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O surfista maranhense Kadu Pakinha, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, se destacou na disputa da 1ª etapa do Circuito Tríplice Coroa Sundek Classic Saquarema 2024, que ocorreu no sábado (4) e no domingo (5), na Praia de Itaúna, em Saquarema (RJ). Com um desempenho de alto nível em uma final decidida no detalhe, Kadu garantiu a terceira colocação na categoria Sub-16 Masculino do evento realizado pela Associação de Surf de Saquarema.

“É uma alegria imensa chegar ao pódio da Tríplice Coroa aqui em Saquarema. Foi uma competição muito difícil contra outros grandes atletas, mas consegui um excelente resultado. Pude brigar pelo título até a última onda, o que mostra que estou no caminho certo e me motiva ainda mais para continuar evoluindo. Vou continuar treinando forte para aumentar a minha coleção de conquistas. Mais uma vez, agradeço ao governo do Estado e à Potiguar por todo o apoio para que eu possa representar o Maranhão nos principais eventos de surf do país”, destaca Kadu.

Antes de conquistar a terceira posição no Circuito Tríplice Coroa de Saquarema, Kadu Pakinha representou o Maranhão na primeira etapa do Circuito Brasileiro de Surf de Base, um dos eventos mais importantes da temporada, que é organizado pela Confederação Brasileira de Surf (CBSurf). Na abertura da competição nacional, que ocorreu em abril, em Porto de Galinhas, na cidade de Ipojuca (PE), Kadu teve um bom desempenho na categoria Sub-18, chegando até à segunda fase, e também competiu na categoria Sub-16.

Depois de competir em Saquarema, Kadu Pakinha volta aos treinamentos no Rio de Janeiro, com foco total nas etapas do Circuito Carioca, um dos mais competitivos do país, e na segunda etapa do Circuito Brasileiro de Surf de Base, que será disputado entre os dias 1º e 4 de agosto, em Matinhos (PR).

Temporada anterio

Kadu Pakinha colecionou ótimos resultados durante o ano de 2023, representando o Maranhão em eventos nacionais de surf. O surfista maranhense ficou entre os quatro melhores colocados nas três etapas do Circuito ASN Puro Suco Nova Geração, em Niterói, e foi semifinalista das categorias Sub-16 e Sub-18 da 2ª etapa do Circuito de Surf Cyclone, no Rio de Janeiro.

Além disso, Kadu Pakinha chegou às semifinais do Canto Open, garantiu a quarta posição na categoria Sub-16 Masculino do Grumari Masters, disputou o Saquarema Surf Pro Am e esteve em duas etapas do Circuito Brasileiro de Surf de Base, onde obteve experiência para os eventos de 2024.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A nadadora maranhense Sofia Duailibe teve um excelente desempenho na 4ª etapa da Copa Brasil de Águas Abertas, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e realizada na última quarta-feira (1º), em Itajaí (SC). Sofia, que é atleta da DM Aquatic e conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, disputou a prova dos 2,5km da Copa Brasil e subiu duas vezes ao pódio, conquistando a medalha de ouro na categoria Infantil 2 Feminino e ficando com a medalha de bronze na categoria Geral Feminino.

As duas medalhas conquistadas em Itajaí reforçam o grande momento de Sofia Duailibe na Copa Brasil de Águas Abertas. No fim de março, a nadadora maranhense foi campeã da categoria Infantil 2 e garantiu o vice-campeonato Geral Feminino na prova de 2,5km da segunda etapa da competição nacional, realizada em Maceió. Além disso, Sofia faturou o primeiro lugar da categoria Infantil 2 na disputa dos 5km da primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Águas Abertas.

Além de se destacar nas competições de águas abertas, Sofia Duailibe também coleciona resultados expressivos nas piscinas. A atleta da DM Aquatic faturou três ouros nas provas dos 100m livre, 100m costas e 200m livre do Troféu João Victor Caldas, evento realizado no início de abril, em São Luís.

Antes de brilhar nos primeiros eventos estaduais e nacionais da temporada, Sofia Duailibe conquistou vários títulos em torneios de águas abertas durante o ano de 2023. A nadadora maranhense superou a marca de 20 pódios em etapas da Copa Brasil de Águas Abertas, com destaque para a conquista de 16 medalhas de ouro, além de ter sido campeã do Desafio do Cassó e da Copa São Luís.

