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O tempo passa veloz
a levar-me consigo
atroz, enquanto escrevo...

Sou pretérito de mim mesmo!

Procuro-me e não me acho,
tampouco me reconheço,
sou um simples anônimo
que por mim repasso...

No espelho apenas
um rosto gasto,
de um homônimo
talvez, raso e vasto.

Sou apenas de mim
uma voz que ressoa,
heterônimo de vez,
de um Fernando, talvez,
ou de uma outra Pessoa!

* Fernando Braga, “O Puro Longe”, Caldas Novas, 2012.

Instituto Moreira Salles (IMS) reabriu na Avenida Paulista, região central da capital, com uma exposição da fotógrafa chilena Paz Errázuriz. O espaço estava fechado há quase sete meses, desde o início da pandemia, e voltou a funcionar nesta semana, com a flexibilização da quarentena na cidade de São Paulo. A mostra traz 150 imagens e faz uma retrospectiva da trajetória da artista.

Autodidata, Errázuriz começou a trabalhar com fotografia na década de 1970, após abandonar a carreira de professora primária devido a ascensão da ditadura de Augusto Pinochet. Em 1981, fundou a Associação de Fotógrafos Independentes que documentou as manifestações e outras expressões de resistência contra o regime.

Manicômio e transexuais

Apesar da importância da cobertura desses fatos, Errázuriz voltou sua produção a trabalhos autorais em que estabelece relações com comunidades muitas vezes estigmatizadas. Frequentou, por um longo período, o hospital psiquiátrico Philippe Pinel de Putaendo, a 200 quilômetros da capital chilena, Santiago.

Na década de 1990, após estabelecer vínculos afetivos com as pessoas internadas, produziu “O infarto da alma”, ensaio em que retrata os casais que se formam ao longo dos anos no manicômio. Algum tempo depois, publicou “Antessala da nudez”, em que os pacientes são retratados no espaço para banho, mostrando a violência das instituições psiquiátricas que amontoavam pessoas apartadas da sociedade sob o estigma da loucura.

Em “O pomo de adão”, a fotógrafa registrou o cotidiano de transexuais que trabalhavam em bordéis de Santiago e Talca. Os registros mostram um pouco do dia a dia: preparando-se para o trabalho, caminhando pelas ruas e os locais onde dormiam.

Visitação e segurança

A exposição é gratuita e vai até o dia 3 de janeiro. É preciso agendar a visita pela página do instituto.

“A gente ainda está vivendo a pandemia, e a gente fez adaptações para seguir os protocolos e fazer uma experiência segura para todos, funcionários e visitantes”, enfatiza a coordenadora do IMS Paulista, Joana Reiss Fernandes.

Além dos horários marcados, os visitantes precisam usar máscara e foram feitas adaptações para a circulação dentro do prédio. “Para que as pessoas circulem pelo prédio sem se cruzar muitas vezes, garantir o distanciamento adequado. Então, a gente criou um percurso único”, acrescenta.

Mesmo com as mudanças, ainda é possível aproveitar a vista da Avenida Paulista na varanda do edifício, ponto onde grande parte do público aproveita para tirar fotos. “As pessoas podem tirar “selfie” de máscara. A gente pede que as pessoas façam isso na saída. Com o agendamento de horário, a gente consegue garantir poucas pessoas circulando pelo prédio ao mesmo tempo”, diz Joana.

Ela também pede para que o público evite levar mochilas e bolsas grandes, porque, devido aos protocolos de segurança, o guarda-volumes está fechado.

(Fonte: Agência Brasil)

Começa, neste sábado (17), a 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que promove eventos em todo o Brasil, com o objetivo de dar visibilidade às descobertas e inovações produzidas por instituições nacionais de pesquisa.

A ideia é popularizar esse tipo de conhecimento, muitas vezes restrito a acadêmicos, para os cidadãos, especialmente os mais jovens. A semana continua até a próxima sexta-feira (23).

A SNCT é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI), em parceria com secretarias da área nos Estados e municípios, além de universidades, escolas e instituições de ensino e pesquisa.

Atualmente, colaboram com a realização desse grande evento as universidades e instituições de pesquisa; escolas públicas e privadas; institutos de ensino tecnológico, centros e museus de C&T; entidades científicas e tecnológicas; fundações de apoio à pesquisa; parques ambientais, unidades de conservação, jardins botânicos, entre outros.

Neste ano, a SNCT terá como tema Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira. A Agência Brasil publicou, no mês passado, um especial sobre o assunto.

De acordo com o ministério, a escolha do tema está relacionada ao potencial da inteligência artificial de trazer ganhos na promoção da competitividade e no aumento da produtividade brasileira, na prestação de serviços públicos, na melhoria da qualidade de vida das pessoas e na redução das desigualdades sociais, dentre outros.

Cerca de três mil atividades devem ser promovidas por 66 instituições ligadas aos governos federal, estaduais e municipais, escolas, centros de pesquisa e entidades da sociedade civil. Para conhecer a programação, busque mais informações na página do evento.

Mês nacional

Desde o ano passado, o MCTI decidiu expandir as atividades da semana, e o governo federal denominou outubro como o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, celebração que será realizada daqui para a frente pelo Executivo.

De acordo com a pasta, em comunicado oficial em seu “site”, o mês nacional terá como propósito “mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades da área, valorizando a criatividade, a atitude científica a inovação e a comunicação”.

