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25 de setembro é o “Dia do Rádio” ou “Dia da Radiodifusão”. Nesta data, em 1884, nasceu Edgard Roquette-Pinto, médico, antropólogo e professor, fundador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 21 de abril de 1923.

Portanto, a data de 25 de setembro é a dedicada ao rádio, o meio de comunicação, o veículo, a atividade – não é apenas o aparelho eletrônico, como os das ilustrações deste texto.

Já o profissional, o radialista, seu dia é 21 de setembro, que é a data do decreto de 1943, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, que fixou, pela primeira vez, um piso salarial para os profissionais do rádio. Como o 21 de setembro não era data oficial, em 2006, o governo federal estabeleceu em decreto que o Dia do Radialista passaria a ser 7 de novembro, aniversário do músico e radialista Ary Barroso.

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O rádio é um herói da resistência. Assim como seu aparecimento, em 1895, não extinguiu o teatro, o cinema nem o fonógrafo, invenções que lhe antecederam, o rádio não se deixou abater pelos meios de comunicação e lazer que vieram depois dele, como a televisão, o computador e a telefonia celular e seus grupos e redes sociais, digitais. Há espaço, há lugar e momento para todos.

O rádio é insubstituível e tem suas vantagens em relação a outros meios de comunicação: pode-se ouvir rádio e executar outra tarefa (às vezes, até com mais entusiasmo e produtividade); o custo publicitário é menor; o alcance do rádio é maior e chega onde ainda não está chegando a televisão; e, sob qualquer análise, o rádio é mais próximo, mais íntimo do seu público, do seu ouvinte. E, claro, montar uma rádio (após ter a concessão) requer bem menos dinheiro do que uma estação de TV, por exemplo.

Sou jornalista e radialista e passei a desempenhar as duas atividades conjuntamente ali pelos 13 ou 14 anos. Tinha página em jornal e era responsável por três programas na estação radioemissora de minha cidade, Caxias – a Rádio Mearim. Eu já tinha uma rica coleção de discos “long-playing” e compactos (simples e duplos); só utilizava nos meus programas os discos de minha coleção, o que começou a provocar um ou outro desconforto quando ouvintes pediam para outros locutores as músicas exclusivas que eles ouviam em meus próprios programas. Até hoje, mantenho guardados muitos daqueles discos e diversas cartas dos ouvintes com os pedidos musicais ou com repostas às perguntas que eu fazia em um dos programas, para pesquisa, com direito a prêmios.

Em Imperatriz, onde fundei a Associação de Imprensa e o Sindicato de jornalistas, radialistas e outros profissionais de rádio e televisão, fui convidado para ser um dos diretores da Rádio Terra FM, na década de 1980. Dirigia o Jornalismo, redigia as notícias dos jornais e das veiculações horárias e tinha um programa de entrevistas e música de três horas de duração, aos domingos – o “Radioatividade”, cujo “slogan” era: “Seu Melhor Programa de Domingo”.

Não é saudosismo, mas guardo com muito carinho as lembranças de programas que eu ouvia quando criança, em rádio da marca Semp (“jabuti”) e, esporadicamente, um ABC A Voz de Ouro. Semp, pouca gente sabe, é sigla de Sociedade Eletro Mercantil Paulista, a empresa brasileira fundada em São Paulo (SP) em 1942, que sobrevive até hoje e que foi a primeira a fabricar rádios (década de 1940) e TVs (1951) em solo brasileiro, inclusive a TV em cores, em 1972. Mas o xodó mesmo era o rádio Semp PT 76, que ficou conhecido como “capelinha”, mas que eu só ouvia chamarem “casca de jabuti”, pela coloração de seu revestimento.

Ouvia histórias infantis nos fins de semana da Rádio Mearim. Ouvia o “Programa do Jairzinho” e a novela “O Direito de Nascer”, ambos à tarde e entrando pela noite, em uma rádio da Bahia, não sei se a Rádio Clube ou a Rádio Sociedade da Bahia.

Ouvia, na Rádio Pioneira, de Teresina (PI), o programa musical e de recados “Seu Gosto na Berlinda” (“o roteiro musical feito pelo próprio ouvinte”), com a voz inconfundível do locutor-apresentador Roque Moreira e a muito conhecida música de abertura “A Morte da Mula Preta”, executada com guitarra havaiana (por ser uma moda de viola, composta, em 1944, pelo botucatuense Raul Torres (1906-1970), a música é também chamada “A Moda da Mula Preta”). (Ouça a versão instrumental dessa música no “link”: https://www.youtube.com/watch?v=3ziRTKpTfN8&list=RD3ziRTKpTfN8&start_radio=1).

Claro, eu escutava os programas radiofônicos de meus colegas na Rádio Mearim de Caxias – entre eles, o Ivalter Cardoso, o J. Rodrigues, o Luiz Abdoral, o Roberto Nunes (que foi para São Luís e se tornou locutor esportivo).

O rádio contribuiu para minha educação e cultura. Em criança, ali entre 7 e 9 anos de idade, em Caxias, eu tinha um caderno onde anotava o nome das músicas e seus intérpretes, em ordem alfabética. As meninas, moças e mulheres da vizinhança, quando souberam, passaram a pedir – e levar – emprestado o caderno, para escolha e solicitação de músicas, por carta – cartas que geralmente começavam com:

“Prezado Locutor, peço que rode a música (tal) somente para ouvir” ou “para oferecer para alguém de nome (tal) ou de iniciais tal e tal, com muito amor”.

Bons tempos...

* EDMILSON SANCHES

Após quatro meses e com 1.029 músicas inscritas, a 12ª edição do Festival de Música Rádio MEC vai anunciar as vencedoras nesta sexta-feira (25). A cerimônia será transmitida pelas páginas do Facebook, YouTube e Twitter da TV Brasil, pelo “site” das Rádios EBC a partir das 20h.

