Possibilitar que o público possa participar e, também, criar projetos cênicos são os objetivos centrais da oficina “Criação + Produção = Autogestão”, outro destaque da programação especial de comemoração dos 15 anos de atividade do grupo maranhense Xama Teatro, o projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias”, que conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, do governo federal.
Ministrada pela produtora Nádia Ethel, a oficina visa introduzir o público a participar de projetos cênicos, assim como ensiná-lo na criação, produção e gestão de maneira autônoma.
“Nossa proposta é buscar e compartilhar formas específicas de autogestão para materializar produções cênicas. Para isso, iremos partilhar bibliografia e problematizar experiências, que nos ajudem a refletir criticamente e, assim, potencializar as novas estratégias de produção de projetos cênicos”, destaca Nádia Ethel.
A programação especial do projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias” ocorrerá ao longo do primeiro semestre de 2024 – em março, as ações ocorrerão em São Luís; no mês de abril, em Belém; já em maio, serão realizadas em Fortaleza.
Na segunda semana do projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias”, além da oficina “Criação + Produção = Autogestão”, São Luís também terá sessões dos espetáculos “A Vagabunda – Revista de Uma Mulher Só”, no dia 21 de março, no Teatro Xama; e da peça “A Carroça é Nossa”, no dia 22 de março, no Viva Vila Luizão – ambos serão às 20h. A temporada na capital maranhense contará, ainda, com Narração de Histórias no dia 23 de março, às 18h, também no Teatro Xama.
Já nas cidades de Belém e de Fortaleza, a temporada especial do projeto ocorrerá, respectivamente, nos meses de abril e maio. Em Belém, toda a programação será realizada entre os dias 4 e 11 de abril, tanto na Casa de Artes Cênicas do Sesc, localizada no Boulevard Castilhos França, 722, quanto no Teatro Waldemar Henrique, localizado na Avenida Pres. Vargas, 645, Campina.
No mês de maio, em Fortaleza, as ações formativas, assim como os espetáculos e a Narração de Histórias começam a partir do dia 9, com temporada aberta até o dia 17, na cidade. Serão palcos da programação: o Porto Iracema das Artes, na Rua Dragão do Mar, 160; e no Dragão do Mar, na Rua Dragão do Mar, 81 – ambos na Praia de Iracema.
Serviço
O QUÊ:
Oficina “Criação + Produção = Autogestão”, do projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias”, do grupo Xama Teatro, em São Luís;
QUANDO:
Nos dias 18, 19 e 20 de março, das 9h às 12h;
ONDE:
No Teatro Xama, localizado na Rua das Esmeraldas, nº 3, Quadra 1, Araçagi;
Contatos:
Assessoria de Comunicação: (98) 99968-2033 – Gustavo Sampaio.
O Fórum Jaracaty, projeto social incentivado pela Equatorial Maranhão e pelo governo do Estado via Lei de Incentivo ao Esporte, esteve presente na solenidade do Troféu Mirante Esporte, realizado na noite dessa quinta-feira (14). Paola Morais, do tênis de mesa, disputava com outros dois atletas e acabou conquistando o prêmio pelo voto popular.
Paola, que frequenta o projeto desde os 7 anos de idade, tem uma vasta coleção de medalhas conquistadas ao longo dos anos como atleta. Com a participação no 15º TMB Challenge Plus, que ocorreu em agosto do ano passado, em Teresina (PI), Paola sagrou-se campeã brasileira conquistando três ouros nas categorias em que competiu (Sub-19, Sub-21 e Absoluto C). A competição nacional está presente no calendário da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e, a cada edição, ocorre em uma cidade diferente.
Com a conquista, a atleta vê novas portas se abrindo para continuar sua trajetória no esporte. “O troféu é a concretização de um esforço que não é só meu, é da minha família que me apoia, é de todos do Fórum Jaracaty. E ele me motiva, ainda mais, a continuar no esporte, superando desafios, aproveitando as oportunidades, inclusive as que estão por vir, pois confio em Deus que elas chegarão”, enfatiza Paola Morais. O ponto de vista da atleta é compartilhado por Antônio Ferreira, técnico de Paola. Ele acrescenta que a adaptação é um ponto forte dela. “Ela tem um potencial incrível e se adapta muito bem às mudanças nas técnicas de jogo. É uma competidora nata que, certamente, terá um futuro incrível no esporte”.
Radiante com a conquista, Márcia Assunção, diretora-executiva do Fórum Jaracaty, acredita que o potencial dos atletas do projeto é fruto de um excelente trabalho coletivo. “Nós nos ajudamos em tudo, pois o bem-estar dos nossos alunos vem em primeiro lugar. O apoio na execução das atividades, a mão amiga aos professores e alunos, as conversas, tudo isso faz parte do desenvolvimento deles. Ver eles alcançando voos mais altos e reconhecendo o Fórum Jaracaty como grande aliado nesse processo nos enche de orgulho”, ressalta.
Ao todo, 28 modalidades esportivas participaram do Troféu Mirante Esporte, principal premiação do esporte no Maranhão.
O Fórum Jaracaty atua há mais de duas décadas, oferecendo modalidades esportivas (judô, tênis de mesa e futsal), aulas de artes e informática, brinquedoteca, cursos e palestras a crianças, jovens e comunidade em geral. As atividades do projeto são gratuitas.
O Campeonato Maranhense de Futsal – temporada 2023, competição promovida pela Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma), terá continuidade neste fim de semana, com a realização de 19 partidas no Ginásio Guioberto Alves, no Bairro de Fátima, em São Luís. A rodada do Estadual terá duelos válidos por 11 categorias, com destaque para os torneios Sub-7, Sub-8, Sub-14 e Sub-15, que já estão nas quartas de final.
As categorias Sub-7 e Sub-8 do Campeonato Maranhense de Futsal contarão com partidas eliminatórias neste sábado (16). Pelo torneio Sub-7, Aurora Futsal e Jeito Moleque se enfrentam a partir das 9h, enquanto RB Sports e APCEF Instituto Pedro Brito entram em quadra às 12h20. Já na disputa Sub-8, após o Aurora Futsal A encarar o Seve às 11h30, será a vez de APCEF Cruzeiro e Juventude Fluminense Rosa de Saron medirem forças a partir das 14h.