(Fonte: Agência Brasil)

"Tropa de Mulas", pintura de Billy Gibbons (São Paulo, 1947-)

Nasreddin (ou Nasrudin) é o nome de um sábio que viveu no século XIII, na Turquia. Embora até haja um túmulo para ele, não se sabe se Nasreddin realmente existiu, o que só aumenta sua popularidade.

Uma das muitas histórias que se conta sobre e com ele, diz que Nasreddin atravessava com frequência a fronteira, com muitas mulas carregadas de sacos. Com igual frequência e cuidado, os guardas da fronteira inspecionavam tudo, abriam e revistavam tudo o que continham os sacos. Não encontravam nada. Nenhum sinal de contrabando ou outro crime. E assim, repetidas e repetidas vezes, Nasreddin passava pela fronteira com mulas e fardos.

Muitos anos depois perguntaram-lhe o que ele negociava, que nunca era descoberto pelos guardas da fronteira. E Nasreddin, tranquilamente, respondeu: “Eu contrabandeava mulas”.

Assim é em Imperatriz, embora não exclusivamente aqui. A sociedade – a Imprensa, sobretudo – continua chafurdando sacos, continua prestando atenção apenas no que é mais aparente, no que parece ser mais óbvio, enquanto bem ali, em frente ao seu nariz, o principal assunto não é abordado, e, como as mulas de Nasreddin, vão cavalgando calmamente até sumirem no horizonte.

Faz muitos anos, melhor, já se vão décadas, que venho escrevendo, conversando e palestrando sobre a necessidade de a sociedade imperatrizense dar atenção aos grandes temas desta cidade, que estão aí, à nossa vista, enormes, e não recebem a abordagem, a “fiscalização”, o cuidado que eles, os temas, requerem. Só cuidamos de olhar os sacos.

Informações vitais, projetos importantes, decisões grandiosas, estudos interessantes não estão sendo apropriados pela sociedade. Grandes temas, que dizem respeito, mesmo, à sobrevivência mais digna das pessoas e do município são simplesmente desconsiderados, deixados de lado, pela ausência de uma oxiopia política que permitisse enxergar mais longe, a partir das possibilidades e potencialidades de Imperatriz e da região por ela influenciada.

As lideranças políticas (ou melhor, as referências políticas – em Imperatriz não há líderes), as referências empresariais, comunitárias e que tais, míopes e apáticas, desenvolveram uma desvontade para coisas e causas que requeiram investimento sistemático e sistêmico, organizado e orgânico de tempo, esforço, recursos e raciocínio.

E, irresponsavelmente, enquanto vão passando a mão em sacos de nada, deixam passar as mulas que carregam – e são – tudo.

* EDMILSON SANCHES
(escrito e publicado em 2004; mudou algo?)

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Na última quinta-feira (15), Dia do Professor, relembrei-me estudante. Aluno. Discípulo. (O Dia do Professor tem origem na lei de 15/10/1827, de Dom Pedro I, que criou currículo escolar mínimo válido em todo o Brasil e concurso público para o Magistério, com participação da mulher e piso salarial igual para ambos os sexos).

Relembrei meus dias passados de estudante (ainda continuo aluno, da vida).

Relembro de minha professora do 1º ano do antigo Primário (atualmente Ensino Fundamental), Maria Luíza da Luz Mousinho, que me chamava, eu criança e até antes de ela falecer, em 2016, de "meu Rui Barbosa". A escolinha da reconhecidamente exigente (para alguns, "severa") professora Maria Luíza era na sua casa, ali próximo à Estação da Estrada de Ferro São Luís-Teresina, em Caxias.

De minha professora, Dona Maria Luíza virou fã – precisava ver a alegria dela ao me receber em minhas visitas à nossa terra natal. Precisava ver a verdadeira mobilização que ela fazia com os vizinhos para me apresentar como seu ex-aluno.

Em tempo de política, quando disputava mandato estadual ou federal, então, não tinha para ninguém: ela pregava cartazes, concitava jovens e adultos para votarem em meu nome etc. etc. Era ela e a madrinha Necy, ali perto, na Rua da Galiana, outra orgulhosa pessoa de minha convivência – e ambas, Maria Luíza e Necy, pessoas que sabem, mais que de meus frutos, de minhas raízes, sabem em que se assenta e em que se sustenta o edifício pessoal, profissional e político que venho tentando alevantar por tantos anos e tenebrosos tempos.

Quando criança e seu aluno, Dona Maria Luíza, a professora, se encantava pelos meus acertos nos ditados, exercícios e provas. Nos testes de silabação, eu, não raro, era o único que acertava, por exemplo, a soletrar palavras como "exercício" e "helicóptero". E, confesso, não tinha nenhum gosto em aplicar "bolos" com a pesada palmatória na mão de outros alunos, meus colegas. Mais dolorido ainda (para mim, em sentido figurado; para meus colegas, dor física mesmo) era quando alguns deles tentavam puxar a mão e a grossa palmatória lhes acertava no seco dos dedos – a dor física, realmente, devia ser maior...