A cerimônia terá a apresentação do radialista Tiago Alves e “performances” da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), do acordeonista Marcelo Caldi, do grupo Farra dos Brinquedos e da cantora Nilze Carvalho.

Ao todo, 22 composições concorrem aos nove prêmios do festival. Na final, 12 músicas disputam na categoria Voto Popular, três músicas ao prêmio de melhor composição e melhor intérprete na categoria Música Clássica, três concorrem ao prêmio de melhor composição e melhor intérprete na categoria Música Instrumental, três ao prêmio de melhor composição e melhor intérprete na categoria Música Infantil e outras três disputam o prêmio de melhor composição e melhor intérprete na categoria MPB.

Classificado para a final nas categorias Voto Popular e Música Instrumental, o músico Ivan Melillo se diz honrado pelo reconhecimento e destaca a importância do festival. “O festival do MEC sempre teve muita relevância no cenário cultural brasileiro, com ou sem pandemia. Para mim, é um trabalho de anos sendo reconhecido”, diz. Além de Melillo, o único compositor classificado para a final em duas categorias é Chico Oliveira, que morreu no início deste ano.

A compositora Ângela Brandão, que concorre na categoria Música Infantil, diz que está ansiosa pelo resultado. “Eu me senti muito feliz e muito honrada de ver meu nome na final. Uma música nossa com a chancela da Rádio MEC é muito especial. Agora, eu tô aqui na torcida, né? Vamos ver”, afirmou. Ângela também destacou que o Festival de Música Rádio MEC teve uma importância maior neste ano.

“Eu acho que os festivais sempre tiveram um papel muito importante pra música popular brasileira, basta ver na história, né? E agora, durante a pandemia, eles ganham um sentido novo, com uma oportunidade de troca e de conhecer trabalhos que, de outra forma, talvez a gente não viesse a conhecer. Então, é um papel muito importante, é muito bonito”.

Edição de 2020 do festival teve recorde de inscrições e foi o primeiro totalmente “on-line”

A edição de 2020 do Festival de Música Rádio MEC foi a primeira da história com um processo de inscrições e divulgação de resultados totalmente “on-line”. De acordo com Thiago Regotto, gerente da Rádio MEC, a pandemia da covid-19 forçou a organização do evento a se reinventar:

“A primeira pergunta que a gente fez nesse cenário foi ‘como realizar’, porque ‘não realizar’ nunca foi uma questão pra gente. Foi aí que percebemos que a ‘internet’ poderia ser uma grande aliada. Eu acho que os vídeos foram um grande acerto porque humanizaram o processo”.

Na primeira fase do festival, vencedores de edições anteriores ajudaram a divulgar que as inscrições estavam abertas. Na segunda fase, os 100 classificados para as semifinais pediram o voto do público. Na fase final, os concorrentes contaram um pouco da história das composições. Assista aos vídeos.

A divulgação resultou em um recorde de músicas concorrentes e votos do público. Ao todo, foram 1.029 músicas inscritas e mais de meio milhão de votos, até o momento, no “site” do festival. “O que poderia ser um problema, a limitação por causa da pandemia, fez a gente enxergar oportunidades e garantiu um bom resultado”, completa Regotto.

Ouça as 12 músicas finalistas do júri no Festival de Música Rádio MEC.

Vote na sua música preferida na categoria Voto Popular (Votação aberta até as 21h).

(Fonte: Agência Brasil)

VOCÊ SABIA QUE O CAFUNDÓ DO JUDAS FICA NO MARANHÃO?

– (Não é verdade; até nisso um parlamentar errou...)

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Foi há nove anos, no dia 20 de setembro de 2011, que se deu essa grande, “magna” descoberta. Nessa data, um suplente de deputado estadual, no exercício do mandato, usou a tribuna da Assembleia Legislativa maranhense para dizer, em vômito verbal, que o maior município do Estado, após a capital, “fica lá no cafundó do Judas, no quintal do Maranhão”. Isso é coisa de um político maranhense falar acerca de uma parte do Maranhão?

Na época, dia 23/9/2011, o jornal imperatrizense “O Progresso” registrou que “os deputados de Imperatriz, ao que parece, estava, surdos, congelados. Não reagiram às agressões do deputado Magno Bacelar. Assim não dá...” Depois, vieram manifestações de políticos e, seis dias após a vomição linguística, o Magno médico, em autodiagnóstico e considerando a enorme repercussão negativa de sua falação, viu que se excedera e tentou desculpar-se, justificar-se, em um “mea culpa” de 159 palavras, onde juntou futebol, redivisão territorial e coisa e tal.

Na época, escrevi considerações sobre o assunto, que vão abaixo, com uma ou outra atualização.

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“Imperatriz já ganhou até demais. Tudo agora na Saúde é só para Imperatriz, que fica lá no cafundó do Judas, no quintal do Maranhão”. (Magno Augusto Bacelar Nunes, suplente de deputado estadual [PV] no exercício do mandato, vice-líder do governo, em sessão especial na Assembleia Legislativa do Maranhão, em 20/9/2011).

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4°11’0” S 43°28’13”W

Você sabe onde fica Alagadiço Grande? Não?

Se o mapa que ilustra este texto não situar você, tente as coordenadas geográficas acima.

Alagadiço Grande, segundo o IBGE, em 2010, era um povoado com 700 esforçados e honestos habitantes, na zona rural de Chapadinha, município maranhense de mais de 80 mil habitantes, cujo início de história remonta a respeitáveis 237 anos, desde que era um lugar chamado Aldeia, em 1783.

