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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, autorizou a retomada das aulas do ensino superior na cidade a partir do dia 7 de outubro. Nessa data, também poderão ser retomadas as atividades extracurriculares das escolas públicas e particulares.

Covas disse que a decisão foi tomada após avaliação da disseminação do novo coronavírus (covid-19) na capital paulista, que está sendo acompanhado por pesquisas com testagem da população. “Não tem mais sentido, com os dados que nós temos, continuar a proibir o ensino superior na cidade de São Paulo”, disse.

A volta às aulas nas faculdades e universidades deverá seguir as normas que foram estabelecidas no plano de flexibilização gradual da quarentena do governo estadual. “O ensino superior está muito mais relacionado ao ensino dos adultos. Nós temos um protocolo feito pelo governo do Estado de São Paulo para a retomada das aulas do ensino superior, respeitada a autonomia de cada universidade”, disse o prefeito.

A volta às aulas das escolas públicas e particulares ainda não tem data definida. O prefeito disse que está sendo avaliada a possibilidade de os estudantes voltarem à sala de aula a partir de 3 de novembro.

Contaminados

Foram divulgados, nesta quinta-feira (17), os resultados do inquérito sorológico que investigou a disseminação do coronavírus entre os estudantes das redes pública e privada. Na média, o estudo, que testou 6 mil alunos, aponta que 16,5% dos 1,5 milhão de estudantes matriculados em escolas na cidade já tiveram a doença, aproximadamente 244,2 mil jovens.

O estudo mostrou uma grande diferença entre a contaminação dos estudantes das redes públicas e privada. Entre os alunos da rede municipal, 18,4% já foram contaminados pelo vírus, e, na rede estadual, o percentual ficou em 17,2%. Porém, entre os que estudam nas escolas particulares, o índice de contato com o vírus é quase a metade, 9,7%.

O número de jovens que não apresentaram sintomas da doença, apesar de terem desenvolvido anticorpos contra o vírus, ficou em 70,3% entre os estudantes da rede privada de ensino. Para os estudantes da rede estadual, o percentual cai para 64,1%, e 66,4% na rede municipal.

Violência doméstica

O prefeito Covas disse ainda que, durante a quarentena, foram recebidas 5 mil informações de violência doméstica contra jovens em idade escolar. Por isso, serão abertas 14 mil vagas para atendimento socioemocional nos Centros para Crianças e Adolescentes.

(Fonte: Agência Brasil)

E OS PAIS, E A FAMÍLIA, COMO FICAM?

Sou desses homens tolos que se preocupam mais com os outros do que consigo mesmo. O advogado e escritor Ulisses de Azevedo Braga (“in memoriam”) escreveu uma vez: “– O Sanches é mais dos outros do que de si”. Pago um preço alto por isso... Mas vamos ao que interessa.

Toda vez que vejo ou leio uma notícia sobre um político corrupto, um bandido, um assassino, enfim, gente que, pelo visto, não presta, fico pensando nas vítimas que eles fazem e, também, penso muito nos pais desses marginais. Como fica uma mãe e que vergonha deve sentir um pai, os irmãos, filhos, familiares, amigos, colegas, vizinhos?!...

Sei que tem muita gente cínica, hipócrita, insensível, gente que acha que a vida é para “se dar bem” e os outros, que se... lasquem. É, tem gente assim porque o Diabo tem os deles (a Bíblia chega a dizer que o mundo é do Capiroto...).

Pois bem, insensibilidades e hipocrisias, cinismos e egoísmos à parte, os pais, filhos, irmãos e familiares e amigos VERDADEIROS, como ficam ante a repetida e repetitiva notícia (falada, impressa, visual) sobre uma bandidagem de alguém que é da família ou é / era do círculo de amizade?

Que vergonha sentem ao assistir ao noticiário e, toda vez que se refere, por exemplo, àquele político corrupto, a notícia vem acompanhada da gravação mostrando um homem pedindo dinheiro, ou correndo e carregando uma mala, olhando para os lados, culposamente? Como ficam? O que falam os pais e demais familiares, o que dizem os amigos, vizinhos, colegas e amigos de infância? Sentem vergonha também? Não sabem onde botam a cara, como se o malfeito tivesse acontecido com eles?

