O Colégio Marista Santa Maria, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, foi atingido por um incêndio de grandes proporções na noite dessa sexta-feira (26).
O fogo começou em torno das 19h. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 19h36 e combateu as chamas durante 3 horas. Não houve feridos. Ainda não se sabe o que causou o incêndio.
O Colégio Marista Santa Maria, que fica na região central do município, tem 120 anos e é uma das instituições de ensino mais tradicionais da região. Por isso mesmo, o incêndio provocou uma grande comoção na população local. Há dezenas de vídeos e manifestações nas redes sociais, tanto de cidadãos como de políticos, lamentando o incidente.
A direção do colégio emitiu nota informando que houve um incêndio em um dos prédios da unidade. “A ação do Corpo de Bombeiros foi imediata, seguindo todos os protocolos de segurança. O local estava vazio no momento do incidente, e não houve feridos”, diz a nota.
Segundo ainda a nota, estão sendo apuradas as causas do incêndio e a extensão dos danos.
A Prefeitura de Santa Maria também se manifestou e publicou um comunicado nas redes sociais. “A Prefeitura de Santa Maria manifesta sua solidariedade à comunidade escolar do Colégio Marista Santa Maria, atingido por um incêndio nesta sexta-feira (26). Desde o primeiro instante, as equipes do município estiveram presentes no local, acompanhando a ocorrência e prestando todo o apoio necessário”.
O comunicado também diz que o prefeito Rodrigo Decimo acompanhou a situação desde o início, “mantendo contato direto com as forças de resposta e determinando a mobilização imediata das estruturas municipais”.
A Defesa Civil do município atuou com o envio de caminhão-pipa para auxiliar no combate às chamas e na segurança da área.
Neste 26 de dezembro de 2025, completam-se 109 anos de morte do poeta maranhense Joaquim Vespasiano Ramos, ocorrida em Porto Velho (Rondônia) em 1916, aos 32 anos de idade.
Vespasiano Ramos nasceu em Caxias, em 13 de agosto de 1884. De origem humilde, logo cedo na vida estava trabalhando no comércio caxiense. A busca pelo saber, a formação da cultura levou-o a diversas viagens pelo Norte e Sul do Brasil, fixando-se, e aí falecendo, na capital rondoniense.
Seu nome é lembrado pelas academias Caxiense, Maranhense e Paraense de Letras, que têm Cadeiras sob seu patronato.
Escreveu em diversos jornais por onde esteve em suas viagens. Publicou apenas um livro – "Cousa Alguma..." –, lançado pouco antes de sua morte. Pelo menos, três outras edições foram lançadas. Abaixo, na foto, uma raridade: um exemplar da edição original com autógrafo de Vespasiano Ramos em dedicatória para o poeta piauiense Da Costa e Silva. A dedicatória é datada de 7 de setembro de 1916, exatos 110 dias antes de Vespasiano Ramos morrer. (Esse exemplar da edição original de "Cousa Alguma..." é da biblioteca de Edmilson Sanches).
Em 6 de junho de 2016, autoridades e intelectuais de Porto Velho (RO) homenagearam o poeta caxiense e visitaram o jazigo do escritor, que acabara de ser recuperado.
Em 20 de agosto de 2017, estive presente na inauguração da efígie do poeta, na praça que leva seu nome, em frente à Igreja de São Benedito, no centro da histórica Caxias. Naquele momento, pude cumprimentar e trocar palavras com Dª Luzia Castelo Branco da Cruz, única sobrinha viva de Vespasiano Ramos, nascida e falecida em Caxias (6/10/1918- 10/9/2022).
Em Imperatriz (MA), o caxiense é homenageado com seu nome dado ao Centro Educacional Vespasiano Ramos. Nessa escola, convidado, fiz palestra sobre quem foi Vespasiano Ramos e mostrei edições – todas elas – da única obra do escritor caxiense.
É recomendável fazer-se uma pesquisa e coleta de trabalhos escritos por Vespasiano Ramos nos diversos jornais e possíveis outras publicações espalhadas por diversos Estados. Certamente, descobrir-se-ão textos em prosa e verso ainda desconhecidos da maioria dos seus conterrâneos e dos estudiosos.
