Skip to content

8

O ator Flávio Migliaccio, de 85 anos, foi encontrado morto, na manhã desta segunda-feira (4), pelo caseiro no sítio onde morava, no município de Rio Bonito, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A família ainda não sabe a causa da morte. Migliaccio nasceu no Bairro do Brás, em São Paulo, no dia 26 de agosto de 1934.

Ele iniciou a carreira na década de 50, no teatro, com a irmã, Dirce Migliaccio, já falecida, e ingressou na TV Globo em 1972, desempenhando o papel de Xerife, na novela “O Primeiro Amor”. O sucesso alcançado pelo personagem deu origem, naquele mesmo ano, ao seriado “Shazan, Xerife e Companhia”, estrelado também pelo ator Paulo José.

Migliaccio trabalhou ainda no cinema, ficando conhecido pelo personagem título do filme “Aventuras com Tio Maneco”, de 1971, do qual foi também diretor.

O último trabalho de Migliaccio na televisão foi como o personagem Mamede Al Aud, na novela “Órfãos da Terra”, que foi ao ar no ano passado na TV Globo.

Casado com Ivone Migliaccio, Flávio é pai do jornalista Marcelo Migliaccio.

(Fonte: Agência Brasil)

Você sabe como se faz o plural das palavras terminadas em “-ÃO”? Qual é o plural de CIDADÃO, de CORRIMÃO e de ESCRIVÃO?

Neste domingo, vejamos o que pode e o que não pode.

Dicas gramaticais

Plural das palavras terminadas em “-ÃO”

1 – A maioria muda a terminação “-ÃO” em “-ÕES”: anfitriões, balões, botões, espiões, feijões, gaviões, limões, mamões, melões...

Nesse grupo, incluem-se todos os aumentativos: casarões, chapelões, dramalhões, facões, narigões, paredões, pobretões, vozeirões...

2 – Um pequeno número de palavras muda “-ÃO” em “-ÃES”: alemães, cães, capelães, capitães, catalães, escrivães, pães, tabeliães...

3 – Um pequeno número de palavras acrescenta um “s” (= “-ÃOS”): afegãos, cidadãos, cristãos, grãos, irmãos, mãos, pagãos, vãos...

Nesse grupo, incluem-se todas as palavras paroxítonas: acórdãos, bênçãos, órfãos, órgãos, sótãos...

4 – Muitas palavras admitem duas ou até três formas de plural:
alazães ou alazões;
aldeãos, aldeães ou aldeões;
anãos ou anões;
anciãos, anciães ou anciões;
artesãos ou artesões;
castelãos, castelães ou castelões;
charlatães ou charlatões;
cirurgiães ou cirurgiões;
corrimãos ou corrimões;
ermitãos, ermitães ou ermitões;
faisães ou faisões;
guardiães ou guardiões;
hortelãos ou hortelões;
refrãos ou refrães;
sacristãos ou sacristães;
sultãos, sultães ou sultões;
verãos ou verões;
vilãos, vilães ou vilões.

Teste de ortografia
Que opção completa, corretamente, a frase abaixo?
“Estava __________ e provocou um __________”.
(a) encapuçado – reboliço;
(b) encapuzado – reboliço;
(c) encapuçado – rebuliço;
(d) encapuzado – rebuliço.

Resposta do teste: Letra (d).
Quem está coberto por um CAPUZ está ENCAPUZADO. Uma grande desordem, uma bagunça é REBULIÇO. Reboliço é quem rebola ou tem a forma de um rebolo.

O festival “on-line” de cinema francês traz 50 longas-metragens gratuitamente produzidos pelo país europeu. Os filmes fizeram parte das últimas edições do Festival Varilux de Cinema Francês. Todos estão disponíveis com legendas em português. São comédias, dramas, filmes históricos, fantásticos e infantis, e estão disponíveis até o dia 27 de agosto.

A iniciativa solidária, patrocinada pela Embaixada da França no Brasil e Essilor/Varilux, é realizada pela Bonfilm para amenizar os dias de quarentena. Para assistir, basta acessar http://festivalvariluxemcasa.com.br/ e selecionar um filme. O usuário será encaminhado para uma plataforma de “streaming”. Será preciso fazer um cadastro na primeira vez e “login” nas próximas.

