Estão abertas até 30 de maio as inscrições para um edital que vai possibilitar a criação do Observatório da Criança e do Adolescente. A iniciativa tem o objetivo de reunir ações direcionadas à proteção e prevenção de crimes contra esse público, especialmente aqueles de cunho sexual. Coordenada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a ação terá investimento de R$ 2,6 milhões.
Os interessados em participar do processo seletivo deverão apresentar proposta à Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do ministério e ao PNUD pelo e-mail[email protected], até às 23h59 do dia 30 de maio de 2021. É possível acessar os detalhes do edital pelos sites do ministério e do PNUD.
Serão consideradas elegíveis no processo seletivo instituições públicas como centros de pesquisa, fundações, institutos e universidades, que devem ter experiência no desenvolvimento de metodologias, estudos e pesquisas, bem como na criação de projetos em áreas temáticas relacionadas ao edital. O contrato com a instituição vencedora terá duração de nove meses, podendo ser firmado em todo o território nacional.
A volta às aulas com presença intercalada de estudantes eleva em até 270% o risco de contágio pelo novo coronavírus nas escolas, considerando 80 dias de funcionamento. A análise foi feita usando modelos matemáticos em escolas do município alagoano de Maragogi, que tem 33 mil habitantes. Por outro lado, um cenário que simula imunização de profissionais, testagem, monitoramento e fechamentos intermitentes mostrou queda da alta de contágio para 18%.
Os pesquisadores fazem parte do projeto ModCovid19, apoiado pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), da Universidade de São Paulo (USP) e selecionado pelo Instituto Serrapilheira em uma chamada de projetos emergenciais para análise da crise sanitária da covid-19. O estudo foi coordenado por Claudio Struchiner, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Tiago Pereira, da USP São Carlos.
“Se tem uma criança infectada, como as escolas tendem a ser ambientes fechados, há muita dispersão do vírus ali”, diz Tiago Pereira. O pesquisador explica que o protocolo, feito em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), deve ser implementado em Maragogi com o envolvimento da prefeitura. Para chegar aos resultados, a pesquisa usou dados demográficos, socioeconômicos e epidemiológicos de Maragogi e definiu quatro cenários possíveis.
O primeiro cenário é o das escolas fechadas e o segundo, o da reabertura, com turmas e horários reduzidos (turno de duas horas, turmas separadas em dois grupos e aulas presenciais em dias intercalados). No terceiro, haveria reabertura reduzida, com funcionários imunizados, mas mantendo as condições do segundo cenário.
No quarto cenário, a reabertura seria reduzida, com monitoramentos e fechamentos temporários: turno de duas horas, turmas separadas em dois grupos, com aulas presenciais em dias intercalados. Além disso, os estudantes seriam testados e isolados (14 dias), quando sintomáticos, ou quando parente for confirmado positivo. Se o estudante for confirmado positivo, todo o grupo é suspenso por 14 dias e, se mais de um grupo apresentar alunos com resultado positivo, a escola é fechada por sete dias.
O quarto protocolo foi o que se mostrou mais seguro, com aumento de 18% de casos na comunidade escolar e de 3% na cidade como um todo. “O custo da testagem é relativamente alto – cada teste de antígeno custa em torno de R$ 25 –, porém, o custo de três vezes mais crianças infectadas, não só crianças, mas pais infectados, é muito maior. O teste, na verdade, é barato”, afirma o pesquisador.
Pereira destaca que a imunização entre os profissionais também se mostrou efetiva. “Imunizar os funcionários diminui pela metade a infecção. É muito bom, mas não é suficiente para conter com respeito à escola fechada”, acrescenta.
De acordo com a pesquisa, no terceiro cenário, o contágio pode aumentar em 178% o risco de covid-19 na população escolar.