Também em 2023, Sofia Duailibe se destacou nas piscinas, sendo campeã nas disputas do Norte/Nordeste de Natação – Troféu Walter Figueiredo Silva, do Campeonato Maranhense de Natação de Inverno - Troféu João Vitor Caldas, da Copa Norte de Natação / Troféu Leônidas Marques, dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) e dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs).

A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pelo Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com o apoio do Colégio Literato.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

– O advogado, escritor, editor, pesquisador e gestor cultural nasceu em Guimarães (6 de maio de 1940) e faleceu em São Luís (14 de agosto de 2016)

*

Quem não teve acesso à enormidade da produção literária, sobretudo de pesquisa, crítica e historiografia de Jomar Moraes, não atina quanto, com a morte do ilustre vimaranense, perdeu o Maranhão – sobretudo sua História, sua Literatura.

Quem não soube da capacidade gestora, criadora, inovadora de Jomar Moraes à frente de entidades como o Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (Sioge), já extinto e a Academia Maranhense de Letras (AML), sequer intui o que o nosso Estado ainda poderia ganhar se o grande intelectual não tivesse morrido em 14/8/2016 e se mantivesse vivo e em plena saúde nos tempos seguintes.

Conheci Jomar Moraes eu ainda menino, metido a jornalista e escritor. Fui com o jornalista caxiense Vítor Gonçalves Neto a São Luís, e na capital maranhense estivemos com Erasmo Dias (escritor, ex-deputado estadual), Antônio Almeida (escultor, pintor), o jornalista José Ribamar Bogéa (o Zé Pequeno, fundador do “Jornal Pequeno”) e, claro, o Jomar Moraes, à época diretor do Sioge, que com Jomar recebera novo impulso e publicava livros de autores maranhenses.

O Vítor queria publicar um seu livro de crônicas (que teria o título “Sem Compromisso – Cem Crônicas” – “Sem Compromisso” era o título da coluna que o Vítor mantinha no jornal “O Pioneiro”, que ele dirigia em Caxias). Recordo-me de o Jomar perguntar ao Vítor se este ainda (man)tinha um livro de poesias dele, Jomar, o primeiro que publicara, parece-me de título “Seara em Flor”. “– Queime-o!”, foi o pedido-ordem de Jomar, entre sorrisos de todos.

Passaram-se os anos, as décadas e alguns contatos à distância foram mantendo Jomar e a mim pertos um do outro, em especial quando o assunto era a pesquisa e a historiografia, a qualidade da produção literária, os novos autores...

Fundei a Academia Imperatrizense de Letras em abril de 1991 e pouco tempo depois, poucas semanas depois, trouxe o Jomar e o cronista e poeta José Chagas de São Luís à “Princesa do Tocantins”, Imperatriz. No auditório da Associação Médica de Imperatriz, realizamos uma sessão solene. Jomar e José Chagas (este também já falecido) se esbaldaram, ante a excepcional receptividade dos imperatrizenses que foram ao evento. Jomar se impressionou vivamente por todos os exemplares de diversas de suas obras terem se esgotado, rapidamente. Todos vendidos. Imperatriz impressionou o Zé Chagas, que escreveu sobre a cidade o que viu, o que sentiu, o que achou. Jomar igualmente se referiu a Imperatriz em crônica.

Estive várias vezes na residência de Jomar Moraes, no Bairro Renascença, em São Luís. Praticamente, após cumprimentar Dona Aldenir, eu ia direto para o segundo pavimento, onde a majestosa e rica biblioteca de Jomar o abraçava, ele ali sentado à frente da mesa e em frente a livros, muitos livros. Em uma dessas vezes, enquanto conversávamos Jomar e eu, chegou e enriqueceu o ambiente e a conversa a Ceres Fernandes, também da AML.

Em 2015, estive mais uma vez com ele. Conversamos. Entreguei-lhe diversos livros produzidos em Imperatriz, a maioria publicada pela Ética Editora, do Adalberto Franklin. Jomar também me repassou diversas obras, algumas resultado de seu incansável trabalho de pesquisador.

