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Foi publicado no “Diário Oficial da União” de hoje (7) portaria do Ministério da Educação que institui o Plano de Monitoramento e Avaliação da oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica.

De acordo com a portaria, o plano será aplicado tanto a iniciativas de educação profissional e tecnológica "repactuadas a partir dos saldos financeiros transferidos ao Distrito Federal, aos Estados e aos municípios, por intermédio dos órgãos gestores da educação profissional e tecnológica", como a "demais iniciativas de educação profissional e tecnológica".

Tendo como objetivo o de monitorar e avaliar a política de fomento e ofertas de vagas em cursos de educação profissional e tecnológica, o plano prevê monitoramentos por meio de análises do fluxo de atividades-meio, entrega de produtos e de inferência de resultados, tendo como base de informações o Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica.

Entre os indicadores a serem calculados para essa avaliação, estão a média da frequência dos alunos; a taxa de demanda estimada; a relação entre vagas ofertadas e homologadas, bem como entre matrículas fixadas e homologadas e de vagas ofertadas e pactuadas.

Pretende, também, identificar as taxas de evasão, de eficiência acadêmica, de aproveitamento e de execução orçamentária. Por fim, pretende identificar o percentual de cumprimento de itens de prestação de contas.

A atividade de monitoramento será registrada em relatórios trimestrais, tendo como objeto as ofertas em execução durante os anos de 2020, 2021 e 2022.

(Fonte: Agência Brasil)

Estudantes que contrataram Financiamento Estudantil (Fies), por meio do Banco do Brasil (BB) ou da Caixa Econômica Federal (CEF), podem requerer a suspensão do pagamento de até quatro parcelas a partir de hoje (6). A manifestação pode ser feita pelo “app” BB ou pelo “site” do financiamento da Caixa. A medida vale para clientes em situação de adimplência com seus contratos, antes do dia 20 de março, data em que foi decretado o estado de calamidade pública no país.

A opção de suspensão pode ser feita por meio do aplicativo do BB. Para isso, o cliente precisa acessar sua conta (efetuar “login”), clicar no Menu, em seguida em Solução de Dívidas e selecionar Suspensão FIES.

No caso da Caixa, basta o estudante acessar a página, fazer o “login” e acessar a opção Contrato FIES, Contrato e, em seguida, selecionar Pausar Contrato, aceitar o temo de compromisso e clicar em Solicitar Pausa.

Segundo o BB, a solicitação será efetivada de forma simples, sem assinatura de termo aditivo e sem necessidade da presença do fiador em qualquer dependência do banco. No entanto, são obrigatórias a ciência e a concordância do estudante para as condições de pausa e, consequentemente, para os reflexos no contrato de financiamento.

Caso o estudante não tenha acesso ao “mobile”, ele pode solicitar a suspensão nas agências do BB. Para o atendimento presencial, diz o BB, deve ser observado o contingenciamento adotado pelo sistema bancário por causa da pandemia do novo coronavírus e das recomendações da Organização Mundial da Saúde.

Condições

As condições para a suspensão obedecem ao estabelecido na Lei nº 13.998/2020 e na Resolução nº 38/2020, ambas publicadas em maio pelo Ministério da Educação. O pedido pode abranger até quatro parcelas, observada a fase do contrato de cada estudante financiado, de acordo com a legislação vigente:

- Contratos em fase de utilização ou carência: a suspensão alcançará até duas parcelas, que serão incorporadas ao saldo devedor do contrato do estudante financiado, nos termos e condições contratados. Essa medida é válida para contratos formalizados até o 2º semestre de 2017.

- Contratos em fase de amortização: a suspensão alcançará até quatro parcelas, que serão incorporadas ao saldo devedor do contrato do estudante financiado, nos termos e condições contratados. Nesse caso, o período das parcelas suspensas será acrescentado ao vencimento final do contrato.

Está prevista a incidência de juros contratuais sobre as parcelas suspensas, os quais serão contabilizados no saldo devedor do contrato do estudante. A adesão às novas condições pode ser registrada até o dia 31 de dezembro deste ano.

Para tirar dúvidas, os clientes podem acessar as soluções digitais do BB, como o aplicativo BB (smartphone), o portal, além do WhatsApp (61) 4004-0001, da Central de Atendimento BB (0800-729-0001) e das redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter e Linkedin).

No caso da Caixa, os estudantes podem acessar a página www.caixa.gov.br/fies ou ligar para a central 3004-1104, para capitais, e demais regiões pelo 0800 726 0104.

(Fonte: Agência Brasil)

As inscrições para a edição 2020 do segundo semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam amanhã (7). Estudantes interessados em concorrer a vagas em instituições públicas de ensino superior devem acessar o “site” do programa até esta sexta-feira (10). Mais de 51 mil vagas serão oferecidas em instituições do país.

Pela primeira vez, além dos cursos de graduação presenciais, o Sisu vai ofertar vagas na modalidade a distância (EaD). Podem participar da seleção candidatos que prestaram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2019 e não tiraram nota zero na redação. Quem fez a prova na condição de treineiro está fora do processo.

A classificação é de acordo com o desempenho obtido nas provas. Para determinados cursos, algumas instituições exigem nota mínima para ingresso. As informações estão nos editais elaborados pela universidade na adesão ao programa.

Para concorrer ao Sisu, não há critério de renda familiar. A condição é imposta apenas para candidatos a vagas reservadas para pessoas de baixa renda, quando a opção é disponibilizada pela instituição de ensino. Segundo cronograma divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), o resultado do Sisu será divulgado no dia 14 de julho. Se aprovado, o aluno precisa ficar atento às instruções para não perder o prazo de matrícula na instituição. Quem não for aprovado em nenhuma opção de curso ainda poderá inscrever-se na lista de espera. A solicitação também é feita pelo “site” do programa entre os dias 14 e 21 de julho.