Fico pensando em pais e familiares de pessoas que não precisavam roubar, corromper ou ser corrompidas. Pessoas que não estavam passando necessidades, que não sabem o que é privação, que não têm carências primárias como grande parte – milhões – de brasileiros passam. Fico pensando na família Odebrecht e que vergonha não sentiria Emil Odebrecht, o engenheiro e cartógrafo que há 160 anos, em 1856, veio do Reino da Prússia para o Brasil (Blumenau, Santa Catarina) e aqui, até morrer em 1912, aos 76 anos, trabalhou infatigável, dura e arriscadamente e deu início à grande família empreendedora que, depois, iria para outros cantos do Brasil – incluindo-se o Marcelo Odebrecht, o jovem herdeiro de bilhões da construtora de seu pai, Emílio, e avô, Norberto, herdeiro que estudou na Suíça e hoje, há muito tempo, está na cadeia...

Fico pensando na família Batista, seja a do ramo dos moços Joesley e Wesley, os bilionários donos do Friboi e de tantos outros negócios, como as sandálias Havaianas, seja a família do igualmente rico (ainda) Eike Batista, cujo pai tem uma história até onde se sabe honrada em prol do país... Tem cabimento, em nome de quererem cada vez mais, esses moços – corruptos e corruptores – desonrarem pai, mãe, filhos, religião, história e a própria palavra e pose de gente séria e honesta que, certamente, propagandearam?

Fico pensando no Sérgio Cabral, o pai, jornalista, escritor, compositor e pesquisador brasileiro, muito querido no meio jornalístico e no seio dos grandes nomes da Música Popular Brasileira. Como é que o filho Sérgio Cabral herda o nome e despreza, em dado momento, as boas qualidades do pai, agora com longevos 80 anos de idade. O velho Sérgio Cabral foi um dos fundadores do famoso jornal “O Pasquim”. É autor de livros com biografias de valores musicais como Tom Jobim, Elizeth Cardoso e Pixinguinha. Em uma dessas maneiras certas de escrever por linhas tortas, Deus retirou um pouco do sofrimento possível de Sérgio Cabral pai: o velho Cabral está com mal de Alzheimer e não tem memória recente do filho e ex-governador do Rio de Janeiro, que estraçalhou a própria imagem e os cofres de seu Estado. A quem pergunta onde está o filho que recebeu seu nome, Sérgio Cabral, o velho, diz que Sérgio Filho morreu ainda criança... Meu Deus! Parece uma forma de o pai se esconder da vergonha que o filho lhe causou!... Seria trágico se não fosse tão dramático...

Por último – mas, infelizmente, não por fim –, fico pensando no Sr. Rodrigo Costa da Rocha Loures. Ele mesmo, pai de Rodrigo Santos da Rocha Loures, o “deputado federal da mala com propina de 500 mil reais”.

Conheci o Sr. Rodrigo Costa Loures, o pai. A cada ano, eu ia a Curitiba (PR) para a Conferência Internacional Cidades Inovadoras (Cici), promovida pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) em sua grande, ecológica e agradável sede. A Cici reunia, anualmente, 4 mil prefeitos e outros gestores, além de técnicos e outros estudiosos do mundo inteiro para tratar de soluções já adotadas em muitas cidades do planeta e propor alternativas para a qualidade e sustentabilidade das cidades. A Fiep e a própria Cici eram presididas pelo Sr. Rodrigo Loures, o pai.

Em função de minha participação e das intervenções nos muitos debates que se realizavam ali na Fiep/Cici, anualmente, durante uma semana, fui alcançado pelo engenheiro João, assessor do presidente da Fiep, e fui convidado a ir até o gabinete da presidência da entidade. Claro, eu já tinha visto e ouvido o Rodrigo Loures pai. Pelos discursos que fazia, pela história empresarial que tem, pela família tradicional paranaense de que descende, via-se que o velho Rodrigo Loures é uma dessas raridades empresariais que acredita e prega a Ética, a Visão Holística, a Sustentabilidade, o não egoísmo etc. etc.

Conversei longamente com Rodrigo Loures pai. Deixei, com ele, um exemplar da “Enciclopédia de Imperatriz”. Ele, confirmando ser um ser humano sensível, aproveitou para agradecer aos “irmãos de Imperatriz”, pois, disse ele, a cidade maranhense era o "portão de entrada" e a referência de uma região que estava acolhendo muitos dos conterrâneos dele, paranaenses, sulistas e sudestinos, sobretudo para o cultivo de grãos (soja, em especial). Falamos de coisas que são coisas de que normalmente não se fala nas rodas de conversa de hoje (muita gente preocupada só consigo mesma, com seus negócios, com suas "coisas", e que nada fazem para agregar algo de novo coletivamente).

Claro que fico pensando sobretudo nos milhões de pais, famílias e pessoas brasileiros que foram e são prejudicados pelas ações deletérias desses políticos e empresários e gestores públicos.

Fico pensando em como Educação e Saúde teriam qualidade se os políticos e governantes brasileiros também tivessem.