Quando, em 2002/2003, escrevi a “Enciclopédia de Imperatriz” e passei um exemplar ao Jomar, ele a recebeu com surpresa e carinho, ante a grandiosidade do projeto. Carinhosamente, apelidou a “Enciclopédia” de “A Bruta”, pelo tamanho, pelo peso, pelo enorme trabalho que ele, Jomar, mais do que ninguém, sabia o quanto consumia uma realização editorial daquela.

Ao publicar seu trabalho hercúleo, monumental, que foi a novíssima, atualizada, comentada, anotada, enriquecida edição do “Dicionário” de César Marques, para minha surpresa e satisfação, Jomar ali incluiu meu nome e o da “Enciclopédia de Imperatriz” – e não foi na referência bibliográfica, não...

Conversamos, Jomar e eu, diversas vezes, e longamente, ao telefone. Falávamos de projetos. Falávamos das Academias. Uma vez, em São Luís, aonde eu fora para assistir à posse do Benedito Buzar na Academia Maranhense de Letras (AML), Jomar provocou-me, pedindo ou sugerindo que eu me transferisse para a capital, para que eu pudesse, de São Luís, auxiliar a ele e ao Maranhão na dinamização de nossa Arte Literária e de nossa Cultura em geral. Benedito Bogéa Buzar, que também foi presidente da Academia Maranhense, em foto que me enviou após sua posse como acadêmico, escreveu que aquela foto já seria considerada uma antecipação de seu voto em mim, caso algum dia eu concorresse a uma vaga na AML.

O pesquisador exigente, o administrador diligente, o escritor competente se foi. Ficou a sensação de que, por mais que Jomar Moraes tenha feito por seu Estado e pelas Letras, pela História, pela Cultura, mais ele poderia fazer, tal era a vontade e o amor que ele transpirava e que, nos últimos tempos, não encontravam rima em sua saúde.

Jomar Moraes não morreu sozinho: com ele, foram enterrados inúmeros projetos, desejos, vontades, esperanças, sonhos, deles insabidos e que só ele, ao jeito dele, poderia tornar ricas realidades em um Estado que ainda não valoriza adequadamente talentos imensos como este cuja morte, em 14 de agosto de 2016, enlutou o Maranhão, o Maranhão das Letras – ...e cuja profícua vida, iniciada exatamente há 84 anos, no dia 6 de maio de 1940, não é lembrada como deveria.

Você não queria, Jomar, mas a hora de descansar chegou.

Você o fez em paz.

Saudações e saudades, Amigo.

* EDMILSON SANCHES

Fotos:

Jomar Moraes, com o colar acadêmico e em sua residência, entre livros.

Cidade de Lajeado inundada devido as fortes chuvas. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

A Marinha do Brasil decidiu adiar a prova do concurso de admissão para o curso de fuzileiros navais 2025, que estava marcada para esta terça-feira (7). A nova data de realização do exame será o dia 21 de maio.

A decisão foi tomada em razão da calamidade pública no Rio Grande do Sul (foto), afetado por fortes chuvas nos últimos dias.

Isonomia

De acordo com nota divulgada à imprensa, o objetivo do adiamento é dar isonomia a todos os candidatos no território nacional, já que, neste momento, o acesso aos locais de prova no Rio Grande do Sul está dificultado.

Em caso de dúvidas, a Marinha orienta os candidatos a procurar os órgãos executores de seleção, relacionados no edital.

“A Marinha do Brasil se solidariza com o povo riograndense e agradece a compreensão de todos os candidatos neste momento tão delicado para o Estado do Rio Grande do Sul”, informa a nota.

(Fonte: Agência Brasil)

Retrato de Lima Barreto, da ficha de internação no Hospício Nacional de Alienados. Foto: Wikipedia/Divulgação

Lima Barreto estará em debate no Clube de Leitura do Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ), na próxima quarta-feira (8), às 17h30. A obra Contos Completos de Lima Barreto será analisada por duas grandes estudiosas do escritor: a historiadora e ensaísta Lilia Schwarcz, cuja posse na Academia Brasileira de Letras (ABL) está marcada para junho próximo; e a crítica literária, ensaísta e professora titular da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Beatriz Resende.