(Fonte: Agência Brasil)

Indicações de livros por WhatsApp, entregas em carro próprio e conteúdo nas redes sociais foram algumas das estratégias usadas pelas pequenas livrarias e editoras paulistanas para enfrentar o período de confinamento imposto pela pandemia do novo coronavírus. “A gente tentou substituir o presencial pelo ‘on-line’. Tiramos fotos do interior do livro, mandamos por WhatsApp e sugerimos livros”, conta a livreira Roberta Paixão, proprietária da Mandarina, livraria da zona oeste da capital paulista.

De início, afirma ela, havia grande interesse por livros que falam de situações semelhantes à pandemia, como “A Peste”, do argelino Albert Camus, e “Ensaio sobre a Cegueira”, do português José Saramago. “De maio para cá, as pessoas estão pedindo livros de maior fôlego de leitura. Livros grossos”, comenta Roberta a respeito da mudança do perfil de leitura, que, agora, inclui títulos como “Crime e Castigo”, do russo Fiódor Dostoiévsk, e a “Montanha Mágica”, do suíço Thomas Mann. “’O Oráculo da Noite’, de Sidarta Ribeiro, é um sucesso de vendas”, acrescenta, destacando que o autoconhecimento é um dos temas que ganharam força nas últimas semanas. O título do neurocientista traz reflexões a respeito dos sonhos.

Manutenção das vendas

Apesar de ter sido pega de surpresa pelo fechamento da loja durante a quarentena, iniciada em março na cidade de São Paulo, Roberta conta que conseguiu manter as vendas. “A gente inventou isso de um dia para o outro”, comenta sobre a necessidade de adaptação de um negócio que funcionava apenas de forma presencial. “No início, peguei o meu carro, e a gente rodou São Paulo”. Atualmente, a livraria tem um funcionário dedicado às entregas. “Em maio, um rapaz que trabalhava aqui na rua como ‘valet’ se ofereceu, e a gente acolheu isso também, gerando receita para ele”, disse, ao destacar a importância de valorizar também o bairro e o entorno do negócio.

O esforço, entretanto, valeu a pena. “A gente conseguiu manter a receita ‘flat’ – faturamento médio mensal – normal, o que ajudou a pagar as contas”, relata. Uma fórmula parecida também ajudou a Livraria da Tarde, na mesma região, a conseguir manter um fluxo mínimo de caixa para sobreviver. “Nos primeiros dez dias, estava todo mundo assustado. Em abril, já comecei a ter bastante venda”, diz a livreira Mônica Carvalho. Agora, ela começa, aos poucos, a voltar a atender os clientes presencialmente. “É muito gostoso receber as pessoas de novo na loja. É uma loja que foi feita com muito cuidado e carinho. Ficar fechado estava me deprimindo”.

O balanço das vendas de livros, feita pela consultoria Nielsen em parceria com Sindicato Nacional dos Editores de Livros, mostra que o mercado teve, de janeiro a 14 de junho, uma queda de 12,3% em volume de vendas em comparação com igual período de 2019. Foram 15,9 milhões de exemplares vendidos, produzindo receita de R$ 729 milhões. Em valor, o mercado de livros registrou retração de 11,7%.

A reabertura do comércio, que começa a ocorrer na capital paulista, vai mudar pouco a rotina da Livraria Africanidades, na zona norte da cidade. “A livraria só abre quando São Paulo estiver verde [na última fase do plano de flexibilização da quarentena]. Quando equipamentos culturais também reabrirem, quando houver um ambiente mais confortável, mais sólido para minha saúde e das pessoas também”, diz a livreira Ketty Valencio, que fica próxima à Brasilândia, uma das regiões com mais mortes por covid-19.

Produção de conteúdo

Especializada na temática etnorracial e feminismo, a livraria tem investido na produção de conteúdo “on-line”. Segundo Ketty, entre os projetos está o mapeamento de autoras negras, que vai tornar-se um festival de literatura com transmissão pela rede. “A gente não parou”, afirma sobre as ações culturais que impulsionam o movimento da livraria. “As vendas não caíram. No mês passado, foram até um pouco mais altas do que nos outros”, acrescenta ao falar das vendas que continuaram a todo vapor, mesmo com a loja física fechada.

A produção de conteúdo também foi a forma que a Editora Elefante usou para manter o contato com os leitores durante a quarentena. “É uma maneira de oferecer conteúdo, porque, no fim das contas, a nossa função social como editora é disponibilizar conteúdo para os leitores. Normalmente, a gente faz isso por meio dos livros, mas em um momento de pandemia, em que as pessoas estão muito em casa e eu mesmo, há uma ânsia de ler pontos de vista sobre o que está acontecendo”, diz um dos fundadores da editora, Tadeu Breda

No início da pandemia, a pequena editora tomou um susto com as medidas de contenção adotadas pelas livrarias. “Essa preocupação foi aumentado à medida em que as livrarias foram anunciando que não fariam os acertos dos livros vendidos, que iam atrasar o repasse do dinheiro”, diz. Por isso, Tadeu explica que apostou nas vendas diretas pela página da editora, oferecendo bons descontos na compra de conjuntos temáticos de livros. “Livros mais baratos para gente que vai ter mais tempo para ler”, destaca.

Adaptações

A Elefante optou, ainda, por adaptar a agenda de lançamentos aos acontecimentos. “Começamos a priorizar livros que têm mais a ver com o momento. Essas medidas acabaram funcionando para a gente e aumentaram muito as nossas vendas no ‘site’. Não chegou ao ponto de igualar a receita anterior com as livrarias, mas foi suficiente para a gente atravessar esses três meses sem ter que demitir ninguém”, conta.

Assim, um dos títulos em pré-venda acabou se tornando um dos mais vendidos – “Pandemia e Agronegócio”, do norte-americano Rob Wallace. “Ele relaciona muito o nosso modo de vida capitalista e, sobretudo, de produção de proteína animal, com o surgimento de doenças infeciosas”, detalha o editor. “Ensinando o Pensamento Crítico”, da norte-americana Bell Hooks, também ajudou a puxar as vendas. “A gente lançou pouco depois dessa proliferação de manifestações contra o racismo nos Estados Unidos e no mundo”.