História e cultura da França

Para os que se interessam pela história e cultura da França, a curadoria recomenda “A Revolução em Paris”. O filme, selecionado para o Festival de Veneza em 2018, é sobre os homens e mulheres responsáveis pelo nascimento da República e pela deposição do rei. Ainda no gênero histórico, “O Imperador de Paris” transporta o telespectador para a era napoleônica, no rastro de Vidocq, um criminoso nada convencional, interpretado por um sombrio Vincent Cassel.

Os amantes da pintura poderão descobrir “Gauguin, Viagem ao Taiti”, vivido de forma magistral pelo mesmo Vincent Cassel. Para os que amam o teatro, “Cyrano mon Amour” revela os bastidores da criação de uma das obras mais famosas do repertório mundial, “Cyrano de Bergerac”. A gastronomia francesa pode ser admirada com o fascinante documentário sobre um dos chefes franceses mais famosos, “A Busca do Chef Ducasse”.

Comédias para diversão em família

Comédias românticas como “Amor à Segunda Vista” e “De Carona para o Amor”, ambas consagradas como sucessos nas salas do Festival Varilux de Cinema Francês são uma ótima opção. Mas também “A Excêntrica Família de Gaspard”, comédia sobre a família; “Luta de classe” (com o par Leila Bekhti/Edouard Baer numa França socialmente fraturada); “O Mistério de Henri Pick”, um enredo policial sobre um falso escritor, com Fabrice Luchini; ou ainda “Finalmente livres”, filme de ação cheio de reviravoltas emocionantes, com Adèle Haenel e Pio Marmaï (que conquistou o Prêmio SACD da Quinzena de Realizadores em Cannes em 2018) são outras escolhas para rir ao lado da família.

Filmes para os adolescentes

Há, também, opções para o público adolescente: “O Novato”, mostra sobre o quanto é difícil se integrar numa escola quando se é diferente; “Primeiro Ano”, a respeito do sufoco que é a preparação para a prova de admissão numa escola de medicina, com Vincent Lacoste em uma de suas melhores interpretações; “Meu Bebê”, para todos e todas que mal veem a hora de deixar a casa dos pais, ou ainda o comovente “A Viagem de Fanny”, que acompanha as aventuras de uma adolescente de 12 anos durante a Segunda Guerra Mundial numa França ocupada pelos nazistas.

Filmes para as crianças

Para as crianças (e os adultos que apreciam o cinema de animação), estão disponíveis seis filmes dublados que combinam poesia, humor e ação: “A Raposa Má” (Prêmio César do Melhor Filme de Animação em 2013); “Abril e o Mundo Extraordinário”; “Asterix e o domínio dos Deuses”; “Asterix e o Segredo da Poção Mágica”; “O Menino da Floresta”; e “Um Gato em Paris”.

Destaque para as mulheres

O festival dá destaque também para as mulheres com quatro histórias tão peculiares como comoventes, vividas por quatro atrizes: “O Poder de Diane” (com Clotilde Hesme); “Lulu nua e Crua”, (com Karin Viard); “Filhas do Sol”, sobre as combatentes curdas, com Golshifteh Farani; e “Quem você acha que sou”, com Juliette Binoche.

Grandes nomes do cinema francês

Durante o festival, será possível reencontrar Juliette Binoche também em “Tal Mãe, tal Filha” e “A Vida de Uma Mulher”; assim como outros grandes atores e atrizes, verdadeiros mitos do cinema francês: Catherine Deneuve, protagonista de “A última Loucura de Claire Darling” e “O Reencontro”; Isabelle Huppert, em “Branca como a Neve” e atuando lado a lado com o jovem ator Finnegan Oldfield em “Marvin”; Gérard Depardieu, em “Tour de France”; Omar Sy, em “Jornada da Vida” e “O Doutor da Felicidade”. E Jean Dujardin, mais jovial e divertido do que nunca, em “O Retorno do Herói”; Marion Cotillard em “Um Instante de Amor” e no hilariante “Rock&Roll”; Vincent Cassel (“Gauguin” e “O Imperador de Paris”), Virginie Efira (“Na Cama com Victoria”) ou ainda Vincent Lindon, no papel de um ateu abalado e fragilizado no desconcertante “A Aparição”.