Momento de êxtase para minha professora Maria Luíza foi eu, em tenra idade, levado por sua filha Maria da Glória Mousinho de Souza (a Glorinha), ser aplaudido por milhares de pessoa após discursar em favor de um candidato a prefeito, ali próximo à grande e conhecida Praça do Panteon, no centro de Caxias. Ainda me lembro da frase final: "Eu sei que sou criança, mas se tivesse idade eu faria igual a vocês – votaria no Dr. Marcello para prefeito." Levantaram-me e balançaram-me como um troféu. Marcello Thadeu de Assumpção (a grafia é esta mesmo) era um médico boníssimo, considerado a pessoa com maior número de afilhados por aquela região e redondezas. Consultava de graça. Dava remédios de graça. Operava de graça. Mantinha escola de Educação Básica de graça, Escola Coelho Netto, onde fiz todo o Primário. Foi sua bonomia e voluntariedade que o levou à Política. Ele andava costumeiramente a pé, com sua sempre volumosa maleta preta de médico daqueles tempos. Fala mansa, um cavalheiro. Meninote, eu conversava com ele e jogávamos jogo de palavras: ele me pedia para "acertar" o significado de termos médicos (é fácil, basta memorizar o significado dos elementos de composição – prefixos, sufixos e infixos). A propósito: não por meu discurso, mas Marcello Thadeu foi eleito prefeito de Caxias.

Toda vez que vou a Caxias, visitava minha professora Dona Maria Luíza. Repito: Precisava ver a cara de felicidade, de alegria e orgulho imensos dela, que dizia acompanhar-me por meio de raras e cada vez mais escassas participações minhas em mídia eletrônica e jornais impressos. Claro, também não me esqueço de visitar – e pedir a bênção (não faz mal nenhum) – a minha madrinha Necy e a minha tia Luíza.

Outra professora marcante, agora no Ginásio Duque de Caxias (do Projeto Bandeirantes, escola pública), foi Tia Filozinha, Filomena Machado Teixeira, professora de História, de presença marcante na Educação e vida de muitos caxienses. Intimorata, sem medo de dar sua opinião franca e forte, impunha respeito nas salas de aula e, até hoje, a memória dela é lembrada e relembrada com o mesmo respeito que ela impunha. Tia Filozinha, além de professora, foi, digamos assim, minha vizinha: os fundos do quintal da casa dela batiam com o quintal da casa em que morávamos minha família e eu. Como sempre tive o hábito de acordar cedo, cheguei a ouvir (e registrei em artigo no jornal caxiense "O Pioneiro"), a exclamação de surpresa da católica Filozinha ao ouvir o anúncio da morte do papa João Paulo I, em setembro de 1978, cujo comunicado, em Caxias, fora lido pelo Padre Mendes e irradiado pelos poderosos alto-falantes da Igreja São Benedito. (Décadas depois, encontro e converso longamente com Padre / Monsenhor Mendes na sede do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, onde eu sou diretor e ele, meu colega sócio do IHGC à época – já faleceu).

Outra professora de marca indelével em minha mente e espírito foi a igualmente enérgica, competentíssima Maria Gemma de Jesus Carvalho, hoje minha confreira na Academia Caxiense de Letras. Quando eu estava nos 13 anos de idade, por ser aluno destaque, passei em seletivo do Banco do Brasil e fui ser estagiário (matrícula 2.671.550-3). Eu estudava, como sempre, em escola pública, mas, naquela idade, raciocinei que, estando empregado, carteira assinada, com razoável salário para um menino pobre, por que eu deveria ocupar uma vaga da escola pública se poderia abrir oportunidade para outrem e ir estudar em escola particular e até fazer curso profissionalizante de Técnico em Contabilidade? (Efetivamente, concluí este curso e me registrei no Conselho Regional de Contabilidade, vindo a ser, anos e anos depois, investigador de cadastro, que incluía funções de analista de balanços, no Banco do Nordeste, onde, por ser registrado, por "ter o CRC", cheguei a assinar o balanço geral da agência de Imperatriz como Chefe de Setor).

Pois bem, a diretora Maria Gemma, à época mais conhecida pelo seu nome religioso Irmã Clemens, dirigia o Colégio São José, reconhecidamente uma das melhores escolas do Maranhão, da Associação das Irmãs Missionárias Capuchinhas. Ali, fui eleito e sucessivamente reeleito presidente do Grêmio, o Santa Joana d'Arc, durante os três anos do 2º Grau, hoje Ensino Médio (no primeiro ano, na eleição, fiquei em segundo lugar; o vencedor desistiu dias depois, e eu assumi; nas duas eleições anos posteriores, fui vencedor). Por promover mudanças e realizar movimentos e movimentar realizações, Irmã Clemens me homenageou com Diploma de Honra ao Mérito pelos serviços prestados à frente da agremiação estudantil. Eu não sabia que tinha sido tão diferenciador assim quando, anos e anos mais tarde, já morando fora de Caxias, recebi convite para a festa dos 50 anos de Magistério de Irmã Clemens... e, para minha surpresa, fui agraciado com medalha de aluno destaque no cinquentenário da respeitada professora e administradora escolar. Até hoje, quando vou a Caxias, visito e converso longamente com minha querida professora, ela também leitora voraz, escritora competente, que, para minha surpresa e orgulho, igualmente diz acompanhar os passos a mais que Deus está permitindo que eu dê em minha vida.

Como é bom ter tido professores assim!... Como foi importante ter aproveitado os conteúdos de profissional e os exemplos de pessoa que eles foram e continuam sendo, na Vida ou na Memória terna e eterna!...

