São Luís vai se tornar a casa do karate. Em junho, a capital maranhense vai sediar a edição de 2024 do o Campeonato Norte-Nordeste de Karate-Do Tradicional, evento esportivo que reunirá mais de 300 atletas. A competição vai ocorrer nos dias 7 e 8, no Ginásio Castelinho.
Esta edição do Norte-Nordeste será promovida pela Federação Maranhense de Karate-Do Tradicional (Femakt) e conta com a chancela da Confederação Brasileira de Karate-Do Tradicional (CBKT). Ao todo, caratecas de seis Estados vão participar do evento em São Luís. Além dos maranhenses, o campeonato terá a participação de atletas do Piauí, Ceará, Pará, Bahia e Rio Grande do Norte.
“Estamos ansiosos com esta edição do Campeonato Norte-Nordeste de Karate-Do Tradicional que vai ser realizada aqui em São Luís. Vai ser uma grande oportunidade da cidade respirar um pouco do karate. Vamos receber alguns dos principais atletas do país em um evento que promete ter um bom nível técnico”, afirmou o sensei Márcio Bastos, presidente da Femakt.
O surfista maranhense Kadu Pakinha, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, está confirmado na disputa do Semillero Olas Pro Tour, campeonato que faz parte do Circuito Latino-Americano de Surf e reúne os atletas mais promissores da modalidade na América do Sul. Em busca de grandes resultados para o Maranhão e para o Brasil, Kadu vai competir no evento continental entre sexta-feira (24) e domingo (26), na Praia da Macumba, no Rio de Janeiro.
Kadu Pakinha vai para o Semillero Olas Pro Tour animado pelo ótimo desempenho na 1ª etapa do Circuito Tríplice Coroa Sundek Classic Saquarema 2024, que ocorreu no início de maio, na Praia de Itaúna, em Saquarema (RJ). Em uma final decidida no detalhe, Kadu garantiu a terceira colocação na categoria Sub-16 Masculino.
Antes do Circuito Tríplice Coroa, Kadu Pakinha representou o Maranhão na primeira etapa do Circuito Brasileiro de Surf de Base, um dos eventos mais importantes da temporada, que ocorreu em abril e contou com a organização da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf). Na abertura da competição nacional, realizada em Porto de Galinhas, na cidade de Ipojuca (PE), Kadu teve uma boa performance na categoria Sub-18, chegando até à segunda fase e, também, competiu na categoria Sub-16.
Temporada anterio
Kadu Pakinha colecionou ótimos resultados durante o ano de 2023, representando o Maranhão em eventos nacionais de surf. O surfista maranhense ficou entre os quatro melhores colocados nas três etapas do Circuito ASN Puro Suco Nova Geração, em Niterói, e foi semifinalista das categorias Sub-16 e Sub-18 da 2ª etapa do Circuito de Surf Cyclone, no Rio de Janeiro.
Além disso, Kadu Pakinha chegou às semifinais do Canto Open, garantiu a quarta posição na categoria Sub-16 Masculino do Grumari Masters, disputou o Saquarema Surf Pro Am e esteve em duas etapas do Circuito Brasileiro de Surf de Base, onde obteve experiência para os eventos de 2024.
Ao longo de três meses, o teatro maranhense conectou e emocionou milhares de pessoas por meio de oficinas, espetáculos e narração de histórias que integraram a programação do projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias”, do grupo Xama Teatro (MA), em temporada especial que contou com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal.
Com uma trajetória de sucesso no território nacional, desde 2008, o grupo Xama Teatro, coordenado por atrizes maranhenses, já circulou por todos os Estados do Brasil e foi premiado nos principais editais culturais do país. E, em 2024, Estados como Maranhão, Pará e Ceará receberam uma programação especial para celebrar os 15 anos de atuação do projeto.
Renata Figueiredo, atriz e arte-educadora do grupo, ressaltou que a temporada 2024 foi a primeira vez que o Xama Teatro viaja com a equipe inteira. E a experiência se demonstrou exitosa, com um trabalho todo feito em coletivo e com muita união. “Nosso trabalho é muito regido pelo afeto. Considero que a gente venceu e triunfou, porque saímos desta comemoração de 15 anos ainda mais próximos, nos amando e nos admirando ainda mais. Seguiremos adiante para que o Xama Teatro continue a transparecer essa afetividade e esse amor nos trabalhos que a gente faz”, disse.