Agora, com as livrarias voltando a abrir, Tadeu diz que pretende seguir com os lançamentos, apesar do cenário com muitas incertezas. “Não temos a perspectiva de parar não”, enfatiza.

Dificuldades

Especializada em livros políticos e de lutas sociais, a Editora Glac sofreu um pouco mais durante a quarentena. “Foi um processo de reestruturação interna, porque é uma editora muito pequena. A gente perdeu um funcionário, não por falta de dinheiro para pagar, mas pela pandemia. Era a representante comercial, fazia as vendas e apresentava os livros”, conta um dos fundadores, Leonardo Beserra.

Sem as livrarias, a editora teve que reduzir as tiragens e apostar em diversos canais de vendas “on-line”. Também fez promoções solidárias, com descontos a movimentos e grupos ligados às ideias dos autores das publicações. “O que foi bom para a gente, mas não é o suficiente. A gente precisa faturar, pelo menos, o dobro ou o triplo para conseguir gerar renda para continuar investindo e pagar as próprias contas, que estão, cada vez mais, atrasadas”, diz Leonardo.

Além de vender por grandes varejistas digitais, a Glac vai, agora, produzir livros impressos sob demanda e publicações para livros eletrônicos. “A gente demorou o mês de abril inteiro para entender as coisas a que a gente precisava se adaptar”, afirma sobre os esforços que têm sido necessários para manter a empresa de pé.

(Fonte: Agência Brasil)

Se não for feito de forma correta e com orientação profissional, a prática de exercícios físicos durante o período de confinamento pode piorar a condição emocional das pessoas, já fragilizada pelo isolamento social e pela crise sanitária da covid-19. É o que aponta pesquisa feita em parceria entre a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade Federal do Ceará (UFCE) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

A pesquisa investigou a relação entre as atividades físicas e o bem-estar das pessoas durante o período de quarentena, imposta pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) desde março em diversas cidades do país. O levantamento de dados ocorreu pela “internet” entre os dias 31 de março e 2 de abril. Responderam à pesquisa 592 pessoas, de todas as regiões do país, maiores de 18 anos e que estavam em isolamento social há, pelo menos, uma semana, sendo 63% mulheres e 37% homens.

De acordo com o professor Alberto Filgueiras, coordenador do Laboratório de Neuropsicologia Cognitiva e Esportiva (LaNCE) da Uerj, o resultado foi bem diferente do esperado, pois não comprovou que a prática de exercícios melhora o bem-estar, como relatado amplamente na literatura científica em condições normais.

“Foi impactante para nós, dado que a gente viu diversos relatos nas redes sociais da necessidade de fazer exercício, de manter o corpo ativo. Então, a nossa hipótese era de que qualquer pessoa que estivesse com o corpo ativo estaria se sentindo melhor em comparação àquelas que mantiveram hábitos ditos como ruins, como o sedentarismo. Não foi o que a gente encontrou”, disse o professor Filgueiras.

Mudança de hábito

Segundo o professor, o exercício físico é muito importante, porém, a simples prática não garante uma melhora no bem-estar no confinamento. “Existe essa ideia de que o exercício vai fazer com que você se sinta bem, vai trazer benefícios para a saúde física e mental. O que o nosso estudo mostra é que nessas condições de quarentena, especificamente, parece que aumentar muito a quantidade de exercícios vai fazer mal para a sua mente”.

O professor destaca que, em condições normais, a atividade física moderada a leve, praticada de três a cinco dias na semana, promove muita melhora sobre o bem-estar e a saúde mental. “Porém, o estudo mostrou que mudanças bruscas nos hábitos, durante a quarentena, levaram a uma piora no bem-estar emocional das pessoas”.

“A gente percebeu que essas pessoas que apresentaram mudanças muito bruscas na sua forma de se relacionar com os exercícios, desde a que fazia exercício e parou na quarentena, se tornou sedentária, até aquela pessoa que não fazia exercício nenhum e passou a fazer seis, sete dias na semana durante a quarentena. Qualquer mudança muito drástica mudou também o bem-estar das pessoas, mudou para pior”, explicou.

A pesquisa mostrou, no entanto, que melhoras no bem-estar foram relatadas pelas pessoas que eram sedentárias e passaram a se exercitar de três a cinco vezes por semana com intensidade leve.

Aplicativos e vídeos

A pesquisa apontou, também, um grande aumento no uso de aplicativos e vídeos tutoriais para a prática de exercícios. Antes da pandemia, 4% das pessoas que responderam ao questionário faziam uso desses recursos, número que passou para 60% com o isolamento. Porém, Filgueiras destaca que, se não houver uma orientação correta, o recurso tecnológico pode prejudicar a saúde física e mental.

“A gente detectou que as pessoas se sentiam mal quando faziam os exercícios que estavam sendo prescritos por essas plataformas digitais. A nossa principal hipótese, que os dados sugerem, é que, provavelmente, isso está associado à falta de individualização na prescrição do exercício. O exercício precisa ser prescrito considerando uma série de variáveis, considerando o peso corporal, a história de vida da pessoa, uma série de questões que não são consideradas por essas plataformas e redes sociais”.

Ele lembra que a falta de orientação profissional individual pode levar a pessoa a ter dores, lesões e até falta de ar. “Pode ter consequências muito graves. O acompanhamento de um profissional de educação física na prescrição dos exercícios e a individualização do exercício para a demanda daquela pessoa são essenciais. Além de ajudarem a pessoa na sua condição física, também vai influenciar no seu bem-estar. Pessoas que seguem fórmulas prontas se sentem mais mal do que bem”.

Os dados da pesquisa apontaram também que antes da pandemia 27% das pessoas praticavam atividades ao ar livre, proporção que caiu para 3%. As atividades em grupo foram substituídas por treino de força, que passou de 5,2% para 13,9%, e treinamento funcional, que aumentou de 4,4% para 49,3%.