Na década de 1980, o Instituto Lusíadas, em que trabalhei com o diretor Paulo Peroba, levou a Fortaleza para palestras e mesas-redondas o lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda, famoso pelo dicionário que lhe dera reconhecimento e importância no Brasil inteiro. Culto, atencioso, discreto, não parecia o homem desorganizado, caótico, indiferente a contratos estabelecidos e a cumprimento de prazos, que Cezar Motta revela em Por trás das palavras (Rio de Janeiro: Máquina de Livros, 2020). O subtítulo é promissor: “As intrigas e disputas que marcaram a criação do Dicionário Aurélio, o maior fenômeno do mercado editorial brasileiro”.
Muito mais que a publicação de obras extensas – como os 17 volumes de A comédia humana de Balzac, os sete de Em busca do tempo perdido de Proust –, o lançamento de um dicionário é gigantesco desafio a quem se proponha fazê-lo, pelos recursos humanos e materiais envolvidos e pelo tempo que se leva para a elaboração de milhares de verbetes. Hoje, com a tecnologia de informações que permite o acesso a dados em poucos segundos, o trabalho dos dicionaristas ainda surpreende pelo esforço; faça-se ideia quando só havia a máquina de escrever, em que se datilografava ficha por ficha, depois revisadas e emendadas à mão, reunidas em caixas sujeitas a desordens e extravios. Tarefa para profissionais com método, organização e disciplina, o que nunca fora o caso do professor Aurélio Buarque de Holanda. Apaixonado pela arqueologia filológica, pela investigação linguística, pela pesquisa semântica, era-lhe difícil compreender a obra intelectual como peça de algo muito maior, que ia do cronograma de despesas aos equipamentos requeridos pela produção gráfica. Assim, o projeto de um grande, moderno e exaustivo dicionário brasileiro da língua portuguesa quase vira sonho que se frustra para sempre, não houvesse na vida do quixotesco Aurélio Buarque de Holanda um escudeiro fiel chamado Joaquim Campelo Marques.
Em 1950, o jovem Campelo troca a provinciana São Luís do Maranhão pelo Rio de Janeiro, onde ganhará a vida como representante comercial, publicitário, tradutor, editor mas, sobretudo, como jornalista, em O Cruzeiro e, depois, no Jornal do Brasil. Quando a maioria dos colegas faltava ao serviço sob a desculpa de que não passava bem, certa vez o maranhense acordou em uma esplêndida manhã de sol a pedir praia, telefonou para o chefe no JB e disse que não iria trabalhar porque se sentia bem demais... Ao saber de muita gente demitida nas redações cariocas, imaginou um bicho voador em rasantes para desempregar companheiros. Batizou-o e escreveu-lhe a definição, à maneira dos dicionaristas:
Passaralho s.m. Bras. Designação popular e geral da ave caralhiforme, faloide, família dos enrabídeos (...). Bico penirrostro, de avultadas proporções, que lhe confere características específicas (...). No Brasil, também é conhecido por muitos sinônimos, vários deles chulos. Até hoje, discutem os filólogos e etimologistas a origem do vocábulo (...). A verdade é que quantos o tenham sentido cegam, perdem o siso e ficam incapazes de definir o fenômeno. As reproduções que existem são baseadas em retratos falados, e, por isso, destituídas de validade científica.
Jornalista Joaquim Campelo Marques
Aluno bolsista da Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, Campelo conhece o professor Aurélio, que logo o encanta pela cultura vasta e pelo amor à língua portuguesa, a quem passou a ajudar, gratuitamente, na correção de provas do Colégio Pedro II. Melhor assessor não poderia haver, segundo Cezar Motta:
Aplicado, detalhista, estoico, capaz de trabalhos solitários em recintos fechados por várias horas, desconfiado, casmurro, alto para os padrões da época, magro, ascético, com um rosto moreno encovado em que se aninhavam fartos bigodes em forma de trapézio, às vezes acompanhados de cavanhaque, Campelo era o auxiliar ideal. Principalmente porque trabalhava de graça. Raramente se irritava ou perdia o controle; em situações polêmicas, lançava mão do sarcasmo e ironia, suas armas. Sempre cultivou um senso de humor peculiar, que soaria agressivo a quem não o conhecesse. Chegava ao apartamento do mestre, no Edifício Duque de Caxias, na Praia de Botafogo 48, no quarto andar, por volta das 8h, e trabalhava até o almoço – pegava em O Cruzeiro às 16h. Raramente, porém, era convidado para almoçar.