* EDMILSON SANCHES
Fotos:
1) Vespasiano Ramos. 2) Autógrafo do poeta. 3) Homenagem ao poeta e outros escritores caxienses, pela Escola Antônio Edson, em desfile de 7/9/2017. 4) Dª Luzia Castelo Branco da Cruz, única sobrinha viva de Vespasiano Ramos, sendo alvo de atenções na inauguração da efígie em Caxias, em 20/8/2017. 5) Autoridades e intelectuais de Porto Velho no jazigo do poeta. 6) Escola com o nome do poeta, em Imperatriz.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto nessa quarta-feira (24) para tornar obrigatória, a partir de 2026, a exibição de filmes brasileiros nas salas de cinema de todo o país.
A medida regulamenta a Cota de Tela para o ano que vem e estabelece um número mínimo de sessões em salas comerciais. A Agência Nacional do Cinema (Ancine) fará a fiscalização.
Através deste decreto, também assinado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, é assegurado espaço contínuo e diversificado para o cinema brasileiro no circuito comercial. Com a Cota de Tela há a obrigatoriedade de exibição de filmes nacionais por um número mínimo de dias ao longo do ano.
A medida do governo é uma busca por diversidade e uma garantia de que vários títulos brasileiros cheguem às telas em vez de um número restrito de produções.
O decreto governamental também é uma maneira de estimular o setor audiovisual, incrementando sua produção, circulação, geração de empregos e renda.
As inscrições para a edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2026 começarão no dia 19 de janeiro e poderão ser feitas exclusivamente pela internet, até o dia 23 de janeiro. A edição será a maior em número de instituições participantes, com 136 universidades, institutos federais e centros federais de educação tecnológica, que ofertarão 274,8 mil vagas em 7.388 cursos.
A inscrição é gratuita e pode ser feita exclusivamente pelo Portal de Acesso Único ao Ensino Superior. Os candidatos poderão se inscrever em até duas opções de vagas.
O candidato poderá concorrer às modalidades de reserva de vagas da Lei de Cotas e às ações afirmativas próprias das instituições. Para isso, precisa preencher o cadastro socioeconômico e indicar as modalidades de reserva de vagas que deseja concorrer.
De acordo com o edital publicado pelo Ministério da Educação (MEC), o processo seletivo terá somente uma etapa de inscrição para as vagas ofertadas. O resultado da chamada regular será divulgado no dia 29 de janeiro de 2026, e a matrícula junto às instituições começa a partir de 2 de fevereiro de 2026.
Novidade
A partir de 2026, o Sisu passará a considerar o resultado das três últimas edições do Enem (2023, 2024 e 2025), considerando a nota da edição que resulte na melhor média ponderada, de acordo com a opção de curso. Em caso de empate na utilização das médias ponderadas, será considerada a edição do Enem em que o estudante obteve a maior nota em uma das disciplinas, conforme a ordem de prioridade.
Somente poderão se inscrever na edição do Sisu de 2026 os candidatos que tenham participado de uma ou mais edições com nota superior a zero na redação e não tenha sido treineiro ─ estudante que não terminou o ensino médio e faz o exame para fins de autoavaliação.
As vagas serão preenchidas pelas instituições segundo a ordem de classificação dos candidatos e, no período de 29 de janeiro até 2 de fevereiro de 2026, o candidato que não for selecionado na chamada regular poderá manifestar interesse em participar da lista de espera.
Ofertas
De acordo com nota do MEC, os candidatos serão classificados na modalidade ampla concorrência e, após a etapa de classificação, será observada a proporção de estudantes de escolas públicas, de baixa renda, com deficiência, pretos, pardos, indígenas e quilombolas para a oferta de vagas reservadas.
O Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho, Minas Gerais, teve, este ano, o maior número de visitantes de sua história, com 357.684 pessoas, e projeta chegar a 361 mil até o fim de dezembro, crescimento de 8,5% em relação a 2024.
O recorde de público, segundo o museu, ocorre em um momento simbólico para a instituição, que, em 2026, comemora 20 anos de atuação com um calendário especial de programação.