(Fonte: Agência Brasil)

A ex-Miss Brasil Martha Rocha, de 87 anos de idade, morreu nesse sábado (4), às 13h, na Casa de Repouso Carol Caminha, em Icaraí, Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde morava há um ano e meio. O corpo foi enterrado hoje (5), no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em Niterói.

Álvaro Piano, de 63 anos de idade, um dos três filhos da ex-miss, disse à Agência Brasil que a mãe sofria de enfisema pulmonar e, ontem (4), teve o quadro agravado por insuficiência respiratória. A equipe médica da Casa de Repouso chegou a chamar uma ambulância, mas, quando ela chegou, Martha Rocha já estava sem vida, vítima de infarto fulminante.

Álvaro disse que a mãe, apesar de todos os convites que teve para ser atriz, cantora ou uma personalidade da chamada alta sociedade e de frequentar esse ambiente, sempre soube preservar o lado da família, de mãe e esposa. “Ela sempre foi uma boa mãe para a gente. A lembrança que tenho é de uma mãe que nos deu carinho e não como uma pessoa inacessível que nunca está presente. Ela sabia chegar em um equilíbrio com a vida social e com os convites. Para mim, é até inconcebível vê-la como mito de beleza. Ela era a nossa mãe”.

Segundo Álvaro, há cinco anos, Martha fez uma cirurgia no fêmur e, após voltar para casa, foi diagnosticada com uma infecção bacteriana intestinal superagressiva, adquirida no hospital. Ela permaneceu internada por cinco meses em outra unidade hospitalar, mas, desde então, passou a ter dificuldade de se locomover e passava a maior parte do tempo deitada.

O filho revelou que, ao ser identificado o enfisema pulmonar, Martha Rocha abandonou o hábito de fumar, mas o pulmão já estava comprometido. “Isso também é um quadro que fragiliza a pessoa”.

Pelo quadro do estado de saúde que a mãe vinha enfrentando nos últimos anos, para Álvaro, a mãe descansou com a morte. “Foi um descanso para ela. Teve uma morte relativamente sem grandes sofrimentos. Ela já estava pedindo mesmo para Deus levá-la. Foi até uma graça no meio da tristeza, não dá para negar, porque, a cada dia, acelerava mais o quadro de saúde. Tinha desenvolvido também surdez e tinha dificuldade de comunicação. Nessa época de covid, não se pode visitar uma casa de repouso, porque as visitas estão proibidas. Então, foi um descanso para ela”, afirmou.

Álvaro disse que, enquanto a mãe permaneceu na casa de repouso, foi superbem tratada por toda a equipe da unidade, que dedicava a ela muito carinho. O filho disse que ela se mudou para o local para que pudesse ter acompanhamento médico durante 24 horas. “Dentro da medida do possível, ela teve um fim digno”, disse.

Miss Universo

Após vencer o concurso de Miss Bahia, Maria Martha Hacker Rocha foi eleita a primeira Miss Brasil, em 1954, em uma cerimônia no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. No mesmo ano, a baiana foi para os Estados Unidos para representar o Brasil no concurso de Miss Universo, mas acabou ficando em segundo lugar, perdendo o título para a americana Miriam Stevenson. Uma versão na imprensa, que é reproduzida até hoje, conta que a perda do título foi uma consequência de Martha ter duas polegadas a mais no quadril.

Para a ex-Miss Brasil 1986, Deise Nunes, Martha Rocha foi uma grande referência não só para ela, mas para todas as meninas que participaram e ainda fazem parte do concurso até hoje. “Uma mulher icônica, de personalidade muito forte, que, no ano de 1954, se tornou Miss Brasil e quase foi Miss Universo, só perdeu por causa das tais duas polegadas. Com certeza, para nós brasileiros, foi sim, a nossa Miss Universo 1954”, afirmou à Agência Brasil.

Deise Nunes disse que teve privilégio de estar pessoalmente com Martha Rocha em alguns eventos. “Lembro que da primeira vez que vi Martha Rocha fiquei paralisada. Confesso que demorei a acreditar que estava em frente daquela mulher, daquela beleza e daqueles olhos. Foi maravilhoso para mim. Foi como estivesse conhecendo um ídolo”, revelou.

(Fonte: Agência Brasil)

Neste domingo, apresentamos outras regras de acentuação gráfica.

Vamos começar pelas palavras monossílabas.

Dicas gramaticais

1. DA ou DÁ?
DA = preposição DE + artigo A:
“Ela vem da praia”.

DÁ = 3ª pessoa do singular do verbo DAR (presente do indicativo):
“Ele dá tudo de si”.

REGRA:
Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas terminadas em “a”, “e” e “o”, seguidas ou não de “s”:
A(S): lá, já, má, más (adjetivo), gás...
E(S): fé, vê, três, vês (verbo), mês...
O(S): pó, dó, nó, nós (pronome reto), pôs...

OBSERVAÇÃO 1:
Não se acentuam os monossílabos terminados em:
I(S): ti, si, bis, quis...
U(S): tu, cru, nus, pus...
AZ, EZ, OZ: paz, fez, vez, noz, voz...

OBSERVAÇÃO 2:
Acentuam-se as formas verbais terminadas em “a”, “e” e “o” seguidas dos pronomes LA(S) ou LO(S): dá-lo, vê-la, pô-los, vê-lo-á...

OBSERVAÇÃO 3:
Não se acentuam os monossílabos átonos:
Artigos definidos: o, a, os, as;
Conjunções: e, mas, se, que...
Preposições: a, de, por...
Pronomes pessoais oblíquos: o, se, nos, vos...
Contrações: da(s), do(s), na(s) , no(s)...
Pronome relativo: que.

2. POR ou PÔR?
POR é preposição:
“Vou por este caminho”.

PÔR é verbo:
“Vou pôr o livro sobre a mesa”.

OBSERVAÇÃO 1:
Este caso é uma das exceções que ficaram após a última mudança ortográfica, que aboliu a regra do acento diferencial.

OBSERVAÇÃO 2:
Somente o verbo PÔR tem acento circunflexo. Os verbos derivados não têm acento: expor, compor, dispor, contrapor, impor...

