A questão discursiva da Prova Nacional Docente (PND), aplicada nesse domingo (26), abordou o idadismo como desafio social e educacional no Brasil.
O idadismo, também conhecido como etarismo, é um termo que define o preconceito, estereótipo e/ou discriminação contra indivíduos ou grupos com base na sua idade.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que o enunciado da questão destaca o conceito do idadismo, a importância de combater estereótipos e práticas discriminatórias baseadas na idade e de promover a integração entre diferentes gerações no ambiente escolar. O texto foi extraído do Relatório Mundial sobre o Idadismo de 2023, produzido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O texto a ser elaborado pelo candidato deve abordar os efeitos das diferenças entre gerações no contexto escolar.
Como solução para o problema, o participante da PND deve apresentar, ao menos, uma atividade de combate ao idadismo e que promova a integração intergeracional nas unidades de ensino.
Textos motivadores
Para auxiliar na construção do texto discursivo, os mais de 1,08 milhão de inscritos na prova chamada de CNU dos Professores tiveram como suporte textos motivadores ou de apoio. O conjunto de materiais que acompanha a proposta da prova discursiva tem a principal função de fornecer o recorte temático e contextualizar o candidato sobre o assunto que ele precisa desenvolver.
Entre os texto disponibilizados neste domingo está o 22º artigo do Estatuto do Idoso, que propõe a inserção de conteúdos sobre envelhecimento e valorização da pessoa idosa nos currículos escolares.
Outro texto a que os participantes da PND tiveram acesso é um trecho da obra À Sombra Desta Mangueira, do pedagogo e educador Paulo Freire (1921-1997), publicado em 1995, a partir dos manuscritos de próprio punho do autor. O texto reflete sobre a juventude e a velhice como atitudes diante da vida e da aprendizagem.
Prova objetiva
Além da questão discursiva, os participantes também respondem a questões objetivas de formação geral docente e do componente específico das 17 áreas da licenciatura.
De acordo com o edital da PND 2025, a parte da prova com conteúdo de formação geral inclui 30 questões objetivas e uma discursiva, elaboradas a partir de temas ligados à formação de um professor.
A parte específica conta com 50 questões de múltipla escolha, voltadas ao conteúdo e às habilidades próprias de cada uma das licenciaturas. São elas: artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.
A prova tem a mesma matriz da avaliação teórica do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) das Licenciaturas, que, desde a sua edição, em 2024, foca nos cursos de formação docente.
Com duração de cinco horas e 30 minutos, o término ocorreu às 19h, no horário de Brasília.
PND
A Prova Nacional Docente (PND) não é uma certificação pública para o ofício de professor, também não é um concurso.
O exame, criado pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar o nível de conhecimento e a formação dos futuros professores das licenciaturas, tem o objetivo de auxiliar estados e municípios a selecionarem professores para as suas redes de ensino.
O MEC quer, por meio da Prova Nacional Docente, estimular a realização de concursos públicos e aumentar o número de professores efetivos nas redes de ensino do Brasil.
A prova será realizada anualmente pelo Inep. A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de reconhecimento e qualificação do magistério da educação básica e de incentivo à docência no país.
Com a ideia de unir conhecimento e entretenimento, o Festival de Filmes de Ciência SFF Brasil traz de forma divertida, a ciência para todas as idades. Por meio do audiovisual criativo e da representação diversa nas telas, oferece a difusão científica.
O Festival está à disposição do público até o dia 20 de dezembro, nas sessões em museus, cineclubes, universidades e escolas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Rio Grande do Sul, Paraíba, entre outros.
Esta é a sétima vez que o Brasil recebe o Science Film Festival (SFF), nome do festival na versão em inglês, considerado o maior e mais relevante evento internacional de audiovisual voltado à ciência, tecnologia e meio ambiente para crianças, jovens e adultos.
Segundo a produtora e uma das curadoras do Festival, Giovana Botti, esse é o maior festival desse gênero no mundo e o Brasil é o único país da América a receber este festival.
“Trazer para o público brasileiro produções que são inéditas aqui é importante para o acesso mais democrático e aberto para essas obras, para ver outras realidades, outras formas de lidar com a ciência e o meio ambiente pelo mundo e também países vizinhos, porque tem produções latino-americanas também. Olhar para a forma como essa realidade está sendo tratada em outros países, ajuda também a pensar a nossa realidade”, disse, em entrevista à Agência Brasil.