Para refletir os temas atuais da sociedade

Os assuntos abordados pelos dramas dessa seleção são particularmente comoventes: o abuso sexual no já mencionado “Graças a Deus”, mas também no bastante original “Inocência Roubada”; a intolerância com “Marvin”; a radicalização islâmica em “Os Cowboys”; a difícil situação dos agricultores na França, em “Normandia Nua”. Além de dramas que têm uma história de amor como pano de fundo, como “Através do Fogo” (com Pierre Niney), “Um Amor Impossível” (Virginie Efira) ou ainda “O Filho Uruguaio” (com Isabelle Carré).

Filmes de suspense

O festival apresenta três exemplos do gênero: “Carnívoras”, um “thriller” de alta tensão sobre a relação destrutiva entre duas irmãs, estrelado pelas atrizes Leila Bekhti et Zita Hanrot; “A Noite Devorou o Mundo”; e “O Último Suspiro”, com Romain Duris.

(Fonte: Agência Brasil)

O deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) cobrou, nessa quarta-feira (29), que o governo federal envie respiradores, testes, EPIs e insumos para reforçar o combate ao coronavírus no Estado do Maranhão. A solicitação foi feita assim que soube que aeronaves com equipamentos serão enviados nesta quinta-feira, para Manaus (AM) e Belém (PA), informação dada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, durante audiência no Senado.

“General Pazuello e ministro Nelson Teich, quando vai decolar o avião para São Luís, onde 100% dos leitos de UTI nas redes pública e privada estão ocupados?”, questionou Juscelino Filho. “Dos 40 leitos prometidos para o Estado, só chegaram 20, e ainda incompletos, sem respiradores, o que impede que sejam montados e disponibilizados para a população. É preciso agilidade, pois o número de casos e óbitos está avançando muito”, acrescentou.

Mais apoio para Estados e municípios

Mais cedo, na sessão da Câmara dos Deputados, o parlamentar do DEM clamou por ações mais efetivas da União em apoio aos Estados e municípios. Entre elas, no recrutamento de profissionais da saúde. “No eixo do Sudeste, existem mais médicos que no Norte, no Nordeste, principalmente especializados. Estamos abrindo hospitais de campanha, leitos, mas governos e prefeituras estão tendo muita dificuldade para colocar pessoal nas unidades”, disse.

O deputado Juscelino Filho também cobrou a liberação dos mais de R$ 100 milhões que a bancada federal maranhense remanejou das emendas impositivas para o enfrentamento à Covid-19. E observou: “O Ministério da Saúde prometeu enviar respirador, testes e EPIs, mas chegou muito pouco. Os doentes e as famílias não vão bater na porta do ministério, do Palácio do Planalto. Eles vão bater é na porta da UPA, dos hospitais estaduais e municipais”.

Proteção para profissionais essenciais

Juscelino Filho ainda comemorou a aprovação pela Câmara do PL 1.409/2020, que determina a adoção de medidas para preservar a saúde e a vida dos profissionais essenciais que atuam no combate ao coronavírus. “São médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, dentistas, agentes comunitários de saúde, assistentes sociais, policiais, bombeiros, guardas-municipais, trabalhadores da limpeza e dos serviços funerários, entre outros”, elencou.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

5

A Advocacia Geral da União (AGU) informou, hoje (29), que derrubou uma liminar da Justiça Federal em São Paulo que determinava a adequação do calendário do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) conforme o impacto do novo coronavírus (covid-19) no calendário escolar. Com a decisão, as datas de aplicação das provas impressas ficam mantidas para os dias 1º e 8 de novembro.

De acordo com a AGU, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) manteve o calendário após os advogados públicos demonstrarem que o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela prova, tomaram medidas para garantir que nenhum aluno será prejudicado.

Entre os argumentos, foi apresentado a mudança na data para realização das provas digitais do Enem, que serão realizadas nos dias 22 e 29 de novembro. No primeiro edital, publicado no mês passado, os participantes que optassem pela versão digital do exame fariam as provas nos dias 11 e 18 de outubro. O período para concessão de gratuidade na taxa de inscrição também foi alterado para os dias 11 e 22 de maio.

(Fonte: Agência Brasil)

1

O plenário da Câmara concluiu, nessa terça-feira (28), a votação do projeto de lei que suspende os pagamentos devidos pelos estudantes ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) durante a vigência do estado de calamidade pública decretado por causa da pandemia de covid-19. A matéria segue para o Senado.