Depois, braço direito do filólogo no grande “Projeto Dicionário”, o assistente batalhou por recursos financeiros para a montagem do escritório e o pagamento da equipe: ele, Marina Baird Ferreira (esposa de Aurélio), Elza Tavares, Margarida dos Anjos e Stella Moutinho, auxiliados por Elisabeth Dodsworth e Giovani Mafra. Prazos de entrega descumpridos e rompimento de contratos por pouco não se reclamam na Justiça, até que Campelo consegue o apoio decisivo da Editora Nova Fronteira, de Carlos Lacerda. Finalmente, ocorre o quase milagre: em 1975, lança-se a primeira edição do Novo Dicionário da Língua Portuguesa, assinado por Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Filologia”. À noite de autógrafos, em livraria de Ipanema, Campelo não comparece, preso à redação do Jornal do Brasil até depois da meia-noite. História que me faz lembrar a de outro maranhense, o cronista Humberto de Campos, a trabalhar em um armazém de secos e molhados quando, em 31 de dezembro de 1900, fogos transformaram em dia a noite do Rio de Janeiro: era o século que passava...
Na sessão com que a Academia Brasileira de Letras comemorou o lançamento do dicionário, Aurélio só agradeceu, nominalmente, a um auxiliar, a própria mulher. Prova de que não rezava pela cartilha de Santo Ambrósio de Milão, para quem, nas tábuas da lei, deveria constar um décimo primeiro mandamento: “Sê grato aos que te ajudam”.
A obra alcançou êxito jamais visto no mercado editorial brasileiro: até 1986, venderia três vezes mais que todos os romances de Jorge Amado; três anos depois, a venda de mais de seis milhões de exemplares só perdia para as edições reunidas da Bíblia; em 2003, o total já chegava a 15 milhões, nos formatos impresso e eletrônico.
Com a previsão de que o Minidicionário Aurélio, lançado em 1977, venderia um milhão de exemplares por ano, o autor e a mulher alegaram, para surpresa de todos, ser a versão compacta um produto diferente do original, com o que não teriam de pagar nada a mais ninguém. Campelo, Elza e Margarida foram à Justiça para cobrar royalties sobre mais de 360 mil exemplares. Em depoimento espantoso, disse o filólogo ter posto no dicionário o nome de Campelo por “mera liberalidade” dele, Aurélio, sem que houvesse, pois, nenhum direito a reclamar, principalmente quanto ao Minidicionário, um produto novo. Assim, quebrava-se, para sempre, uma relação de amizade e parceria por mais de três décadas. “É o fruto que colhi pelos muitos anos em que trabalhei de graça...”, deve ter sentido o ajudante, ao escrever-lhe, conta Cezar Motta, “uma violentíssima carta de sete laudas datilografadas em que o acusava de traição, chamava-o de ‘mau-caráter’ e ‘indigno’, referindo-se a si próprio na terceira pessoa”:
Nós sempre o respeitamos, mas o senhor não nos respeitou. E, por isso, perdeu o respeito. E, além do respeito, a dignidade, ao depor como depôs num caso em que seus amigos e assistentes fomos agredidos e quando não lhe custava dizer a verdade. Só a verdade. Faltou-lhe coragem para declarar ter lesado o Campelo por cerca de dois anos e mais de um milhão de exemplares do minidicionário e reconhecer que dera um mau passo (...) À maneira das Catilinárias, não nomearei aquele que jamais trastejou na trajetória que leal e abertamente se traçou. Assim como também não recordarei que o dicionário foi prometido para dentro de um ano, ou seja, em 1970 – mas que só ficou pronto, na marra, arrancado a fórceps, em 1975. Deverei memorar quem bancou isso, mansamente doido?