Mesmo tendo sido estudante em diversas universidades, com professores igualmente talentosos, cidadãos e cidadãs, foram o assentamento de tijolos, as mancheias de barro, as demãos de cimento, as pás de cal, as pinceladas de tinta, as aplicações de verniz o que fez as bases, as fundações, e erigiu paredes e pilares sobre os quais cada um de nós nos erguemos, partindo da vida na Escola e indo para escola da Vida.

No Dia do Estudante e no Dia do Professor e em todos os dias de estudo e de ensino, no trabalho e na vida toda, consciente ou inconscientemente, está um resíduo da sabedoria dos Mestres em mim.

Como aluno outrora e estudante toda hora, meus agradecimentos a todos os professores que tive, responsáveis pelo pouco-tudo que sou, mas não responsáveis pelo muito-nada que tenho.

* EDMILSON SANCHES
Presidente de Honra do Conselho Municipal de Educação de Imperatriz

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Fotos:
1, 2 e 3 – Edmilson Sanches em Caxias (MA), com sua professora do 1º Ano Primário, Maria Luíza da Luz Mousinho.
4 e 5 – A professora Filomena Machado Teixeira (Tia Filozinha).
6 – Irmã Clemens (Maria Gemma de Jesus Carvalho).
7 – Sanches com as irmãs Gualberta e Maria Gemma, da Associação das Irmãs Missionárias Capuchinhas, mantenedora do Colégio São José, em Caxias.
8 – Irmã Gemma (também chamada Irmã Clemens) com Edmilson Sanches, no ginásio coberto do Colégio São José.
9 – Irmã Gemma e os ex-alunos Jacqueline Moreira, Sanches e Teresa Cristina Torres.
10, 11 e 12 – No Colégio São José, década de 1970, Irmã Clemens/Irmã Gemma e Edmilson Sanches discursam para o auditório lotado. Sanches na época era presidente do Grêmio Santa Joana d'Arc, eleito e reeleito sucessivamente por três anos, durante todo o Ensino Médio.

Equipe médica do Hospital Quatro Patas

Conhecido mundialmente pelo seu trabalho como “coach”, o palestrante motivacional e escritor Anthony Robbins disse certa vez o seguinte: “Se você faz o que sempre fez, vai ter o que sempre teve”.

O médico-veterinário maranhense Renan Nascimento Moraes, pelo que se verifica de sua carreira profissional, levou essa máxima a sério e, por esse motivo, é uma referência na profissão e no empreendedorismo. O seu Hospital Veterinário Quatro Patas, localizado em São Luís (MA), completou 34 anos de existência. Com uma equipe de funcionários esforçados e dedicados, o hospital possui o que há de mais sofisticado em exames e cirurgias no que se refere aos “pets”.

Para comemorar os 34 anos de prestígio e sucesso, foi realizado, nesta sexta-feira (16), um delicioso e caprichado café da manhã especial, que foi oferecido em uma tenda colocada em frente ao hospital, situado no Bairro do São Francisco, mais especificamente, na Rua das Paparaúbas. Clientes e funcionários se serviram, respeitando o distanciamento social e o uso obrigatório de máscaras de proteção, em virtude da pandemia da Covid-19. No local, havia sucos, chocolate, café, pães, bolos, salgados e outras iguarias, sendo que tudo foi preparado com muito amor e carinho, para que o aniversário da Quatro Patas fosse celebrado da melhor maneira possível.

Médico-veterinário Renan Nascimento Moraes

Ao lado da tenda, estudantes do Curso de Medicina Veterinária da Uninassau – hoje Centro Universitário Maurício de Nassau, por meio da Portaria nº 701, sendo que, em 2008, passou a integrar o maior grupo educacional do Nordeste, o Grupo Ser Educacional –, em parceria com o Hospital Veterinário Quatro Patas, realizaram consultas gratuitas, como uma forma de aprimorar os conhecimentos e mostrar o que estão assimilando na universidade, além de aprender com quem já atua na área. A Uninassau, inclusive, durante o café da manhã especial, distribuiu brindes, como cadernos e copos personalizados da instituição a todos os presentes.

Celebrando o sucesso

Do lado de dentro da Quatro Patas, o que chamou a atenção foi um bolo personalizado do hospital, que foi colocado logo na entrada, ao lado da recepção, onde havia unidades da “cãofeitaria pet” para os animais, sob a supervisão de Darlete Moraes, administradora do Hospital Veterinário.

Clínica Veterinária Santo Antônio em 1986

Importante dizer que essa história de sucesso começou em 1986, com a criação da Clínica Veterinária Santo Antônio, no Hotel Quatro Patas. De lá para cá, o empreendimento se desenvolveu, a partir das inovações que surgiram no mercado veterinário. Desse modo, a marca ganhou uma dimensão positiva na sociedade maranhense, que aprovou as mudanças, incluindo o atendimento e os procedimentos realizados no âmbito das cirurgias e exames.

“Começamos desde a Clínica Veterinária Santo Antônio, no Hotel Quatro Patas, até sermos um hospital de referência. Quero agradecer aos ex-funcionários e estagiários que passaram pelo hospital e aos clientes que, até hoje, nos acompanham e acreditam no nosso trabalho de sucesso que temos”, disse Renan Nascimento Moraes, proprietário da Quatro Patas. O médico-veterinário anunciou que, para o próximo ano, o Hospital Veterinário – único particular do Estado do Maranhão – oferecerá muitas novidades, em prol da saúde dos animais, ao público.