Fico pensando como Ciência e Tecnologia, Cultura e Esporte se desenvolveriam se o jogo desses malandros não fosse a cultura do Mal, do amor pelo dinheiro e pelo poder.

Fico pensando no sadio crescimento da Economia e do Desenvolvimento, com geração de empregos e tudo, se esses bandidos não empregassem parte de seu tempo, talento e outros recursos só planejando – e realizando – modos de se locupletarem, de terem cada vez mais.

Volto a pensar no Seu Rodrigo Loures, pai do deputado “da mala”. Pelo pouco que conheci dele (e nem quero imaginar que estou enganado) antevejo o velho Rodrigo sofrendo isolada ou explicitamente. Imagino-lhe a vergonha. O de como é mais difícil encarar a sociedade de que ele é filho e formador. Imagino o quanto ele pode estar pensando no paradoxo, na sensaboria, nos contrastes entre o que ele, idealista, pregava para cerca de 4 mil pessoas idealistas que, ano a ano, atendia a seu convite para discutirem pessoas e mundo melhores durante uma semana inteira, de manhã, à tarde e à noite.

Claro que, talvez (e não torço por isso), os pais, a família, os demais familiares, os amigos, vizinhos, colegas de infância podem até não sentir nada. Podem dizer que é um mal-entendido. Intriga da oposição. Jogo de poder. “Coisa” do Ministério Público”. “Frescura” da política. Armação da Polícia. Exagero da Justiça.

Podem dizer isso e mais. Mas nunca dirão tudo. E aqui é onde se inclui aquele momento, onde um pai, uma mãe, por exemplo, na solidão de seus pensamentos, individualmente se perguntam onde erraram, o que fizeram, por que isso aconteceu.

Esses pais sabem que fizeram o possível por aquele bebê fofinho, aquela criança peralta, brincalhona, estudiosa; sabem que deram para ela exemplo e oportunidades. Criaram o filho para o Bem – e poderia ser diferente? Então, por que será que os filhos se desviaram, por que viraram bandidos, corruptos, por que não pensaram nos pais quando decidiram cometer seus pecados penais?

Tantas perguntas... Aí, então, sem resposta, esse pai, essa mãe, com a alma contorcida de amor e dor, na solidão de um quarto ou um canto semiescuro, viram o rosto para cima buscando ar e, depois, sob o peso da dor, pendem a cabeça e facilitam, por gravidade, o caminho – e o cair – das lágrimas.

Esse pai, essa mãe... choram.

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Todo filho é culpado do bem que, podendo fazer aos seus pais, não fez.

* EDMILSON SANCHES

Ilustração:
Homem velho em tristeza (pintura de Van Gogh, de 1890).

O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quarta-feira (16), no “Diário Oficial da União”, as regras para a ocupação de vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre de 2020. O número de financiamentos oferecidos, prazos e procedimentos para inscrição dos candidatos ainda serão anunciados pelo MEC.

No mês passado, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, adiantou que serão 50 mil vagas remanescentes para o Fies. As vagas remanescentes são aquelas que não foram ocupadas no decorrer do processo seletivo regular, por desistência dos candidatos pré-selecionados ou falta de documentação na contratação do financiamento, por exemplo.

Quando estiverem abertas, as inscrições, serão realizadas por meio da página do Fies, onde os estudantes também poderão conferir o cronograma do processo seletivo.

O Fies é o programa do governo federal que tem o objetivo de facilitar o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior oferecidos por instituições privadas. Criado em 1999, o programa é ofertado em duas modalidades, desde 2018, por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies).

O primeiro é operado pelo governo federal, sem incidência de juros, para estudantes que têm renda familiar de até três salários mínimos por pessoa; o percentual máximo do valor do curso financiado é definido de acordo com a renda familiar e os encargos educacionais cobrados pelas instituições de ensino. Já o P-Fies funciona com recursos dos fundos constitucionais e dos bancos privados participantes, o que implica cobrança de juros.

(Fonte: Agência Brasil)

Chegou a quarta-feira... E, para incentivar e despertar interesse pela leitura de textos, o BLOG DO PAUTAR abre espaço para o projeto LITERATURA MARANHENSE... Aproveite... Boa leitura!

PREFÁCIO

(Ao livro “Águas que Transportam Sonhos”, do professor e ex-militar da Marinha Ilnamar Felizardo Mourão)

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Há biografias que mais escondem que revelam e há biografias que surpreendem e comovem. Aquelas podem até ser descartável diversão; estas, necessária reflexão.

A partir do título – “Águas que Transportam Sonhos” –, este livro de Ilnamar Felizardo Mourão é atestado e testemunho de superação.