Para o jornalista Janio de Freitas, “Campelo é o responsável efetivo, factual, pela existência do Dicionário Aurélio”. Com o que concorda a escritora Nélida Piñon: “Foram mais de 20 anos de devoção, o trabalho de uma vida. Sem Joaquim Campelo e Elza Tavares não haveria o Dicionário Aurélio”. Com toda a mágoa, foi o ex-assessor suficientemente elegante para representar o amigo presidente José Sarney nos funerais de Aurélio, em 1989. Não bastasse a tristeza que lhe ficou da briga, Campelo ainda foi derrotado em todas as demandas na Justiça, até a manifestação última do Supremo Tribunal Federal.
Resta-lhe a consciência de saber-se vítima de quem lhe negou o reconhecimento, a gratidão e a paga a que tinha direito. Como na célebre história de outro maranhense, Artur Azevedo, imagine-se uma criança a perguntar:
— Mamãe, o que é “plebiscito”?
— Plebiscito... plebiscito...
Disfarça o constrangimento por desconhecer o significado. Vai à estante, pega o Dicionário Aurélio e aproveita para fazer justiça ao verdadeiro responsável pela obra:
— Eu sei, mas não vou dizer... É para isso que serve o dicionário. Tome: abra o Campelo e procure!
Localizado no Parque da Cidade, na Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro, o Palacete do Museu Histórico da Cidade, depois de 10 anos sem visitação, foi reaberto hoje (18), data em que se comemora o Dia Internacional dos Museus. O solar do início do século XIX teve o interior e a fachada restaurados.
Segundo a Prefeitura do Rio, a reabertura do museu marca a retomada gradual das atividades ao público nos equipamentos culturais, respeitando os protocolos sanitários. Por causa da pandemia de covid-19, haverá controle do número de visitantes, restrito a grupos de 15 pessoas por vez.
A retomada será marcada por uma exposição de longa duração com 482 peças do acervo de 24 mil itens do museu desde estandartes do século XIX, aquarelas de Debret e gravuras de Thomas Ender até os planos para a abertura da Avenida Central e objetos do dia a dia dos moradores do Rio.
O projeto básico de reforma foi desenvolvido pela Rio-Urbe, que contratou e fiscalizou a obra do museu, orçada em cerca de R$ 4 milhões. A sede principal e a capela foram totalmente restauradas e o casarão, adaptado para deficientes físicos com a inclusão de um elevador e rampas de acessibilidade.
Na reinauguração, o prefeito Eduardo Paes afirmou que vai apostar na cultura como principal fator de retomada do desenvolvimento e de renascimento do Rio. “Os moradores vão poder frequentar, fazer daqui um programa, aprendendo a história do Rio e, também, convivendo neste local que é a cara da cidade”, disse Paes.
“É um espaço muito importante não só para a zona sul e para o entorno, que envolve os moradores da Gávea e da favela Vila Parque da Cidade, mas para todo o Rio, que terá acesso novamente ao acervo, patrimônio e um espaço de cultura, seguindo todos os protocolos de segurança”, afirmou o secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini.
Com uma rodada de antecedência, três equipes já garantiram vaga nas quartas de final do Campeonato Maranhense de Futsal Adulto Masculino, competição promovida pela Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma). A rodada, iniciada no último fim de semana e completada na noite dessa segunda-feira (17), no Ginásio da Apcef, foi muito boa para o Balsas Futsal, para o Ippon Cruzeiro Apcef e para a Associação Atlef, que venceram seus compromissos, mantiveram os 100% de aproveitamento e já estão classificados para a fase eliminatória.