Giovana Botti disse que a curadoria foi feita pensando na perspectiva do público composto por crianças e adultos brasileiros.
“Para valorizar tanto as produções latino-americanas que estão concorrendo no festival, quanto para trazer ao Brasil produções que são de fora, mas também retratam realidades e dialogam bastante com as realidades e problemas ambientais brasileiros, que têm sintonia com desafios na ciência, com temas da contemporaneidade como inteligência artificial, por exemplo. Essa curadoria pensou sempre no cenário brasileiro e latino-americano e ao mesmo tempo em diálogo com as produções de fora”, afirmou.
Nesta edição, as exibições têm 53 filmes de 22 países, 34 são voltados ao público infanto-juvenil. O acesso gratuito pode ser por meio de plataforma online ou em sessões presenciais por todo o Brasil.
“Tem uma parte dos filmes voltada para crianças e uma parte voltada para sessões de adultos também que tratam de ciência, tecnologia e meio ambiente. O festival é focado nesses três temas, mas fala dos temas além do que seria uma educação formal com o uso da linguagem do cinema para falar destes temas de maneira criativa e lúdica”, pontuou.
Um ponto principal do festival, segundo Giovana Botti, é atrair o público infanto-juvenil, muito acostumado ao contato frequente com as telas de computadores, celulares e tablets com a participação nas sessões de audiovisual.
“É olhar a educação de forma ampla e complexa. Tudo educa e o cinema também pode ter um papel importante para as crianças. Levar produções criativas que falem da ciência e valorizem a ciência, da figura do pesquisador e das comprovações científicas, mas de forma lúdica, aproveitando a curiosidade das crianças, que é natural nas infâncias para olhar nos seus entornos, para os seus cotidianos e descobrir ciência no seu dia a dia também. Estimular que elas façam experimentações e olhem a ciência de outra forma”, avaliou.
Além das exibições gratuitas, o SFF Brasil promove atividades de formação para docentes e oficinas infantis em escolas parceiras para a promoção da difusão da ciência pelo audiovisual.
“As oficinas são em São Paulo com parceiros que a gente tem para fazer em ONGs, em centros culturais, sempre infantojuvenis, tem formatos para crianças menores e para adolescentes”, contou.
Semana de ciência
Ainda na programação, para marcar a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que termina neste domingo (26), os organizadores prepararam uma seleção especial de filmes que tratam do Planeta Água, tema da semana em 2025 e que estão disponíveis gratuitamente na plataforma do festival. Conforme os seus interesses, escolas, educadores, institutos, ONGs, podem montar uma programação própria.
“No nosso catálogo a gente tem filmes tanto infantojuvenis, quanto adultos para olhar para o desafio de cuidar melhor da saúde do ecossistema das águas. A gente tem filmes que falam sobre a saúde dos corais, sobre a Antártida, sobre Abrolhos. Falam de meio ambiente e de ciência em forma de expedições, de aventuras, de investigação. Tem documentários que são verdadeiras peças investigativas desses problemas complexos que envolvem a gestão das águas hoje em dia”, revelou.
COP30
Durante a COP30, a edição nacional do SFF também terá uma programação especial no Sesc Doca, em Belém. Nos dias 14 e 15 de novembro, a partir das 16 horas, haverá oficinas e sessões temáticas de cinema sobre questões ambientais destinadas ao público infantojuvenil.
“Tem muita coisa voltada para o meio ambiente em diversos temas e que também dão esperança. Não é só uma abordagem com a problemática da crise climática, que é profunda, complexa e urgente, mas que também tem que chamar à ação. São filmes que semeiam esperança, também mostram a complexidade dos temas e incentivam a criança a fazer diferente no seu dia a dia, nos ambientes em que vive, que olha para os nossos modos de vida, que precisam ser mudados. Nossos padrões de consumo, que precisam ser revistos. São filmes que ajudam a gente a pensar, não só adultos, mas crianças também”, informou.
Entre os destaques dos filmes à disposição do público, que tratam da água, estão: Sou Água, Chuva, Antártica e Eu; Rodolitos - The Rolling Stones; Te Moana Ora - O Oceano Vivo; Coral, Abrolhos - Paraíso em Perigo; e Águas Quentes. Todos os filmes estão disponíveis gratuitamente na plataforma do festival e podem ser utilizados como recurso em sala de aula.