Já no domingo (17), o Nova Era joga diante do Túnel FC/Palmeirinha às 9h50, para definir quem avança às semifinais da categoria Sub-14 do Estadual de Futsal. No decorrer da rodada, também serão realizadas duas partidas decisivas nas quartas de final da competição Sub-15: Aurora Futsal e Escolinha Ganbatté duelam a partir das 11h40, enquanto o AFC Independente Jrs encara o Instituto Bom Pastor / JM às 15h20, fechando o fim de semana de muito futsal em São Luís.
Além dos compromissos das quartas de final das categorias Sub-7, Sub-8, Sub-14 e Sub-15, o Campeonato Maranhense de Futsal terá partidas válidas pela segunda fase dos seguintes torneios: Sub-9, Sub-10, Sub-11, Sub-12, Sub-13 e Sub-17.
Siga as redes sociais oficiais da Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma) no Instagram e no Facebook (@fefusma) e fique por dentro de todos os detalhes do Campeonato Maranhense de Futsal – temporada 2023.
TABELA DE JOGOS
Sábado (16/3) – Ginásio Guioberto Alves
8h – APCEF São Luís x Aurora Futsal (Sub-9)
9h – Aurora Futsal x Jeito Moleque (Sub-7)
9h50 – School Futsal Alemanha x R13 (Sub-9)
10h40 – Instituto Bom Pastor / JM x Juventude Fluminense Rosa de Saron (Sub-9)
11h30 – Aurora Futsal A x Seve (Sub-8)
12h20 – RB Sports x APCEF Instituto Pedro Brito (Sub-7)
13h10 – APCEF PSG x Juventude Fluminense Rosa de Saron (Sub-10)
14h – APCEF Cruzeiro x Juventude Fluminense Rosa de Saron (Sub-8)
14h50 – APCEF Cruzeiro x Aurora Futsal B (Sub-13)
15h40 – AFC Madri FC x APCEF Cruzeiro (Sub-10)
Domingo (17/3) – Ginásio Guioberto Alves
8h – AFC Madri FC x Nova Era (Sub-11)
9h – AFC Madri FC x Instituto Bom Pastor / JM (Sub-12)
9h50 – Nova Era x Túnel FC / Palmeirinha (Sub-14)
10h50 – School Futsal Alemanha x Túnel FC / Palmeirinha (Sub-12)
11h40 – Aurora Futsal x Escolinha Ganbatté (Sub-15)
12h40 – Instituto Bom Pastor / JM x AFC Independente Jrs (Sub-17)
13h40 – APCEF São Luís Academy x GPV Novorizontino (Sub-11)
14h30 – AFC Independente Jrs x Túnel FC / Palmeirinha (Sub-13)
15h20 – AFC Independente Jrs x Instituto Bom Pastor / JM (Sub-15)
O estudante do ensino médio matriculado na rede pública poderá consultar, a partir da próxima quarta-feira (20), se está beneficiado pelo Programa Pé-de-Meia do Ministério da Educação (MEC), apelidado de poupança do ensino médio. A informação estará disponível no aplicativo gratuito Jornada do Estudante, a partir dessa data.
Para quem não estiver neste primeiro momento entre os beneficiários do Pé-de-Meia, o MEC alerta que a lista não é definitiva, porque as informações estão sendo atualizadas pelas redes de ensino municipais, estaduais e do Distrito Federal, o que poderá resultar na inclusão de novos estudantes matriculados na rede pública de ensino durante o ano letivo. Os alunos podem acompanhar a atualização da condição no aplicativo Jornada do Estudante, à medida que o MEC consolida as informações enviadas pelas secretarias de Educação.
A plataforma virtual do MEC apresentará, também, orientações sobre a poupança do estudante de ensino médio, bem como o calendário de pagamento das parcelas. Pelo cronograma, o MEC efetuará o pagamento do Incentivo-Matrícula do programa Pé-de-Meia, no valor de R$ 200, entre 26 de março e 3 de abril, conforme o mês de nascimento dos alunos. O valor será depositado em contas digitais abertas, automaticamente, pela Caixa Econômica Federal (CEF) nos nomes dos próprios estudantes.
Aprovados
Em caso de aprovação do pagamento do incentivo financeiro-educacional, o aluno encontrará informações como: parcelas de matrícula; calendário de pagamento; identificação de competência da parcela e valor; informações bancárias onde a parcela foi depositada. Para os casos de rejeição do pagamento, o aplicativo informará o motivo da rejeição e apresentará orientações ao estudante para a solução.
No aplicativo, o estudante poderá consultar informações como: registros de frequência e conclusão, enviados pela rede pública de ensino médio ao MEC; canais de atendimento do programa; informações sobre a participação do estudante no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); e status de pagamentos (rejeitados ou aprovados).
Jornada do Estudante
Lançado em junho de 2022, o aplicativo Jornada do Estudante permite a comunicação digital direta e gratuita entre o MEC e estudantes de todo o país.
Por meio dele, os usuários podem acompanhar seus registros estudantis e a disponibilização de documentos digitais relativos à trajetória escolar, desde o primeiro ingresso em estabelecimento de ensino até os níveis superiores da educação, em tempo real, sem a necessidade de deslocamentos ou de requisições feitas pelos interessados.
A nova versão do aplicativo será disponibilizada gratuitamente a partir de 20 de março, nas plataformas Google Play e App Store.
Pé-de-Meia
O programa Pé-de-Meia é um incentivo financeiro-educacional, pago na modalidade de poupança, aos estudantes matriculados no ensino médio público. A política prevê o pagamento de incentivos anuais de até R$ 3 mil por beneficiário (conforme arte abaixo). Ao término da etapa de ensino, nos três anos, o valor pode atingir R$ 9.200 para cada estudante. Ele foi criado, em janeiro deste ano, pela Lei 14.818/2024.
O valor está condicionado ao cumprimento de requisitos como matrícula, frequência escolar mínima de 80%, aprovação nos anos letivos e participação no Enem no último ano letivo do ensino médio público. O governo federal investirá R$ 7,1 bilhões por ano para atender 2,5 milhões de estudantes.
Nenhum estudante precisa se cadastrar para receber o incentivo, basta estar regularmente matriculado no ensino médio das redes públicas, ter entre 14 e 24 anos e ser integrante de famílias inscritas no Cadastro Único para programas sociais (CadÚnico) do governo federal. Nesse início, terão prioridade os beneficiários do Programa Bolsa-Família.
O governo federal pretende, com essa poupança, promover a permanência do estudante na escola e a conclusão desta etapa do ensino. Os objetivos são democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social.