Ilnamar Mourão tinha tudo para dar errado na vida: pobre, ribeirinho, sem pai, moradia precária, interior do Maranhão.

Ilnamar Mourão tinha tudo para dar certo na vida: irmãos unidos; mãe esforçada, trabalhadora, ciosa do amor e cuidados com os filhos; e um desejo dele – sabe-se lá vindo de onde – de ir além.

E ele foi além. Além de Imperatriz, além do Maranhão, viajou para os aléns do Brasil.

De menino a marinheiro, de nadador do Tocantins a navegador do Atlântico, de pixote com dificuldade de aprender as letras a professor com facilidade de ensinar números, Ilnamar Mourão escreveu sua história nas águas e a partir delas. Mais do que transportar sonhos, elas – líquidas e certas – lhe trouxeram concretude.

O Rio Tocantins desaguou um menino ansioso e frágil no Oceano Atlântico e este retornou um cidadão consciente e forte. E agradecido. Agradecido pela transformação lenta e segura que se processou no professor Ilnamar, a partir do menino malino, passando pelo marinheiro militar e solidificando-se no mestre militante.

Da nascente ao estuário, da cabeceira à embocadura, da fonte à foz, um bom exemplo do que podem fazer de bom a vida nas águas e as águas da vida. Pois, nas palavras de Shakespeare pela boca de Shylock no primeiro ato de “O Mercador de Veneza”, “os navios são apenas tábuas; os marinheiros, homens” (“ships are but boards, sailors but men (...)”).

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Ilnamar Mourão escreve com a autoridade de quem é o maior conhecedor de sua própria vida. Seu livro não é para “pagar embuste” (contar vantagem, na linguagem marinheira). Mesmo passagens duras e difíceis não foram escamoteadas. Ao contrário, sem afetação nem academismos, foram trazidas e traduzidas em palavras diretas – como os vícios do pai, a separação do casal, as posteriores dificuldades materiais.

Muito antes de conhecer navios, Ilnamar já sabia o que era um mar... de dificuldades. Novas ondas assim não o mareariam mais. Como advertia Pietro Metastasio, escritor e poeta italiano do século XVIII, “não se faça ao mar quem teme o vento”. Desse mister o autor paraense entende, já que se fez homem embalado por águas e ventos oceânicos.

Menos pelo como está escrito e muito mais pelo que está escrito, este livro, repita-se, é um registro de superação, uma certidão de (re)nascimento humano. Seu autor sabe o que é tornar dificuldade em possibilidade, necessidade em oportunidade. Em certas pessoas, pessoas do bem, os problemas são transformados em equações e, estas, em soluções. E não é porque o autor seja professor de Matemática e Física..

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Muito da infância do autor é característico de infâncias muitas do hinterlão maranhense: a casa humilde, de piso de barro batido (que, para evitar ou diminuir a poeira, eu na meninice tinha de “aguar” para varrer – ou barrer, como acertadamente também se dizia); a bilheira e seu pote; a lamparina (para subir a claridade, à noite) e a boia de câmara de ar (para descer o rio, de dia)...

Na escolinha também humildezinha, a cartilha de ABC e a tabuada, a palmatória e a palmatoada (os “bolos”, que se davam e se recebiam, dependendo do acerto das contas, dos exercícios de silabação).

“Águas que transportam sonhos” pode transportar muitos leitores para autorreencontros. Encontros com o passado infante e lutas adultas, com as certezas enfáticas e as dúvidas esperançosas.

Ilnamar Mourão soube, na Marinha, aproveitar o melhor, e sabe, no Magistério, dar o melhor. Seu livro é sua vida até agora.

De menino do rio a homem do mar.

Do militar que manobra o fuzil ao mestre que manuseia o giz.

Da continência ao conteúdo.

Da bala à fala.

Da arma (com sua munição) à armadura (da Educação).

A arma dispara. A Educação, protege.

Parabéns, Ilnamar. Professor. Protetor.

* EDMILSON SANCHES

“São Luís clama por um prefeito com novas ideias, por um gestor eficiente e testado, que encare os problemas olhando nos olhos das pessoas. Os desafios são muitos, mas Neto Evangelista reúne todas as qualidades para liderar uma verdadeira transformação em nossa capital”.

A afirmativa foi feita pelo presidente do diretório estadual do Democratas, deputado federal Juscelino Filho, durante a convenção que homologou o nome do deputado estadual Neto Evangelista (DEM) como candidato a prefeito de São Luís pela coligação “Vamos Juntos por São Luís” que reúne os partidos PDT, PTB, PSL e MDB.