O livro reúne todos os contos publicados em vida pelo escritor, resgatados por meio de pesquisa em edições originais, jornais e revistas da época, e mais dezenas de inéditos, retirados de seus manuscritos. A curadora do Clube, Suzana Vargas, destacou a importância das duas debatedoras. “As duas são as grandes especialistas do Lima Barreto hoje. A Lilia fez um trabalho brilhante porque foi ela que reuniu os Contos Completos e fez um prefácio que é uma verdadeira aula”, disse Suzana à Agência Brasil.

Oralidade

Clube de Leitura do CCBB RJ debate Contos Completos de Lima Barreto. Historiadora e ensaísta Lilian Schwarcz. Foto: CCBB RJ/Divulgação
Lilia Schwarcz

Uma particularidade de Lilia Schwarcz é o fato de ela ser historiadora e, também, grande leitora, destacou a curadora. “Ela consegue reunir de modo harmônico e avaliar a importância literária dele [Lima Barreto], trabalhando os dados biográficos. Porque o Lima foi um fenômeno que aconteceu no final do século XIX para o século XX, porque ele tem uma linguagem muito adiante do seu tempo. Ele utiliza nos seus contos, romances, crônicas, em tudo que fez, uma coisa que, na época, não era comum, que é a linguagem oral. A oralidade que só no Modernismo veio com força, com Mário de Andrade, Oswald de Andrade, o próprio Carlos Drummond de Andrade, que vão utilizar com muita força na poesia, e o Lima utilizou na prosa”, salientou Suzana Vargas.

A curadora lembrou que a condição racial do escritor interferiu bastante na sua relação com o mundo literário e acadêmico. Ele tentou, algumas vezes, entrar na ABL e nunca conseguiu. Para Suzana, Lima Barreto foi um cronista fantástico da vida social e cotidiana do Brasil.

Beatriz Resende veio também contextualizando a prosa do autor, em especial os romances. “E faz uma leitura interessante e perspicaz do Lima, trabalhando os elementos culturais da obra e mostrando para nós um Lima que não sabia só javanês, como eu brinco no título do encontro”. Beatriz esteve com os originais do Lima Barreto, que estão na Biblioteca Nacional (BN) e foram escritos em papel de pão e guardanapos, quando esteve internado no hospício. Suzana Vargas também teve esses escritos de Lima Barreto em mãos, quando trabalhou na BN, e afirmou que o escritor enfrentou muitas dificuldades e problemas neurológicos que o levaram a ser hospitalizado.

Clube de Leitura do CCBB RJ debate Contos Completos de Lima Barreto. Ensaísta e crítica literária Beatriz Rezende. Foto: CCBB RJ/Divulgação
Beatriz Rezende

Aula imperdível

Apontou que o Clube de Leitura vai ser “uma aula imperdível”. Além disso, será uma oportunidade de o público assistir, também, à comédia satírica musical Os bruzundangas, texto de Lima Barreto, com adaptação de Renato Carrera, atualmente em cartaz no Teatro 2 do CCBB RJ, de quinta-feira a sábado, às 19h, e aos domingos, às 18h.

Lima Barreto, nascido em 13 de maio de 1881 e falecido em 1º de novembro de 1922. Descendente de escravos, Barreto sentiu, na pele, a exclusão social, inclusive nos meios acadêmicos, devido à sua origem e à sua cor. Além do alcoolismo, enfrentou diversos problemas de saúde em sua vida e foi internado em hospício mais de uma vez.

Evento gratuito

O encontro sobre a obra de Lima Barreto, com Lilia Schwarcz e Beatriz Resende, começará às 17h30, na Biblioteca Banco do Brasil, 5º andar, do CCBB RJ, com entrada gratuita. O Clube de Leitura CCBB 2024 conta com o patrocínio do Banco do Brasil. Os vídeos dos encontros ficam disponíveis, na íntegra, no YouTube do BB. O projeto vai até dezembro de 2024. Os dois primeiros encontros deste ano tiveram a participação de Viviane Mosé, Eliana Alves Cruz e Marilene Felinto, em março; e de Eliane Potiguara, Eliane Brum e Anapuaka Tupinambá, em abril. Seus vídeos já estão disponíveis. Em 2023, 1.243 pessoas participaram presencialmente do Clube, que teve milhares de acesso on-line.