OBSERVAÇÃO 3:
As demais palavras terminadas em “or” não tem acento gráfico: cor, for, dor...

3. QUE ou QUÊ?
A palavra QUÊ só tem acento circunflexo quando está substantivada ou no fim da frase:
“Ela possuía um quê todo especial”. (= substantivo)
“Procurava não sabia bem o quê”.
“Ele viajou por quê?”

Acrescentando...

“Pôr” e “pôde” preservam acento
Já se disse que quase todos os acentos diferenciais foram suprimidos pelo Novo Acordo Ortográfico. É bom esclarecer, então, quais foram os que permaneceram – apenas dois, o do verbo “pôr” e o da forma “pôde” (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo).

O acento de “pôr” faz que a forma verbal se distinga da preposição “por”. Na letra da canção “Leve”, de Chico Buarque, temos a preposição “por”: “Não me leve a mal/ Me leve apenas para andar por aí/ Na lagoa, no cemitério/ Na areia, no mormaço”. Do mesmo Chico, agora na letra de “Bye-bye, Brasil”, está o verbo “pôr”: “Eu vou dar um pulo em Manaus/ Aqui tá quarenta e dois graus/ O sol nunca mais vai se pôr/ Eu tenho saudades da nossa canção/ Saudades de roça e sertão/ Bom mesmo é ter um caminhão”.

É importante lembrar que o substantivo composto “pôr do sol” continua grafado com acento, dado que o verbo “pôr” é um de seus elementos constitutivos. O mesmo ocorrerá com a forma “soto-pôr”, único derivado do verbo “pôr” em que o prefixo fica separado por hífen, motivo pelo qual o acento deve ser empregado. Nos demais, não ocorre acento gráfico: repor, propor, depor, compor, sobrepor etc.

Já a forma “pôde” mantém-se como único caso de acento diferencial de timbre (observe que, no presente do indicativo, dizemos “pode”, com /o/ aberto e, no pretérito perfeito do indicativo, pronunciamos “pôde”, com /o/ fechado). O motivo da manutenção do acento gráfico de “pôde”, entretanto, não é a preservação da sua pronúncia fechada. Essa grafia serve para marcar o tempo passado.

A utilidade desse acento fez que não fosse suprimido na reforma ortográfica de 1971 e que sobrevivesse também a esta. Assim: “Ele não pode fazer isso” (presente) é diferente de “Ele não pôde fazer isso” (passado).

“Soto-pôr” e “sotoposto”; “vaga-lume” e “vagalumear”
O texto oficial do Novo Acordo Ortográfico propõe a sistematização do hífen em todos os vocábulos iniciados pelos prefixos “soto-“ e “sota-“, formas variantes, cujo significado é “abaixo de”.

Alguns termos, não todos, antes se escreviam de forma aglutinada (“sotavento” e “sotopor”, por exemplo). Agora se escrevem todos com o hífen. No caso de “soto-pôr”, a hifenização faz surgir o acento circunflexo. Entenda-se: na forma aglutinada, uma oxítona terminada em R, não havia acento (como, de resto, ocorre com todos os outros derivados do verbo “pôr”: compor, depor, propor, repor etc.), mas, com o hífen, aparece a forma infinitiva do verbo “pôr”, que manteve o acento diferencial.

Está justificada a grafia de “soto-pôr” (“sota-vento” ganhou o hífen também), mas, curiosamente, a ABL (Academia Brasileira de Letras) entendeu que as formas conjugadas do verbo “soto-pôr” deverão ser aglutinadas. “Sotoposto”, o particípio passado do verbo, grafa-se sem o hífen – e o princípio vale para todas as formas conjugadas (sotopus, sotopuseste etc.). Mudou, então, apenas o infinitivo.

Em tempo: o substantivo composto “vaga-lume” aparece com o hífen na nova edição do Volp (“Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”), ao lado do verbo “vagalumear”, sem o hífen.

Teste da semana

Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas da frase abaixo:
“Minha __________ está __________ por culpa não sei de __________”.
(a) pesquiza – atrazada – quê;
(b) pesquisa – atrazada – que;
(c) pesquiza – atrasada – que;
(d) pesquisa – atrasada – quê.

Resposta do teste: Letra (d).
PESQUISA se escreve sempre com “s”. Não existe “pesquisa” com “z”. ATRASADA” vem do verbo “atrasar”, que deriva de atrás. Todas com “s”. E a palavra QUE, em fim de frase, sempre recebe acento circunflexo: “Respondeu não sei o quê”. / “Parou, por quê?” / “Fez isso, para quê!” / “Não tem de quê”.

Chico da Banca e o coronel Edeílson Carvalho

Francisco Melo, o Chico da Banca, faleceu na manhã do último domingo, 28/6/2020, no Hospital Municipal de Imperatriz (Socorrão). No dia 10 de junho, na antiga Rua 15 de Novembro (atualmente, Avenida Frei Manoel Procópio), ele havia se acidentado com sua moto. Foi internado. Foi submetido a uma cirurgia. Estava em UTI (unidade de tratamento intensivo). Mas o acidente resultara em quebra de uma das pernas em três lugares e pancada forte no crânio. A isso se juntaram outras questões de saúde, entre os quais diabetes, hipertensão e outros problemas no coração. Resultado: os esforços dos médicos e do paciente para reverter a situação não foram suficientes. O imperatrizense Francisco Melo, o Chico da Banca, passa para sempre a ser História, com registros na Imprensa que ele, em seu ofício, ajudava a manter e divulgar.

Ultimamente, em razão do acidente e internação, uma filha do Francisco é quem substituía o pai, que ela sabia ser insubstituível naquele mister e mistério de, em volta de sua banca, ser o catalisador do ajuntamento de pessoas de diferentes atividades (políticos, empresários, intelectuais, patrões e empregados, assessores e assessorados etc.). Membros desse grupo disforme -multiforme “assinavam o ponto” todo dia, em menor número, um ou outro às vezes, mas, nos fins de semana, sábados e domingos, a frequência era maior, o alarido das conversas, as risadas, em ondas, espraiavam-se por aquele pequeno trecho da Avenida Getúlio Vargas e pela Praça de Fátima, onde o móvel metálico da banca estava fixado.