O Hospital Veterinário Quatro Patas realiza atendimentos durante 24 horas, para urgência e emergência. Os números para contato são os seguintes: (98) 3235-6653/98413-2363. Então, ligue e agende uma consulta para seu cão ou gato. Cuide da saúde do seu “pet”. Procure quem realmente entende do assunto e oferece um serviço de qualidade.

(Fonte: Blog do Nelson Melo)

O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP) reabre ao público, nesta sexta-feira (16), a exposição “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade”. A reabertura do CCBB SP seguirá um planejamento previamente desenvolvido, que segue restrições e regras definidas com base em orientações das autoridades sanitárias para garantir maior segurança aos visitantes e funcionários.

A realização da mostra está autorizada de acordo com a fase verde do Plano São Paulo, que permite a reabertura de cinemas, teatros, espetáculos, bibliotecas, museus, galerias e equipamentos multiculturais na capital.

Das atrações do CCBB SP, apenas a exposição Egito Antigo estará aberta ao público e exigirá agendamento prévio pelo “site” www.eventim.com.br. A unidade vai funcionar todos os dias, das 9h às 17h, exceto às terças.

A mostra entrou em cartaz no CCBB São Paulo em 19 de fevereiro e teve visitação de até 7 mil pessoas por dia. Ela pode ser visitada até 3 de janeiro de 2021. Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, atingiu a marca de 1,43 milhão de visitantes, entre outubro de 2019 e fevereiro deste ano.

"É com alegria que retomamos nossas atividades presencias e recebemos o público para a mostra do Egito Antigo. Passamos por momentos desafiadores nessa pandemia, disponibilizamos conteúdos exclusivos no projeto digital #CCBBemCASA e, agora, voltamos com toda força e vontade de oferecer aos nossos visitantes o melhor da arte e da cultura. Os protocolos de segurança são muito importantes nesta retomada e seguimos todas as recomendações oficiais para a reabertura. Devido às novas regras de visitação, estamos trabalhando com o agendamento de 50 pessoas por horário”, destaca o gerente de Programação do CCBB São Paulo, Fernando Spaziani.

Protocolos de segurança

Além da mudança de horário e necessidade de agendamento pelo “site” www.eventim.com.br, o CCBB disponibiliza vários protocolos para garantir a segurança de funcionários e visitantes. A entrada será apenas pela porta principal da unidade, com necessidade de validação do ingresso e medição da temperatura corporal. A visita terá duração de 50 minutos, começando pelo subsolo e passando pelos quatro andares do prédio. Serão até 50 visitantes por grupo, que vão receber a orientação de usar as escadas durante o deslocamento.

O uso de máscara é obrigatório e haverá fiscalização em todo o prédio, assim como a disponibilização de álcool em gel. Para garantir a segurança do público, a exposição passou por reformulações que não comprometem o entendimento sobre a mostra. A réplica da pirâmide, anteriormente exibida no térreo da unidade, foi desmontada com o objetivo de favorecer a área de circulação e o distanciamento entre os visitantes. A interação de “selfie” com a esfinge, no subsolo, terá higienização reforçada.

Todos os funcionários receberam orientações sobre os protocolos de segurança. Além disso, há marcações no piso dos elevadores e galerias que reforçam a necessidade de distanciamento. O serviço de guarda-volumes está suspenso no momento e não serão mais disponibilizados materiais impressos. Os bebedouros da unidade foram desinstalados e as televisões e totens do prédio vão exibir informes sobre os protocolos na nova dinâmica de funcionamento.

Cultura egípcia

Ao todo, a mostra reúne 140 peças que têm em comum a relevância para o entendimento da cultura egípcia, que manteve parcialmente os modelos religiosos, políticos, artísticos e literários por três milênios.

Aspectos da historiografia geral do Egito Antigo são apresentados de forma didática, por meio de esculturas, pinturas, amuletos, objetos cotidianos, um “Livro dos Mortos” em papiro, objetos litúrgicos e óstracons (fragmento de cerâmica ou pedra usados para escrever mensagens oficiais), além de sarcófagos, múmias de animais e uma múmia humana da 25ª dinastia. Os itens são oriundos do Museo Egizio de Turim, na Itália, segundo maior em acervo egípcio do mundo.

(Fonte: Agência Brasil)

Pintura retratando Santa Teresa d'Ávila

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Você sabia que Santa Teresa d'Ávila não morreu no dia 15 de outubro, mas no dia 4?

Saiba a grande coincidência, de alcance mundial, que ocorreu neste dia. Teresa d'Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu.

Mesmo ateus e livres-pensadores enaltecem sua vida e inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. (EDMILSON SANCHES)

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No dia 15 de outubro de 1827, Dom Pedro I oficializou o Ensino no Brasil. Em 1963, no Brasil, a data foi nacionalmente oficializada também como Dia dos Professores. 15 de outubro é o dia em que se homenageia, em diversas partes do mundo, Santa Teresa d'Ávila.

A santa de Ávila também é a santa da Vila. Da Vila do Frei. Da Vila de Imperatriz.