Consequentemente, com o pagamento do benefício, a expectativa do MEC é reduzir as taxas de retenção, de abandono (quando o aluno deixa de frequentar as aulas durante o ano letivo) e de evasão escolar (quando não efetua a matrícula para dar continuidade aos estudos no ano seguinte). Dados do Censo Escolar revelam que cerca de 480 mil alunos abandonam o ensino médio todos os anos.
Pela legislação, municípios, Estados e o Distrito Federal deverão colaborar com o MEC na execução do programa. A cooperação dos sistemas de ensino possibilitará o acesso ao incentivo financeiro pelos estudantes matriculados no ensino médio. Antes, os governos precisam formalizar a adesão ao programa Pé-de-Meia, por meio de assinatura de termo de compromisso para compartilhamento de informações dos matriculados no ensino médio.
Os estudantes com dúvidas sobre o Pé-de-Meia podem acessar uma seção de Perguntas Frequentes sobre o programa no portal do MEC. Outros canais são o Fale Conosco do MEC (telefone 0800 616161) e o portal de atendimento, por meio da opção 7.
Termina, às 23h59 (horário de Brasília) desta sexta-feira (15), o prazo para inscrição no processo seletivo do primeiro semestre de 2024 do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Interessados devem se inscrever pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.
Nesta edição, são ofertadas 67.301 vagas para financiamento em 1.260 instituições privadas de educação superior. A ordem de classificação e a pré-seleção de candidatos será divulgada no dia 21 de março, em chamada única, também no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.
Fies Social
A novidade instituída pelo Ministério da Educação este ano é o Fies Social, que reserva, no mínimo, 50% das vagas do Fies para inscritos no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).
Para ter direito às vagas reservadas, é preciso ter renda familiar per capita de até meio salário mínimo e ter feito a inscrição no CadÚnico até a data-limite de 10 de fevereiro de 2024.
Entenda
Instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, o Fies tem como objetivo conceder financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Esses cursos devem ser ofertados por instituições de educação superior privadas que participam do programa.
Com classificação para 18 anos e ingressos gratuitos, o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ) recebe, a partir desta quinta-feira (14), a Mostra Perequeté: Cinema Queer Nordestino. Os filmes poderão ser vistos até o dia 31, no Cinema 1.
Queer é um adjetivo relativo à pessoa cuja identidade de gênero ou orientação sexual não corresponde a ideias estabelecidas sobre sexualidade e gênero, especialmente a normas heterossexuais.
À Agência Brasil, a gerente de Programação do CCBB RJ, Caroena Neves, disse que a mostra lança um olhar sobre a diversidade, exibindo filmes regionais que discutem uma variedade de identidades de gênero e orientações que se afastam dos padrões heteronormativos e cisnormativos.
“A mostra apresenta um panorama de obras separadas temporalmente, mas que se aproximam diretamente por sua natureza territorial, motivações sociais e discursivas, modos de produção e condições de existência”, explica.
O evento conecta dois tempos distintos. No primeiro, visita a Paraíba dos anos 1980, apresentando um ciclo de cinco filmes em super-8 que desafiaram tabus e levantaram-se, de forma ousada e irreverente, contra os preconceitos e a opressão que imperavam na época. O segundo e mais extenso bloco da mostra, apresenta filmes da última década em uma retrospectiva da carreira de seis autores contemporâneos do Nordeste: Alexandre Figueirôa e Léo Tabosa (Pernambuco), Breno Baptista e Noá Bonoba (Ceará), R.B. Lima (Paraíba) e o coletivo Surto & Deslumbramento.
Importância
O projeto surgiu, segundo Caroena, do desejo de trazer ao Rio de Janeiro, de forma inédita, o programa A onda de filmes Queer em Super-8 na Paraíba, que reuniu obras resgatadas e digitalizadas pelo projeto Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros (IDFB), promovida pela organização Cinelimite.
“A partir desses preciosos cinco filmes, reunidos em nossa sessão de abertura, desdobramos uma curadoria original, visitando núcleos autorais do cinema queer no Nordeste contemporâneo”, disse.
Na avaliação da gerente de Programação do CCBB RJ, a preservação e a divulgação de filmes nordestinos, nunca exibidos no Rio de Janeiro, “promovem a circulação da produção cultural brasileira, dão visibilidade a cineastas de fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo e mostram também que, apesar de reunidas em uma região geográfica, as produções do cinema contemporâneo do Nordeste são tão múltiplas quanto seu próprio povo, apresentando vertentes estéticas, discursivas e artísticas originais, diversas e carregadas de potência artística”.
Objetivos
Para a realização da mostra, o CCBB RJ conta com o apoio do Núcleo de Documentação Cinematográfica da Universidade Federal da Paraíba (Nudoc UFPB), que cedeu os direitos de alguns dos filmes; da Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros (IDFB), do Cinelimite; e da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA), “que tornaram novamente disponíveis ao público esses preciosos filmes superoitistas dos anos 80”, salientou Caroena Neves.
A programação do CCBB RJ objetiva promover a conexão dos brasileiros com a cultura, fundamentada em um eixo curatorial que enfatiza, entre outros aspectos, a ancestralidade e a pluralidade.
Caroena ressalta que o CCBB RJ reitera seu compromisso como uma janela de exibição de obras que, mesmo celebradas em festivais e mostras nacionais e internacionais, estão fora do circuito de exibição comercial. “Existe outro cinema brasileiro, e é importante e necessário exibi-lo”, defendeu.
A programação está disponível no site do CCBB RJ, onde os ingressos poderão também ser retirados.
Nome de destaque no esporte maranhense, o nadador Davi Hermes vive a expectativa por uma das competições mais importantes da temporada de 2024. Davi, que é atleta da Viva Água e conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, foi convocado pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI) para representar o país na disputa do Trisome Games 2024, que será realizado entre os dias 19 e 26 de março, em Antalya, na Turquia.
“Emoção total. Muito feliz por ser convocado para a Seleção Brasileira que irá para o 2º Trisome Games, evento multiesportivo que reunirá campeonatos mundiais de seis modalidades. Só tenho a agradecer à CBDI, à Viva Água, ao governo do Estado e à Potiguar por todo apoio e incentivo. Partiu, Turquia!", afirmou Davi, que é o único paratleta do Norte-Nordeste convocado para o Mundial.