Já estava em sua segunda década a comemoração de fim de ano que ali se realizava. Espontaneamente, amigos e conhecidos do Chico da Banca, que até já haviam doado para a praça bancos novos, de qualidade, também traziam bebidas e carnes e churrasqueira e, sobretudo, a alegria de rever “figuras”, especialmente da política local e estadual, sem nenhum risco de haver confrontos, embora um ou outro safanão já havido em priscas eras. Nos últimos tempos, o respeito ao ecumenismo “ideológico” era mantido, seja pela personalidade “forte” do Chico, seja pela adultez dos presentes, que sabiam que ali se debatia sem bater. Todos eram bem-vindos à confraria do Chico, de esquerda ou de direita (seja lá o que isso ainda seja, hoje, pois se sabe muito bem de caráter e de interesses que jazem por trás das caras cínicas e “santas” dos que estiveram ou estão no Poder).

Movimentação em frente à banca, nos fins de semana

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Chico da Banca era o responsável pelo mais conhecido e mais movimentado ponto de venda de jornais, revistas e conveniências.

A uma banca de jornais e revistas pessoas comparecem para comprar informação. Em Imperatriz, à Banca do Chico muitos iam para “dar” informações, expressar opiniões, fazer gozações...

No nome “Banca do Chico”, o mais importante era o “Chico”. A “banca” era tão só o “ponto”, a referência. Quando os frequentadores mais assíduos pegavam alguma publicação (jornal, revista...) era por passageira curiosidade, ou para reforçar um argumento em uma conversa que acabara de “pegar fogo” acerca de um assunto mais atual, com certeza político.

Como certa vez ele me disse e repetiu: “– Dos que vêm aqui, você é, provavelmente, o maior cliente pessoal”.

Conheci o Chico na década de 1970. Eu era mais ou menos recém-chegado à cidade e ali, na Praça de Fátima, a poucos metros da banca, eu e outros colegas bancários e amigos havíamos alugado uma grande casa, que foi transformada nesse ajuntamento de machos chamado “república”... O imóvel fora a antiga residência do conhecido agropecuarista Domingos Rodrigues – que, por muito tempo, foi meu companheiro de Rotary Club, ali na antiga Rua 15 de Novembro, região histórica, onde Imperatriz foi fundada e por onde deu os primeiros passos rumo a seu majestoso desenvolvimento, inicialmente com a ajuda do Rio Tocantins, ali ao lado, por onde se mandavam e por onde mais se recebiam produtos.

Tornei-me “habitué” da banca, não necessariamente de seus ajuntamentos de pessoas. Em muitos casos, os papeis impressos ainda tinham mais a dizer – embora não tivessem a alegria e espontaneidade dos conhecidos participantes da confraria franciscana.

Ante minha assiduidade, o Chico falava-me das dificuldades – eventualmente, de saúde, e, mais frequentemente, de trabalho. Desde a adolescência, ele vivia naquele e daquele ofício. Décadas depois, com direitos a receber, estava negociando a transferência da banca e do ponto para seu nome. O “patrão” – à época, a Distribuidora Maranhão-Piauí de Revistas Ltda., Dimapi –, como quase todo patrão, por seus prepostos locais, impunham obstáculos ou condições draconianas... mas as conversas avançavam... Menos mal. (Não soube como se encerraram as negociações).

A atividade profissional de pessoas como o Chico da Banca vive, como outras, tempos difíceis. A banca de jornais e revistas é um dos mais simbólicos e, anteriormente, um dos mais fortes elos, hífen, traço de união entre quem produz conteúdos / informações / notícias e aqueles aos quais tudo isso se destina – o leitor. Com jornais, revistas e até livros e bibliotecas inteiras chegando gratuitamente e rapidamente a qualquer momento, em qualquer lugar, à palma da mão, via “smartphone”, não parece fazer sentido comprar suportes físicos, impressos, pesados, acumuladores de poeira e ácaros e ocupadores de espaços em casas e escritórios...

A essa instantaneidade e gratuidade nas informações pelo celular some-se a proverbial falta de hábito de leitura do povo brasileiro e, muito importante, a falta de condições financeiras para consumir informações em forma de livros, jornais, revistas etc. Uma informação de há muitos anos a que tive acesso, publicada no “Atlas do Mercado Brasileiro”, revelava, em números, que em Imperatriz se gastava mais com papel higiênico ou com cabeleireiros do que com livros, jornais e revistas... Nada de estranhar: as pessoas escolhem como querem “fazer a cabeça” ou limpar... a mente.

Jornaleiros sempre foram servidores públicos – desde 1858, quando, no Brasil, escravos anunciavam as manchetes e títulos de matérias do jornal “A Atualidade”, no Rio de Janeiro. Depois, na primeira década dos anos 1900, um italiano, Carmine Labanca, juntou uns caixotes uns sobre os outros, colocou um estrado por cima e sobre ele espalhou exemplares dos jornais do dia, para venda. (Atribui-se, para mim indevidamente, o nome “banca” ao sobrenome desse imigrante; mas a palavra “banca”, que é de origem italiana, tem, em Português, pelo menos 400 anos de existência, pois foi registrada a primeira vez em nosso idioma no ano de 1619). Nas décadas de 1920 e 1930, os vendedores de jornais aperfeiçoaram o negócio e passaram a ter estantes e, depois, quiosques feitos de madeira. As bancas foram melhorando de material e de aparência e diversificando os produtos que vendiam.

