Exposições e Programação Cultural do Museu do Futebol.

A mostra temporária é gratuita e funciona de terça a domingo, das 9h às 18h, com entrada até 17h. Ela será a única do Museu do Futebol até abril. A exposição principal está fechada desde 6 de novembro para obras de reformulação do acervo, que incluem atualização do parque tecnológico e inclusão de novas instalações e experiências. Em 15 anos de funcionamento, o local recebeu mais de quatro milhões de visitantes.

(Fonte: Agência Brasil)