Foi nas terras da hoje Chapadinha, no lugar Alagadiço Grande (que creio não ser um grande alagadiço), que, em 3 de julho de 1957, nasceu bem-nascida uma criança que viria a ser o médico-cirurgião formado no Rio de Janeiro, o prefeito por doze anos (2001-2008 e 2017-2020), o deputado estadual (1999-2000) e o suplente de deputado estadual, no exercício do mandato (2011-2014), Magno Augusto Bacelar Nunes, que recebeu, além do cargo, a vice-liderança do governo maranhense no Poder Legislativo estadual.

Foi esse maranhense de tradicional família maranhense, que herda nome e história de ascendentes maranhenses, que, no dia 20 de setembro deste 2011, foi verbalmente infeliz como maranhense. Já somos, nós maranhenses, detratados demais por outros brasileiros para sermos alvos de petardos orais impróprios acionados por um maranhense dito representante do povo maranhense.

Ao defender mais atenção (e verbas) para outra região do Estado e sustentar seu argumento pela desatenção e redução (de verbas) para Imperatriz, disse, sem excelência nenhuma, Sua Excelência Excelentíssimo Senhor Deputado Estadual suplente no exercício do cargo o Senhor Magno Augusto Bacelar Nunes que:

“Imperatriz já ganhou até demais, secretário. Tudo agora na Saúde é só para Imperatriz, que fica lá no cafundó do Judas, no quintal do Maranhão”.

Para quem conhece palavras, e sabe de sua substância, significado, sentido, não pode dizer que as palavras, “ipsis litteris”, foram humilhantes ou, force-se, criminosas. Elas foram o que são: impróprias, inadequadas, incorretas. Infelizes.

Talvez fosse intenção do deputado chapadinhense “falar mal” de Imperatriz. Talvez ele quisesse “diminuir” nossa cidade (que recebe verbas da saúde menos para si e mais para dezenas de municípios do Maranhão e de outros Estados, já que estamos numa espécie de tríplice fronteira interna e o atendimento, segundo normas do SUS, é obrigatório, “universal” ).

Se for verdade que teve maus bofes para com uma parte importante do próprio território estadual que representa e jurou defender, a coisa é grave, e passa a ser mais problema psicanalítico que político. Pois irritabilidades e irascibilidades assim são matéria para quem é do ramo da leitura – e tratamento – dos distúrbios da psiquê dos indivíduos, da alma dos humanos.

Mesmo sem saber do que estava falando (em termos linguísticos e geográficos), o magno e augusto deputado disse que Imperatriz FICA no cafundó do Judas – não disse que Imperatriz É esse lugar. Reforçou, sinonimicamente, que Imperatriz FICA no quintal do Maranhão – e não que Imperatriz SEJA o quintal de nosso Estado. ESTAR não é SER.

“Cafundó do (ou de) Judas” é uma referência de distância, não de discriminação. A discriminação pode estar na alma de quem fala, não na fala em si.

Quanto a “ficar (localizar-se) no quintal do Maranhão”, precisa-se perguntar: Onde é quintal e onde é casa? Em relação a quê? À capital? Os conterrâneos, concidadãos, coestaduanos de Alto Parnaíba, assim, poderiam referir-se a São Luís como quintal do Estado, mercê até de sua não integração física ao continente, de sua não centralidade geográfica, sobretudo de sua longinquidade territorial, sua “distância” política, seu afastamento assistencial, em termos de obras e serviços?

Por ter nascido em um povoado pequeno (e, para muitos, muitos, insabido), poderíamos dizer que o magno, augusto suplente de deputado nasceu no cafundó do Judas, no quintal de Chapadinha?

O fato de ter esse deputado e prefeito diversos processos, denúncias, condenações, inclusive por atos de improbidade, isso seria lastro para alguém dizer que sua honestidade político-administrativa ficou esquecida lá no cafundó do seguidor considerado traidor de Cristo?

Por sua declaração imprópria, poder-se-ia dizer que, no falar, esse parlamentar é “para lamentar”?

Não. Só mesmo “causa turpis”, raiva política, insatisfação pessoal, rixa individual, desafeição ou malquerença para justificar (!) isso.

Para além da exegese, da taxonomia, da análise linguística, o que surpreende é essa “técnica” de querer defender uma parte do Maranhão... com a “condenação” de outra.

O Maranhão não é uma parte – é um todo. E a saúde é um direito de todos e dever do Estado, cujo acesso é igualitário, seja em relação às ações ou aos serviços, à proteção ou à recuperação – está lá, no Artigo 205 da Constituição maranhense, a “bíblia” de todo deputado estadual (e, por direito ou dever, de todo cidadão).

Diz mais, na lei maranhense maior, que “o Estado orientará sua atuação no sentido da regionalização de suas ações, visando ao desenvolvimento e a redução das desigualdades sociais” (Art. 3º).

Portanto, o Estado deve atuar sem discriminação ou vantagens exclusivas... mas não se pode defender o desenvolvimento equânime do Maranhão quando, para se beneficiar uma parte dele, deseja-se, explícita ou implicitamente, real ou intencionalmente, que outra parte do Estado seja relegada, ainda que essa parte fique no cafundó do Judas, no quintal do Estado, nas brenhas do território, na baixa da égua, na caixa-prego, lá onde o vento faz a curva ou onde aquele moço perdeu as botas.

O Maranhão não será forte com frases tão fracas, pífias, irresponsáveis como essa – e com a qual só se perde tempo e se investe energia física e emocional para que, ao menos, ela não se torne argumento acreditado como respeitável. Não é.

O Maranhão deveria merecer dos políticos preocupações maiores. Como um Estado como o nosso, com inigualáveis condições estratégicas, climáticas, hídricas, edáficas, históricas, culturais chegou aonde chegou – ser o “símbolo” do antidesenvolvimento, do atraso, da pobreza, em nosso país? Como? Por quê? É intencional ou é incompetência mesmo?