Juscelino contou que, quando Neto ingressou no quadro do Democratas, viu, nele, “determinação, vontade e amor para trabalhar por São Luís. Nunca tivemos dúvida que você era nome certo, a pessoa que São Luís esperava para liderar e fazer um grande governo a partir de janeiro”.

O parlamentar lembrou que o partido Democratas tem bons exemplos de gestão, inclusive as três capitais – das 27 brasileiras - melhor avaliadas no país são de prefeitos do Democratas. “E é esse modelo de gestão que o Democratas desenvolve em Curitiba, Florianópolis e Salvador – eficiente, responsável e voltado para as pessoas – que será implantado a partir de janeiro com Neto na Prefeitura de São Luís", assegurou.

Por fim, Juscelino agradeceu o apoio de todos os partidos aliados e disse que “a coligação fará uma linda, grandiosa e vitoriosa campanha eleitoral. Vamos ganhar juntos e governar juntos, construindo uma São Luís que o povo sonha. Vamos fazer São Luís acontecer. Neto no coração de cada um da população e faremos uma grande caminhada", finalizou.

(Fonte: Agência Brasil)

Pesquisadores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, divulgaram, nesta terça-feira (15), dados inéditos de uma pesquisa sobre o crescimento ósseo da espécie do dinossauro “Vespersaurus paranaenses”. O estudo foi conduzido em parceria com Centro Paleontológico da Universidade do Contestado, em Santa Catarina. Ele revela que esse animal poderia viver entre 13 e 14 anos e atingiam a maturidade sexual entre os 3 e 5 anos de idade.

O “Vespersaurus paranaenses” foi uma espécie de dinossauro de pequeno porte, com 1,5 metro de comprimento. Ele viveu no período Cretáceo, entre 90 e 70 milhões de anos atrás, no noroeste do Paraná. Nessa época, parte do Centro-Oeste, do Sudeste e do Sul do Brasil formavam o Deserto Caiuá. A espécie habitava o entorno de áreas úmidas, possivelmente um oásis. Nessa mesma região, também já foram encontrados fósseis de lagartos extintos e de duas espécies de pterossauros.

Graças ao grande número de fósseis preservados do “Vespersaurus paranaenses”, foi possível traçar um panorama mais completo e confiável sobre como esses animais se desenvolviam, qual eram suas taxas de crescimento e quanto tempo levavam para se tornarem adultos. A técnica da osteohistologia, empregada no estudo, consiste na retirada de fragmentos do osso, por meio de cortes com serras elétricas. Por ser relativamente destrutiva, costuma ser usada apenas quando há abundância de fósseis.

A pesquisa constatou ainda a existência de um tipo de tecido ósseo incomum para os dinossauros, conhecido como paralelo-fibroso. Ele é caracterizado por um alto grau de organização das fibras de colágeno contida nos ossos e demanda mais tempo para se formar ao longo do crescimento do animal. Assim, as taxas de crescimento do “Vespersaurus paranaenses” eram provavelmente mais lentas do que o observado em outros dinossauros e mais similares a de jacarés e crocodilos.

A hipótese dos pesquisadores é que a desaceleração do crescimento desses animais estaria relacionada com o seu tamanho corpóreo. Também é possível que seja uma adaptação ao ambiente árido onde viviam.

O trabalho integrou a pesquisa de mestrado de Geovane Alves de Souza, financiada com bolsa Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Mobilizou mais seis cientistas: Arthur Brum, Juliana Sayão, Maria Elizabeth Zucolotto, Marina Soares, Luiz Weinschütz, além do paleontólogo e diretor de Museu Nacional, Alexander Kellner.

De acordo com nota divulgada pelo Museu Nacional, as descobertas revelam a importância do financiamento de bolsas de pós-graduação, lançando luz sobre como os dinossauros viveram em um mundo de constante mudança climática e quais os mecanismos e estratégias de sobrevivência existiam no passado do planeta. "Apesar dos dinossauros fascinarem tanto cientistas quanto o público leigo, muitas perguntas sobre seu crescimento, metabolismo e anatomia ainda permanecem sem respostas", diz o texto.

Vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Museu Nacional vem se reconstruindo desde o grave incêndio que aconteceu em sua sede em 2018. De acordo com a instituição, essa pesquisa inédita surge em momento oportuno e reforça a sua capacidade de produzir ciência de ponta e de qualidade. Os resultados do estudo também foram divulgados na “PeerJ”, revista científica internacional focada em ciências biológicas e ciências médicas.

(Fonte: Agência Brasil)

Começam, hoje (15), as inscrições para o processo seletivo de bolsas remanescentes do Programa Universidade para Todos (Prouni), para o segundo semestre deste ano. Ao todo, serão ofertadas cerca de 90 mil bolsas que não foram ocupadas no decorrer do processo seletivo regular.