Davi Hermes dá os seus primeiros passos na temporada depois de emplacar vários títulos e medalhas no cenário nacional da natação paralímpica em 2023. Em dezembro, o atleta da Viva Água foi um dos destaques da Copa Brasil de Natação Down CBDI 2023, onde conquistou duas medalhas de ouro nas provas dos 50m e 100m borboleta, além de faturar uma prata e um bronze.
Já no Meeting Brasileiro de Natação, realizado em agosto, Davi Hermes faturou o ouro nas provas dos 100m borboleta e 200m borboleta, garantiu a medalha de prata nos 50m borboleta e foi quarto colocado na disputa dos 50m nado livre. O atleta maranhense também fez os melhores tempos da carreira nos 50m nado livre, 50m borboleta e 100m borboleta, resultados que reforçam a sua evolução na natação paralímpica brasileira.
Davi Hermes também colecionou títulos nas disputas dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) e do Campeonato Brasileiro de Natação CBDI 2023. O atleta da Viva Água conquistou cinco medalhas de ouro nos JUBs, vencendo as provas de 50m, 100m e 200m livre, além dos 50m e 100m borboleta, ajudando a Universidade Ceuma a conquistar o terceiro lugar no quadro de medalhas da natação paradesportiva da competição. Já no Brasileiro CBDI, Davi levou três ouros – com direito à conquista do tetracampeonato nas provas dos 50m e 100m borboleta e do tricampeonato nos 200m borboleta –, e uma prata nos 50m livre.
Também em 2023, Davi Hermes ganhou dois ouros no Campeonato Maranhense de Natação de Inverno - Troféu João Vitor Caldas, conquistou três medalhas de ouro nas provas dos 50m borboleta, 200m borboleta e 400m livre no Torneio Início, competição promovida pela Federação Maranhense de Desportos Aquáticos (FMDA), e garantiu três medalhas no Torneio Grão-Pará da Amizade Master de Natação, com uma prata nos 50m borboleta e dois bronzes nas disputas dos 50m livre e 100m borboleta.
O ano era 1974. Abdias Nascimento participava do 6º Congresso Pan-Africano em Dar-es-Salaam, na Tanzânia, como único representante da América do Sul. Durante o evento, o intelectual brasileiro foi convidado pelo embaixador de Uganda para conhecer a fonte do Rio Nilo. Ao lado de outros ativistas, artistas e intelectuais, Abdias experimentou um banho transformador.
“Aquelas águas que alimentaram tantas antigas civilizações negras me emocionaram extremamente; elas encharcaram a minha alma. Banhei-me nelas como num batismo primordial, como se de fato estivesse nascendo de novo”, escreveu Abdias em testemunho de 1976.
Homem negro, era natural de Franca, no interior de São Paulo. Foi ator, dramaturgo, poeta, escritor, artista plástico, professor, político e ativista antirracista. Há exatos 110 anos, nascia Abdias, um dos maiores intelectuais do Brasil. Nessa trajetória extensa, ele se destacou como o principal difusor do pan-africanismo no país. Em termos simples, um movimento em defesa da unidade política dos povos africanos, que tem origem no século XIX, mas ganha força no século XX, no contexto da descolonização da África e das lutas antirracistas em todo o mundo.
O “batismo” de Abdias no Nilo representava essa reconexão com a África, que dizia ser a verdadeira terra natal dele, o único lugar em que se havia sentido em casa. Com o Brasil, a relação era “cheia de revolta” e “paradoxal”, por entender que a sociedade recusava as raízes africanas do povo negro e tentava silenciá-las.
Em 1968, Abdias viajou aos Estados Unidos para um intercâmbio com movimentos que promoviam os direitos civis e humanos da população negra. Ao perceber o aumento da repressão e da violência na ditadura militar brasileira, decidiu autoexilar-se. Durante 13 anos, viveu nos Estados Unidos e na Nigéria.
O sociólogo Túlio Custódio, mestre e doutor pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisou o período de exílio de Abdias e explica que as experiências internacionais tiveram influência grande no pensamento político e intelectual dele. Como professor universitário, participou de vários eventos nos Estados Unidos, na América Central e na África. E pôde aprofundar críticas à ideia do Brasil como uma democracia racial, além de estreitar os laços internacionais com pensamentos e intelectuais africanos.
“O foco dele continua sendo o Brasil. É a partir do país que pensa a questão racial. Mas ele entende que as raízes negras brasileiras estão diretamente associadas a uma noção de cultura africana, que dá respaldo a uma visão de pan-africanismo e de diáspora. O intelectual alarga a dimensão de resistência e de revolta que já estava presente no pensamento dele nos anos 1960, e as conecta com o pan-africanismo. Conecta a luta do negro brasileiro com o movimento de descolonização da África e com o movimento dos direitos civis nos Estados Unidos”, explica Túlio Custódio.
No contexto da perseguição dos militares aos opositores e de outros exílios, Abdias fez questão de marcar a diferença da situação dele em relação à de outros intelectuais e militantes brancos.
“Meu exílio é de outra natureza. Não começou em 1968 ou 1964, nem em momento algum dos meus 62 anos de vida. Hoje, mais do que nunca, compreendo que nasci exilado, de pais que também nasceram no exílio, descendentes de gente africana trazida à força para as Américas”, escreveu.
Pan-africanismo
Quando chegou aos Estados Unidos, Abdias já trazia um currículo longo: havia fundado o Teatro Experimental do Negro (TEN) em 1944, que denunciava a segregação nas artes brasileiras e promovia os direitos civis e humanos dos negros; participara da organização da Convenção Nacional do Negro, em 1945 e 1946, e do 1º Congresso do Negro Brasileiro, em 1950; editara o jornal Quilombo: Vida, Problemas e Aspirações do Negro; e era o curador fundador do Museu de Arte Negra.
Como professor universitário no exterior, teve a oportunidade de conhecer intelectuais e militantes de vários países e entrar em contato com as diferentes vertentes do pan-africanismo, como explica o sociólogo Túlio Custódio.
“Antes da minha pesquisa, tinha expectativa de que o Abdias estaria em diálogo com as teorias norte-americanas e o movimento negro de lá. E não é o caso. Na verdade, ele acaba se conectando mais com os intelectuais de origem africana. E mesmo quando dialoga com intelectuais dos EUA, é mais com aqueles que estão envolvidos na discussão do pan-africanismo ou do nacionalismo negro. Casos de Molefi Asante, Maulana Karenga, Cheikh Anta Diop e Anani Dzidzienyo”.