Como Estados mais recentes, de menos, muito menos de meio século de existência, Estados com menos recursos e fatores comparativos e competitivos chegaram a índices e indicadores sociais, econômicos e socioeconômicos superiores aos números deste nosso Maranhão rico e quadricentenário? Como?

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Esse episódio “magnífico” iniciado pelo deputado de Chapadinha lembrou-me antiga e imprópria anedota, daquelas de mau gosto, dita, repetida e redita à exaustão, e que ouvi em “causerie” em diversos momentos e lugares na década de 1970, em Caxias.

Contava-se que um maranhense, querendo tirar sarro de um piauiense, perguntou a este, referindo-se a um “slogan” recentemente adotado pelo Piauí: “Você sabe o que significa a frase ‘Ninguém segura o Piauí’?” E sem esperar resposta foi logo sapecando: “Porque ninguém segura em merda”.

O piauiense não se fez de rogado e perguntou ao maranhense: “Você sabe por que São Luís é uma ilha?” E logo deu o troco: “Porque merda não afunda”.

É nisso que dá debates intestinos, escatológicos...

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Durante sua história de 168 anos, Imperatriz foi qualificada e desqualificada de diversas maneiras, com diversas palavras, por diversas gentes e razões. Mas nada parece ser tão desalentador quando, como Brutus contra César, a “facada” vem de gente da própria família – maranhense, no caso. Imperatriz já foi chamada “Sibéria Maranhense”, “Capital da Pistolagem”...

A tudo isso Imperatriz superou, o que leva a refletir no significado de etimologia mais remota de seu nome: “Imperatriz” vem do verbo latino “paratum”, que significa “esforçar-se para obter” – ou, numa palavra, trabalho, muito trabalho.

As excepcionais características do município, sua localização estratégica, seu crescimento apesar de alguns pesares, fizeram e vêm fazendo e trazendo outros designativos e epítetos, que são aquelas palavras ou expressões que se associam a nomes para atribuir-lhes uma qualidade. Assim, Imperatriz é “Cidade-Esperança”, “Cidade Majestade”, “Princesa do Tocantins”, “Portal da Amazônia”, “Capital Norte-Nordeste do Automobilismo”, “Capital Brasileira da Energia”, “Metrópole da Integração Nacional”... Tudo isso com sua razão de ser.

Esse episódio deslanchado a partir da irrefletida fala do magno suplente de parlamentar vai passar. Ficará arquivado nos registros de blogues, “sites” e outros espaços da rede mundial de computadores, em algumas páginas de jornais e recorrentemente poderá ser recuperado. Mas vai passar, deixará de ser matéria do dia a dia. Não tem substância para isso. Não há sentido para isso.

Ainda bem que o que não presta passa também.

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Escritor da Bélgica, Georges Rodenbach nasceu três anos depois – e no mesmo dia em que Imperatriz foi fundada (aliás, no mesmo mês em que nasceu o deputado-cafundó).

Rodenbach viveu pouco mais de 43 anos de idade, de 16 de julho de 1855 a 25 de dezembro de 1898. Escrevia em francês e, nesse respeitado idioma de cultura, cunhou uma de suas frases mais citadas: “Toda cidade é um estado de alma”.

As cidades, sabemos, é que formam um Estado. Temos uma alma pequena, pouco desenvolvida?

Talvez (in)certos conterrâneos devessem parar de falar mal da própria pátria. Não ser estrangeiro despeitado e desrespeitoso cuspindo para o alto, imprecando sobre o solo sob o qual, com sorte, se sepultará. Não há sentido nem utilidade ser estrangeiro em sua própria terra...

Talvez tenhamos, como maranhenses, de ter mais espírito de corpo.

Talvez tenhamos, como maranhenses, de ser menos espírito de porco.

Talvez muitos de nós, sobretudo os políticos, tenhamos de olhar mais fundo em nós mesmos.

Talvez assim possamos resgatar a dívida para com o nosso povo, a partir do resgate da nossa grande alma.

Alma deixada perdida ou esquecida em algum desvão interior, nos cafundós de nós mesmos...

* EDMILSON SANCHES

Imagens:
Placa indicando Cafundó do Judas, no Sul do Brasil; foto de satélite do território de Alagadiço Grande, em Chapadinha (MA); e aspectos urbanos de Imperatriz (MA), com o Rio Tocantins e a Ponte Dom Affonso Felippe Gregory, que une Maranhão e Tocantins.

O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) lançou, nesta quinta-feira (24), um programa voltado para a capacitação e oferta de estágio para estudantes do ensino médio. Levantamento realizado no banco de cadastro do CIEE, aponta a existência de cerca de 524 mil jovens no ensino médio e técnico elegíveis para o programa. De acordo com a instituição, a expectativa é que sejam realizados 500 contratos mensais no programa, batizado de Jovem Talento CIEE.

“A iniciativa representa a oferta direta de mais oportunidades para os jovens – faixa etária mais afetada pelo desemprego – e também combate a evasão escolar, já que, para participar do programa, será necessário estar matriculado em uma instituição de ensino”, disse o CIEE.

O programa é válido para os Estados da Região Norte, Nordeste (exceto Pernambuco), Centro-Oeste e São Paulo. As empresas interessadas em ofertar vagas, nesta modalidade, podem fazer contato diretamente com um consultor do CIEE nesses locais.

O estágio dos estudantes terá carga horária diária de seis horas, das quais uma será reservada para capacitação à distância (EAD) na própria empresa.

O CIEE informou que os cursos “on-line” serão divididos em Administração, Comércio e Varejo, Contabilidade e Finanças e Tecnologia, que poderão ser personalizadas de acordo com a necessidade das empresas parceiras. Todas contam com carga horária de 480 horas e visam desenvolver habilidades técnicas, comportamentais e valores humanos.