As bancas metálicas e fixas, como aquela a que o Chico da Banca tanto se entregou e se integrou, a ponto de, com seu nome, ela ser ele e ele ser ela, bancas assim, bem melhores, muuuuuito melhores que suas ancestrais, são mais recentes e mais seguras – só na primeira metade da década de 1980, a cidade de São Paulo (SP) cuidaria de, legalmente, tratar de ter bancas fixadas inamovivelmente ao chão, pois, até ali, durante a noite ladrões roubavam bancas inteiras... (Certamente, não eram bandidos ansiosos por leituras, curiosos pelas manchetes – afinal gratuitas, visíveis – dos jornais diários ou sequiosos pelas grandes reportagens das revistas semanais e mensais ou pela última página com as presepadas d’O Amigo da Onça, personagem e “cartoon” imortal do talentoso cartunista nordestino Péricles de Andrade Maranhão (1924-1961), na revista “O Cruzeiro”.

Chico entrando na Banca do Chico

Chico da Banca tinha mais amigos em seu coração que produtos em sua banca – estes ele queria vender; aqueles, não era para (se) comprar...

Em seu sepultamento, em vez de uma bandeira (da cidade, do estado, do país)... em vez de uma flâmula (de um time de futebol, de uma torcida organizada...)... no enterro do Chico da Banca, ao invés de uma peça de tecido, ponha-se sobre o caixão as folhas abertas de um jornal...

A Eternidade agora é sua, Amigo.

Descanse.

* EDMILSON SANCHES

Trabalhando no presente, a professora Marileide já pensa no futuro e articula, com amigos – o governador Flávio Dino, o secretário Marcelo Tavares, o deputado federal Bira do Pindaré (aliado e amigo pessoal) –, projetos para aplicar, desenvolver e que assegurem uma qualidade de vida melhor para a população de Serrano do Maranhão.

“Temos que trabalhar no presente e já pensando no futuro. Temos muita coisa para fazer em Serrano e vamos procurar todos aqueles que puderem nos ajudar a resgatar o tempo perdido ao longo desses anos”, afirmou a pré-candidata.

Ela continua: “Já conversamos com nosso amigo e governador Flávio Dino, que conhece o nosso trabalho e já nos garantiu que irá nos ajudar no que for possível, na recuperação de nosso município”.

“Já estamos trabalhando projetos com o nosso deputado federal Bira do Pindaré, nosso amigo, que já está colocando, agora, projetos em vários ministérios e que poderão ser liberados já para o ano que vem. Estamos plantando agora pra colher no ano que vem. Tem muita coisa que pensamos e vamos fazer. Só depende, agora, do povo de Serrano. Ou continuar no atraso ou dar um passo para o futuro”, disse a professora Marileide.

E acrescenta: “Outro aliado de primeira hora é o secretário, homem de confiança do governador, Marcelo Tavares, que já nos garantiu e quer nos ajudar a resgatar o tempo perdido em Serrano. Estamos procurando pessoas que nos conhecem e que sabem que somos capazes e podemos fazer grandes mudanças na administração de Serrano. Queremos começar essa revolução pela Educação que é a nossa área e, nesse projeto educacional para todos, faremos, juntos, uma grande transformação”, diz, entusiasmada, a professora Marileide.

(Fonte: Blog do Paulinho Castro)

O professor Manoel de Páscoa Mendes Teixeira (Passinho) faleceu em Caxias (MA), há três anos, em 20 de junho de 2017. É o presidente de honra da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão, a Asleama, que ele fundou em 19 de março de 2011, em Caxias. Formado em Filosofia e Teologia, foi professor de gerações. Em 1992, foi candidato a vice-prefeito de Caxias, na chapa de Getúlio Silva, ex-deputado estadual maranhense.

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As coisas estão perdendo sua essência. Seria possível que nós, as pessoas, também a estejamos perdendo?

Vejam só: já existe cerveja sem álcool, manteiga sem gordura.

Já existe cigarro sem nicotina, coca sem cocaína e até café sem cafeína.

Poderia existir o humano sem humanidade? Seria possível? Afinal, ser humano é a única razão – humana – de ser.

Será que aquilo que a Ciência e a Tecnologia extraem, extirpam, anulam na estrutura das coisas a Vida e seu Cotidiano poderiam eliminar, destruir, extinguir na alma das gentes?

Os registros das guerras, as barbaridades dos crimes, os atos de terrorismo, as “limpezas” étnicas, o desrespeito de crianças e adolescentes a pais e professores, a agressão e a fúria assassina contra mulheres, entre outros registros e formas de violência, nos induzem a acreditar que, sim e lamentavelmente, a Humanidade parece estar cada dia menos humana.

A troco de que estamos nos tornando desumanos, ou não humanos? Qual o mérito disso? Que vantagem levamos nisso?

Somos criaturas frágeis. Vivemos pouco – no Brasil, em média 78,6 anos (em 2018), pelas acreditadas estatísticas oficiais. Portanto, daí pra diante, é saldo. Enquanto isso, uma tartaruga chega fácil aos mais de 200 anos, uma sequoia, um baobá, um jequitibá transbordam, transpõem, transpassam a casa do milênio...

Desse modo, tem razão o escritor e ex-primeiro-ministro britânico do século XIX Benjamin Disraeli quando observa: “Life is too short to be little” – “A vida é curta demais para ser miúda”.

Portanto, e mais uma vez: somos frágeis na Vida, somos poucos no Tempo. E por que a única criatura feita à imagem e semelhança do Criador é tão balda, tão rala, tão falta, tão rareada de vida? Quem sabe seja porque, onde nos é escasso em quantidade de vida, podemos acrescentar em intensidade no viver.

Intensidade, Senhoras e Senhores, intensidade... Há a intensidade que é brilho, própria da iluminação. E há a intensidade que é entrega, própria da dedicação.

Intensidade... Dedicação... Solidariedade... Essas são, portanto, as palavras com que, neste momento, qualifico o grande caxiense que Caxias perdeu em 20 de junho de 2017, para os Céus: Manoel de Páscoa Medeiros Teixeira, o Professor Passinho, que lutava contra a leucemia havia 20 anos.

A dedicação de Passinho é um tanto amor e outro tanto trabalho. Dedicação e disposição para fazer Caxias crescer naquilo que ela tem de mais representativo: sua Cultura, sua História, sua Espiritualidade.