Na segunda-feira à noite, duas partidas movimentaram a rodada do Estadual de Futsal Adulto. No primeiro jogo, pelo Grupo C, a Associação Atlef não deu chances ao Inovar F.C. e, com gols de Cássio (2), Vitinho, Ricardo Baima, Marcelinho e Marinaldo, construiu uma bela vitória por 6 a 1,
Balsas Futsal
Pela mesma chave, o Balsas Futsal atropelou o Brigadeiro Falcão. Desde cedo, a equipe do interior se impôs dentro de quadra e não demorou para abrir o placar. A superioridade se transformou em goleada ainda no primeiro tempo, que terminou em 5 a 0. Na volta do intervalo, o Balsas manteve o ritmo para conquistar a vitória por 8 a 2. Os gols do time balsense foram de Alex (2), Alan, Anthunys, Preá, Donnadony, Cacau e Beto Potiguar.
Associação Apcef
Na próxima rodada, Balsas Futsal e Associação Atlef se enfrentam para definir a primeira colocação da chave.
Ippon Cruzeiro Apcef nas quartas
Com uma campanha até aqui perfeita, o Ippon Cruzeiro Apcef também está classificado às quartas de final do Campeonato Maranhense de Futsal Adulto Masculino. Após estrear vencendo o A.C. Peniel por 3 a 2, a equipe cruzeirense foi impecável na segunda rodada, realizada no domingo à tarde, e passou fácil pela Associação de Futsal Shekina e venceu o jogo por 5 a 0.
Com o triunfo, o Ippon Cruzeiro Apcef chegou aos 6 pontos ganhos e assumiu a liderança do Grupo A. No outro jogo do grupo, A.C. Peniel e Túnel F.C. empataram por 2 a 2 e contribuíram para a classificação do time celeste à próxima fase com uma rodada de antecipação.
Na última rodada, Associação de Futsal Shekina, A.C. Peniel e Túnel F.C. brigam pela segunda vaga para as quartas de final do torneio estadual.
Outros resultados
Balsas Futsal x Brigadeiro Falcão
A segunda rodada do Campeonato Maranhense ainda teve a realização de duas partidas pelo Grupo D: o Titans derrotou o Villa Nova por 4 a 1, enquanto que o Palermo passou pelo A.C. Viana por 2 a 1.
Estadual Adulto Feminino
No domingo, teve início o Campeonato Maranhense de Futsal Adulto Feminino com partida entre Palermo e Meninas E.C. Em quadra, a equipe do Palermo goleou por 5 a 0 e começou muito bem a disputa do Estadual.
Esta edição do Estadual Feminino conta com a participação de sete equipes, que foram distribuídas em duas chaves. O Grupo A é formado por CAD/Athenas (São Luís), Meninas F.C. (Barreirinhas), Fênix F.C (São Luís) e Palermo (Santa Inês). Já o B tem os seguintes times: Moto Club (São Luís), Balsas Futsal/AFC (Balsas) e CT Sports (São Luís).
RESULTADOS
Associação de Futsal Shekina 0 x 5 Ippon Cruzeiro Apcef
A partir desta quarta-feira (19), a cidade de Santa Inês sedia a terceira edição Maranhense de Beach-Soccer. A competição reunirá seis equipes que vão disputar duas vagas para a fase final do Estadual, prevista para ocorrer em junho, em Humberto de Campos. A rodada de abertura da Etapa da Região de Pindaré será aberta com o duelo entre Bom Jardim e Pindaré-Mirim. A bola sobe às 14h30, com transmissão ao vivo pelo canal Beach-Soccer MA, no YouTube (youtube.com/beachsoccerma).
Nesta etapa do Campeonato Maranhense, além de Bom Jardim e Pindaré-Mirim, que fazem a primeira partida do torneio, a competição contará com as seleções de Tufilândia, Paulo Ramos, Bela Vista e Santa Inês.