“A evolução de cada estagiário será acompanhada por um gestor da empresa, e um tutor do CIEE estará disponível para auxiliar com dúvidas. Por sua vez, o estagiário também terá a possibilidade de avaliar o conteúdo dos cursos e de sua experiência na empresa”, disse o CIEE.

As empresas podem tirar dúvidas a respeito de vagas e como aderir ao programa por meio do número 3003-2433, ligação local, sem necessidade do DDD.

Segundo o diretor-presidente do CIEE, Humberto Casagrande, a iniciativa auxiliará jovens vulneráveis, grupo que tem sofrido de maneira severa os efeitos da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

“Capacitação e oportunidades no mundo do trabalho são fatores que assombram, há muitos anos, os jovens brasileiros. Essa iniciativa é uma maneira de minimizar números de desalentados no nosso país, e, não só isso, será possível também combater a evasão escolar”, disse.

(Fonte: Agência Brasil)

Estudantes que têm contratos do Financiamento Estudantil (Fies) por meio do Banco do Brasil (BB) ou da Caixa Econômica Federal (CEF) poderão requerer a suspensão do pagamento enquanto durar a vigência do estado de calamidade pública decretado por causa da pandemia da covid-19. A medida vale para clientes em situação de inadimplência com seus contratos, antes do dia 20 de março, data em que foi aprovado o estado de calamidade pública no país, pelo Congresso Nacional. Os estudantes que estão em situação de inadimplência também poderão suspender as parcelas, desde que as amortizações devidas até 20 de março sejam de, no máximo, 180 dias. As parcelas em atraso antes da pandemia não serão suspensas.

As novas condições foram atualizadas pela Resolução nº 39, de 27 de julho, expedida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC) que concede financiamento a estudantes para a educação em cursos superiores de instituições de ensino particulares. A resolução anterior já permitia a suspensão do financiamento, mas limitado a quatro parcelas e autorizado para os alunos que estivessem em dia com os pagamentos. Segundo o FNDE, pouco mais de 151 mil estudantes do Fies aderiram ao programa de suspensão do pagamento das parcelas. Com as novas regras, cerca de 1,5 milhão de alunos do Fies, do total de 2,8 milhões que estão no programa, são elegíveis para a suspensão temporária do pagamento.

As prestações que forem pausadas serão incorporadas ao saldo devedor do financiamento, nos termos e condições contratados, incidindo juros contratuais sobre as parcelas suspensas e não juros de mora, ou multa por atraso. Os pagamentos das parcelas de amortização e das demais obrigações financeiras com o Fies devem ser retomados a partir do mês seguinte ao término da suspensão. De acordo com o FNDE, a suspensão vale para os pagamentos de contratos em fase de utilização, carência ou amortização.

Banco do Brasil

A adesão ao programa de suspensão do pagamento do Fies já está disponível no Banco do Brasil, e pode ser feito diretamente nas agências bancárias e via aplicativo do banco na “internet”, mas, nesse segundo caso, apenas a partir da primeira quinzena de outubro. Segundo o BB, a manifestação é feita de forma simples, sendo necessária apenas a concordância do estudante acerca das alterações contratuais, no momento da solicitação da suspensão. Após a formalização da proposta, a suspensão não poderá ser cancelada.

Para quem optar por procurar o atendimento presencial, o BB informa também que, durante a pandemia, as agências atendem em contingenciamento e triagem para o acesso às salas de autoatendimento, com a autorização de acesso limitada à capacidade do espaço disponível em cada unidade.

Caixa Econômica Federal

Para o estudante que possui contrato do Fies com a Caixa Econômica Federal, a nova regra de suspensão dos pagamentos ainda não está disponível, mas o banco esclarece que ela será feita de forma retroativa, sem prejuízo ao beneficiário. O banco divulgará quando o serviço estiver disponível, o que deve ocorrer em algumas semanas.

(Fonte: Agência Btasil)

IDE E PREGAI

– Nosso planeta, uma nesga de nada na imensidão do Universo...

Não podemos perder nossa humanidade. Afinal, ser humano é a única razão – humana – de ser.

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Eu estava em viagem. Fizera diversas palestras, sem ônus, nos últimos dias. Lembro-me de que, há cinco anos, em setembro de 2015, fiz dois pronunciamentos em Parauapebas, a segunda maior economia do Pará, na época com mais de 15 bilhões de reais em Produto Interno Bruto (exatamente R$ 15.568.461.000,00, conforme série revisada do IBGE).

Ambas as palestras foram feitas em ótimo auditório da Câmara Municipal (cuja sede é enorme, para o alto e para os lados, três andares, algo, dir-se-ia, suntuoso em relação ao prédio-sede de outros Poderes Legislativos municipais que conheço).

No pronunciamento da noite, fui surpreendido, no meio da fala, por aplausos de pé, puxados – pelo que pude rapidamente perceber – pelas mulheres que compunham a Mesa de trabalhos (juíza de Direito, secretárias municipais, terapeutas, escritoras) e vereadores, entre estes um maranhense de Presidente Dutra, que, à época, era o presidente da Casa de Leis daquele segundo maior município do Pará, em economia, e o poeta Paulo Reis, maranhense de Caxias, então presidente da Academia de Letras do progressista município do sudeste do Pará.

Com a franqueza habitual, entre diversos pontos que, de improviso, pude tratar, alertei àquelas autoridades e demais pessoas (empresários, jornalistas, músicos, pessoas de outras cidades, inclusive da capital, Belém, que vieram especialmente para o evento), alertei-as, segundo meu ponto de vista, acerca da necessidade de comunidades como Parauapebas não “descansarem” em cima do segmento-âncora de sua economia, no caso, a extração do minério de ferro e sua exportação para grandes centros mundiais.