Para ampliar o alcance das sessões, o SFF Brasil realiza parcerias com escolas, centros culturais e instituições do país, que estejam interessados em realizar mostras gratuitas.
Neste caso, é só entrar em contato pelo e-mail: [email protected]. O catálogo completo está disponível na plataforma de streaming do festival, com acesso gratuito por meio de inscrição via Instagram. Também é possível assistir aos filmes online.
“A gente pode levar uma sessão ou enviar os filmes para eles gratuitamente. A ideia é levar filmes de ciência, tecnologia e meio ambiente para o Brasil afora”, completou.
O SFF-Brasil é realizado com apoio do Programa de Ação Cultural - ProAC, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, e tem o patrocínio da SKY Brasil, Escola Plus e Fundação Norma y Leo Werthein; e o apoio da Spcine - Empresa de Cinema e Audiovisual da Cidade de São Paulo.
A edição 2026 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) permitirá o uso das notas das três últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – 2023, 2024 e 2025 – para a inscrição e classificação dos candidatos. A novidade está prevista no Edital nº 22/2025, publicado no Diário Oficial da União de 20 de outubro e disponível também na página do Sisu.
Para fins de classificação, o Ministério da Educação (MEC) levará em conta a nota da edição do Enem que apresentar a melhor média ponderada, conforme a opção de curso, desde que o participante não tenha participado como treineiro - aqueles que se inscrevem na prova antes do 3 º ano do ensino médio.
A medida é inédita e foi incluída no edital de adesão das instituições de ensino superior ao Sisu 2026, que começa na segunda-feira (27) e vai até 28 de novembro, por meio da plataforma Sisu Gestão.
Para preencher o termo de adesão, as instituições precisam ter encerrado a ocupação de vagas referentes à última edição do processo seletivo da qual tenham participado. Durante o período de adesão, a instituição poderá reabrir o termo eventualmente assinado e alterar as condições de participação.
O que é o Sisu
O Sistema de Seleção Unificada permite que os candidatos escolham e concorram gratuitamente, com uma única inscrição, a vagas em diversas universidades públicas, a partir dos resultados obtidos pelo estudante no Enem. O objetivo é ampliar o acesso ao ensino superior.
Desde o ano passado, o Sisu passou a ser realizado em edição única. No processo seletivo único anual, as instituições públicas de ensino superior podem disponibilizar vagas para cursos de graduação cujo início das aulas seja no primeiro ou segundo semestre do ano.
Em 2025, foram ofertadas 261.779 vagas para 6.851 cursos de graduação em 124 instituições públicas de ensino superior de todo o país. De acordo com o MEC, a edição do Sisu de 2025 teve 254,8 mil candidatos aprovados, sendo 128 mil na ampla concorrência, 111 mil na modalidade de cotas e 14 mil por meio de ações afirmativas das próprias instituições de ensino superior.
A aguardada 6ª edição do Sonora – Festival Nacional de Compositoras em São Luís está chegando – e a programação completa do evento foi divulgada oficialmente, com oito compositoras maranhenses selecionadas, que irão celebrar a música autoral feminina feita no Maranhão nesta sexta (24) e sábado (25), no Casarão Laborarte (Rua Jansen Miller, 42), no Centro Histórico de São Luís, com entrada gratuita e aberta a todos os públicos e gêneros.
Entre as artistas, escolhidas pelas curadoras Isabella Bretz, Deyla Rabelo e Amanda Drumont, estão: ADH4RAA; Clara Madeira; Emanuele Paz; Klicia; Lidhia; OHANA; Paula Nordestina; e Rayssa Jamylle.
“Cada uma delas traz uma trajetória única, marcada por identidade, força criativa e expressão musical plural. Seguimos celebrando o protagonismo feminino na música, conectando vozes, territórios e sonoridades”, analisa Deyla Rabelo, curadora e produtora executiva do festival em São Luís.
Realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma), do governo do Maranhão, o Sonora 2025 terá, também, espaço para outras atividades em sua programação no Laborarte, como oficina, bate-papo e o “Espaço Kids” – voltado para a criançada, que estará ativo nos dois dias de evento, durante as primeiras horas de shows.