As seis seleções participantes desta etapa foram distribuídas em dois grupos. Na primeira fase, as equipes do Grupo A (Bom Jardim, Bela Vista e Tufilândia) enfrentam as do B (Pindaré-Mirim, Santa Inês e Paulo Ramos). Os dois melhores times de cada chave avançam às semifinais e seguem com chances de conquistar o título.
Outras duas partidas movimentam a rodada de abertura da competição. Assim que terminar o jogo entre Bom Jardim e Pindaré-Mirim, a bola sobe para Tufilândia x Paulo Ramos e Santa Inês x Bela Vista.
Vale lembrar que os finalistas do torneio se classificam automaticamente para a fase final do Campeonato Maranhense, prevista para ocorrer no mês de junho. Após a realização de duas etapas, as seleções de Humberto de Campos, Santo Amaro, Raposa e Paço do Lumiar já estão classificadas para a fase final.
Maranhense 2021
O Campeonato Maranhense de Beach-Soccer de Seleções Municipais 2021 conta com os patrocínios da Equatorial Energia e do governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Neste ano, a competição será realizada em seis etapas, sendo a última com as equipes classificadas nas fases anteriores.
Cada etapa será realizada em uma região diferente. Em 2021, as cidades de Humberto de Campos, São Luís, Santa Inês, Lima Campos e Pinheiro receberão os jogos do estadual. De acordo com a organização do torneio, a expectativa é que a fase final ocorra somente entre os dias 9 e 13 de junho.
Além disso, cada uma das etapas seguirá todas as recomendações sanitárias para a realização de eventos esportivos, como distanciamento social, uso obrigatório de máscaras nas arenas, disponibilização de álcool em gel e sem a presença de público.
Um estudo da organização não governamental (ONG) Plan International mostrou que 95% de meninas e jovens mulheres tiveram suas vidas afetadas de forma negativa pela pandemia de covid-19. Para as jovens, a educação foi a área mais atingida. O acesso limitado à tecnologia, o apoio insuficiente de escolas e faculdades e o espaço físico para estudar foram as principais dificuldades enfrentadas na educação em casa.
A pesquisa Vidas Interrompidas 2: em suas próprias vozes – O impacto da covid-19 na vida de meninas e jovens mulheres ouviu, nos meses de junho e julho de 2020, 7 mil mulheres de 15 a 24 anos sobre temas como educação, saúde e bem-estar, percepções sobre a vacina e o futuro.
O Brasil está entre os países que participaram do estudo, que, também, incluiu meninas da Austrália, do Egito, Equador, da Espanha, dos Estados Unidos, da Etiópia, França, de Gana, da Índia, de Moçambique, da Nicarágua, do Vietnã e de Zâmbia.
A solidão e as responsabilidades domésticas também interferiram na capacidade das meninas de acompanhar o ensino a distância enquanto as escolas e faculdades foram fechadas.
“O futuro das meninas e jovens mulheres está ameaçado no Brasil e no mundo. A pandemia aprofundou as desigualdades sociais, que já eram muito marcantes, e está fazendo com que a gente dê vários passos para trás em conquistas importantes de direitos fundamentais para a igualdade de gênero e de oportunidades”, afirma Cynthia Betti, diretora-executiva da Plan International Brasil.
Nas entrevistas, as jovens relataram dificuldades de concentração e foco ao estudar em casa. Elas também citaram a falta de dinheiro para planos de dados, telefones celulares e outros custos relacionados ao aprendizado on-line, além do fato de não ter ninguém para ajudar a explicar lições ou conceitos, como barreiras frequentes para aprender durante a pandemia.
“Na escola, temos uma abordagem mais prática. Nas aulas on-line, temos pouca oportunidade de tirar dúvidas, e os professores só dão a aula e não esclarecem nossas dúvidas. Minha casa está muito cheia e barulhenta. Não estou conseguindo acompanhar as aulas”, disse Bárbara, de 16 anos.