O texto prevê a suspensão do pagamento por dois meses prorrogáveis por mais dois meses. A medida alcançará alunos adimplentes ou com atraso de até seis meses. Deputados de partidos da oposição tentam ampliar a proposta para todos os estudantes que têm o financiamento.

O Fies é o programa de financiamento estudantil para cursos superiores particulares. O projeto de lei prevê a suspensão dos seguintes pagamentos:
- amortização do saldo devedor
- juros incidentes sobre o financiamento
- quitação das parcelas oriundas de renegociações de contratos
- pagamentos eventualmente devidos pelos estudantes beneficiários e pelas mantenedoras das instituições de ensino superior (IES) aos agentes financeiros para saldar multas por atraso de pagamento e gastos operacionais com o P-Fies ao longo dos períodos de utilização e de amortização do financiamento.

O texto-base da proposta foi aprovado pelos parlamentares na semana passada. Na votação dessa terça, deputados aprovaram a possibilidade de que os profissionais da área de saúde atuantes no enfrentamento ao novo coronavírus que foram financiados pelo Fies também tenham direito à suspensão do pagamento. Cerca de 800 profissionais devem ser beneficiados com a medida.

Orçamento de Guerra

Prevista para ser analisada nessa terça-feira, a PEC do Orçamento de Guerra (PEC 10/20) foi adiada para hoje (29). A medida cria um regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no país.

A proposta já foi aprovada pela Câmara, mas sofreu alterações no Senado e deve ser novamente analisada pelos deputados. A PEC tira do governo a obrigação de cumprir a chamada “regra de ouro”, que impede o governo de se endividar para financiar gastos correntes (como a manutenção da máquina pública), apenas para despesas de capital (como investimento e amortização da dívida pública) ou para refinanciar a dívida pública. A proposta também permite que empresas com débitos na Previdência Social possam receber incentivos fiscais.

Entre as modificações aprovadas no Senado, está o dispositivo que obriga o Banco Central (BC) a informar o Congresso Nacional sobre os títulos que comprou e dar detalhamentos que permitam uma análise dos riscos envolvidos. Além disso, vários ativos que o BC for comprar (cédulas de crédito imobiliário e cédulas de crédito bancário) precisarão de avaliação de qualidade de crédito realizada por uma grande agência de classificação de risco. Essa classificação não poderá ser inferior a BB-.

(Fonte: Agência Brasil)

8

O brasileiro sempre foi um povo solidário. Sobretudo nos locais com mais pessoas vivendo em estado de vulnerabilidade social, a atuação de entidades e voluntários é constante. A boa notícia, como destaca o deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA), é que a solidariedade se multiplicou durante a pandemia do novo coronavírus. Iniciativas com o objetivo de diminuir os impactos da Covid-19 se espalham por todo o país.

“A solidariedade é uma importante arma que temos neste momento difícil. Doações por meio das ‘lives’ de músicos, distribuição de alimentos a moradores de rua, ajuda a idosos que estão em isolamento social, apoio psicológico e orientação médica à distância, produção e doação de máscaras, oferta de serviços gratuitos. É, assim, juntos nessa corrente do bem, que vamos vencer o vírus e as consequências da necessária quarentena”, afirma Juscelino Filho.

Muitos interessados, porém, alegam não saber como ajudar. Uma das opções é buscar informação nos órgãos estaduais e municipais da área social. Outra é acessar plataformas como a “Para Quem Doar”, que reúne iniciativas de todo o Brasil. No “site” www.paraquemdoar.ccom.br, é possível consultar a lista por Estado e cidade, bem como indicar ações e campanhas. Do Maranhão, até o momento, há três cadastradas.

“Essa pandemia vai causar muitas mudanças em todos nós individualmente e na forma com que nos relacionamos com as outras pessoas e com a sociedade em geral. Que esse espírito solidário e outras boas transformações permaneçam, pois vamos precisar. Após vencermos o coronavírus, a guerra será contra a pobreza, a fome, o desemprego. E quanto mais unidos estivermos, mais rapidamente vamos superar tudo isso”, observa Juscelino Filho.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Uma pausa nas notícias diárias para apreciar um pouco da literatura maranhense. Aqui, apresento a vocês uma boa história sobre a morte do jornalista José Erasmo Dias, contada pelo amigo Fernando Braga. Aproveite a leitura!