No dia 24 (sexta-feira), a curadora Amanda Drumont realizará o bate-papo “Hackeando o sistema: falando de mercado musical”, das 16h às 18h. Na ação, serão abordadas questões importantes para o trabalho do artista local, tais como: estratégias de comunicação, curadoria musical contemporânea e como hackear o sistema do mercado musical estando fora do eixo econômico do país.
Já no sábado, dia 25, das 8h às 12h e das 14h às 18h, o Sonora São Luís terá uma atividade para profissionalização da carreira musical, com a oficina “Afina: ocorre”, que será ministrada pela produtora cultural Mariana Cronemberger, e focará na formação prática e intensiva focada em mulheres artistas, abordando desde a criação de materiais profissionais (release, portfólio, EPK) até a gestão de carreira, finanças e comunicação.
Ambas as atividades são gratuitas, com vagas limitadas, livres para todos os gêneros e sujeitas à lotação do espaço. Já os shows em cada dia iniciam-se a partir das 18h30 – a programação terá, também, discotecagem e performance especiais da cantora Camila Reis (no dia 24, com as convidadas especiais Luciana Pinheiro e Andréa Frazão) e do grupo Samba de Mina (no dia 25).
Para mais informações sobre o festival, acesse o site oficial: https://sonorasaoluis.wixsite.com/sonora-festival-inte.
Sonora – Festival Internacional de Compositoras
Considerado um dos maiores movimentos artísticos-culturais com foco em dar visibilidade e legitimar a presença da mulher compositora no cenário musical, rompendo com a lógica que a reconhece apenas como intérprete, o Sonora é realizado em São Luís desde 2016 e fortalece individualmente cada compositora por meio da coletividade, fomentando a criação e divulgação de trabalhos autorais por meio de shows 100% autorais e atividades complementares, por meio de diversas ações, como debates, oficinas e exposições.
Palco para celebração da música autoral feminina e nascido a partir da hashtag #mulherescriando, criada pela musicista Deh Mussulini, como um gesto simples e poderoso para mostrar ao mundo que há muitas mulheres criando música, o Sonora conquistou repercussão imediata - e inspirou compositoras, de diferentes lugares, a se unirem para colocar a mulher compositora no centro da cena.
Hoje, presente em mais de 60 cidades de 16 países, o Sonora conecta o Maranhão a uma rede internacional que celebra a diversidade de estilos, histórias e perspectivas femininas, reafirmando a música como território de liberdade, expressão e equidade.
Veja, abaixo, a programação completa da edição 2025 do Sonora – Festival Nacional de Compositoras em São Luís:
Sexta-feira, 24/10
Local: Casarão Laborarte;
Bate-papo | 16h às 18h – “Hackeando o sistema, falando de mercado musical”, com Amanda Drumont.
Programação artística | A partir das 18h30
Discotecagem Fê Marques e shows de Lidhia, ADH4RAA, Clara Madeira e Emanuele Paz;
Participação especial: Camila Reis, com as convidadas Luciana Pinheiro e Andréa Frazão;
*Espaço Kids – ativo durante boa parte das primeiras horas da programação noturna no Laborarte.
2º dia – Sábado, 25/10
Local: Casarão Laborarte;
Oficina | Das 8h às 12h e das 14h às 18h - “Afina o Corre – Gestão e Apresentação Profissional para Mulheres da Música”, com Mariana Cronemberger.
Programação artística | A partir das 18h30
Discotecagem com DJ Babi Botega e shows de Paula Nordestina, Ohana, Rayssa Jamylle e Klicia;
Participação especial: o grupo Samba de Mina;
*Espaço Kids - ativo durante boa parte das primeiras horas da programação noturna no Laborarte.
Serviço
O quê: 6ª edição do Sonora – Festival Nacional de Compositoras em São Luís;
Onde: no Casarão Laborarte (Rua Jansen Miller, 42), no Centro Histórico de São Luís;
Quando: nesta sexta-feira (24) e sábado (25) – com oficina, bate-papo e shows;
Site oficial: https://sonorasaoluis.wixsite.com/sonora-festival-inte
Revelação do esporte maranhense e destaque entre os jovens talentos da vela mundial, o kitesurfista Lucas Fonseca está em fase final de preparação para uma das competições mais importantes da temporada de 2025. Lucas, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, vai participar do Campeonato Mundial de Fórmula Kite Sub-21 a partir deste domingo (26), em evento que reunirá as principais promessas da modalidade. A competição será realizada na Praia da Vitória, nos Açores, em Portugal, até o dia 1º de novembro.