Também integrante do grupo Xama Teatro, a atriz Gisele Vasconcelos comemorou o impacto que o projeto causou nas três cidades alcançadas (São Luís, Belém e Fortaleza). “A cada cidade contemplada nesta temporada, foi também um encontro com parcerias com grupos teatrais locais, com escolas de formação de atores e atrizes, com centros culturais, espaços para apresentações teatrais e apoiadores da cultura. A gente foi buscando, em cada local, quem pudesse somar mais ainda com esse nosso projeto e fortalecer a nossa jornada, fortalecendo o teatro produzido no Maranhão”, destacou a atriz.
Já a atriz e performer Rosa Ewerton celebrou a recepção calorosa que o Xama Teatro recebeu tanto em Fortaleza quanto em Belém. “Tanto o público de Fortaleza quanto o público de Belém foram, simplesmente, incríveis. Receptivos e calorosos, que nos acolheram com muito afeto. Em Fortaleza, por exemplo, teve um grupo que maratonou todos os espetáculos. Nossa turnê foi um sucesso e fechamos com chave de ouro, com muito afeto e carinho envolvidos”, comentou.
A receptividade do público nas oficinas também foi exitosa, segundo Nádia Ethel, dramaturga e produtora do Xama Teatro. “A experiência das ações formativas foram experiências de trocas riquíssimas, que permitiu termos contato direto com os artistas emergentes de cada cidade que estão efervescendo de ideias, de projetos e que se viram atravessados por aquelas inquietações que a gente levou nas oficinas. Ao mesmo tempo, fomos atravessados por aquelas inquietações que foram trazidas para nós, o que permitiu percebermos particularidades de cada cidade e questões que nos atravessam e que são inerentes às práticas que estão acontecendo nas artes cênicas. Concluímos esta temporada totalmente extasiadas e cheias de novas vontades de continuar”, reforçou.
Para a dramaturga, atriz e diretora do Xama Teatro, Nicolle Machado, a atuação coletiva de todas as equipes envolvidas no projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias” foram essenciais para que cada etapa fosse sucesso de público e renovasse o fazer artístico de cada integrante.
“Gostaríamos de fazer um agradecimento especial a todos os técnicos dos teatros de Belém e Fortaleza, que foram equipes fundamentais para que as nossas montagens pudessem ocorrer no tempo previsto. Tudo ocorreu de uma maneira muito organizada, com apoio dos técnicos, dos gestores institucionais, além do apoio do Sesc e do Teatro Waldemar Henrique, em Belém, e do Porto Iracema das Artes e do Instituto Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza”, pontuou.
A diretora acrescenta, ainda, que a variedade de atividades propostas pelo projeto ajuda a fortalecer, também, a economia criativa das cidades. “Importante ressaltar que uma circulação movimenta muito da economia criativa do lugar porque pessoas são demandadas para ajudar nas questões técnicas, e a gente tem muito prazer em fazer essas contratações, de intérpretes de libras a técnicos de som, técnicos de luz, etc. É uma forma de contribuirmos com aquela cidade para além das apresentações, das formações que a gente está deixando e de injetar capital do projeto naquela cidade”, finalizou.
O projeto de lei que cria o Programa Escola Cívico-Militar na rede pública de ensino de São Paulo foi aprovado nessa terça-feira (21), na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), por 54 votos favoráveis e 21 contrários. A proposta segue agora para sanção do governador Tarcísio de Freitas, autor do projeto.
O projeto estabelece que o programa poderá ser adotado em escolas a serem construídas ou em unidades já integrantes da rede. Antes da implementação, serão realizadas consultas públicas para que a comunidade tenha o poder de decidir se aceita o modelo.
Segundo o Executivo, o modelo cívico-militar será direcionado a escolas com índices de rendimento inferiores à média estadual, atrelados a taxas de vulnerabilidade social e fluxo escolar – aprovação, reprovação e abandono.
Estudantes contrários à medida tentaram acompanhar a votação, mas foram impedidos pela Polícia Militar que usou spray de pimenta para afastar os manifestantes.
Em postagem no X, o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) afirma que tentou "mediar o entendimento" e foi surpreendido com spray de pimenta e paredão da Tropa de Choque da PM que, desde cedo, impedia o acesso dos estudantes ao plenário.