O pan-africanismo estava dividido entre grupos pró-comunistas, pró-capitalistas e de uma chamada terceira via. Abdias se identificou com o último grupo, por entender que comunismo e capitalismo não apresentavam soluções para os problemas específicos da população negra. Para ele, o mundo africano deveria buscar a própria identidade ideológica, com base na experiência histórica do continente, mas também nas experiências das diásporas nas Américas e Pacífico. Foi o que ele defendeu no discurso do 6º Congresso Pan-Africano de 1974, aquele citado no início da reportagem, do emblemático banho no Rio Nilo.
Foi nesse mesmo ano que Abdias conheceu Elisa Larkin nos Estados Unidos. Ela havia participado de movimentos estudantis e políticos contra a guerra do Vietnã, contra empresas americanas que sustentavam o regime do apartheid na África do Sul e de outros embates contra o racismo no próprio país. Elisa conta que houve uma afinidade imediata, por terem tantos pontos em comum na vida pessoal e intelectual. Das trocas entre os dois, aprendeu mais sobre a história das filosofias e culturas africanas e acompanhou de perto a atuação incisiva do companheiro nos círculos internacionais.
“O Abdias vai ter uma voz muito maior dentro desses círculos do pan-africanismo. No Brasil, crescia a consciência entre a população negra sobre essa dimensão internacional e pan-africana de luta. E a mesma coisa acontecia do lado de lá. Os movimentos pan-africanos no exterior não tomavam conhecimento de uma população negra que era a maior do mundo fora da Nigéria. Quando Abdias começou a dizer isso no início dos anos 70, as pessoas achavam um absurdo: ‘esse cara está enlouquecendo’. Ele era rechaçado. Os ativistas do exterior não tinham a consciência dessas outras populações”, diz Elisa.
Volta ao Brasil
Quando voltou ao Brasil em 1981 definitivamente, Abdias fundou com Elisa o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro). A instituição organizou o 3º Congresso de Cultura Negra das Américas em São Paulo, em 1982. A revista Afrodiáspora, lançada no ano seguinte pelo Ipeafro, traz, na capa, menção ao congresso e diz que os negros reunidos nele buscavam a própria identidade, impor respeito à condição comum de descendentes dos povos africanos.
Nas décadas seguintes, manteve-se ativo na defesa do pan-africanismo e contra a desigualdade racial em congressos e seminários internacionais, além de publicar dezenas de livros em inglês e em português. Entre eles, estão O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado, O quilombismo e OBrasil na mira do pan-africanismo.
Na vida política, Abdias Nascimento assumiu o cargo de deputado federal em 1983, eleito suplente pelo PDT-RJ. Como integrante da Comissão das Relações Exteriores, propôs medidas contra o apartheid, de apoio ao Congresso Nacional Africano (ANC) da África do Sul e ao movimento pela independência da Namíbia.
“É o Abdias que traz essa discussão sobre o apartheid e a necessidade de rompimento de relações diplomáticas do Brasil com o regime sul-africano do apartheid. E também vai incluir isso além do Congresso, como item importante de luta para todos os negros, inclusive o brasileiro”, afirma Fabiana Vieira, historiadora que pesquisa as relações entre Brasil e África do Sul, no que diz respeito à atuação do movimento negro.
Legado
Abdias Nascimento morreu em 2011, aos 97 anos. Deixou um legado de luta antirracista, vasta publicação intelectual, acadêmica e artística. Mas os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil dizem que, apesar dos esforços para difundir o pan-africanismo no país, a doutrina ainda tem pouca influência sobre o movimento negro.
A historiadora Fabiana Vieira entende que falta projeto político de integração com pautas do exterior.
“O movimento negro atual perdeu essa ideia de internacionalização. O que me parece é que a conexão hoje é mais acadêmica e pontual, quando tem algum evento ou acontecimento no exterior que mereça maior atenção. Não há um projeto político contínuo de internacionalização do movimento negro, como pretendia Abdias Nascimento”.
O sociólogo Túlio Custódio entende que intelectuais e pensamentos do movimento negro dos Estados Unidos são mais influentes sobre os brasileiros.
“Apesar de toda a contribuição que uma parte do movimento negro teve, o que inclui o Abdias, de pensar uma identidade negra a partir da África, quem leva o jogo, vou colocar nesses termos, é a perspectiva norte-americana. Impacto dela na realidade brasileira vem pelas roupas, pelos movimentos culturais, musicais, e que vão trazer uma força de influência na identidade negra. Quando a África aparece, é quase numa perspectiva etérea, menos conectada com os elementos culturais que estão no pensamento de Abdias. As reflexões para lidar com os problemas concretos do Brasil partem de ferramentas teóricas mobilizadas no debate estadunidense”.
Quem continua na luta pela valorização das raízes africanas e defende o legado de Abdias é o Ipeafro, hoje sob direção da viúva Elisa Larkin Nascimento.
“Nosso trabalho é fazer com que o pictórico, o acervo museológico, as obras de arte e o acervo documental do Abdias possam ajudar a pensar e a criar maneiras de trazer esse legado ao conhecimento das novas gerações. Não apenas de crianças e adolescentes e pessoas negras, mas do país inteiro, para a gente entender melhor a história do povo negro e como ela se relaciona à dos povos originários africanos”, disse Elisa.
A 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos será aberta nesta quarta-feira (13), às 18h30, no Cine Arte da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com o filme Nas Asas da Pan Am, de Silvio Tendler, cineasta homenageado nesta edição. Até o dia 22 próximo, os filmes serão exibidos em várias capitais do país. A partir do dia 25, 31 cineclubes de municípios do Estado do Rio passarão a apresentar produções cinematográficas.
Com o tema Vencer o ódio, semear horizontes, a Mostra Cinema e Direitos Humanos reúne 18 filmes de todas as regiões brasileiras, realizados por profissionais com relação direta com os temas abordados nas telas, entre os quais, racismo e direitos das mulheres, de pessoas com deficiência, povos indígenas e comunidade LGBTQIA+. A programação é inteiramente gratuita.
Roteiro
O roteiro do evento foi organizado em programas, divididos com os títulos Homenagem, Raízes, Sementes e Frutos. Amanhã (14), às 14h, o programa Frutos da mostra, dedicado ao público infantojuvenil, exibe Um Filme de Verão. A partir das 19h, o programa Raízes apresenta Travessia, Filha Natural, Nossa mãe era atriz, Mãri Hi – A Árvore do Sonho, O que pode um corpo? e A poeira dos pequenos segredos, com debate aberto ao público às 20h40.