(2) A PADROEIRA – 15 de outubro é o dia de Santa Teresa d’Ávila, também chamada Santa Teresa de Jesus. A data é a do dia de sua morte, há 438 anos, em 1582. Santa Teresa é a padroeira de Imperatriz, e conta-se que sua imagem foi trazida pelo frei Manoel Procópio do Coração de Maria, o fundador da cidade. Segundo a Diocese de Imperatriz, a imagem da santa que se encontra na igreja imperatrizense que leva o seu nome foi trazida pelo frade carmelita, que logo cuidou de erguer um templo próprio para Santa Teresa. Esse templo, hoje, é a igreja matriz, na Fvenida frei Manoel Procópio do Coração de Maria.

(3) A CIDADE – Santa Teresa nasceu em 28 de março de 1515, na cidade de Ávila, Espanha. Daí o nome com que também chamam a santa: Teresa d’Ávila, que significa Teresa da cidade de Ávila. No tempo em que viveu, chamado o “século áureo” da Espanha, Santa Teresa pôde ver seu país tornar-se um grande império, que ia além de seu continente, a Europa, e estendia-se da Argentina à Califórnia, nos Estados Unidos. Hoje, a Espanha é um país de 506 mil quilômetros quadrados (menor que o Estado de Minas Gerais) e 47 milhões de habitantes (pouco mais do que o Estado de São Paulo, que tem 45 milhões de habitantes). A cidade de Ávila é classificada como Patrimônio da Humanidade. Tem 231km2 e 58 mil habitantes. Está situada a mais de 1.100 metros de altitude (dez vezes mais que Imperatriz) e é comum nevar no inverno, com ventos fortes, gerando bloqueio das rodovias. Ávila é cercada por uma muralha do século XI – a mais bem conservada da Europa –, que mede 2km de comprimento e tem 88 torres. Em homenagem a sua ilustre filha, há muitos templos religiosos dedicados a Santa Teresa. A Catedral de Ávila tem, em seu exterior, desenhos de imagens selvagens, que, segundo acreditavam, serviam para assustar invasores.

(4) A FAMÍLIA – O nome de Santa Teresa era Teresa de Cepeda y Ahumada, filha de dom Alonso de Cepeda e dona Beatriz de Ahumada. Seu avô paterno era Juan Sanches, um rico mercador judeu, admirado pelos seus dotes de administrador mas odiado por ser um “cristão-novo”, isto é, um judeu convertido ao cristianismo através do batismo, o primeiro dos sete sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana. Os filhos de Juan Sanches, inclusive dom Alonso, pai de Teresa, ingressaram na nobreza. Não era a “alta” nobreza, mas uma nobreza, digamos, “classe média”. Para isso, compraram direitos de fidalguia e casaram-se com mulheres fidalgas. Santa Teresa, porém, em seus escritos, não menciona esses aspectos de nobreza da sua família. Teresa teve bastantes irmãos, 10 ou 11 ao todo. Era, contudo, a mais querida. Os pais eram tementes a Deus e ensinaram Teresa na virtude da piedade e das prendas domésticas. Ouvia muito seus pais lerem a vida de santos da Igreja. O ambiente era convidativo: noites longas de inverno, lareira e o calor da família. Essas leituras impressionaram tanto a garotinha que, aos 7 anos de idade, junto com seu irmão Rodrigo, tentou uma fuga da cidade, pois queria “ver a Deus”.

(4) A RELIGIOSA – Quando tinha 13 anos, Teresa vê morrer-lhe sua mãe, dona Beatriz, que era a segunda esposa de seu pai. Sem sua mãe, Teresa lança-se aos pés da Virgem Maria, pedindo-Lhe que seja sua mãe. O pai a coloca no Mosteiro das Irmãs Agostinianas e, em um ano e meio que lá permanece como interna, reacende, em Teresa, sua vontade de servir a Deus. Aos 20 anos, Teresa foge de casa. Era o dia 2 de novembro de 1535. Entra no Mosteiro da Encarnação de Ávila. Quer ser religiosa, carmelita – coisa que o pai não aprovava. Mas Teresa sabia que o amor que ela queria não estava nem na Terra nem nos homens. Eram os Céus, era Deus a fonte provedora do amor que lhe bastava. Passou três anos em dedicada vida religiosa, que foi obrigada a largar para tratar-se, pois estava severamente doente. O mal se agravou e, em 1539, é dada como morta. Só não foi enterrada porque seu pai não deixou. Três dias depois, Teresa volta à vida e, embora paralítica, retorna ao mesmo convento em Ávila. É a São José que ela credita seu restabelecimento. Nos 15 anos seguintes (seu pai já morrera, em 1543), Teresa tem crises espirituais, resiste e, aos 39 anos, tem sua transformação mais profunda. Isso ocorre após contemplar uma imagem de Jesus Cristo cheio de feridas das lanças dos soldados. Daí o nome de Teresa de Jesus. Sua conversão é tão completa que ela rompe seus laços com a materialidade humana.

Igreja Santa Teresa d'Ávila, em Imperatriz (MA)

Morre a mulher. Começa a nascer a santa.