Durante o confronto, sete estudantes foram detidos ou apreendidos pela Polícia Militar.
O livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, está em primeiro lugar nas vendas da Amazon de literatura latino-americana e caribenha. O livro saiu pela editora Penguin Classics com tradução de Flora Thomson-DeVaux. Em segundo lugar no ranking da Amazon, está o livro O Idiota, do autor russo Fyodor Dostoyesky. Em terceiro lugar vem O Amor nos Tempos do Cólera, do Gabriel Garcia Marquez.
O primeiro lugar no ranking de vendas de Memórias Póstumas veio depois de posts que viralizaram no Tik Tok após uma resenha positiva da influenciadora americana Courtney Henning Novak. “Eu absolutamente amei Memórias Póstuma de Brás Cubas, de Machado de Assis. Seriamente, este é provavelmente meu novo livro favorito. Eu vou definitivamente ler mais livros desse autor e mais literatura brasileira”.
Segundo a professora de literatura brasileira do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Andréa Sirihal Werkema, Machado de Assis é talvez o maior escritor brasileiro. “Machado de Assis é um escritor do século XIX e é formado num ponto de vista oitocentista. Noventa por cento dos seus escritos são sempre baseados na realidade nacional de sua época. Ele é um grande conhecedor do que acontece no Brasil durante os anos em que ele viveu. Além de ser um intelectual e erudito, ele era um homem muito atento a tudo o que acontecia no Brasil naquele momento”.
A professora lembra que Courtney Henning Novak não é a primeira leitora em língua inglesa que se impressiona com Memórias Póstumas. Andréa destaca que a tradução lida pela influenciadora foi muito elogiada.
“Ele é um escritor que muda o nosso modo de ver a literatura. Ele deveria ser mais conhecido, mas temos a barreira da língua. Não temos um autor que seja tão universal quanto o Machado pelos temas que ele trabalha, pela capacidade que ele tem de mobilizar todo um patrimônio literário que aparece na sua obra, com citações a inúmeros outros autores. Ele permanece com muito frescor. Ele é um escritor negro num país que escravizava pessoas negras e, apesar disso tudo, conseguiu vir a ser nosso grande representante literário e espantar as pessoas até hoje”, diz Andréa.
A nadadora Sofia Duailibe representou o Maranhão na disputa da Copa Nordeste – Troféu Sergio Silva, competição realizada entre quinta-feira (16) e sábado (18), em Fortaleza (CE). Sofia, que é atleta da DM Aquatic e conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, manteve a rotina de conquistas no evento regional e faturou a medalha de prata na prova dos 1.500m livre.
“Foi uma competição difícil, mas consegui conquistar uma medalha. Apesar de eu ter subido ao pódio, sei que ainda tenho muito a crescer para melhorar meus tempos. Estamos no caminho certo e, agora, é seguir treinando forte visando os próximos desafios”, afirmou Sofia.
Antes de subir ao pódio na Copa Nordeste, Sofia Duailibe teve um grande desempenho no Troféu João Victor Caldas, realizado em abril, em São Luís. Na competição estadual, Sofia se destacou ao conquistar três medalhas de ouro, com vitórias nas provas dos 100m livre, 100m costas e 200m livre.
Além das competições nas piscinas, Sofia Duailibe também está brilhando no cenário nacional das águas abertas. No início de maio, a nadadora maranhense disputou a prova dos 2,5km da Copa Brasil, em Itajaí (SC), e subiu duas vezes ao pódio, conquistando a medalha de ouro na categoria Infantil 2 Feminino e faturando a medalha de bronze na categoria Geral Feminino.
Outros resultados
Antes de brilhar em Itajaí, Sofia Duailibe se destacou em outras etapas da Copa Brasil e do Campeonato Brasileiro de Águas Abertas. No fim de março, Sofia foi campeã da categoria Infantil 2 e garantiu o vice-campeonato Geral Feminino na prova de 2,5km da segunda etapa da Copa Brasil, realizada em Maceió (AL). Além disso, a atleta da DM Aquatic faturou o primeiro lugar da categoria Infantil 2 na disputa dos 5km da primeira etapa do Brasileiro.