A diretora-presidente do Inhotim, Paula Azevedo, ressalta que o instituto celebra esse marco com a certeza de que é o reflexo do projeto de institucionalização do museu, iniciado em 2022 a partir da doação de seu fundador, Bernardo Paz.
“Investimos em gestão, em um modelo forte de governança, ampliamos os patrocínios, fortalecemos a programação, o compliance, democratizamos o acesso e nos aproximamos do território. O resultado é concreto. Em 2026, ano de aniversário, seguimos comprometidos em fortalecer o museu e projetá-lo para o futuro”, afirmou.
Como parte da programação de férias e com foco na ampliação do acesso do público, o Inhotim fará uma ação especial no mês de janeiro, funcionando às terças-feiras, dia em que oferecerá meia-entrada para todos os públicos. A medida amplia a oferta de dias de visitação durante o recesso escolar e cria novas oportunidades para que famílias, turistas e moradores da região vivenciem o museu em período de alta temporada.
“Reconhecido como o maior museu a céu aberto da América Latina, o Inhotim oferece uma experiência singular ao integrar arte contemporânea, paisagem e biodiversidade, em um território que reúne galerias imersivas, obras comissionadas, jardins botânicos e ações educativas voltadas a públicos diversos”, diz o instituto.
Em 2026, o Inhotim terá oito inaugurações, além de uma exposição comemorativa que revisita marcos da história da instituição. Segundo a diretora artística Júlia Rebouças, o museu vai apresentar uma programação que articula obras históricas do acervo como a querida The Murder of Crows (2008), de Janet Cardiff e George Bures Miller, que vai voltar para exibição; e o importante Cildo Meireles, cuja galeria vai ser reformada para receber uma obra inédita no Inhotim, além de novos projetos de artistas como Dalton Paula, Davi de Jesus do Nascimento e Lais Myrrha, esta última inaugura uma escultura ao ar livre de grandes dimensões, além da festa de aniversário do museu, em 18 de outubro, com programação especial e entrada gratuita.
Localização
O museu do Inhotim fica no município de Brumadinho, a 60km de Belo Horizonte, aproximadamente 1h15 de viagem, com acesso pelo Km 500 da BR-381, sentido BH/SP. Também é possível chegar ao Inhotim pela BR-040, aproximadamente 1h30 de viagem, sentido BH/Rio, na entrada para o Retiro do Chalé.
Na década de 1970, a flautista Odette Ernest Dias recebia os amigos em casa, em Brasília, para tocar o chorinho por horas a fio. Era tudo tão encantador que esses encontros deram origem ao Clube de Choro na capital. Nesta quarta (24), o país vive um momento de luto com a morte da artista, aos 96 anos, no Rio de Janeiro.
A flautista nasceu na França, mas decidiu se radicar e abraçar a arte brasileira. O filho dela, o violonista Jaime Ernst Dias afirmou, em entrevista à Agência Brasil, que a mãe deixa um legado tanto para a arte como para a formação por muitas gerações de músicos.
“Ela teve uma carreira longeva e foi professora até os 90 anos no conservatório no Rio de Janeiro”, exemplificou o filho.
Odette teve seis filhos, e cinco deles são músicos. “Ela nos inspirou em todos os sentidos”.
No ritmo brasileiro
Odette tinha apenas 23 anos de idade quando chegou ao Rio de Janeiro para tocar na Orquestra Sinfônica Brasileira. Duas décadas depois, ela foi para a nova capital federal, contratada pela Universidade de Brasília (UnB), para ser professora de flauta.
“Viemos com a família toda para Brasília”, relembra o filho.
Nos palcos, fez parcerias importantes com musicistas, como a pianista Elza Kazuko Gushiken.
“Minha mãe aproveitou muitas oportunidades, e a carreira dela como solista se consolidou lá”.
Foi nesse contexto que ela ficou marcada como fundadora do Clube do Choro e pela ampliação do espaço para o ritmo no país.
Jaime Ernst Dias destaca que gravou com ela um disco chamado “Paisagem Noturna”.
Em nota à imprensa, o Ministério da Cultura manifestou profundo pesar pelo falecimento da flautista e destacou o papel dela na formação do Clube do Choro de Brasília.