--------------------

Era de manhã em São Luís e chovia... Deu-me a sorte de encontrar o meu querido amigo Murilo Ferreira à porta do “Atenas Bar”, egresso de casa onde passara à noite em claro a rascunhar alguns capítulos do seu livro “O pusilânime”. Depois dos cumprimentos iniciais, clareou-me uma ideia kafkiana: “Murilo, vamos fazer alguma coisa para intensificar mais São Luís àqueles ares europeus do início do século XIX, como nos conta o professor Nascimento Moraes no seu livro ‘Vencidos e degenerados’?” “Vamos”, disse-me ele sorrindo, a perguntar-me: “o quê, por exemplo?” “A morte de Erasmo”, disse-lhe, “ele já morreu umas dez vezes, mesmo!...” Ele respondeu-me sem titubear: “Vamos! Pelo menos se faz alguma coisa para sacudir as velhas muralhas desta nossa São Luís, hoje mais pachorrenta que nunca”.

E a notícia, corporificada à boca miúda, transpôs, de logo, os gradis do continente e correu... Chegou até Sarney que, como governador, suspendeu, no Palácio dos Leões, um almoço com cinco almirantes...

Antes de ser, vale como “post scriptum”: José Erasmo Dias, era jornalista, escritor, uma eminência parda [“éminence grise”] de vários governos, que depois desta, uma das suas muitas mortes, esbarrou na pena brilhante do jornalista e poeta José Chagas, que nos conta como foi essa história:

José Chagas**: “A morte de Erasmo”, in: ‘Jornal do Dia’, São Luís, 5 de maio de 1969.

A morte do jornalista Erasmo Dias, anteontem, constituiu o mais psicodélico dos acontecimentos nos últimos dias, em São Luís. A notícia espalhou-se pela cidade e, entre dúvidas e certezas, muitos de seus amigos viveram momentos de angústia, alguns procurando afogar essa angústia no “Atenas Bar”, o que era, ao mesmo tempo, um consolo e uma homenagem ao recém-desaparecido.

Murilo Ferreira vira quando o Erasmo, alta madrugada, depois de um colapso em plena rua, fora levado para o Centro Médico. E, como testemunha de vista, afirmava que o Erasmo já chegara ali morto, afirmação essa que, no bar, contrariava a opinião de outros que teimavam em dizer que o jornalista só falecera momentos depois de chegar ao Centro Médico.

O poeta Fernando Braga contava detalhadamente como o corpo do já prateado jornalista fora levado para a residência nos Apicuns e falava da dificuldade imensa que tiveram para encontrar, dentro da casa, o terno preto com que vestissem o morto, de modo que ele se apresentasse dignamente, em sua postura cadavérica.

Enquanto isso, o Murilo, entre prantos e cervejas, ia explicando aos que entravam no bar outro grande problema surgido com a morte do Erasmo. Era que seu corpo estava sendo disputado pela Assembleia Legislativa, pela Academia de Letras e pela Prefeitura de São Luis. A Assembleia argumentava que o jornalista havia sido deputado, era funcionário daquela casa e, portanto, o Legislativo tinha direito sobre o seu cadáver. A Academia de Letras, considerando que Erasmo havia sido um dos mais inteligentes escritores e uma figura das mais evidentes em nossos meios literários, queria que o corpo fosse levado para lá, tentando, talvez, academizá-lo postumamente, o que muitos achavam ser uma traição ao jornalista. Já o Cafeteira alegava que Erasmo fora prefeito em certa época e, por isso, desejava que o corpo fosse levado para o recinto da Câmara Municipal.

Houve quem, também, dissesse ali no bar que as últimas palavras de Erasmo foram: “Água! Água!” Mas ninguém acreditou. Não era possível que, na hora respeitável da morte, o Erasmo fosse faltar com sua coerência tão bem demonstrada em vida.

E o poeta Fernando Braga lembrava outro detalhe: “O Erasmo sempre me dizia que, no dia de sua morte, só queria de mim isto: ‘que eu colocasse quinze rosas em seu túmulo e bebesse uma cachaça no ‘Bar da Saudade”’. O poeta já havia comprado as rosas e mais algumas margaridas. Queria um enterro “hippy”.