Vidas interrompidas
A primeira etapa da pesquisa Vidas Interrompidas, divulgada no ano passado, revelou que 19% das meninas em todo o mundo acreditam que a covid-19 as forçará a suspender, temporariamente, os estudos, enquanto 7% temem ter que abandonar a escola. No auge da primeira onda da pandemia, 1,5 bilhão de estudantes foram afetados pelo fechamento de escolas, que aconteceu em 194 países em quase toda a Europa, África, América Latina e Ásia.
“A covid-19 mudou, profundamente, nossas vidas no último ano. Mas seu impacto não é o mesmo para todas as pessoas, e a pandemia colocou em foco as desigualdades pré-existentes, seja entre ricos e pobres, jovens e idosos, homens e mulheres”, afirma Jacqui Gallinetti, diretora de Monitoramento, Avaliação, Pesquisa e Aprendizagem da Plan International.
Barreiras financeiras
Para reduzir os impactos do cenário revelado pela pesquisa, a organização defende que os governos reúnam esforços para lidar com as barreiras financeiras impostas às meninas. Entre as medidas propostas na pesquisa, estão o pagamento de vale-alimentação, merenda escolar e transferência de renda para incentivar as meninas a voltarem à escola, aliviando a carga sobre a renda familiar.
Outro ponto indicado pela Plan International é reforçar o treinamento para professores e alunos no uso da tecnologia, para melhorar a qualidade do ensino a distância em países onde as escolas permanecem fechadas, e para que a educação seja mais resiliente em caso de crises futuras.
“Isso inclui o planejamento de futuros fechamentos, identificando os alunos que mais precisam de apoio e investindo em meios variados, incluindo rádio, TV e aprendizagem on-line, bem como distribuindo kits escolares com material de aula e material escolar”, diz a organização.
Aumento da ansiedade
O estudo também mostrou que a interrupção nos estudos, combinada ao medo do próprio vírus e à necessidade de se adaptar a medidas de isolamento social, afetou a saúde mental das meninas, e muitas participantes da pesquisa precisaram lidar com o estresse e a ansiedade.
A primeira edição da pesquisa revelou que nove em cada dez meninas (88%) diziam estar sentindo níveis altos ou médios de ansiedade como consequência da pandemia de covid-19.
Por outro lado, o estudo mostrou que, apenas, 5% das meninas e jovens mulheres entrevistadas disseram que a pandemia só causou efeitos positivos em sua vida.
O presidente Jair Bolsonaro assinou, nessa segunda-feira (17), o decreto que institui o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes. A assinatura do documento ocorreu durante evento de lançamento de uma campanha nacional de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, na sede do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A iniciativa é parte do Maio Laranja, movimento criado para chamar atenção da sociedade para o problema.
“Nós estamos aqui pra dizer que a gente tem agora um Maio Laranja, mas nosso sonho é que todos os meses fossem laranja e que todos os dias fossem laranja, e que todos se levantassem no enfrentamento à violência sexual contra a criança no Brasil, e a exploração sexual”, afirmou a ministra Damares Alves.
Segundo a pasta, o programa tem caráter intersetorial e busca unir esforços entre os diversos atores do sistema de proteção, inclusive da sociedade civil, conselhos tutelares, delegacias e juizados especializados. Para atingir as metas previstas, o texto do decreto estabelece diretrizes que incluem ações de prevenção, por meio de formação continuada de operadores do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência, além de campanhas de sensibilização da população em geral.
“Não tem como você relativizar um tipo de violência como esse. Eu peço a Deus que vocês continuem nessa toada, que possíveis operações, que devem ocorrer, cheguem realmente a quem tenha que chegar”, afirmou Bolsonaro, logo após a assinatura do decreto.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informou que o orçamento do programa será composto por emendas parlamentares e parceiras público-privadas e com Estados e municípios.
Comissão
Ainda segundo o decreto, que será publicado no Diário Oficial da União (DOU), será instituída a Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, que tem como missão monitorar e avaliar o novo programa. O órgão consultivo deverá priorizar o combate das violências física, sexual, psicológica e institucional.