Disse-lhes o que provavelmente já deviam saber: que um dia essa “commoditie” (mercadoria, produto exportado “in natura”) se exaure, acaba, ou pode não ser mais tão procurada, seja pelas questões ambientais que envolve, seja pela substituição de novos materiais que a tecnologia pode “inventar” e colocar no mercado como substitutos.

Enfim, disse da efemeridade de certas coisas materiais, de como tudo o que é sólido se desmancha no ar – para lembrar o título do livro de 1982 do norte-americano Marshall Berman, título extraído de frase do “Manifesto Comunista” publicado por Marx e Engels em 1848.

Apelei para o sentido de “Cultura” e dos produtos culturais também como opção econômica.

Cultura como objeto econômico e como fator de transformação (positiva) e permanência das cidades, das civilizações.

Cultura para além do romântico (mas mantendo-se este “espírito”).

No ano seguinte (2016), fui convidado a fazer palestra especificamente sobre a questão da sustentabilidade econômica e social de Parauapebas. A palestra, prevista para uma hora de duração, estendeu-se, por solicitação do público, por mais de quatro horas, das 19h às 23h30, sem que ninguém abandonasse o auditório – e não estavam dormindo... [rs].

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Já estive em 19 Estados brasileiros, ministrando palestras, participando de debates, fazendo intervenções em reuniões, congressos e outros eventos. Em Gramado (RS), em cena pública, vi a plateia majoritariamente de descendentes de alemães, italianos, poloneses levantar-se em aplauso e ainda eu ser convidado por famílias para estar com elas no Lago Negro, ponto turístico gramadense.

Em Arapiraca, no Hotel Sol Nascente, recebi o abraço de uma mulher que estava na parte alta do auditório, e ela colou-se e coleou-se a mim dizendo: “– Meu filho, você acaba de salvar minha vida”.

Em Brasília, auditório Nereu Ramos, da Câmara Federal, década de 1980, um representante da Ordem Internacional dos Juristas me aparteou numa conferência que eu fazia e me disse: “– Venho aplaudi-lo porque nunca vi em tão pouca idade tamanha experiência”. Respondi-lhe: “– Fico agradecido, e digo que, se há a experiência dada pela idade, há a idade dada pela experiência”. Não é uma questão, propriamente, só de IDADE, mas de INTENSIDADE, de entrega, dedicação, paixão e prazer no fazer.

As palestras que dou só fazem sentido (para mim) se nelas aplico e se elas levam um componente humanista e de humanidade, de crença na possibilidade de o ser humano fazer, mesmo que como opção final, a escolha pelo Bem, pelo Bom, pelo Belo, e não pelo Mal, pelo Medo, pela Miséria.

Apesar dos pesares, apesar de tudo, quero acreditar que, coletivamente, não optaremos pelo Caos, creio que a Humanidade pode ser mais humana.

Não admito que, como Humanidade, existimos para a derrota, que fomos feitos para falhar e nos tornar nulos, terra de volta ao pó, poeira estelar, depois de tanta coisa linda, sensível, emocionante que, como Humanidade, aqui realizamos, neste pequenino grão a que denominamos planeta, uma nesga de nada na imensidão do Universo.

Há que haver humanidade. Afinal, ser humano é a única razão – humana – de ser.

Por essa sintonia e química fina com as vontades mais essenciais das gentes, de cada ser humano, é que, muitas das vezes, sou surpreendido com gestos coletivos assim, de pessoas que nunca vi se sentirem “tocadas” por “verdades” simples, quase simplórias, que ouso espalhar por aí, em um “ide e pregai” particular, individual, que nem sei se ganhará repercussão para além dos ambientes climatizados e poltronas confortáveis, em alguns casos, ou dos ambientes naturais ou abertos, públicos, como as ruas, os quintais, as calçadas, os campos de futebol (por exemplo, em Petrolina e no Riacho do Meio, distritos de Imperatriz, onde por diversas vezes lancei ao ar nossas palavras e onde já fiz palestras e reuniões que foram das 15 horas às 22 horas de um domingo, tudo entremeado de bolos e caldo de cana e sucos de frutas e galinha caipira cozida, no momento do jantar, à luz da Lua, recheado de perguntas, risos e cidadania).

(Sim, há que se alimentar também, de preferência bem. Lembremo-nos do “primum vivere/manducare, deinde philosophari”, em que se abeberaram grandes nomes da Cultura, como os autores seiscentistas Cervantes, em seu “Dom Quixote”, de 1605, e Hobbes, em seu “Leviatã”, de 1651)

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Como parece mesmo que palavras não são sólidos, espero, torço para que, atiradas por aí, elas não se desmanchem, e permaneçam, e sejam levadas pelos ventos...

Torço para que alguns corações e mentes possam (re)tê-las...

“Letras não são só cantiga de ninar, mas, também, toque de despertar, sinal de alarmar, hino de guerrear, canção de cantar vitória”.

Amém.

* EDMILSON SANCHES,

Fotos:
Edmilson Sanches e seu “ide e pregai”: nas cidades grandes e nos povoados, grandes auditórios e em calçadas e quintais, para civis e militares, jornalistas e políticos, estudantes e professores... – indo e pregando. (Nas duas últimas fotos, na adolescência, estudante do ensino médio, como presidente do Grêmio Santa Joana d'Arc, do Colégio São José, das Irmãs Missionárias Capuchinhas, em Caxias (MA), falando para seus colegas estudantes no lotado auditório da Escola).

Neuropsiquiatra Ruy Palhano

Como perceber se um parente, um amigo ou até você mesmo precisa de ajuda para sair do estado de tristeza, angústia ou depressão, o que, em muitos casos, pode levar a consequências sérias, como tirar a própria vida?