Na sexta-feira (15), às 14h, o programa Frutos apresentará Tesouro Quilombola, Mutirão, O Filme, Cósmica e O Pato.
A partir das 19h, o programa Sementes” traz Ribeirinhos do Asfalto, Adão, Eva e o Fruto Proibido, Nossos espíritos seguem chegando, Me farei ouvir, Escrevivência e Resistência: Maria Firmina dos Reise Conceição Evaristo, com debate na sequência.
No sábado (16), às 19h, haverá a sessão Homenagem, com mais um filme de Silvio Tendler, A Bolsa ou a Vida, seguida de debate sobre a obra.
Difusão
Em uma segunda etapa, que se estenderá de 25 de março a 24 de abril, o evento terá a Mostra Difusão, quando a programação desta 13ª edição ficará disponível on-line, na plataforma de streaming InnSaei.TV, e em equipamentos culturais das cidades participantes. Todos os espaços, incluindo os do interior, foram cadastrados pelo Ministério da Cultura, que realiza a mostra em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A produção é do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF.
Há 123 anos, em 13 de março de 1901, aconteceu o “massacre de Alto Alegre”, em que índios guajajaras invadiram uma colônia estabelecida por religiosos italianos (frades capuchinhos).
Ao término, a golpe de facas e tacapes e tiros de espingardas, mais ou menos 200 pessoas foram mortas, inclusive cinco padres e seis freiras e, aproximadamente, 200 leigos, entre professores, alunos e outros. O cacique guajajara Cauiré Imana, o João Caboré, líder do massacre, foi preso pelo capitão Raimundo Ângelo Goiabeira e morreu por tortura, em 1905.
Massacre de Alto Alegre – a véspera
Em 12 de março de 1901, em Barra do Corda (MA), nas imediações da Colônia de São José da Providência do Alto Alegre, estabelecida por frei Carlos de São Martino Olearo, nota-se, na tarde e noite, um movimento festivo dos índios guajajaras.
No dia seguinte, eles atacarão religiosos e leigos em um morticínio que ficou conhecido como “Massacre de Alto Alegre”.
A “evangelização civilizadora” dos capuchinhos incluía a catequização de índios e sua conversão à cultura dos brancos. Deste modo, dezenas de filhos dos índios eram objeto daquela missão religiosa... mas crianças são, como em toda cultura, seres de especial estima dos adultos, principalmente os pais. O resgate virou chacina. Cerca de duzentas pessoas foram mortas pelos índios.
O “massacre de Alto Alegre” virou tema de filme e livros. No Maranhão, sem falar nas notícias de jornais desde a época do ataque, há uma longa e detalhada reportagem do jornalista e escritor Antônio Carlos Gomes de Lima, também conhecido como “Pipoca”, ex-diretor de Redação de “O Estado do Maranhão” e meu amigo, falecido em 8 de outubro de 2023.
O frade capuchinho Aristides Arioli, em seu “Livro de Tombo”, que revisei e editei em 1993, em Fortaleza (CE), traz, em Apêndice, nove páginas sobre o assunto, inclusive uma relação com o nome de 53 vítimas.
Mais de um século depois do “massacre”, estudiosos e religiosos debruçam-se em reflexões sobre a chacina e, entre as motivações, eventuais erros ou impropriedades de abordagem dos voluntariosos capuchinhos, que, ao fazerem a “obra de Deus”, causaram um choque cultural quando “mexeram” nas estruturas do modo de ser e fazer dos índios guajajaras.
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Repercussão
Escrito há anos e republicado ao longo dos tempos, o texto acima registra diversas manifestações. Algumas delas, via Facebook, comprovam o quanto leitoras e leitores são ricos em vivências, curiosidades, informações, imaginação, opinião. Sozinhos, os registros ofertam um mundo de possibilidades para abordagens, aprofundamento, detalhamento, pareamento... – um universo a ser considerado. Alguns comentários:
– “Espero que lá [em uma série de reportagens sobre o “massacre”] não esteja só a versão do homem branco. O massacre ocorreu e devemos lamentar até hoje, mas é necessário mostrar todos os episódios desse enfrentamento entre índios e “brancos”, inclusive os ataques sofridos pelos nativos, antes e depois do Massacre de Alto Alegre.” (PIETRO MARINO, Imperatriz/MA, 13/3/2013)
– “Bastante interessante, Sanches... Parabéns!” (JENNIFER TALIA SOARES BITENCOURT, imperatrizense, residente em São Paulo/SP, 13/3/2013)
– “Minha Avó materna era Josefa Goiabeira Ferraz, neta do Major Goiabeira, como ela mesma o retratava quando contava esta história pra nós. Ela nasceu em 1921, mas sua avó, a viúva do Major Goiabeira, contou com detalhes para ela a história do Massacre do Alto Alegre – e que, posteriormente, também foi contada aos descendentes da família (Dagma Nunes, Luzia Nunes, Iara Nunes, Tarson Nunes, Vânio Nunes, lembram dessa história?). Eu me lembro de muita coisa, pois era só tocar no assunto que a Vó recontava toda a história desde o início. Era muito bom ouvir essas antigas histórias de pessoas que estavam dentro do contexto. Por outro lado, lembro também sobre algumas divergências sobre os acontecimentos, que a Vó chegou a relatar. Lendo este trecho – “Maior tribo do Maranhão, com mais de 11 mil índios, os guajajara são ainda hoje, em consequência do episódio, tratados com desconfiança e menosprezo pelas populações dos dois municípios [Barra do Corda e Grajaú]” –, percebo como é notável essa consequência naquelas bandas para as pessoas. As pessoas realmente desprezam muito os índios. Principalmente aqueles do tempo da minha Vó. // Grande Sanches, manda pra mim os materiais desse episódio, que eu tenho muito interesse em verificar os documentos e ver as várias versões pra ter certeza de qual é a que a história que minha Avó contava está relacionada. // Amigo Sanches, como sempre, não nos deixa esquecer os fatos importantes da nossa história local”. (LEANDRO NUNES SAMPAIO, Imperatriz/MA, 13/3/2013)