Clarice Lispector

Suzana Vargas adiantou que o quarto encontro ocorrerá no dia 5 de junho e será sobre o livro de Clarice Lispector A Paixão Segundo GH, abordando a presença da autora no cinema. Os convidados são o cineasta Luiz Fernando Carvalho, diretor do filme sobre o livro que está estreando nos cinemas, a atriz Maria Fernanda Cândido, que lerá trechos do livro, além de Nádia Battela Gotib, primeira biógrafa da autora, e com participação especial de Melina Dalboni, que foi a roteirista do filme.

Programação de julho

Em julho, o Clube de Leitura do CCBB RJ terá como tema As sete cores da palavra e literatura em diversidade. Os convidados serão a drag queen Rita Von Hunty e o poeta trans Tom Grito.

(Fonte: Agência Brasil)

creche

A mensuração da demanda por educação infantil passa a ser obrigatória, todos os anos, para gestores do Distrito Federal (DF) e municipais em cooperação com Estados. A Lei 14.851/2024, aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabelece ainda que a realização do levantamento passe a ser critério de prioridade na destinação dos recursos federais de financiamento da expansão da oferta de vagas em creches para crianças de até três anos de idade.

No mês de abril, a organização da sociedade civil Todos pela Educação (TPE) divulgou um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou uma reprimida em todo o país de 2,3 milhões de crianças sem acesso a creches. O estudo revelou ainda que apenas 40% das crianças até 3 anos de idade têm acesso à educação infantil, ficando abaixo da meta de 50% estabelecida pelo Plano Nacional da Educação (Lei 13.005/2014).

De acordo com a nova lei, os poderes públicos municipais e o DF deverão manter atualizados, todos os anos, as informações sobre essa demanda. O sistema para efetivar o levantamento deverá ser desenvolvido de forma articulada com os órgãos públicos que atuam nas políticas e mapeamento das demandas de saúde, assistência social e proteção à infância.

A ferramenta deverá permitir também o monitoramento da permanência da criança no sistema de ensino, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família, por exemplo.

Os prazos e procedimentos estabelecidos pelos municípios, como estratégias de busca ativa das crianças, deverão ser divulgados, inclusive por meio eletrônico, define a lei. E, a partir dos resultados, serão organizadas listas de espera com os critérios de prioridade no atendimento da demanda, respeitando definições territoriais, situação socioeconômica e monoparentalidade.

A demanda não atendida por vagas em creches deverá resultar também em um planejamento da expansão da oferta de vagas da educação infantil.

O texto da nova lei está publicado na edição desta segunda-feira (6) do Diário Oficial da União.

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ) 02/04/2024 - 250 anos do Cemitério dos Pretos Novos. As fotos são da exposição

O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), reconhecido como Patrimônio Cultural da Cidade do Rio de Janeiro, comemora, no próximo dia 10, os 250 anos do sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, um dos mais importantes vestígios da chegada dos africanos escravizados no Brasil, que funcionou entre 1774 e 1830, e também os 19 anos de existência do próprio IPN. A exposição Será o Benedito?, da artista visual Fátima Farkas, abre a programação comemorativa dos dois aniversários, com curadoria de Mauro Trindade.

O coordenador de Comunicação do IPN, Alexandre Nadai, informou à Agência Brasil que tambémm no dia 10, haverá o lançamento de três livros, além do evento Samba no Museu e degustação de gastronomia afro-brasileira, com Tia Mara. 

As ações para festejar os dois aniversários, entretanto, ocorrem durante todo o ano. “São mais de mil circuitos históricos gratuitos de território de herança africana e mais de 43 oficinas on-line, também gratuitas, com temática afrocentrada”, informou Nadai. 

Um dos circuitos, por exemplo, tem por objeto quilombolas e povos de terreiro, enquanto uma das oficinas é dedicada à educação antirracista para professores. O IPN atende escolas públicas do Estado. 

Estão previstas ainda mais quatro exposições, sendo a primeira de Isabelle Mesquita. As três restantes estão definindo a curadoria, informou Alexandre Nadai.