A disponibilidade dessas bolsas ocorre por desistência dos candidatos pré-selecionados ou falta de documentação, por exemplo. O prazo para inscrição termina em 30 de setembro, e o estudante interessado deve acessar a página do Prouni na “internet” [http://prouniportal.mec.gov.br/#principal].

De acordo com o Ministério da Educação, nesta edição, o prazo de inscrição será único, tanto para candidatos não matriculados na instituição de ensino superior para a qual desejam se inscrever para disputar uma bolsa, como para candidatos já matriculados na mesma instituição para a qual querem fazer a inscrição.

O Prouni é o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de educação superior. Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo. Para as bolsas parciais (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

(Fonte: Agência Brasil)

O plural de siglas como AIH (documento que autoriza internação hospitalar) e CNH (a carteira brasileira de habilitação) vem sendo escrito assim: AIH’s / CNH’s.

Não existe, em Português, plural dessa forma.

É uma confusão estabelecida em razão do chamado “genitive case” (caso possessivo) da Língua Inglesa: Chico’s Bar (Bar do Chico), Fêmeas’ Boutique (Butique das Fêmeas).

Em Português, o sinal apóstrofo (’) tem uso restrito (*), geralmente para indicar a eliminação de uma letra ou um som: copo d’água (copo de água), p’ra (para) etc.

E como se faz o plural de siglas? Ainda não há recomendação oficial, mas já é comum adoção e geral aceitação do plural à inglesa, um “s” minúsculo após a última letra da sigla:

– CNHs (lê-se: cê-ene-agás);

– AIHs (á-í-agás);

– MPs (eme-pês; Medidas Provisórias);

– PEC (pek; Proposta de Emenda à Constituição) etc.

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(*) Dois outros usos do apóstrofo são, digamos, mais técnicos, no campo da Fonética (na transcrição ou transliteração indica palatização, ato/efeito de abrandar a pronúncia de um som) e no campo da Linguística e Lexicologia (para indicar significado ou sentido da palavra citada anteriormente).

Minúcias da alma de um idioma...

* EDMILSON SANCHES

Um grupo internacional de astrônomos anunciou, nesta segunda-feira (14), a presença da fosfina na atmosfera venusiana. O estudo foi publicado na revista “Nature Astronomy” - periódico britânico científico especializado em artigos científicos.

De acordo com a pesquisa, na Terra, a fosfina – ou hidreto de fósforo (PH3) – só pode ser encontrada decorrente de dois processos: ou pela fabricação de forma industrial ou pela ação de micróbios que se desenvolvem em ambientes sem oxigênio – chamados anaeróbicos. Utilizando telescópios avançados, a equipe formada por astrônomos do Reino Unido, Estados Unidos e Japão pôde confirmar a presença da molécula em Vênus. A primeira detecção aconteceu pelo Telescópio James Clerk Maxwell (JCMT), operado pelo Observatório do Leste Asiático no Havaí.

“Quando descobrimos os primeiros indícios de fosfina no espectro de Vênus, ficamos em choque!”, declarou a líder da equipe internacional Jane Greaves, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido. Para confirmação do achado, foram usadas 45 antenas do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma) – instalação astronômica no Chile, do qual o Observatório Europeu do Sul (ESO) é parceiro.

O telescópio, considerado muito mais sensível, localizou pequenas concentrações da fosfina na atmosfera de Vênus, cerca de 20 moléculas em cada bilhão. Com base em cálculos, descartou-se que a quantidade observada seria decorrente de processos não biológicos naturais no planeta, como a luz solar, ou a ação de vulcões e relâmpagos, por exemplo. No caso dessas fontes, seriam criados, no máximo, dez milésimos da quantidade de fosfina identificada no planeta.

Já que, segundo a análise, não seriam esses processos responsáveis por criar a quantidade de fosfina liberada, os cientistas passaram a considerar, então, a possibilidade que um tipo de organismo possa ser fonte desse biomarcador. A equipe destaca que, na Terra, as bactérias expelem a fosfina ao retirar o fosfato de minerais ou de material biológico, acrescentando hidrogênio. Mas, qualquer organismo no planeta vizinho, ressalta o estudo, “provavelmente será muito diferente dos primos terrestres”.

Atmosfera ácida

Os astrônomos veem esta descoberta como bastante significativa, mas reconhecem muito trabalho pela frente para confirmar presença de “vida”. Isso porque a atmosfera de Vênus é extremamente ácida, com cerca de 90% de ácido sulfúrico, o que dificultaria a sobrevivência de micróbios, destaca o Observatório Europeu do Sul.