– “E as perdas dos índios, ninguém sabe ler a tradução, pra ver o lado deles”. (ELVIS NASCIMENTO, 13/3/2013)
– “Ainda muito criança, com o papai (“in memoriam”) e a mamãe visitei a igreja onde os padres foram mortos. Parabéns, Edmilson Sanches, por mais um precioso registro”. (CARLOS BRANDÃO, Imperatriz/MA, 14/3/2013)
– “Belo relato.👏Não lembro de ter visto sobre o assunto nas escolas em que passei, apenas comentários vagos colocando os índios como assassinos. Ninguém questiona a forma como queriam “catequisar” eles, não respeitando suas crenças e costumes”. (EUNICE ERDMANN, 13/3/2018)
– “Na companhia dos meus pais e do Bertoldo, dono de ônibus (pau de arara) que fazia a linha Imperatriz a São Domingos, visitamos a igreja citada nos seus escritos, meu caro e estimado Sanches.” (CARLOS BRANDÃO, 13/3/2018)
– “Fiz uma visita em Alto Alegre, hoje só ruínas. Tive uma boa conversa com o cacique de lá.” (JACKSON PEREIRA SILVEIRA, Imperatriz/MA, 13/3/2018)
– “Quando tive a honra de receber o “Livro de Tombo", com dedicatória de Frei Aristides, relendo textos grifados, comentei com o autor a questão cultural vista segundo o Catolicismo”. (MARIA LEDA DE SOUZA GOMES, Brasília/DF, 13/3/2018)
– “Por favor... sou de Barra do Corda [MA}... Gostaria muito de conseguir esse “Livro de Tombo”, para biblioteca da Academia de Letras... Como consigo...????” (TÂMARA PINTO, Barra do Corda/MA, 14/3/2018)
– “Tâmara, até volume com dedicatória pra meus pais (Alice / Boaventura) foi roubado da residência deles em Montes Altos. Vamos reeditar esta obra-prima?! Foram queimados/destruídos por nossos conterrâneos, que criticaram/criticam os relatos verídicos descritos pelo autor... PAZ E BEM. // Este volume faz parte de minhas memórias, em Brasília/DF”. (MARIA LEDA DE SOUZA GOMES, Brasília/DF, 14/3/2018)
– “Tâmara Pinto: Fui editor de dois dos livros do meu amigo, de saudosa memória, Frei Aristides Arioli. Há uma terceira obra (“A Floresta Chama”), que iniciei os trabalhos, mas o Frei morreu. Já houve aqui nesta rede social [Facebook] um movimento (ou manifestações) para se reeditar essa obra. Mas ainda não saiu do reino da vontade... (EDMILSON SANCHES, Imperatriz/MA, 14/3/2018)
– “Edmilson Sanches, esse movimento vai ter êxito. Montes Altos deve muito ao frei Aristides Arioli, pois ele nos deixou um grande legado, o maior conjunto arquitetônico do Município. Deus vai nos ajudar!” (JÚLIA GOMES, Montes Altos/MA, 16/3/2018)
– “Massacre foi o que o governo do Maranhão mandou a polícia militar fazer com os Índios depois, foi um massacre total”. (JACKSON PEREIRA SILVEIRA, Imperatriz/MA, 13/3/2018)
– “Segundo o trecho de livro que li, aproximadamente 400 indígenas foram mortos...” (MARIA BETÂNIA BARROS, 16/3/2018)
– “Ouvi muito sobre esse acontecimento! Os índios, coitados, tinham suas crenças e só se defenderam!” (CLEUDMAR FREITAS GOMES, imperatrizense, residente em São José do Rio Preto/SP, 13/3/2018)
– “Já tinha visto falar, só que vagamente, esses pontos da história; mas para os índios agirem assim tiveram seus motivos; não que esses motivos justifiquem esse massacre, mas, por outro lado, quantos índios também foram e continuam a ser massacrados e a história também não é contada”. (MARIA JOSÉ AQUINA, Imperatriz/MA, 13/3/2018)
–- “A História tem vários sujeitos e cabe a todos conhecer as várias versões”. (EUNICE MENDES DOS SANTOS, Araguatins/TO, 13/3/2018)
– “Concordo com você, Eunice Mendes dos Santos. Sou filha de Barra do Corda [MA] e sempre ouvi as histórias do massacre. Não tirem conclusões; existe toda a história, com toda certeza, nalgum lugar lá na Barra!!! Historiadores, procurem contar com veracidade!!!” (CLAUDETE BILIO, Bacabal/MA, 14/3/2018)
– “É a dura realidade do choque de culturas. // Resumindo, mexe com quem tá quieto, mexe!” (FRANCISCO MENDES AGÜERO, Itatiaia/RJ, 14/3/2018)
– “Jamais foram relatados esses pedaços de nossa história nas escolas”. (Celson C. Mattos, 14/3/2018)
–- “Quando vivi em Barra do Corda, um amigo Guajajara disse que a UNESCO estava estudando essa possibilidade. Tem tanta coisa que a história não conta!!! Apenas o conveniente se revela...😥”. (MÅRIPE PACÍFÍCO, Dili, Timor Leste, 15/3/2018)
– “A triste história do massacre que o Maranhão não pode esquecer...” (FERNANDO CUNHA, Imperatriz/MA, 14/3/2018)
– “Estes que morreram serão justificados pela fé.” (CLETO BERTRAND, Imperatriz/MA, 14/3/2018)
– “Ainda criança ouvia minha mãe e os mais velhos contarem essa história. Ou seja, esse massacre. Era de arrepiar ao ouvi-la. Foi marca de uma tragédia, que iniciou com um novo século [1901], lamentavelmente”. (JOSÉ EMIVALDO CARVALHO LIMA, Imperatriz/MA, 14/3/2018)
– “Caro Edmilson Sanches, vivi alguns anos em Barra do Corda/MA, convivi com comunidades indígenas daquela região, especialmente os Guajajara, etnia onde tenho grandes amigos-irmãos (Dilamar Pompeu, José Raimar Pompeu, Raimundo Carlos da Silva Guajajara, Dulcemar Pompeu, Lalakaobama Pompeu, entre tantos outros amigos). Nessa convivência de amizade tive acesso à versão indígena do Massacre, muitos fatos que a história não revela. Espero que este filme-documentário esclareça os reais motivos daquela tragédia anunciada. Quando eu for ao Brasil (*), quero muito ver esse filme!😥” (MÅRIPE PACÍFÍCO, Dili, Timor Leste, 15/3/2018)