Lucas Fonseca viajou para o Mundial Sub-21 de Fórmula Kite com a confiança elevada por excelentes resultados e conquistas históricas nos eventos disputados em 2025. Em agosto, o kitesurfista maranhense faturou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos Sub-23, realizados no Paraguai, e garantiu uma vaga no Pan 2027, em Lima, no Peru. Em seguida, Lucas foi o melhor kitesurfista das Américas e garantiu o 12º lugar na classificação geral do Campeonato Mundial de Fórmula Kite, que reuniu os principais atletas do mundo na modalidade e foi realizado entre setembro e outubro, em Cagliari, na Itália.
Além do ótimo retrospecto recente, Lucas Fonseca tem um histórico favorável nos principais eventos de base de Fórmula Kite nas últimas temporadas. Além de faturar a medalha de bronze no Mundial Sub-21 de 2024, que foi realizado em Gizzeria, na Itália, o jovem kitesurfista maranhense garantiu a quarta colocação no Mundial Sub-21 e Sub-19 em 2023. Agora, o objetivo de Lucas é conquistar o tão sonhado título mundial nas águas de Portugal.
"Estou muito otimista e confiante para a disputa do Mundial Sub-21 em Portugal, principalmente depois dos excelentes resultados no Pan Sub-21 e no Mundial de Fórmula Kite, onde pude mostrar toda a minha evolução nesta temporada. As expectativas são sempre as maiores, estou mais tranquilo e confiante em relação aos Mundiais anteriores. Espero fazer um ótimo Mundial, lutar pelas primeiras colocações e manter esse bom trabalho em busca do meu principal objetivo, que é a vaga olímpica para Los Angeles 2028. Agradeço a todos os meus patrocinadores e conto com a torcida de todo mundo em mais um grande desafio, representando o Maranhão e o Brasil da melhor forma possível", afirma Lucas Fonseca.
Com apenas 19 anos, sendo 10 deles dedicados à prática do kitesurf, Lucas Fonseca já tem uma carreira de muitas conquistas no cenário da vela nacional e internacional. Em 2024, Lucas foi medalha de ouro no Campeonato Mundial da Juventude, realizado na Itália, e terceiro colocado do Sertões Kitesurf, evento que é considerado o maior rali de kite do mundo. Na mesma temporada, o kitesurfista maranhense foi um dos atletas selecionados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para o Programa de Vivência Olímpica nos Jogos de Paris 2024, em iniciativa cujo objetivo é preparar jovens promissores para futuras edições das Olimpíadas. Além disso, Lucas Fonseca faturou o bicampeonato brasileiro e pan-americano Sub-21 em 2022 e 2023.
O kitesurfista maranhense Lucas Fonseca conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além dos apoios do Time Brasil, da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), da Energisa, da Icatu Vanguarda, da Ocean Kite Point e do Programa Bolsa Atleta.
Aline de Lima, cantora e compositora caxiense, já se apresentou na Alemanha, Argélia, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Luxemburgo, Marrocos, Noruega, República Tcheca, Suíça, entre outros países.
Aline de Lima completou 47 anos nessa quinta-feira, 23 de outubro de 2025.
Ela nasceu em Caxias em 23 de outubro de 1978. Aos 18 anos, quis estudar Design e foi para a Suécia, mais precisamente para capital do país, Estocolmo, cidade de pouco mais de 800 mil habitantes, cuja história remonta aos anos 1200. Aline, que já conhecia a Veneza de Caxias, no norte do Maranhão, foi para a capital sueca, cidade sobre ilhas, chamada de “Veneza do Norte”.
Ficou três anos na Suécia. Queria ser cantora. Fazer “design” com a voz. Desenhar tons e semitons... musicais. Assim, trocando a paleta pela partitura, mudou-se para a França, fixando moradia em Paris. Cantou em bares, em lares e em outros ares parisienses. Com uma série de composições que fez, encantou olhares, ouvires, pensares. Pronto! Garantiu-se o primeiro contrato profissional, com a gravadora/editora Naïve.