Essa incógnita é apontada como desafio pela integrante da equipe, Clara Sousa Silva, do Massachusetts Institute of Technology nos Estados Unidos, que investiga a liberação de fosfina como uma bioassinatura de gás de vida anaeróbica em planetas que orbitam outras estrelas.

“Encontrar fosfina em Vênus foi um bônus inesperado. A descoberta levanta muitas questões, tais como é que os organismos poderão sobreviver na atmosfera do planeta vizinho. Na Terra, alguns micróbios conseguem suportar até cerca de 5% de ácido no seu meio — mas as nuvens de Vênus são quase inteiramente feitas de ácido”, diz a pesquisadora.

Embora a descoberta aumente as expectativas quanto à existência de vida fora da Terra, o astrônomo do ESO e gerente de operações do Alma na Europa, Leonardo Testi, diz que a missão agora é investigar a origem química da fosfina. ''É essencial acompanhar este intrigante resultado com estudos teóricos e observacionais para excluir a possibilidade de que a fosfina em planetas rochosos possa ter também uma origem química diferente da Terra”, diz Testi.

(Fonte: Agência Brasil)

Recebi do meu querido amigo Joaquim Itapary, pelas festas de um Natal já longe, com fraternal dedicatória, o livro “Hitler no Maranhão e o monstro de Guimarães”, publicado pelas edições da Academia Maranhense de Letras.

Confesso que a prosa de Joaquim Itapary me encanta pela sua magia, o que me fez, de logo, afoitar-me para este seu texto e lê-lo de um trago como se diz, e a fazer essas reflexões: todos nós, nascidos e vivido a infância nesse cenário de guerra, ouvíamos de nossos pais, professores e dos mais velhos, as terríveis histórias dessa guerra [1939-45], bombardeios, tomadas de cidades, campos de concentração... Tudo isso ficou no nosso imaginário, bem como aqueles símbolos diabólicos, cruz de ferro, SS, suástica, etc., Dentro dessa paisagem de horror, críamos, com certeza, que tudo vindo de Hitler poderia ser possível acontecer... Até ficção!

Com os traços dessas linhas, sinceramente, esse livro de Joaquim Itapary nos coloca em dúvida, se é realmente uma ficção, devido ao que acabei de dizer e se é apenas produto do seu grande talento criativo... Sabe-se que Hitler, de um simples aprendiz de pintor, numa Áustria culta e artística, envolta nos misteriosos bosques de Viena, chegou a Ministro do III Reich, para depois ser castigado dolorosamente pela sua própria insânia, vendo transformar-se em cinzas seu projeto “Mein Kampf” [Minha Luta], para depois ser fulminado pela lástima, a cometer ambicídio com Eva, com a ingestão de “cianureto de potássio”, nos subterrâneos da Chancelaria... Diante de tudo isso, nada mais se sabe o que pode ser real ou ficção!

Sobre esse assunto, diz o jornalista crítico de arte Salomão Rovedo, em “A Beira do Abismo”, belíssima apresentação do livro, “Hitler no Maranhão e o monstro de Guimarães”, de que “tudo é invenção e tudo também é verdade”.

E foi aqui, pelo que se sabe, numa noite de luar de agosto que, de repente, e não mais que de repente, entrou pela Baía de Cumã uma enorme cobra submersa que deixava às vistas, nas lâminas d’água, dos que juram que viram, fortes escamas como se de um lombo de uma enorme serpente... Nascia aí para os pescadores, o monstro de Guimarães, e para a História, o mistério, comprovado por fotografias de hidroavião.

Essa enorme serpente vista, nada mais era do que um submarino alemão, o famoso U-99 que partira do porto de Cuxhaven, a 100 quilômetros a Oeste de Hamburgo, sob o comando do Capitão Hans Kurt Öyster, um militar discreto e de alta confiança, encarregado de manter o Führer e sua mulher, Eva Brow, isolados em lugar seguro e desconhecido, num daqueles arrepios da guerra, como enredo de uma história fantástica, vez que estavam fugindo de um atentado em Berlim, deslindado pelo notável historiador Heine Krügger, decano da “Leipzig Universität” que num artigo na revista alemã “Der Spiegel” informa que, “ em 20 de julho de 1944, um grupo denominado ‘Círculo de Kreisan’, liderado pelo conde Von Moltke, contrário ao nazismo, perpetra um atentado à vida de Adolf Hitler. Houve o atentado e o almirante Karl-Jesco Von Puttkamer foi gravemente ferido, sendo o ditador advertido pelo ‘Sichereitsdienst’ [Serviço de Segurança], que havia fortes possibilidades de que novos atentados ocorreriam. Foi assim e por isso que Adolf Hitler e Eva Brow chegaram ao Maranhão, quem suspeitaria?”