– “Lamentável! Ouvi falar bastante sobre esse ocorrido, cheguei a conhecer esse povoado!” (EBENÉZER MACÊDO, Marabá/PA, 15/3/2018)
– “... Cresci ouvindo relatos e lendas sobre o ‘Massacre de Alto Alegre’ contados por minha mãe e beatas que frequentavam nossa casa. Só pude ler um relato mais sólido e saber detalhes do ocorrido através do texto do jornalista Antônio Carlos Lima. Pretendo adquirir livros sobre este fato histórico do nosso estado. Sobre isto, se possível for, gostaria de uma sugestão sua, caro Edmilson Sanches.” (ALBERTO SAMPAIO, Açailândia/MA, 15/3/2018)
– “É uma denominação extremamente incômoda (sobretudo aos índios), a de ‘massacre’, conquanto não seja relativizada a ação dos Tenetehara-Guajajara como um levante diante de todos os abusos cometidos pela missão e pelas autoridades, inclusive no processo de repressão aos índios envolvidos naquele conflito. O ‘massacre’, por outro lado, continua a ocorrer com as populações nativas excluídas e marginalizadas, através de ações, discursos e lugares de memória que consolidaram um silenciamento dos indígenas e sua culpabilização pelo ocorrido. É necessário que haja, urgentemente, mais espaços disponíveis para a circularidade do discurso e imaginário dos Tenetehara-Guajajara acerca desse acontecimento. Inclusive, não fosse essa reação, talvez essa etnia já teria sido exterminada na região do Centro maranhense”. (CARLOS EDUARDO PENHA EVERTON, Barra do Corda/MA, 16/3/2018)
– “Obrigada por mais uma postagem interessante”. (ANTÔNIA CUNHA DE OLIVEIRA, Imperatriz/MA, 16/3/2018)
– “Professora Diquinha me contou essa história. E o que aconteceu com Perpetinha? O índio afilhado a matou ou eles fugiram?” (SUELY MEDEIROS, Barra do Corda/MA, 16/3/2018)
– “Eles fugiram. Meu pai comprou uma fazenda que tem o nome ‘Juçaral do Bomfim’, [onde] até hoje tem árvore com o nome: “Aqui passou a Perpetinha”, pois [ela] sabia escrever. Meu pai disse: ‘Tinha muita árvore com o nome dela”. (SOCORRO BOMFIM, 17/3/2018)
– “Minha mãe sempre me contou essa história. Perpetinha era freira, madrinha de um índio, certo? E que fora morta pelo próprio. Os guajajaras já assassinaram muitas pessoas não indígenas na região de Barra do Corda, por motivos fúteis”. (ELITÂNIA FRANCO, Redenção/PA, 17/3/2018)
–- “Os frades só queriam civilizar os índios, como hoje são civilizados. Tem gente que tá colocando nos comentários que os índios queriam se defender”. (MARCOS DE SOUSA OLIVEIRA SOUSA OLIVEIRA, Grajaú/MA, 17/3/2018)
– “O documentário de Murilo Santos sobre o tema é muito bom. Tem no YouTube”. (Ramssés de Souza Silva, São Luís/MA, 17/3/2018)
– “Isso mesmo, Ramssés. Esse documentário e outros vídeos sobre esse levante estão lá no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=_Ez4to9RWGU . ((EDMILSON SANCHES, Imperatriz – MA, 17/03/2018)
– “Muitas pessoas diziam que os padres pegavam as crianças para civilizar e eram escravizadas para trabalhos pesados. Não sei até onde é verdade”. (CONCEIÇÃO ALVES MOTA, Imperatri/MA, 17/3/2018)
– “O meu avô falava muito dessa história. Ele era de Barra do Corda”. (AGRIPINO MARTINS, Estado do Tocantins, 17/3/2018)
– “Lembro, eu criança, meus pais e pessoas mais velhas comentarem sobre esse dia muito triste. Também tive a oportunidade de ver fotos – ou santinhos, como falamos hoje – dos padres e freiras que morreram. Lembro o nome de uma das freiras que diziam, na época, que tinha sido levada pelos índios: Irmã Perpetinha. Tive também a oportunidade e prazer de conhecer a Igreja, onde tudo aconteceu”. (NAZARÉ PINHEIRO, GrajaúMA, 3/4/2018)
– “Aprendo muito com você”. (MARCOS JOSÉ DE SOUSA, Caxias/MA, 13/3/2020)
– “Uma história que ainda tem muitos reflexos na sociedade indígena de Barra do Corda e Grajaú, muito preconceito ainda”. (FRANCISCO HUDSON FROTA, Imperatriz/MA, 13/3/2020)
– “Morei em Barra do Corda, convivi com as comunidades indígenas de todas as etnias da região, mais ainda o povo Guajajara, onde tenho amigos muito queridos. Os descendentes indígenas vêm lutando para apresentar a sua versão dos fatos, ainda sem sucesso”. (MÅRIPE PACÍFÍCO, Lago da Pedra/MA, 13/3/2020)
– “Salvo engano, as freiras estão enterradas numa igrejinha no Barra do Corda”. (WALMIR LIMA, Imperatriz/MA, 14/3/2020)
– “Walmir Lima. os ossos estão conservados em jazigos de mármore dentro da igreja Matriz, no centro da cidade... e na parede estão retratos de todos eles. Se não me engano, é isso...” (MOHARA VIEIRA, Canaã dos Carajás/PA, 14/3/2020)
–- “Desde pequena ouvia falar desse massacre em Barra do Corda, mas sempre foi um assunto sigiloso, principalmente para as crianças; mas escutei minhas avós contarem história duma moça que foi levada pelos índios no dia desse massacre. Diziam que ela se chamava Perpétua, moça de beleza encantadora, que nunca foi encontrada! // Contam que ela deixava pedaços das suas roupas amarradas nas árvores das florestas do nosso sertão!!” (MARIA ITELVINA RESPLANDES GOMES, Imperatriz/MA, 14/3/2020)
– “Excelente matéria e um exemplo de que a história deve ser contada e recontada para gerações atuais”. (HUMBERTO BARCELOS, Imperatriz/MA, 14/3/2020)
– “Vivi até os 7 anos na pequena comunidade Alto Alegre. De lá tenho doces memórias de uma infância cheia de alegrias, imaginário alimentado pelas fartas histórias...” (LÍLIA DINIZ, Imperatriz/MA, 15/3/2020)
* EDMILSON SANCHES
ILUSTRAÇÕES:
Cartazes anunciando o filme documentário “O Massacre de Alto Alegre” e as obras “Livro de Tombo”, de Frei Aristides Arioli, e “O Massacre de Alto Alegre”, do Padre Bartolameo da Monza. (Da biblioteca de Edmilson Sanches)