Sofia Duailibe conquistou vários títulos em torneios de águas abertas durante o ano de 2023. A nadadora maranhense superou a marca de 20 pódios em etapas da Copa Brasil de Águas Abertas, com destaque para a conquista de 16 medalhas de ouro, além de ter sido campeã do Desafio do Cassó e da Copa São Luís.
Também em 2023, Sofia Duailibe se destacou nas piscinas, sendo campeã nas disputas do Norte/Nordeste de Natação – Troféu Walter Figueiredo Silva, do Campeonato Maranhense de Natação de Inverno - Troféu João Vitor Caldas, da Copa Norte de Natação / Troféu Leônidas Marques, dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) e dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs).
A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pelo Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com o apoio do Colégio Literato.
Durante décadas, Willian Marinho fez notícia. Hoje, é a notícia que o faz. Willian deixa de escrever para ser (d)escrito.
Pelo mais indesejado dos motivos – e, ao mesmo tempo, o mais certo e inescapável deles: a morte –, William Marinho, jornalista, radialista, desportista, gestor de entidades desportivas e classistas, bacharel em Direito, colega, amigo e parceiro em diversos ideais e lutas, deixa de, jornalisticamente, contar histórias e passa, historicamente, a ser uma delas.
Nessa segunda-feira, 20 de maio de 2024, morreu Willian Cândido Barbosa, o Willian Marinho. Nascido em 1962, ninguém imaginaria que esse ano não apenas anunciava a chegada de Willian ao mundo como, também, por misteriosos arcanos, “embutia” nele, ano, um presságio com tempo certo para acontecer: Willian viveria 62 anos.
William Marinho deixa viúva Cláudia Regina Sousa Barbosa, com quem estava casado há 40 anos, desde 23 de março de 1984. Do casal sobrevieram os filhos Paulo Henrique Souza Barbosa e João Victor de Souza Barbosa.
Na Imprensa, Willian Marinho teve contínua e grande participação profissional. Ingressou no jornalismo em 1979, na “Gazeta de Imperatriz”, jornal que começou a circular em Imperatriz, em 25 de fevereiro daquele ano. Na direção, o empresário do ramo imobiliário Gerardo Marinho Lopes e, na edição, Wilton Alves Ferreira (o Coquinho). Depois, Willian, trabalhou na Rádio Imperatriz, cobrindo o setor de Esportes; no “Jornal do Tocantins”, também de Imperatriz. Em São Luís (MA), Willian Marinho trabalhou nas rádios Timbira e Difusora e no jornal “Diário do Povo”. De volta a Imperatriz, em 1980, foi para a sucursal do “Jornal de Hoje”, diário de São Luís, e para o jornal “O Progresso”, onde se manteve como repórter e colunista até o final da carreira. Em 1987, foi diretor e editor do “Jornal da Cidade”, que ele publicava em Açailândia (MA).
Em “O Progresso” destacou-se como colunista social e, na coluna “Fora da Pauta”, de política e cidade. (Em 1999, cheguei a substituir o Willian nessa coluna, em suas férias, quando também substituí, na coluna “Bastidores”, o à época editor do jornal, Luiz Duarte, por licença-paternidade. Willian Marinho entrevistou-me diversas vezes em seus programas em redes locais de televisão. Em suas colunas (social e política), fez registros sobre diversas ações que empreendi em e por Imperatriz. Chegou a dispensar para mim diversas manifestações de apoio, como, por exemplo, na histórica campanha que, quase solitariamente, por meio do jornal “O Progresso”, empreendi em 1999 contra a extinção do núcleo de Imperatriz do Hemomar (banco de sangue do governo do Maranhão). Mais de 20 artigos escrevi após saber da terrível pretensão e quase crime de pessoas bem-postas na sede do Hemomar em São Luís, que queriam porque queriam transformar o hemonúcleo imperatrizense em apenas um posto de coleta de sangue (que depois seria analisado e classificado em São Luís, de onde só depois viriam para Imperatriz, com todo custo de burocracia e de vidas. Esse brutal “nonsense” quase se materializou. Gente de Imperatriz morreu em hospital em razão disso. Consegui atestado de óbito e outros documentos que comprovavam o desleixo homicida daquela parte da burocracia estatal. Por fim, meus textos, via “O Progresso”, chegaram ao conhecimento de quem mandava mesmo no governo estadual. Resultado: assessores foram demitidos na capital e o Hemomar de Imperatriz se manteve. E o Willian Marinho, à época assessor na estrutura estadual do governo maranhense em Imperatriz, estava nos bastidores, dando-me, e a Imperatriz, o apoio possível. Relatei no dia 6 de outubro de 1999, em “O Progresso”, no primeiro parágrafo do artigo “Final (ou um novo começo) de uma história de sangue”:
“Durante a inauguração do ‘Farol da Educação’ ontem, 5 [de outubro de 1999], eu não sabia que estava sendo alvo das (boas) preocupações do jornalista William Marinho, desde as 6 horas da manhã. O esforçado assessor de imprensa da Gerência de Desenvolvimento Regional de Imperatriz (Gedrim), todo pressuroso e demonstrando um contentamento próprio de quem, sem trocadilho, vai dar uma boa notícia, procurou-me e anunciou: ‘Por determinação do gerente Antônio Carlos Frota, quero levar você para apresentar ao gerente estadual João Abreu’. Disse mais: ‘A última pessoa de São Luís que não queria a autonomia do Hemonúcleo de Imperatriz foi exonerada’. E resumiu, com o exagero que a alegria dessas horas concede: ‘Teus artigos derrubaram o pessoal de São Luís’. [...]”.