O colegiado será presidido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e contará com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério da Educação, do Ministério da Cidadania, o Ministério da Saúde, o Ministério do Turismo e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), realizou o pagamento de R$ 115,2 milhões referentes à aquisição de livros destinados às escolas públicas de educação básica por meio do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Os valores se referem ao mês de abril e constam do Balanço Mensal de Ações do FNDE, divulgado pelo próprio Fundo nesta segunda-feira (17).
O PNDL é uma ação do MEC em parceria com o FNDE, que visa avaliar e disponibilizar obras didáticas, pedagógicas e literárias, entre outros itens de apoio à prática educativa, de forma sistemática, regular e gratuita, às escolas públicas de educação básica das redes federal, estaduais, municipais e distrital, e também às instituições de educação infantil comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e conveniadas ao Poder Público.
Para participar do programa, as redes de ensino municipal, estadual, distrital e as escolas federais, representadas por seus dirigentes, devem formalizar adesão manifestando o interesse em receber o material do PNLD e comprometendo-se a executar as ações previstas, de acordo com a legislação. As redes de ensino e escolas federais que já têm adesão formalizada não precisam repetir o processo.
Estudantes podem, a partir de hoje (17), solicitar a isenção da taxa de inscrição do Exame Naiconal do Ensino Médio (Enem) 2021. O pedido deve ser feito na Página do Participante até o dia 28 de maio. Quem obteve a isenção no Enem 2020 e não compareceu à prova deve justificar a ausência também pela internet.
Têm direito a não pagar a taxa do exame aqueles que estão cursando a última série do ensino médio no ano de 2021, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública; e aqueles que cursaram todo o ensino médio em escola da rede pública ou foram bolsistas integrais na rede privada e têm renda familiar igual ou inferior a um salário mínimo e meio por pessoa.
Poderão pedir a isenção também aqueles estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que sejam integrantes de família de baixa renda inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico). Para isso, devem informar Número de Identificação Social (NIS) único e válido.
Documentação
Na hora do pedido, os participantes devem informar número do CPF, data de nascimento, endereço de e-mail e número de telefone válidos.
Devem, ainda, enviar documentos que comprovem que se enquadram nos critérios de isenção da taxa de inscrição do exame, tais como: Cédula de Identidade do participante e dos demais integrantes que compõem o núcleo familiar; cópia do cartão com o NIS válido, no qual está a inscrição no CadÚnico; declaração que comprove a realização de todo o ensino médio em escola pública ou histórico escolar do ensino médio, com assinatura e carimbo da escola. No caso de participante bolsista, deve acrescentar a declaração da escola que comprove a condição de bolsista integral em todo o ensino médio.
Após o prazo de solicitação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) irá analisar os pedidos. Aqueles que não tiverem o pedido de isenção aceito poderão se inscrever normalmente para o exame, pagando a taxa de inscrição, quando for o momento. A data de inscrição ainda não foi definida.
Justificativa
Os participantes que obtiveram a isenção do exame na edição de 2020 e não puderam comparecer às provas, devem apresentar também uma justificativa para poder pleitear a isenção na edição de 2021. O prazo para que isso seja feito é o mesmo, começa hoje e vai até o dia 28.
Segundo o Inep, os documentos utilizados para comprovar o motivo de ausência devem estar sempre legíveis, datados e assinados. A autarquia diz que não aceitará autodeclarações redigidas pelo solicitante ou por seus pais ou responsáveis.
Entre as justificativas aceitas, estão: emergências médicas, comparecimento ao trabalho, morte na família, maternidade ou paternidade, ser vítima de acidente de trânsito, entre outras. Todos os documentos comprobatórios devem estar de acordo com os parâmetros exigidos pelo edital.
Enem 2021
Realizado anualmente, o Enem é o maior exame para ingresso no ensino superior do país, contando com milhões de inscrições em todo o território nacional. As notas do Enem podem ser usadas para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).