Amigos e mais amigos chegavam e ficavam consternados. Se alguns duvidavam, Murilo mandava ouvir o rádio, através do qual o locutor Fernando Sousa dizia: “Estamos sabendo que o jornalista Erasmo Dias acaba de falecer. Notícia não confirmada, mas, enquanto isso, é com grande pesar que comunicamos o doloroso fato”: Era o que o presidente Michel chamou depois de “morte condicionada”. Muitas pessoas tomaram automóveis e foram até a casa do jornalista morto, certas de que o rádio estava dizendo a verdade.

E eis que, de repente, o Erasmo, de paletó e gravata, entra no bar, exclamando: “Essa, não! Nunca morrer assim, num dia assim, de grogue assim...” Sentou-se e pediu uma cachaça, sob a admiração de muitos que o viam como um ressuscitado. E duas coisas dolorosas foram então lembradas: a frustração do jornalista Paulo Moraes, que já estava com o discurso pronto para a beira do túmulo, e a raiva do jornalista Amaral Raposo, que entrou no bar e disse, danado da vida: “Peguei um automóvel, gastei dois mil cruzeiros para ir à casa do Erasmo e esse idiota nem morreu nem nada. Nunca mais vou cair no conto da morte dele!”

A essa altura, Erasmo sorria feliz, pedia outra dose e dizia ao dono do bar: “Defunto não paga grogue”, sem saber que o dono do bar tinha vivido momentos aflitivos, chorando com um vale preso na mão e a que o Murilo Ferreira chamara de “verdadeiro vale de lágrimas”.

---------------------
* Jornalista, contista, animador cultural e político.
* *Jornalista e escritor, é autor imortal de “Os telhados”, “Os canhões do silêncio”, “Colégio dos ventos” e outras grandes publicações.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) lançou o curso técnico em Mecânica, a primeira plataforma de ensino adaptativo na educação profissional. A ferramenta é digital e gratuita. Conteúdos interativos já estão disponíveis para toda a população se capacitar durante a emergência em saúde pública provocada pela covid-19. As inscrições podem ser feitas na “internet”.

A plataforma permite aprendizado personalizado, de acordo com as dificuldades de cada aluno, por meio das teorias de conhecimento e das técnicas de inteligência artificial, processando grande volume de informações.

Com a ferramenta, o estudante faz avaliações de múltipla escolha e recebe, na hora, a correção automática. Os resultados das avaliações são utilizados pelo algoritmo da plataforma para identificar o aprendizado e estimar como será o resultado nas próximas avaliações a serem realizadas.

O curso técnico abrange conhecimentos introdutórios sobre manutenção e automação de máquinas e equipamentos, além da criação de projetos mecânicos. A plataforma também pode ser acessada pelo celular.

Segundo o Senai, a instituição recebe, por ano, aproximadamente 26 mil alunos para o curso técnico em Mecânica. Até 2021, a plataforma disponibilizará os cursos de Automação Industrial, Internet das Coisas e Cyber Sistemas.

(Fonte: Agência Brasil)

A partir desta segunda-feira (27), a TV Escola exibirá mais de mil horas de conteúdo educativo. Desse total, 200 horas são de vídeos e documentários inéditos.

Estarão disponíveis no âmbito da iniciativa Seguimos Conectados, programas para o ensino fundamental e ensino médio, e de formação para professores e outros educadores – com destaque para o programa “Hora do Enem”, que prepara alunos para o Exame Nacional do Ensino Médio.

Além da “internet”, o sinal da TV Escola pode ser sintonizado via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o país. O sinal também está disponível nas TVs por assinatura Sky (Canal 112), Telefônica TV Digital (Canal 694), Via Embratel (Canal 123), Oi TV (950) e NET Brasília (Canal 4). Em Brasília, a TV Escola pode ser assistida no canal 2.3 (digital).

Segundo nota de divulgação da Fundação Roquette Pinto, o objetivo da iniciativa é “ajudar a reorganizar as rotinas de mais de 50 milhões de crianças e jovens brasileiros sem aulas por causa da Covid-19”.

Professores das redes de ensino pública e privada também podem colaborar com a programação da TV Escola enviando videoaulas pelo “e-mail” c[email protected]. Uma curadoria de especialistas em educação analisará o material para decidir sobre a publicação na plataforma.

(Fonte: Agência Brasil)