Além de assessor da Gerência Estadual de Desenvolvimento Regional do Tocantins, órgão do governo do Maranhão, Willian Marinho foi assessor de Comunicação Social da Prefeitura de Açailândia (administração Raimundo Pimentel Filho) e, com espírito sociocomunitário, desportivo e classista, foi também presidente da Associação de Imprensa da Região Tocantina, entidade que fundei em Imperatriz, em meados dos anos 1980, e foi vice-presidente e presidente da Sociedade Atlética Imperatriz (time de futebol profissional fundado em 1962 com o nome de Imperatriz Atlético Clube, hoje Sociedade Imperatriz de Desportos, também conhecida carinhosamente “Cavalo de Aço”). Willian também já havia dirigido equipe de futebol de salão (futsal).
Um quadro maior sobre Willian Marinho será objeto de texto ainda esta semana em “O Progresso”, como parte das homenagens em memória do dedicado comunicador social imperatrizense.
Mas, por enquanto, fiquemos com a melhor definição de Willian Marinho, feita por... Willian Marinho – que, sobre si mesmo, resumiu:
“Bom, sou jornalista, radialista e bacharel em Direito. Gosto de tudo um pouco e quero um novo estado para Imperatriz continuar crescendo. Sou Palmeirense e Cavalo de Aço. Casado e pai de dois rapazes”.
* EDMILSON SANCHES
FOTOS:
Willian Marinho e a esposa, Cláudia Regina. Em setembro de 1987, Willian Marinho gravando reportagem, em reunião da Associação de Imprensa da Região Tocantina (AIRT), observado pelos diretores e jornalistas Tasso Assunção, Edmilson Sanches, Teresinha Chaves (Thetê) e, ao lado dele, Maria José. Na mesa de trabalhos, da esquerda para a direita: José Geraldo da Costa, Conor Pires Faria, Tasso Assunção, Edmilson Sanches, Thetê, Maria José, Willian Marinho e Gilmário Café Camurça.
Principal atleta de kitesurf das Américas, o maranhense Bruno Lobo, que é patrocinado pelo Grupo Audiolar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Bolsa-Atleta e da Revista Kitley, disputou o Campeonato Mundial de Fórmula Kite, competição encerrada nesse domingo (19), em Hyères, na França. Com muita habilidade e personalidade, Bruno teve um ótimo desempenho diante dos principais nomes da modalidade no planeta, chegando até as semifinais e garantindo presença no Top 10 do Mundial pelo segundo ano consecutivo. No fim, o maranhense encerrou sua participação em Hyères na nona colocação geral.
Focado na briga pelo título do Mundial de Fórmula Kite, último grande evento antes da tão aguardada participação nos Jogos Olímpicos, Bruno Lobo teve um desempenho consistente em Hyères, se posicionando sempre entre os melhores atletas da competição. Na fase classificatória, Bruno começou muito bem e ficou na segunda colocação geral após o primeiro dia de disputas. Com o andamento das regatas, o maranhense foi para 9º, mas carimbou sua classificação para a disputa por medalhas.