Descoberta

O Cemitério dos Pretos Novos foi descoberto em 1996 e tem o seu solo tombado. Ali, foram enterrados entre 20 mil e 30 mil pretos novos, como eram chamados os escravos que morriam após a entrada dos navios na Baía de Guanabara ou imediatamente depois do desembarque, antes de serem vendidos. Ele funcionou de 1772 a 1830, no Valongo, faixa do litoral carioca que ia da Prainha à Gamboa, após ter operado no Largo de Santa Rita, próximo ao mercado de escravos recém-chegados.

Segundo Alexandre Nadai, o Complexo do Valongo movimentou mais de 1 milhão de pessoas, das quais cerca de 400 mil eram mulheres, tratadas como mercadoria e, em consequência, como reprodutoras. Todas foram estupradas, disse Nadai.

O cemitério foi descoberto, em 1996, pelo casal Merced e Petruccio Guimarães dos Anjos, quando compraram a casa onde funciona o instituto e iniciaram a reforma do imóvel. Em seguida, encontraram, nas escavações, ossadas humanas que confirmaram ser o local o cemitério de negros africanos.

A primeira ossada completa foi encontrada no Cemitério dos Pretos Novos depois de sete meses de escavações. As escavações ocorreram em uma área de 2 metros quadrados de um dos poços de observação do cemitério. Coordenado pelo arqueólogo Reinaldo Tavares, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o trabalho identificou que o esqueleto pertencia a uma mulher jovem, que morreu com cerca de 20 anos de idade, no início do século XIX. O esqueleto encontrado no Cemitério dos Pretos Novos recebeu o nome de Josefina Bakhita, homenageando a primeira santa africana da Igreja Católica.

Exposição

A exposição Será o Benedito?, de Fátima Farkas, reúne 32 telas, que trazem à tona personagens marcantes das lutas raciais, muitos dos quais esquecidos em razão da herança racista e patriarcal. Fátima utiliza sua pintura expressiva para reconstruir a memória, utilizando retratos fotográficos de negros. Um deles é Benedito Caravelas (1805-1885), também conhecido como Benedito Meia-Légua, líder de grupos quilombolas que libertavam escravos no Nordeste e no Espírito Santo. A artista se inspira em fotografias antigas para dar vida a esses personagens históricos, como as de Alberto Henschel, fotógrafo teuto-brasileiro e um dos mais importantes da segunda metade do século XIX, com atuação no Brasil. Considerado excelente retratista, recebeu o título de Fotógrafo da Casa Imperial. Além de fotografar o imperador Dom Pedro II e sua família, Henschel fez registro fotográfico dos negros livres e escravos que viviam no país.

Outros retratos incluem figuras como João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata; o escritor e abolicionista Luiz Gama; Nzinga (rainha de Ndongo e de Matamba); e o premiado arquiteto burquinês Diébédo Francis Kéré. Fátima Farkas denuncia também o apagamento histórico ao substituir rostos por vegetação ou por um vazio branco, representando o sumiço de corpos e vidas.

O curador da exposição, Mauro Trindade, destacou que a artista, além de revelar o processo de apagamento das pessoas, propõe, ao mesmo tempo, uma reelaboração da memória por meio da apropriação de retratos fotográficos de negros que recriam grandes personagens do passado e do presente. Será o Benedito? poderá ser visitada no Instituto Pretos Novos até 20 de julho, de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 16h e, aos sábados, das 10h às 13h.

(Fonte: Agência Brasil)

Rua da Areia,

amor em grãos.

Cupido devaneia,

flecha nas mãos.

Rua da Aroeira.

Quem é o portador

de lenho superduro?

O homem sem amor.

Rua Augusta:

corpo delirante

que o comércio frustra.

Amor-instante.

Rua Bom Pastor:

o menino de Nazaré

distribui a rima amor

em título e rodapé.

Rua do Cisco,

de amores sujos,

amores lixos,

amores cujos.

Rua do Cotovelo:

o amor, curvo,

não posso vê-lo

– lugar turvo.

Rua da Estrela:

amor-astro, brilho,

mor estribilho.

Dor? Impossível vê-la.