“O espaço se consolidou como referência cultural e patrimônio imaterial do Distrito Federal”, apontou o documento.
Generosidade
O ministério ainda acrescentou que, além da atuação artística, Odette Ernest Dias deixou legado marcante como educadora, contribuindo para a formação de gerações de músicos e instrumentistas.
“Sua trajetória uniu excelência técnica, compromisso com a música e generosidade no ensino”.
O atual diretor do Clube do Choro, Henrique Neto, também defendeu o papel histórico que a musicista teve para a música no país.
“Evidentemente, tudo tem a inspiração do legado da Odette”.
O professor recorda que, durante uma homenagem a ela, em 2021, a musicista fez questão de tocar. “Ela era uma apaixonada por choro e andava sempre com a flauta dela”.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria Nacional de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), lançou o Projeto Defensoras Populares, voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade que atuam como lideranças comunitárias. As inscrições ficarão abertas até 18 de janeiro.
O foco está na formação de mulheres em áreas dos direitos humanos, visando fortalecer trabalhos já existentes nessas comunidades e promover o acesso à Justiça aos territórios.
"Nós sabemos que as mulheres, em especial as que residem nas periferias, além de serem comumente as chefes da família, também estão nos movimentos sociais lutando por melhores condições de vida numa sociedade que se estrutura a partir do patriarcado, racismo, capacitismo e de classe.”, declarou o coordenador de Cooperação Social da Fiocruz, Leonídio Santos.
O Projeto Defensoras Populares pretende alcançar dez estados em 2026, cinco no primeiro semestre do ano: São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte. E os demais no segundo semestre.
A inscrição é feita exclusivamente online e está disponível no edital, que pode ser acessado através do link. Para se inscrever, é necessário que a candidata:
. Se e identifique como mulher (cis ou trans);
. Seja maior de 18 anos;
. Resida no estado onde fará o curso;
. Tenha acesso à internet (mesmo que no celular) e um endereço de e-mail;
. Tenha disponibilidade para participar de encontros online e presenciais durante oito meses;
. Realize ações de multiplicação de conhecimento na comunidade;
. Tenha vivido situações de violência, ou more em territórios de vulnerabilidade social e/ou econômica, ou atue em movimentos sociais ou grupos culturais de sua comunidade.
Curso
O edital vai priorizar mulheres negras, indígenas, quilombolas, do campo, da periferia, mulheres trans e outras em situação de vulnerabilidade social. O resultado será divulgado em fevereiro do próximo ano, quando o curso terá início, e o programa oferece bolsa auxílio no valor de R$ 700 durante os oito meses de processo formativo.
Cada turma contará com mulheres que já atuam como lideranças em suas comunidades e que, ao longo da formação, serão capacitadas para atuar como multiplicadoras de direitos, identificando violações, orientando outras mulheres e aproximando suas comunidades dos mecanismos de justiça.
“Essas mulheres, sujeitas históricas e de direitos, precisam estar investidas de conhecimento e amparo para exercerem esses papéis tão fundamentais em suas comunidades e essa é a principal contribuição do projeto, do nosso ponto de vista”, completa Leonídio Santos.
Prêmio Inovare 2025
A edição piloto do projeto foi realizada esse ano no Ceará, em parceria com a Defensoria Pública do estado e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Cerca de 100 mulheres das regiões de Fortaleza, Sobral e Cariri foram certificadas como defensoras populares do estado.
A edição foi vencedora do Prêmio Innovare 2025, uma das distinções mais relevantes do sistema de justiça brasileiro, que reconhece práticas transformadoras e inovadoras.
“O projeto quer mostrar, na prática, que quando mulheres têm acesso ao conhecimento e ao Estado, a mudança acontece de verdade. Nosso compromisso é simples e poderoso: mulheres organizadas mudam realidades”, diz a secretária nacional de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta terça-feira (23), decreto que reconhece a cultura gospel como manifestação cultural nacional. A falta desse ato, segundo ele, dificultava a sua inclusão no planejamento das políticas públicas e na preservação de suas manifestações.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, Lula afirmou que o reconhecimento é um passo importante “de acolhimento e respeito à comunidade e ao povo evangélico do Brasil” e para o apoio aos artistas, agentes culturais e espaços comunitários envolvidos na cena cultural gospel.
