Da TV, depois da novela “Antônio Maria”, vimos a chegada aqui, nesta tradicional São Luís, a capital do grande Estado do Maranhão, do governador de São Paulo, dr. Abreu Sodré e da comitiva ilustre que o acompanhava. No Tirirical, a concentração popular, o povo como há muito não o víamos, o povo na praça pública, o povo na participação, o povo ajudando Sarney na recepção condigna prestada ao governador paulista. O povo na grandiosidade de suas afirmações democráticas. E, junto desse povo, na liderança, na melhor expressão do alto cargo público que ocupa, o líder oposicionista, o candidato de ONTEM e o dinâmico governador de HOJE, deste Maranhão que saiu do aprisionamento para reencontrar-se com a História deste presente de libertações, de construções administrativas notáveis.
De longe, através da imagem da TV, vimos a chegada da caravana paulista, homens de São Paulo, seu governante, seu povo, sua História e a sua Geografia. Em cada paulista, a marca da resistência, da luta, do trabalho construtivo. Em cada um, a força de um mesmo idealismo: empurrar mais o Estado progressista para além-fronteiras de suas conquistas e de suas realizações. Um São Paulo mais São Paulo e mais Brasil. Um São Paulo mais unido, mais humano, mais presente. Um São Paulo que amplia a sua política de relações diplomáticas com os seus irmãos do Sul e do Norte do país. Que está atuando na área da sua política expansionista com a execução de um programa político mais evoluído. E, nesta sua decisão, veio encontrar-se, frontalmente, com este Maranhão de José Sarney, Maranhão de reformas, de progresso, de planejamento, de soluções, de energias, criando outras energias. Este Maranhão de estradas, de caminhos, de empreendimentos, de iniciativas impressionantes. Este Maranhão de açudes, de Boa Esperança, de Itaqui, marcando no asfalto suas metas de conquistas, de evolução política, social e econômica. Este Maranhão do MEIO-NORTE iluminado de fé, de crença e batizado de FUTURO. E, com Sodré e Sarney, o exemplo da cordialidade, o exemplo desta unidade político-administrativa tão necessária para o maior engrandecimento do Brasil.
Da TV, vimos a chegada de São Paulo, o continuísmo desta fraternização que sempre existiu entre os dois Estados, o do SUL e o do NORTE. Diante de seus governantes, o povo, a História ao vivo de episódios e acontecimentos históricos que assinalam, na lembrança de todos nós, a grandiosidade de nossa luta, da nossa resistência, nosso trabalho, nosso sacrifício, nossas renúncias por um mundo melhor. Um Maranhão mais ordem e mais progresso. Diante dos dois governantes, o povo na identificação de seu entusiasmo, sua festa de civismo, de participação. Depois, a palavra de Sarney, saudando o governador paulista. Do fluente tribuno maranhense, a oratória empolgante, o verbo cativante dando a presença do seu governo e de seu povo à recepção, mensagem da alegria pela chegada de Abreu Sodré a nosso Estado. E, com o governador maranhense, o líder, o político, as nossas tradições de inteligência e de cultura. Com ele, a figura dos Bandeirantes paulistas abrindo as comunicações, plantando, na terra dadivosa, a semente da renovação, e outro pensamento, de uma nova orientação. Com ele, a vitalização da Democracia.
Depois, a palavra de Abreu Sodré. O registro de suas primeiras impressões. A palavra certa para um momento certo. A palavra das afirmações. A palavra das decisões. A palavra das reformas políticas e sociais, o traço marcante de sua personalidade. E ressaltou a administração Sarney. E ressaltou a presença do povo maranhense no governo do Maranhão. Sim, ninguém pode governar sem contar com o calor da vibração popular. Tem que haver esta ajuda, esta compreensão, esta valiosa presença. Não pode haver governo sem povo. Não. Não pode haver governo sem a participação da mocidade, dos setores de trabalhos profissionais, sem a juventude, sem intelectuais, sem os seus operários. Não. E, só assim, pode funcionar o regime democrático. E Sodré reconhece esta válida colaboração e sentiu, de perto, esta liderança política do nosso governador. E focalizou aspectos com relação à política das relações humanas. Ressaltou estes princípios de unidade, de fortalecimento. Fez sentir esta necessidade: um trabalho de construção nacional, um trabalho de soerguimento, de recuperação total. São Paulo, afirmou, está executando este trabalho de coordenação, de penetração, de comercialização de intercâmbio, de aproximação. São Paulo está na luta democrática por um Brasil mais independente, mais próspero, mis progressista e mais feliz. E, integrado nesta meta de evolução política, com parcelas impressionantes de colaboração, de entendimento, o nosso Maranhão, o governante maranhense José Sarney.
Dois homens, dois estilos, um só pensamento, uma só decisão: o maior crescimento do Brasil. E, daqui desta coluna, um muito do nosso entusiasmo, da nossa solidariedade, do nosso pensamento: a maior grandeza deste Brasil que é berço e que é túmulo.
* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 6 de agosto de 1969 (quarta-feira).