Após se destacar no Mundial, Bruno Lobo terá pouco mais de dois meses de treinamentos e ajustes para a participação nos Jogos Olímpicos, cuja competição de Fórmula Kite será realizada entre os dias 4 e 8 de agosto, na Marina de Marselha. O local traz boas recordações ao kitesurfista maranhense: em 2023, Bruno ficou em quinto lugar no evento-teste da Olimpíada em Marselha, sendo o único atleta da América do Sul na disputa.
Sétimo colocado no ranking mundial de Fórmula Kite, Bruno Lobo registrou grandes performances em dois eventos na Espanha antes de competir em Hyères. O kitesurfista maranhense conquistou o quarto lugar no Campeonato Europeu de Fórmula Kite, realizado em março, em Los Alcázares, e garantiu a 11ª posição do Troféu Princesa Sofia, que foi válido como etapa da Copa do Mundo e disputado em abril, em Palma de Mallorca.
Temporada anterior
Em 2023, Bruno Lobo colecionou resultados históricos, com destaque para a vaga antecipada em Paris 2024, o heptacampeonato brasileiro de Fórmula Kite e a conquista de seu segundo ouro na história da modalidade nos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile. O maranhense também alcançou o Top 10 do Mundial de Vela, foi o nono colocado na Allianz Regatta e colocou o Brasil em sétimo lugar na disputa por países do Troféu Princesa Sofia, na Espanha.
Socorro Reis
A kitesurfista maranhense Socorro Reis, que é patrocinada pela Fribal e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Grupo Audiolar, da Revista Kitley e do programa Bolsa-Pódio, também participou do Campeonato Mundial de Fórmula Kite em Hyères, onde garantiu a 13ª colocação na flotilha de prata, sendo a segunda melhor atleta sul-americana nessa disputa.
Heptacampeã brasileira de Fórmula Kite e medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2023, Socorro Reis agora projeta a sequência da temporada, com destaque para a World Series e o Pan-Americano de Fórmula Kite, que será disputado em São Luís, em dezembro.
O Festival Sesc Culturas Negras terá mais de 80 atividades em diversos formatos e linguagens, entre os dias 22 e 26 de maio, em unidades da instituição espalhadas pelo Estado de São Paulo. A ação tem o objetivo de valorização, reconhecimento e difusão da cultura negra. As atividades incluem shows, espetáculos, vivências, rodas de conversas e passeios.
O primeiro bloco afro do país, Ilê Aiyê, abre o festival, que, ao longo dos dias, também terá a participação de Negra Li, Rincon Sapiência, Cida Bento, o coletivo Prot{Agô}nistas e a estreia da peça Angu, de Rodrigo França. Outros destaques do evento são as artistas africanas Mayra Andrade (Cabo Verde) e Nduduzo Siba (África do Sul).
“O festival é mais uma oportunidade de vivenciar, experienciar, contemplar e apreender com as produções culturais negras. É um terreno fértil e potente de alargamento existencial das dimensões estética, ética e política”, disse Fabiano Maranhão, assistente técnico da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo.
A organização do projeto ressalta que a inspiração partiu dos chamados quintais, espaços de existência e resiliência para a comunidade negra ao longo da história, além de, em muitas comunidades, desempenharam um papel importante na resistência contra a opressão e na luta por direitos civis. Esses quintais, que davam espaço a atividades de cunho cultural e religioso, eram também ambientes de aprendizado com as gerações mais velhas.
“Será uma rica oportunidade de vivenciar o mosaico cultural negro, perpassando pelas manifestações tradicionais que existem e se atualizam secularmente, bem como produções contemporâneas calcadas em legados ancestrais. É nesta disputa de imaginários e de existências que o festival se fundamenta. É anúncio e experiência da vida tal qual ela também o é”, acrescentou Maranhão.
A programação terá diversidade de formatos, participação de artistas, grupos e coletivos, lideranças comunitárias, mestres e mestras tradicionais e pesquisadores da arte e da cultura negra. O projeto reforça as celebrações do dia 25, Dia Mundial de África.
O Sesc Campo Limpo, na zona sul da capital, receberá o grupo Samba do Caboclo Resgate, no dia 25, com um show em forma de samba de raiz, de roda, de caboclo, e participação de Ayô Tupinambá. Para o encerramento do festival, o público poderá acompanhar o show Negra Li Convida Rincon Sapiência, no dia 26, no Sesc Itaquera, zona leste da cidade.