(5) A CARMELITA – Aos 45 anos, em 1560, Santa Teresa ouve, numa reunião de monjas, uma sugestão meio brincalhona de fundar um convento. Contra tudo e contra todos, ela cria, em 24 de agosto de 1562, o Mosteiro São José – o nome era a lembrança do santo que lhe devolvera à vida. Os superiores carmelitas não aprovaram a iniciativa de Teresa, e ela foi obrigada a voltar ao convento. Mas não descansou: no final de 1562, é aprovada a fundação, e Roma dá-lhe a condição de fundadora e legisladora. Daí em diante, até o ano de sua morte (1582), Teresa fundou 17 mosteiros para mulheres e 13 para homens. Eram os Carmelitas Descalços, expressão que lembra a observância à pobreza e à disciplina rigorosa. Os carmelitas só deixaram de andar descalços quando viram ser mais prudente estar calçados, no caso, com humildes sandálias de cordas, as mais usadas pelos mais pobres.

(6) A SANTA – Santa Teresa d’Ávila escreveu muito, orou sempre. Foram mais de 15 mil cartas e diversos livros, entre eles "Livro da Vida", "Caminho de Perfeição", "As Moradas", "As Fundações".

Em 15 de outubro de 1582, na cidade de Alba de Tormes, Teresa mudou de vida. Morreu para sobreviver nos corações e na fé dos que a ela se devotam. Em 27 de setembro de 1970, o Vaticano declarou Santa Teresa “Doutora da Igreja”. Com isso, a doutrina e espiritualidade de Santa Teresa deixaram de lhe pertencer e também deixaram de ser apenas da ordem carmelita. Foram transformados em tesouro de toda a Igreja.

(7) A DOUTORA – Santa Teresa de Ávila está entre os 33 doutores da Igreja, entre eles 3 mulheres. Foi a segunda mulher a ter esse título. A primeira foi Santa Catarina de Sena (nascida em 1347; morreu em 1380); a terceira foi Santa Teresa de Lisieux (1873-1897).

(8) A DATA – O dia 15 de outubro só se tornou o dia de Santa Teresa d’Ávila por uma coincidência. Na verdade, Teresa morreu em 4 de outubro, 11 dias antes. Entretanto, exatamente naquele dia, mês e ano (4 de outubro de 1582), aconteceu a reforma do calendário: saiu o calendário juliano, adotado pelo imperador Júlio César desde o ano 46 antes de Cristo, e entrou, com poucas modificações, o calendário gregoriano, implantado pelo papa Gregório XIII. A substituição de calendários se deu porque a Igreja não estava concordando com uma incorreção no calendário anterior – que, por sua vez, substituíra com vantagem o calendário egípcio. Uma falha de cálculo fizera com que, ao longo do tempo, houvesse um erro de 11 dias. Assim, como os dias santos da Igreja baseavam-se no calendário, poderia ocorrer que a Páscoa caísse no inverno e o Natal, no outono. O acerto no calendário foi feito e o dia 4 de outubro de 1582, quando morria Santa Teresa, passou a ser 15 de outubro. Esse calendário é o que usamos ainda hoje.

* EDMILSON SANCHES

CRONOLOGIA
1515 – Nasce Santa Teresa, em 28 de março, na cidade de Ávila, Espanha.
1522 – Junto com um irmão, tenta fugir de casa, aos sete anos de idade, para “ver a Deus”.
1528 – Morre sua mãe, dona Beatriz.
1535 – Foge de casa, em 2 de novembro, e entra no Mosteiro da Encarnação de Ávila.
1538 – Sai do mosteiro, severamente doente, para tratar-se em casa.
1539 – O mal se agrava e é dada como morta. Três dias depois, volta à vida.
1543 – Morre seu pai, dom Alonso.
1560 – Ouve, aos 45 anos, sugestão para fundar um convento.
1562 – Cria, em 24 de agosto, o Mosteiro São José.
1582 – Morre aos 67 anos, em 15 de outubro, na cidade de Alba de Tormes (Espanha).

FRASES DE TERESA D'ÁVILA
“O progresso da alma não está no muito refletir, mas no muito amar”.

“A oração não é senão um ato de amor, e é insensato pensar que só se pode orar quando se dispõe de tempo e de solidão”.

“Deus tem cuidado dos nossos interesses muito mais do que nós mesmos”.

“Uma ou duas pessoas que digam a verdade valem mais do que muitas reunidas”.

“Jamais chegaremos a conhecer-nos se juntos não procuramos conhecer a Deus”.

“A companhia do bom Jesus é proveitosa demais para que nos afastemos dela. O mesmo acontece com a companhia de Sua Santíssima Mãe!”

“Quem começa a servir verdadeiramente o Senhor, o mínimo que Lhe pode oferecer é a própria vida”.

“Nada te inquiete, nada te meta medo. Tudo passa, Deus sempre permanece o mesmo. A paciência tudo consegue. Àquele que tem Deus consigo, nada há de faltar. Só Deus basta!”

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São históricas as violências que se praticam contra a classe das pessoas que têm classe – os professores. Na corrida salarial professores “versus” políticos, por exemplo, os primeiros não levam qualquer vantagem.

Mesmo sendo todos, políticos e professores, servidores públicos, há uns que SE SERVEM do público, do contribuinte. E se servir de atenuante, embarco na onda dos que dizem que o salário dos políticos não é alto: os outros é que ganham pouco. Mas que tem gente, como os professores, ganhando 'mais pouco' ainda, ah! isso tem. Que o salário dos professores, especialmente no Brasil e sobretudo os das redes públicas de ensino, não é o ideal, isso não é.