A prevenção do suicídio é o tema da “live” de hoje (23) à noite do Inspire e Comunique. Para falar sobre esse assunto bastante complexo e que já foi considerado tabu na sociedade, o bate-papo será com uma das maiores referências em psiquiatria no Maranhão, o neuropsiquiatra Ruy Palhano.

Estamos no mês do “Setembro Amarelo”, campanha de prevenção do suicídio, o que contribui muito para o que tema seja bastante discutido nos dias atuais. A campanha foi articulada, no país, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) como forma de estimular o debate público.

O assunto é pauta global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo.

“O suicídio é um problema de saúde pública. É um assunto complexo e abrangente que merece atenção especial. É preciso que a sociedade se engaje nesta campanha no sentido de evitar tal acontecimento”, observa Ruy Palhano.

Apesar de todas as campanhas e do tema ter ganho mais espaço em discussões na sociedade, ainda não foi suficiente para reduzir o número de suicídios. Os jovens encabeçam a lista das estatísticas.

De acordo com o neuropsiquiatra, que afirma ser favorável ao descortinamento do tema, porém este deve ser tratado com quem entende do assunto. É preciso atenção, conforme afirma, para que não sejam criados excessos, exageros e conceitos inadequados que, em vez de ajudar, podem atrapalhar o processo. “Se escancarou o tema, mas a população não é treinada para manejar com a situação”, observa Ruy Palhano, destacando a necessidade de capacitação dos professores, por exemplo.

Ao abordar a temática, o Inspire e Comunique, projeto das jornalistas Franci Monteles e Yndara Vasques, visa contribuir com as discussões e informações, acendendo uma luz sobre as considerações e preocupações do renomado neuropsiquiatra Ruy Palhano.

Serviço:
Live: Inspire e Comunique com Ruy Palhano
Tema: A prevenção do suicídio
Hora: 19h30
Canal: Instagram @franci_monteles

(Fonte: Assessoria de comunicação)

A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (22), o PL 3.267/2019, com importantes alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A proposta, que foi relatada pelo deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA), segue para sanção presidencial. No governo, a expectativa é que isso ocorra ainda durante a Semana Nacional do Trânsito, que vai até 25 de setembro.

“Conforme o compromisso que fiz já na primeira reunião da Comissão Especial, priorizei a proteção à vida, a segurança nas ruas e estradas do país e a redução dos acidentes. Também acatei propostas de modernização, desburocratização e diminuição de custos. Entregamos um CTB muito melhor. Agradeço ao presidente Rodrigo Maia, ao Democratas, às lideranças e aos colegas parlamentares por todo o apoio”, discursou Juscelino Filho.

Em relação às emendas do Senado acatadas pelo deputado, destaca-se a que proíbe a substituição de penas privativas de liberdade por penas restritivas de direitos nos crimes de homicídio ou lesão corporal cometidos por motoristas comprovadamente sob efeito de álcool ou substâncias entorpecentes. Em seu parecer, Juscelino Filho frisou que essa foi a modificação mais importante aprovada pelos senadores.

“Isso significa que a prisão não poderá ser substituída por penas alternativas. Apesar dos avanços com a Lei Seca, muitos condutores insistem em misturar álcool e drogas com direção. É urgente interromper a sensação de impunidade. Espero que essa mudança represente um avanço no sentido de punir com mais rigor os que provocam acidentes de trânsito ao sentar-se ao volante de um veículo estando bêbado ou sob efeito de entorpecentes”, disse o relator.

O deputado Juscelino Filho declarou, ainda, estar feliz com a conclusão do que chamou de missão. “O nosso Código de Trânsito é de 1997 e precisava de adequações, motivo pelo qual enalteço a iniciativa do Executivo de enviar o PL 3.267 para o Congresso Nacional. Também estou muito satisfeito pelo texto que construímos, com a contribuição de especialistas, entidades, parlamentares, governo e sociedade civil”, afirmou.

Confira os principais pontos do PL 3.267/19

Validade da CNH:
A carteira de motorista terá validade de 10 anos para motoristas até 50 anos de idade. Para aqueles entre 50 e 70 anos, será de 5 anos. E a partir dos 70 anos, validade de 3 anos. Nos exames de aptidão física e mental, médicos e psicólogos poderão determinar validade menor da CNH.

Pontuação:
Haverá limites diferentes de pontos na CNH para suspensão do direito de dirigir. 40 pontos para quem não tiver infração gravíssima no período de 12 meses, 30 pontos para quem possuir uma gravíssima, e 20 pontos para quem tiver duas ou mais infrações do tipo. Motoristas que exercem de atividade terão 40 pontos de teto.

Cadeirinha:
Fica mantida a multa para quem transportar crianças sem o dispositivo de retenção adequado para cada idade, peso e altura (bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação). A obrigatoriedade foi ampliada para crianças de até 10 anos ou 1,45m, considerada a altura de segurança para evitar o estrangulamento pelo cinto de segurança.

Exames de aptidão:
Os exames de aptidão física e mental serão realizados por médicos e psicólogos com a titulação de especialista em Medicina do Tráfego e em Psicologia de Trânsito, respectivamente. Ela também prevê que os exames sejam avaliados pelo examinado, a fim de que haja fiscalização do profissional.

Avaliação psicológica:
Será exigida avaliação psicológica nos casos em que o condutor se envolver em acidente grave para o qual tenha contribuído, se for condenado judicialmente por delito de trânsito ou quando estiver colocando em risco a segurança do trânsito, por decisão da autoridade de trânsito.

Exame toxicológico:
Está mantida a obrigatoriedade dos exames toxicológicos para motoristas das categorias C, D e E, para obtenção e renovação da CNH. Além disso, aqueles com idade inferior a 70 anos, terão de se submeter ao exame a cada 2 anos e meio.