Soube-se depois também que o U-99 passou pela Linha do Equador, adentrando o Hemisfério Sul às 22 horas do dia 3 de agosto de 1944, estacionando no dia seguinte ao meio-dia a 2° 07’ 57 de Lat. S e 44° 36’ 04 de Long. W – Coordenadas geográficas de Guimarães, no Maranhão, Brasil, segundo dados do diário de bordo, manuseado pelo venerando historiador Heine Krügger, de Leipzig, tendo o submarino ficado parado um tempão no lugar chamado ‘Guarita’, defronte da ‘Boca do Rio Pericumã’, registros estes comprovados pelas cartas náuticas da Capitania dos Portos de São Luís.

Pois bem, à noite de 4 de agosto daquele ano da graça de 1944, o casal de psicopatas [Adolf e Eva], longe dos olhos do mundo [?] e da tripulação foi visto a tomar banhos de mar, talvez comparando a beleza e as temperaturas das águas de Cumã com as do Báltico... E os dois brincavam como crianças inocentes, enquanto o sargento da Armada Klauss Shöenner, que falava um pouquinho de português, negociava com o pescador José Inácio Coutinho e com um outro conhecido por João Pontes que, com seu barco ‘Nazaré’, levavam mantimentos de boca para a tripulação alemã, alimentos como camarões e peixe seco, ovos, açúcar, mel, feijão, enfim, acepipes, e mais doces e frutas da terra, como cajus e cocos, e mais água potável, para variar com o que estava estocado no submarino ali escondido do mundo; da velha Europa, dos Estados Unidos e do Japão que pegava fogo...

De fato “há mistérios no universo, incógnitas tão grandes e desafiadoras que nosso imaginário leva ao desconhecimento e não logra sondá-los ou conhecê-los”, diz Itapary, talvez em dúvida do que estivesse escrito, se era mentira ou verdade, o que também se pergunta Salomão Rovedo... Se era ficção ou realidade, ambas foram geniais, ou no mundo real, ou no mundo de polichinelo...

Eu, ao ler o livro e a rascunhar estes apontamentos, confesso também a minha enorme dúvida, sem saber se estou a escrever sobre um fato real ou se um sonho em cores. Só sei dizer que a história é cheia de aventuras e de romantismos, e as provas de sua veridicidade são incontestáveis... E agora?

Fica aqui, portanto, a “certeza da dúvida” com o jornalista e escritor Benedito Buzar ao confessar depois ao autor: “Melhor do que você fez, só dinheiro achado!”

Sintonizado com o ditado de que “matos têm olhos e paredes têm ouvidos”, o escritor Joaquim Itapary, autor do livro, aproveitando os dias de folga de um período de Carnaval, foi à cidade de Alcântara, onde vivia [ou vive] o médico Airton Viegas, seu ex-colega de colégio, e ex-prefeito da cidade, já sendo esperado em casa deste, pelo mateiro Benedito Leodônio Leite, alcunhado por “Zé Pato”, para levá-lo até a Vila de “Urubuoca”, uma ilhota a três léguas de Alcântara, onde residia a professora aposentada Afonsina Goulart Coutinho, filha do pescador Inácio Coutinho, aquele que era intermediado pelo sargento da armada, o marujo que falava um pouquinho de português... Joaquim Itapary, nas muitas conversas [todas gravadas] que teve com Afonsina, nesse retiro do Carnaval, tomou conhecimento dos presentes que foram dados ao pescador, como uma pistola “Luger”, um fuzil “Mauser”, um par de binóculos, caixas de biscoitos, várias fotografias, pulseiras com símbolos nazistas e bilhetes de agradecimentos de Eva Brown que falava em nome de Hitler e de toda a tripulação, traduzidos ali, para Afonsina, por ele, Itapary, graças ao tanto de alemão que aprendera com o professor Germano, o misterioso mestre do tabocal... E a professora aposentada Afonsina Coutinho, depois de toda essa conversa investigativa que ambos encetaram durante sua temporada ali, despediu-se do escritor Joaquim Itapary, dizendo: “Doutor Itapary pode ficar certo da verdade que lhe contei, e escrever sem susto, que o casal Adolf Hitler e Eva Brown tomava banho à noite nas águas mornas da praia da Baía de Cumã...”

Pelo que vimos, o exposto vem a dar azo, naturalmente, de que tudo pode acontecer numa fresca madrugada.

* Fernando Braga, in “Conversas Vadias” [Toda prosa], antologia de textos do autor.

Ilustração:
Capa do livro comentado e foto de Joaquim Itapary.