DIA & DINHEIRO – Direito do professor, mesmo, parece, só ao seu dia, 15 de outubro. E olhe lá. Nesse dia, às vezes tem refrigerante aqui, bolinhos acolá. Talvez uns discursos aguados falando sobre “a missão” do mestre. Mas – ou mais – dinheiro, que é bom, necas!, nem pichite. Seria mais intere$$ante que o professor ficasse esquecido naquele dia... mas fosse lembrado em todos os outros.

SERVIR & SER VIL – Essa lembrança diária – a justa remuneração – seria um jeito de ir aliviando os males infligidos ao professor, à escola, à Educação. São malefícios que, à maneira de uma legião de diabos, de demônios terrenos, perturbam a alma e a vontade de quem só quer SERVIR (e não SER VIL), de quem só espera o que lhe é justo e o que lhe é devido, para, ao menos, (sobre)viver com dignidade de gente. Nada mais. Mas não! O professor não é reconhecido. Atitudes humilhantes, desconsiderações irracionais, desculpas tresloucadas atrelam-se às respostas aos pedidos de justiça (ou de clemência?) da classe professoral.

CORPO & ALMA – Esquecem-se de que o professor não é só alma, vontade, sacerdócio. Professor não é santo. Professor é, também, corpo, matéria, família a ser sustentada, necessidades a serem atendidas, contas a serem pagas. Mas não. Nada disso. Corre por aí a estória de que o trabalho do professor não tem preço e, vejam só, levam isso ao pé da letra! Colocam os mestres no pé do muro e dão-lhes uma paga que sequer preenche um pé de página, um rodapé.

JOGO & LIÇÃO – Mas não param aí os trocadilhos, as figurações que envolvem o nosso professor. O professor é um jogador, de futebol, driblando sua sobrevivência, fintando suas aspirações com a bola murcha de seu “prestígio” sempre “alto” e seu salário sempre mínimo. O professor, acostumado a ensinar, desta vez é obrigado a aprender e repetir (a troco de palmatória e puxões de orelha) sua lição quotidiana de sobrevivência e paciência – que só interessa a quem (des)manda neste país. Essa lição de paciência e humildade, mestres, deve ser esquecida, desaprendida. Pois, convenhamos, boa vontade termina onde começa (ou deveria começar) o bom senso. Quem não quer admitir isso são os nossos governantes, maiores e menores, porque, muitos deles, despreparados, despreocupados, deixam-se embriagar pelo poder e comportam-se como patrões do povo, quando, na verdade, deveriam ser o que de fato são: servidores públicos, funcionários da Nação.

DOCÊNCIA & INDECÊNCIA – Deve-se dizer NÃO ao magistério romântico, o ensino pelo ensino. Há de haver a justa compensação. A docência (doce arte e ciência) não se confunde com a indecência. Basta de condições e salários injustos ou ilegais ou ilegítimos ou indecentes ou imorais. Mais recursos, fartos e estáveis, para a Educação! A mão que se eleva ao quadro-negro não deve se baixar na mendicância de direitos.

A fonte do direito é o dever – e este, da parte dos professores, vem sendo cumprido.

Para eles, a qualquer tempo, a solidariedade do colega aqui, que ensina em baixa e assina embaixo.

* EDMILSON SANCHES
Presidente de Honra do Conselho Municipal de Educação de Imperatriz; ex-professor (Colégio São José de Ribamar, Colégio Ebenézer, Uema, Senac, Sebrae etc.)

Santa Teresa d'Ávila

QUER CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE A PROTETORA DOS PROFESSORES E PADROEIRA DE IMPERATRIZ?

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Igreja de Santa Teresa d'Ávila em Imperatriz (MA)

Alguns livros de e sobre Santa Teresa d'Ávila (ou Santa Teresa de Jesus), da biblioteca de Edmilson Sanches:

1) "'Deixe-se Amar' – Experiência de Deus com Teresa d’Ávila" – Frei Patrício Sciadini – (Edições Loyola, São Paulo, 2004)

2) "30 Dias com Santa Teresa de Jesus" – Padre Antônio Lúcio da Silva Lima (org.) - (Editora Paulus, São Paulo, 2001)

3) "Itinerário Espiritual de Santa Teresa de Ávila" – Frei Pedro Paulo Di Berardino – (Editora Paulus, São Paulo, 1999)

4) "Teresa, a Santa Apaixonada" – Rosa Amanda Strausz – (Editora Objetiva, Rio de Janeiro, 2004)

5) "Quando o Coração Reza..." – (seleção de textos de Frei Patrício Sciadini) – (Editora Cidade Nova, São Paulo, 2007)

6) "As Fundações" – Santa Teresa de Jesus - (Edições Loyola, São Paulo, 2012)

7) "La Vida, Las Moradas" – Santa Teresa de Jesús (edição em castelhano) – (PML Ediciones, Madrid, 1995)

8) "Caminho de Perfeição" – Santa Teresa de Jesus - (Edições Paulinas, São Paulo, 1977)

9) "Livro da Vida" – Santa Teresa de Jesus - (Edições Paulinas, São Paulo, 1983)

10) "Santa Teresa" – (coleção Gigantes da Literatura Universal – Editorial Verbo, Lisboa, 1972)

A peça teatral "Teresa", de Alexandre Dumas, não está relacionada a Teresa d'Ávila (tenho uma edição em italiano de 1880, publicada, em Milão, pelo livreiro C. Barbini, número 297 da Biblioteca Ebdomadaria Teatrale).

* EDMILSON SANCHES.