Rua da Galiana:

gali = galo? galho? gaulês?

Não importa, mana,

também ali o amor tem vez.

Beco do Galo

que canta amor

mal sente o halo

da aurora em flor.

Rua da Mangueira. Sob o céu,

olhos fitam a esguia galha, com zanga.

Ficam insossos os lábios de mel,

fica mais doce a intocável manga.

Rua Nova

e Nova Rua:

ali acreditam

em amor e lua.

Beco do Onze.

Onze o quê?

Rara rima, bronze.

Amor? Cadê?

Rua da Palmeirinha:

põe-se a chorar

a moreninha

ao canto do sabiá.

Rua do Porto Grande:

porto grande, sim senhor!

Há algo mais que abrande

que o que porta grande amor?

Rua Porto das Pedras:

o amor não medra

– o coração é frio, duro,

como vil órgão de pedra.

Rua São José:

amor de varão

com bela mulher.

Deus e oração.

Rua do Tamarindeiro:

a puta convida, sorrindo

– vai amar o menino e o dinheiro

da venda de tamarindo.

Beco do Urubu:

amor-carne, cru,

amor-angu,

pele, ossos, nu.

Rua Torta

e Rua Direita:

em cada porta

o amor espreita.

Ruas ruas ruas e ruas

de flores ou de fossas

ou nuas, cruas, são ruas

nossas nossas e nossas.

* EDMILSON SANCHES

Fotos:

Caxias de antanho – algumas de suas paisagens urbanas e humanas cheias de ontens...

Destaque Concurso Unificado. Foto: Arte/EBC

A Justiça Federal do Distrito Federal homologou, nesse sábado (4), o acordo entre o governo federal e o Estado do Rio Grande do Sul que resultou no adiamento da aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que seria realizado neste domingo (5).

 O adiamento foi anunciado, na última sexta-feira (3), pelo governo federal, após uma conciliação ser alcançada com o governo gaúcho e a Defensoria Pública da União (DPU), que havia aberto procedimento para apurar a situação causada pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul ao longo da semana.

O Estado gaúcho contabiliza, até o momento, 57 mortes em decorrência dos temporais, bem como 74 pessoas feridas em ocorrências ligadas ao mau tempo. Centenas de bloqueios em estradas deixaram muitas comunidades isoladas e há falta de energia elétrica na capital, Porto Alegre.

Pelo acordo firmado na Advocacia Geral da União (AGU), o Estado do Rio Grande do Sul e a DPU se abstêm de tomar medidas administrativas e judiciais contra o adiamento do concurso, em troca da suspensão das provas pelo governo federal.

O CPNU é o concurso com o maior número de candidatos já realizado no país. Em todo o Brasil, serão 3.665 locais de aplicação e 75.730 salas. Ao todo, 2,144 milhões de candidatos inscritos no processo seletivo disputarão 6.640 vagas oferecidas por 21 órgãos públicos federais. No Rio Grande do Sul, são 86 mil candidatos inscritos para fazerem a prova em dez cidades gaúchas.

Até o momento, não foi divulgada nova data para a realização do certame. A Agência Brasil preparou material para tirar dúvidas sobre o adiamento do concurso.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 03/05/2024 –  A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, faz pronunciamento sobre as provas do Concurso Público Nacional Unificado.   Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

A decisão do governo federal de adiar a realização do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), por causa das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, deixou os candidatos com dúvidas sobre os próximos passos do processo seletivo. A primeira delas é a nova data, que ainda não foi anunciada. “Neste momento, toda a questão logística envolvida com a prova, não nos permite hoje dar uma nova data com segurança”, informou Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, em entrevista à imprensa nessa sexta- feira (3), quando anunciou o adiamento. 

A ministra citou o crescimento constante do número de cidades afetadas, de bloqueios nas estradas e de vítimas, não apenas no Rio Grande do Sul, mas também em áreas de Santa Catarina, o que levou o governo a decidir pelo adiamento. Segundo Esther Dweck, nas atuais condições, “é impossível realizar as provas no Estado”. A ministra esclareceu que já havia previsão no edital sobre desastres naturais, mas não abrangia esse ineditismo, tamanho o grau de desastre que atingiu o Rio Grande do Sul. Ao todo, dez municípios gaúchos teriam aplicação das provas, com 80,3 mil candidatos inscritos e outras 20 mil pessoas envolvidas em toda a logística do concurso no Estado.