Dizem que o menor frasco contém o melhor perfume. Esse provérbio, de tanto que se tornou comum, parece já ser gasto. Sim, até pode ser gasto... mas nunca perdeu o cheiro.

Manoel de Páscoa Medeiros Teixeira era, à primeira vista, um pequeno frasco. Nem parecia ser o gigante que era, gigante em talento, em entrega, devotamento, caridade, e uma enorme força interior. Seu corpo franzino não traduzia ou revelava a enorme quantidade de energia realizadora que ele, verdadeira turbina humana, tinha e mantinha dentro de si.

Manoel de Páscoa, ser de espiritualidade e oração, humanidade e coração, há muito sabia que ele era portador de todos os motivos para não fazer o que ele há anos, senão décadas, vinha fazendo em e por nossa cidade. Muitos, com muito menos daquilo que o acomete, já teriam desistido ou sequer iniciado e nisso se desculpariam e se prostrariam pelos cantos, em um processo de autovitimização que Manoel de Páscoa dele sequer tomou conhecimento.

O barro edênico e o hálito divino em que Manoel de Páscoa foi amalgamado permitiram a ele certos aparentes excessos. Manoel de Páscoa não foi buscar questionamentos – ele trouxe respostas. Não foi apontar culpados – ele assumiu seu próprio dever, ou o que ele cria ser de sua obrigação.

Homem versado em Filosofia e Teologia, professor de gerações, ele sabia que não fazer também é gostoso, é gostoso ser preguiçoso. Falam até em ócio com dignidade. Mas não se entregou a isso, não se impregnou com nada disso.

Manoel de Páscoa sabia que culpar é cômodo – desde os bíblicos tempos, no Gênesis. Sim: estava ali Adão e Eva, no jardim do Éden, perturbados pela desobediência que tinham acabado de cometer, pela desordem que haviam acabado de iniciar. Aí Deus, prévia, presente e postumamente sabedor de todas as coisas, questionou Adão: “O que fizeste?” Adão culpa Eva. O Todo-Poderoso pergunta: “E aí, Eva?” A mulher responde: “A culpa é da cobra”.

É fácil transferir culpas. É conveniente apontar falhas. O incomum é assumir responsabilidades. Com prejuízo de seu tempo e recursos e, sobretudo, de sua saúde, Manoel de Páscoa, que foi meu Confrade no Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, doou-se em pensar, formatar, estruturar, convencer e convidar, até enfim materializar o sonho da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão – a Asleama, seu sonho com forma e conteúdo. Para os padrões de entidades do gênero, é pouco tempo para o muito de coisa que na Asleama já foi feito. E, apesar da ausência física de Manoel de Páscoa, mas sob a inspiração de seu exemplo, mais feitos hão de vir nos dias que virão.

Nove anos atrás, Manoel de Páscoa poderia ter ficado deitado em berço esplêndido, curtindo o fato de que, entre seus familiares, já houve aqueles que se dedicaram o suficiente para os outros, para o país, para sua cidade. Gente que enfrentou a incompreensão, a ameaça, a repressão. Raimundo Teixeira Mendes, por exemplo, de quem Manoel de Páscoa Medeiros Teixeira é parente e por quem Manoel de Páscoa cultiva real admiração, pois Teixeira Mendes não é e nunca foi apenas o citado autor da Bandeira Brasileira, mas, muito mais, o talentoso e enérgico defensor de tantas causas sociais que beneficiaram e beneficiam tantos e todos os brasileiros até hoje, embora sem o justo crédito ou conhecimento, inclusive na terra dele e minha, que é a nossa terra – Caxias e o Maranhão.

Manoel de Páscoa foi esse Davi na coragem de lutar e vencer e foi esse Golias no tamanho de suas vitórias.

Manoel de Páscoa foi esse perfume pequeno no frasco mas enorme no valor.

Manoel de Páscoa foi esse aço na têmpera e foi essa lágrima na emoção.

Manoel de Páscoa foi o humilde em oração, quando falava com Deus. E era esse humano em coração, quando conversava com a gente.

Se toda grande caminhada começou com um passo, uma grande realização – a Asleama – se iniciou com um Passinho.

Em maio de 2017, o incansável Manoel de Páscoa assumiu, mais uma vez, a presidência da Asleama, entidade que ele fundou, presidiu, organizou, deu-lhe estatura e da qual, agora, torna-se exemplo e inspiração permanentes. Na festa dos cinco anos da Asleama, pude presenciar o sadio orgulho de Manoel de Páscoa como o acadêmico que se sentia feliz ante a Academia que fez, ...assim como Deus, o Criador, se orgulha de Manoel de Páscoa, sua criatura.

Parabéns pelo trabalho, Manoel de Páscoa! Parabéns pela grande vida que viveu, dedicando-a mais em função do outro do que de si.

Manoel de Páscoa: você trabalhou com e para as Letras, a Educação, as Artes, a Cultura, a Fé. E elas são a essência que nós humanos deveríamos ter e manter, o humanismo que a Humanidade não pode perder.

Se quisermos honrar a memória de Manoel de Páscoa, sejamos fraternos, solidários.

Sejamos trabalhadores, operários.

Sejamos fortes.

Sobretudo, sejamos felizes.

Pois isso é o que Manoel de Páscoa do Alto roga por nós, em oração.

E por mais esse gesto de amor e desprendimento de Passinho, as palmas são para ele.

E com elas, o compromisso de nós todos de não nos esquecermos desse Confrade, Conterrâneo e Amigo.

O compromisso de nós todos de não esquecermos – e, quando possível, seguirmos – o seu exemplo.

Descanse em paz, Passinho, aí no Céu.

Pois, aqui na Terra, todas as tuas dores, todas as tuas canseiras, todos os teus sonhos, todas as tuas lutas... tudo isso agora é tarefa nossa.

* EDMILSON SANCHES

Fotos:
1) Manoel de Páscoa (Passinho) discursando;
2) Há três anos, o féretro de Manoel de Páscoa, em uma das homenagens “post mortem”, à frente do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, do qual Passinho era membro.