Escolas de trânsito:
A proposta propõe a criação de escolinhas de trânsito, por parte dos órgãos executivos de trânsito estaduais e municipais, destinadas a promover a educação para crianças e adolescentes, que serão os motoristas do futuro. Parte dos recursos do Funset, fundo formado por arrecadação de multas, pode ser utilizada para tal finalidade.

Cadastro positivo:
Será criado o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), no qual deverão constar os dados dos condutores que não cometeram infração sujeita a pontuação, nos últimos 12 meses. Além de apontar os bons motoristas para os órgãos de trânsito, o cadastro vai possibilitar que União, Estados, municípios e seguradoras de veículos possam conceder benefícios fiscais, tarifários e na prestação de serviços.

Motos no corredor:
Fica regulamentado o tráfego de motocicletas, motonetas e ciclomotores pelo corredor quando o trânsito estiver parado ou lento. O texto também determina a criação de áreas de espera para motos, à frente dos carros e antes da faixa de pedestres. As medidas visam à proteção das principais vítimas do trânsito.

Multas administrativas:
O texto propõe a isenção de pontos na CNH relativos às infrações de natureza administrativa, que não colocam em risco a segurança no trânsito. Exemplos: ter a placa do veículo em desacordo com especificações, deixar o comprador de efetuar o registro do veículo em 30 dias ou conduzir o veículo sem documentos de porte obrigatório.

“Recall”:
O cumprimento de “recall” será condição para o licenciamento anual do veículo, a partir do segundo ano após o chamamento. A ideia é reduzir o tempo em que o veículo circulará com reparos pendentes, diminuindo o risco de acidentes de trânsito.

Contran:
O texto determina que minutas de normas regulamentares a serem editadas pelo Contran sejam submetidas à consulta pública antes da entrada em vigor. A medida dará maior transparência às decisões do Conselho, garantindo, assim, que a sociedade civil apresente as suas contribuições, no sentido de construir normas mais justas e efetivas.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

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Até 23h59 (horário de Brasília) do dia 1º de outubro, inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 devem inserir ou alterar a foto na Página do Participante. O cadastramento é obrigatório, e a foto deve atender a algumas regras, como ser atual, nítida, individual, colorida e com fundo branco.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), não serão aceitas imagens de pessoas com óculos escuros ou artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares). A fotografia também deve mostrar o rosto inteiro do participante, com uma boa iluminação e foco, além de estar nos formatos de arquivo JPEG e PNG (tamanho máximo de 2 MB). Imagens em PDF não serão permitidas. O Inep e o Ministério da Educação (MEC) não realizam validação da foto.

Provas

Por causa da pandemia do novo coronavírus as provas da edição 2020 do exame foram adiadas para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa); e 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital). Além de uma redação e 45 questões os candidatos terão que responder questões sobre quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

Dúvidas

As informações a respeito do Enem 2020 podem ser acompanhadas nos portais do Inep e do MEC, assim como nas redes sociais oficiais dos dois órgãos do governo federal. Dúvidas podem ser sanadas pelo Fale Conosco do instituto, por meio do autoatendimento “on-line” ou do 0800 616161, a central aceita apenas chamadas feitas de telefone fixo.

(Fonte: Agência Brasil)

A segunda fase do maior festival de documentários do Brasil e um dos maiores da América Latina – “É Tudo Verdade” – começa nesta quarta-feira (23) com um filme exibido em “drive-in”. O festival vai até o dia 4 de outubro.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, a 25ª edição do festival foi dividida em duas fases. A primeira ocorreu em março, com apresentação “on-line” de 30 documentários, entre longas, curtas e séries.

A previsão inicial do festival era de que a segunda fase poderia ser feita nos cinemas, mas como a pandemia do novo coronavírus prossegue no país, com salas ainda fechadas na capital paulista, a nova etapa será novamente por “streaming”.

“Circunstâncias emergenciais exigem soluções excepcionais. A pandemia inviabilizou nossa 25ª edição em salas, mas vamos celebrar esta marca histórica com uma segunda etapa também digital, reafirmando, em sintonia com nossos patrocinadores e parceiros, a tradição de excelência de nossas competições, sessões especiais, palestras e debates”, disse Amir Labaki, diretor-fundador do “É Tudo Verdade”.

Nesta segunda fase do evento, serão apresentados 61 documentários da mostra competitiva, entre eles dez longas brasileiros. Na abertura, será apresentado o documentário “A Cordilheira dos Sonhos”, de Patricio Guzmán, que aborda a ditadura no Chile. O filme será exibido, somente para convidados, em formato “drive-in” [quando pessoas assistem, de dentro de seus carros, aos filmes projetados em uma tela grande], a partir das 20h30 de hoje, mas haverá, também, uma transmissão “on-line” gratuita, para todo o público, nesse mesmo horário, no “site” do festival. O filme foi um dos vencedores do Olho de Ouro de Melhor Documentário no Festival de Cannes do ano passado.

Os demais filmes do festival serão todos apresentados por “streaming” e participam da mostra competitiva. Os documentários premiados pelos júris do festival, tanto na competição brasileira quanto na internacional, sejam de longas, médias ou de curtas-metragens, serão automaticamente classificados para apreciação à disputa do Oscar do próximo ano.

Os dez longas brasileiros serão apresentados diariamente, em sessões diárias, às 21h. No dia seguinte à exibição, sempre às 17h, os diretores desses filmes participarão de debate virtual, disponível no “site” do festival.

No encerramento do evento, no dia 4 de outubro, às 20h, será exibido o documentário “Win Wenders: Desperado”, de Eric Fiedler e Andreas Frege, sobre um dos cineastas mais prestigiados no mundo, autor de documentários como “Buena Vista Social Club”, “Pina” e o “Sal da Terra”.

Mais informações e a programação completa podem ser conferidos no “site”.

(Fonte: Agência Brasil)