Em todo o Brasil, são mais de 2 milhões de pessoas inscritas. “Essa decisão é a mais segura para todos os candidatos. Com o adiamento, vamos garantir a todos os dois milhões de candidatos tenham as mesmas condições”, ressaltou. De acordo com fontes do governo, a decisão de adiar as provas apenas no Rio Grande do Sul foi cogitada, mas não haveria banco de questões suficientes para a elaboração de outras provas com o mesmo grau de dificuldade, o que poderia provocar uma profusão de ações judiciais questionando a isonomia do concurso. A situação contrasta com as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que usam a metodologia Teoria de Resposta ao Item (TRI) e possibilidade de elaboração de provas diferentes para um mesmo exame, mas com o mesmo nível de exigência.

Antes de formalizar o adiamento, foi assinado um acordo extrajudicial entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a Procuradoria Geral do Estado do Rio Grande do Sul (PGE-RS), Advocacia Geral da União (AGU) e a Defensoria Pública da União (DPU). Pelo acordo, DPU e Estado do Rio Grande do Sul se comprometem a anão adotar medidas administrativas ou judiciais contra o adiamento das provas.

A Agência Brasil elaborou um guia para tirar dúvidas sobre a situação do CPNU a partir do adiamento. As informações foram levantadas a partir de esclarecimentos dados pelo governo e apuração de reportagem e poderão ser atualizadas a qualquer momento.

1) Qual é a nova da do CNU?

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, informou que a nova data de aplicação das provas do concurso ainda não foi definida. Segundo ela, a futura data depende da melhora da situação no Rio Grande do Sul, que enfrenta fortes chuvas, e toda a logística envolvida no certame, como reserva de locais de aplicação.

“Nas próximas semanas, podemos divulgar uma nova data. Neste momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite hoje dar uma nova data com segurança”, disse a ministra em entrevista à imprensa nessa sexta-feira. Quando for definida, a nova data de aplicação das provas, será publicada no Diário Oficial da União (DOU) pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

2) A prova será a mesma que deveria ser aplicada no dia 5 de maio? Uma nova prova será formulada?

A ministra Esther Dweck informou que, a princípio, a prova será a mesma. Segundo ela, 65% das provas já tinham sido distribuídas para as cidades, com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional de Segurança e forças estaduais de segurança dos Estados. No caso do Rio Grande do Sul, as provas não tinham nem saído de Porto Alegre ainda, para distribuição pelas demais nove cidades onde as provas seriam aplicadas, algumas das quais estão entre as mais afetadas pelas chuvas, como Caxias do Sul e Santa Maria. Em todo o Estado, há quase 170 pontos de bloqueio e, segundo a ministra, cerca 96% das viagens de ônibus, a partir ou com chegada na Rodoviária de Porto Alegre, foram canceladas.

Segundo a ministra, com o adiamento, as provas deverão ser realocadas em locais seguros e certificados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), os mesmos usados para a guarda das provas do Enem. A operacionalização dessa logística também terá impacto na definição da nova data do concurso.

3) Os locais de prova irão mudar?

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que poderá haver alteração de locais de provas, dependendo da cidade e das condições logísticas que ainda serão estudadas pela organização do concurso.

4) Haverá ressarcimento aos candidatos (transporte, hospedagem e alimentação) por causa do adiamento?

Não está previsto nenhum tipo de ressarcimento com transporte, hospedagem ou alimentação dos candidatos inscritos. Segundo a ministra Esther Dweck, mais de 94% dos candidatos inscritos estão, no máximo, a cerca de 100 quilômetros (km) de distância do local da prova e ainda não tinham realizado o deslocamento para o concurso.

5) Haverá reembolso de inscrição?

O reembolso do valor da inscrição, no caso de quem não puder realizar a prova na nova data, não foi oficializado, mas a ministra Esther Dweck disse que a pasta dará orientações sobre isso ao longo das próximas semanas.

(Fonte: Agência Brasil)