“Com esse decreto o Estado brasileiro confirma que a fé também se expressa como cultura, como identidade, como história viva do nosso povo. Abre portas para valorização, promoção e proteção não só da música, mas de todas as manifestações da cultura gospel no âmbito das nossas políticas públicas”, disse.
O presidente lembrou que, em 2024, sancionou a lei que criou o Dia Nacional da Música Gospel, em 9 de junho. Outros atos nesse sentido, segundo Lula, foram a criação da Marcha para Jesus como manifestação de fé e cultura popular, em 2009, e a assinatura de lei da liberdade religiosa, em 2003.
“A Constituição garante que o Estado é laico, mas isso não significa um Estado indiferente à fé do seu povo. Significa um Estado que respeita todas as crenças, que não discrimina, que não hierarquiza e que entende a espiritualidade como parte da experiência humana e da formação cultural do nosso Brasil”, disse o presidente.
Lula contou que o reconhecimento da cultura gospel como manifestação cultural veio de um pedido da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). “A tua reivindicação está sendo atendida porque é fazer justiça ao povo evangélico e a música gospel”, disse o presidente à senadora, presente na cerimônia.
Aceno
O decreto assinado por Lula estabelece que a cultura gospel será compreendida como o conjunto de expressões artísticas, culturais e sociais que se vinculam à manifestação da fé no Brasil, tendo em vista a valorização, promoção e proteção da cultura gospel no âmbito das politicas públicas de cultura. Com isso, poderão ser promovidas a formação de profissionais, de agentes culturais e gestores e a articulação federativa para a inclusão da cultura gospel nas políticas locais e no sistema nacional de cultura.
O pastor da Nossa Igreja Brasileira, Marco Davi de Oliveira, destacou que a cultura gospel é diversa e representa cerca de 30% da população brasileira. Para ele, o decreto assinado hoje é mais um aceno do governo ao povo evangélico.
“Este aceno nos dá a certeza de que ele ratifica a democracia neste país, que há de continuar democrata, porque essa, sim, é a vontade de Deus. E nós olhamos a cultura e vemos a cultura gospel sendo respeitada e sendo valorizada através desse decreto”, disse o pastor.
Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o decreto fortalece os direitos culturais de todos os brasileiros. Segundo ela, a cultura gospel é uma das expressões da diversidade cultural, traduzida, entre outros, em música, literatura, em teatro, artesanato, em economia criativa e em formas do convívio comunitário.
“[O reconhecimento] significa afirmar que seus repertórios, seus saberes, suas linguagens, suas estéticas são partes construtivas da vida cultural brasileira e devem ser objeto de políticas de proteção, promoção e fomento em pé de igualdade com todas as outras tradições culturais do povo brasileiro”, defendeu a ministra.
“Estamos aproximando o cotidiano das comunidades de fé e a institucionalidade cultural, garantindo que conselhos, conferências e planos de cultura considerem, escutem e integrem essa presença viva e capilarizada nos nossos territórios”, acrescentou Margareth, ao citar outras ações já em desenvolvimento, de apoio à cultura gospel.
A exposição O Pequeno Príncipe, aberta no último sábado (20), no MIS Experience, em São Paulo, apresenta os contextos históricos que levaram o francês Antoine de Saint-Exupéry a escrever o livro. A entrada é gratuita às terças-feiras.,.
A mostra conduz o público por uma jornada cronológica sobre a criação do livro, que tem mais de 600 traduções e milhares de exemplares vendidos. Os visitantes podem conhecer momentos marcantes da vida de Saint-Exupéry, como o seu exílio nos Estados Unidos durante a guerra.
De acordo com a curadora da exposição, Mônica Cristina Corrêa, é importante conhecer a história do criador do livro para compreender as mensagens presentes na obra.
“Ao conhecer mais o autor, a gente entende melhor O Pequeno Príncipe. Por exemplo, o livro tem um tema que é universal e inerente a qualquer ser humano: a morte”, disse Mônica. O autor fala da morte como um ponto de reflexão sobre o sentido da vida. “O essencial da vida não é aquilo que você compra, não é aquilo que você consome, é aquilo que você faz como legado, com as relações humanas”.