No Sesc Avenida Paulista, Cida Bento – doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e pioneira nos estudos sobre a branquitude - participará do bate-papo Aquilombamento nas Margens: Cida Bento, no dia 23. O bate-papo Homens Pretos, Masculinidades e Relações Raciais ocorrerá no Sesc Ipiranga, no mesmo dia.
A cantora cabo-verdiana Mayra Andrade se apresenta no Sesc Pompeia (22 e 23), zona oeste. O Sesc Sorocaba, no interior paulista, receberá a artista sul-africana de raízes Zulu, Nduduzu Siba (23).
A programação completa está disponível nosite do Sesc São Paulo.
O cineasta Toni Venturi morreu no último sábado (18), após passar mal em uma praia no município de São Sebastião, no litoral do Estado de São Paulo. Ele havia completado 68 anos em novembro de 2023. Seu corpo foi velado nesta segunda-feira (20), entre 13h e 20h, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Venturi era formado em cinema pela Ryerson University, instituição sediada na cidade de Toronto, no Canadá. No Brasil, também estudou cinema na Universidade de São Paulo (USP). Ele dirigiu diversos filmes ficcionais que transitam do drama à comédia. Sua esposa, a atriz Débora Duboc, atuou em diversos deles. Além de Débora, ele deixa os dois filhos Theo e Otto.
Latitude Zero (2002) é um de seus longa-metragens mais aclamados. Baseado na peça As Coisas Ruins da Nossa Cabeça, do dramaturgo Fernando Bonassi, ganhou mais de uma dezena de prêmios em festivais nacionais e internacionais.
Outro trabalho de destaque foi Cabra-Cega (2005), que narrou a trajetória de dois jovens militantes durante os anos da ditadura militar. O título foi exibido em diversos eventos cinematográficos. No 37º Festival de Brasília, por exemplo, arrematou os prêmios de direção, roteiro e do público.
A filmografia de Toni Venturi inclui ainda filmes mais recentes como Estamos Juntos (2011) e A Comédia Divina (2017). Como documentarista, um de seus principais trabalhos é O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes (1997). Foi o vencedor da primeira edição do festival É Tudo Verdade e também foi agraciado em outros eventos nacionais. Fora do país, recebeu um prêmio em Cuba.
Outro documentário de destaque foi Rita Cadillac – A Lady do Povo (2010). Em parceria com o arquiteto franco-argentino Pablo Georgieff, dirigiu Dia de Festa (2005), que documenta a liderança de quatro mulheres no movimento dos sem-teto da cidade de São Paulo.
Repercussão e ativismo
Neta de Luiz Carlos Prestes, a socióloga Ana Maria Prestes lamentou, em suas redes sociais, a morte do cineasta. “Deixo o meu pesar e solidariedade à família e amigos. Também a gratidão, por ele ter realizado essa obra pela qual tantos conheceram quem foi Prestes”, escreveu.
A morte do cineasta também foi lamentada em mensagem divulgada pelo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva.
O cineasta foi presidente da Associação Paulista dos Cineastas (Apaci) no ano de 2001 e era conhecido pelo seu ativismo cultural. O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e ex-vereador de São Paulo, Nabil Bonduki, o descreveu como “uma pessoa maravilhosa, solidária e afetuosa”. Amigo do cineasta, ele compartilhou nas redes sociais como foram seus últimos encontros.
“Estive com ele recentemente, em várias oportunidades, e ele estava muito bem, otimista com o futuro e com propostas para a política do audiovisual em São Paulo. Fiquei em choque quando recebi a triste notícia de sua passagem na imensidão do mar azul. Como pode alguém com tanta vitalidade, perder a vida assim de repente? Muito animado, ele me recebeu em sua casa, com representantes do setor, para debater novos instrumentos para o financiamento do audiovisual na cidade”, escreveu.
A importância de seu ativismo também foi lembrada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Em postagem, ele contou sobre seu envolvimento nas discussões para a criação de novas regras envolvendo plataformas de streaming –video on demand (VOD).
“Destaco a sua grandiosa contribuição para o cinema nacional. Sou grato pelas suas contribuições para elaboração do PL 8889/2017, de regulação do VOD. Quando aprovada, sugiro que seja chamada Lei Toni Venturi”.