E como a repetir que a boa filha sai da cidade mas a cidade não sai dela, Aline de Lima, já em seu primeiro disco, o CD “Arrebol”, de 2006, faz homenagem a um conterrâneo, igualmente maranhense, talqualmente caxiense – Gonçalves Dias, cuja “Canção do Exílio” é citada/declamada na composição ricamente e teluricamente intitulada “Terra”. Era o primeiro CD, que saía não apenas com a marca da beleza regional mas também com o marco do talento internacional: a participação de profissionais de renome, como o compositor e violoncelista norte-americano Erik Friedlander, o baterista brasileiro Paulo Braga (que trabalhou com Elis Regina, Ivan Lins, Mílton Nascimento e Tom Jobim) e o guitarrista norte-americano Marc Ribot, além do norte-americano Arto Lindsay, cantor, compositor e produtor, já que assinou trabalhos (álbuns) para diversos artistas brasileiros, entre os quais Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Gal Costa, Marisa Monte e Tom Zé). O CD foi produzido pelo nortista-amazonense Vinicius Cantuária, ex-integrante do conjunto “O Terço” e respeitado músico brasileiro.
A presença mundial em seus trabalhos se amplia. Já no segundo CD, de 2008, tão brasileiramente, tão nortistamente chamado “Açaí”, tem a participação do arranjador, compositor e músico japonês Jun Miyake e uma música em sueco, além de, desta vez, fazer ponte com Portugal e citar, em sua música “Adeus, solidão”, o poema “Horizontes”, de Fernando Pessoa.
Seu terceiro CD foi “Marítima”, lançado em 2011. O trabalho de Aline de Lima, seja o que canta, seja o que toca, seja o que compõe, é ressaltado por críticos na França e no Canadá. O prestigioso jornal “Le Monde” deu-lhe destaque. Em entrevista a esse diário francês, Aline disse que a receita para seu trabalho é dirigi-lo “como um pintor” faz/faria. Para quem tinha vocação para o desenho, ela sabe muito bem o que está dizendo – e fazendo.
Observando e absorvendo, inspirando-se e expirando, transudando, transpirando e transparecendo brasilidades, maranhensidades e caxiensidades, Aline de Lima junta à sua beleza pessoal-vocal-musical o ritmo, o jeito, o dengo, as sonoridades em “B” maior de nossa Bossa, de nosso Batuque, de nosso Baião, do nosso samBa, e nisso ela é BamBa.
Com o tema “Bora se ver no Cinema”, a 5ª edição do Festival Mate com Angu de Cinema começou nessa quinta-feira (23), na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O evento promovido pelo Cineclube Mate com Angu busca fortalecer a produção audiovisual local e democratizar o acesso à sétima arte.
O festival ocorre em espaços públicos de valorização cultural, como o Gomeia Galpão Criativo e o Casarão da Cultura, além de ter na programação uma sessão ao ar livre na Praça da Estação de Trem de Imbariê. A programação é gratuita e vai até 1º de novembro.
Para além da mostra de filmes de longa-metragem nacionais, estão inclusas competições de curtas-metragens, oficinas, debates e aulas abertas.
Uma das realizadoras do evento, Luisa Pitanga conta que o coletivo recebeu a inscrição de mais de 600 curtas e que ficou impressionada com a qualidade das produções que vieram de várias partes do país.
“A gente percebeu que muitos desses filmes só foram realizados por conta da Lei Paulo Gustavo. E ficou muito claro para a gente que, realmente, a política pública de audiovisual, essa territorialização, faz diferença, sim”.
Luiza Pitanga se refere à Lei Complementar nº 195/2022, batizada de Lei Paulo Gustavo, que destina cerca de R$3,862 bilhões para a execução de ações e projetos culturais em todo o território nacional.
Baixada na tela
A mostra abre com a estreia do documentário Amuleto, primeiro longa-metragem do Cineclube Mate com Angu. O projeto explora a história da produção do filme O amuleto de Ogum (1974), dirigido por Nelson Pereira dos Santos.
As histórias se passam em Duque de Caxias, local de origem do coletivo que atua desde 2002 e já produziu mais de 30 curtas e 100 oficinas voltadas ao audiovisual, com foco em produções locais.
