O acadêmico, professor, crítico literário e poeta Domício Proença Filho, Presidente da Academia Brasileira de Letras, quinto ocupante da Cadeira 28 da ABL, eleito em 23 de março de 2006, lançou, pela Editora José Olympio, do Grupo Editorial Record, o livro Muitas línguas, uma língua: a trajetória do português brasileiro, o terceiro neste ano.
No princípio, foi o gesto, a música, a dança, afirma Domício Proença Filho, citando a carta de Pero Vaz de Caminha. Depois, continua, vieram a palavra e a mescla. “De línguas de português, de índio, de negro d’África e, em menor escala, de outras gentes de etnias outras”.
Para o acadêmico e historiador Evaldo Cabral de Mello, “Muitas línguas, uma língua não se contenta com aqueles aspectos convencionalmente tratados nas obras brasileiras de linguística, mas examina de perto as relações da língua com a literatura, com o teatro e a música popular, com o papel do rádio e da televisão na difusão. A riqueza dos temas examinados não é a única surpresa agradável destas páginas, que vão ilustradas por uma quantidade de textos da mais diversa origem”.
Saiba mais sobre o autor
Romancista, poeta, ensaísta, crítico literário, antologista, professor universitário, filólogo, pesquisador, conferencista e promotor cultural, Domício Proença Filho, autor de mais de 60 livros publicados, marca sua presença nas áreas da criação artística que se relacionem com a escrita e com a língua portuguesa. Citado, comentado e anotado por todo caderno e revista literária, sua inquietação o leva a percorrer com rara consistência os campos afins à atividade de escritor, sempre alcançando êxito em seus projetos literários. Por trás de todas essas máscaras, encontra-se apenas uma face: a de alguém que vive a intimidade e a estranheza da própria língua, e que quer, instigado pelos movimentos de abertura e fechamento, fazer do seu ofício a habitação e o exercício dessa íntima estranheza. E em seus trabalhos mais especificamente ligados à escrita, isto é, como ensaísta, crítico, ficcionista e poeta, seu tema primordial — ou sua personagem principal — é a linguagem em si mesma, em suas articulações enunciativas, e em seus desdobramentos históricos e, sobretudo, poéticos.
(Fonte: Academia Brasileira de Letras)