A primeira publicação do livro ocorreu durante o exílio do autor nos Estados Unidos, em 1943. A obra foi lançada na França, somente em 1945.
“Só no fim da guerra, quando ele já tinha morrido, o livro foi publicado na França. E isso é muito significativo. O Pequeno Príncipe é o último livro da sua vida. Uma síntese de tudo que ele sentiu, pensou, desenhou e escreveu,” completou Mônica.
Segundo a curadora, muitos leitores separam a narrativa do livro do contexto em que foi escrito. Para Mônica Corrêa, isso causa uma banalização das mensagens contidas na obra. “Nossa proposta é convidar as pessoas para refletir junto de Saint-Exupéry e viajar com O Pequeno Príncipe,” conclui.
Os espaços da exposição
A exposição é dividida em quatro espaços distintos, que dialogam com diferentes aspectos da vida e da obra de Saint-Exupéry. Na entrada, o público encontra um ambiente com pisos de pedra e vitrines que remetem às ruas parisienses. Os elementos da cidade de Paris fazem parte da infância do autor.
Em seguida, a mostra parte para um hangar com a linha do tempo da vida de Saint-Exupéry. Na seção, um enorme avião está à mostra, elemento marcante de O Pequeno Príncipe e paixão pessoal de Saint-Exupéry. Mônica Corrêa contou que foi desafiador representar o avião porque a obra original não descreve a aparência do veículo.
Adiante, há três salas que propõem a imersão do público com a obra. Os espaços apresentam elementos como a Rosa, a Raposa, os planetas e as enormes árvores baobás. A trilha sonora, criada exclusivamente para a exposição, amplia a sensação de presença na obra.
Por fim, a exposição apresenta a sala de imersão 360º. A experiência recria, em grande escala, as passagens mais marcantes do livro, combinando aquarelas originais, animações e trilha sonora.
O MIS Experience está localizado na Rua Cenno Sbrighi, no Bairro Água Branca, em São Paulo.
O museu está aberto de terça a domingo, das 10h às 19h. De quarta a sexta, a entrada custa R$ 40 a inteira, e R$ 20, a meia. Aos sábados, domingos e feriados os ingressos saem por R$ 60 a inteira e R$ 30, a meia. As terças, a entrada é gratuita.
Estudantes que cursam o ensino médio na rede pública e estão inscritos no Cadastro Nacional de Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) começam a receber, nesta segunda-feira (22), a décima parcela de 2025 do Programa Pé-de-Meia. O valor de R$ 200 será pago somente aos beneficiários que atingiram frequência igual ou maior que 80% nas aulas.
O pagamento será realizado por meio da conta poupança Caixa Tem, até o dia 30 de dezembro, conforme o mês de nascimento dos estudantes.
Confira o calendário de pagamentos:
Nascidos em janeiro e fevereiro: 22/12
Março e abril: 23/12
Maio e junho: 24/12
Julho e agosto: 26/12
Setembro e outubro: 29/12
Novembro e dezembro: 30/12
De acordo com nota divulgada pela Caixa Econômica Federal, serão contemplados cerca de 3,1 milhões de estudantes no país. São jovens com idade entre 14 e 24 anos matriculados no ensino médio, ou de 19 a 24 anos que estejam na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). Também é necessário estar com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) regular.
O Programa Pé-de-Meia tem o objetivo de incentivar estudantes de baixa renda da rede pública a apresentarem frequência escolar adequada, por meio de apoio financeiro que considera a matrícula, frequência, conclusão e realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A iniciativa funciona como uma poupança, e o valor total do incentivo financeiro-educacional pode alcançar R$ 9,2 mil, caso todos os requisitos sejam cumpridos.
Os valores podem ser movimentados diretamente pelo aplicativo Caixa Tem ou por meio de saque nas lotéricas e terminais de autoatendimento, com o uso do cartão Pé-de-Meia fornecido gratuitamente. Estudantes menores de 18 anos precisam de autorização do responsável legal para desbloquear a movimentação do valor recebido.