Para Igor Barreira, membro do coletivo, o objetivo é descentralizar os cinemas de locais como shoppings e promover uma nova perspectiva sobre produções independentes. “Um Festival acolhedor e divertido, mas também crítico e provocador, como o cinema e arte devem ser", afirma.
O projeto é uma parceria entre o Cineclube Mate com Angu e a Circular Filmes, apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Política Nacional Aldir Blanc..
Chega ao público, nesta quinta-feira (23), o documentário Herzog – O Crime que Abalou a Ditadura, que reconstitui o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, que completa 50 anos no próximo sábado (25). Produzido pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL), o longa-metragem conta a trajetória do jornalista, professor e cineasta, que foi torturado e assassinado por agentes da ditadura militar. O filme traz depoimentos de amigos, colegas de redação e pessoas da família e estará disponível no canal do ICL no YouTube às 19h.
Para os produtores do filme, os relatos ajudam a entender por que a morte de Herzog causou comoção nacional e se transformou em marco na luta pela democracia no Brasil.
“A grande preocupação que a gente tinha era fazer isso de uma forma que criasse um interesse novo pela história, que já foi contada muitas vezes. A gente queria trazer um elemento novo”, comentou, em entrevista à Agência Brasil, o diretor e roteirista do filme, o jornalista e documentarista, Antônio Farinaci, cujo trabalho se destaca pela investigação de temas históricos, sociais e culturais.
Uma das vítimas da repressão, Vladimir Herzog nasceu na antiga Iugoslávia e, fugindo do nazismo, veio para o Brasil com a família quando ainda era criança. Sua morte foi informada pelos agentes da ditadura como suicídio, e essa farsa contribuiu para que o caso se tornasse um símbolo da resistência e da luta pela liberdade de imprensa.
A diretora executiva de conteúdo do Instituto Conhecimento Liberta, Márcia Cunha, disse que a história do jornalista vem sendo contada com diversos recortes em vários trabalhos, mas, nesta produção, a escolha foi mostrar um recorte muito específico, que foi o crime em si, desde uma semana antes até uma semana depois, contando porque ele foi morto, o que ocorreu com ele e as consequências do que aconteceu com o jornalista, com o país e com a história brasileira.
“Nesses 50 anos, têm muita coisa acontecendo, porque foi um marco histórico muito grande. A gente escolheu especificamente esse recorte do crime, exatamente para mostrar como a ditadura agia, o que era capaz de fazer e, inclusive, utilizando alguns comportamentos e estratégias que são repetidas até hoje. Por exemplo, eles tinham uma espécie de gabinete do ódio em que jornalistas de direita pregavam contra o Vlado e os jornalistas da TV Cultura. Chamavam a TV Cultura de VietCultura, porque fez uma matéria sobre o Vietnan, então, era comunista. Era a mesma coisa do que a gente vê hoje”, afirmou, lembrando de fatos recentes ocorridos no Brasil, com o reaparecimento de grupos defendendo o regime militar.
Entre os depoimentos que auxiliaram a reconstituição na produção audiovisual, estão os dos jornalistas Dilea Frate, Paulo Markun, Rose Nogueira e Sérgio Gomes; do filho de Vlado, Ivo Herzog; e do diretor e produtor de cinema e televisão, roteirista e escritor brasileiro, João Batista de Andrade.
Márcia Cunha revelou que a produção enfrentou dificuldades com a falta de imagens, porque não existem acervos da época com o o jornalista trabalhando, a prisão e outros momentos da sua trajetória. Além disso, mesmo nos depoimentos, havia barreiras. Como é um crime que ocorreu há 50 anos, a maioria das pessoas que foi testemunha já morreu ou está muito idosa. Na reconstituição da história, a dificuldade foi usada como uma vantagem e fazer o documentário chegar mais perto das novas gerações do país.
“Para recriar situações que ele viveu, como os agentes da repressão chegando na TV Cultura, querendo levá-lo preso, o que os companheiros de cela viram, os detalhes dos gritos que ouviam, o que eles falavam, a gente recriou essas situações com storyboards, para ficar como histórias em quadrinhos. Os nossos recursos de arte foram para tentar criar, em imagem de quadrinhos, o que aconteceu, porque a gente acredita também que vai facilitar que as novas gerações se interessem pelo tema e compreendam a dimensão do que aconteceu”, relatou.
Memória em quadrinhos
“A gente optou por esta narrativa de recriar essa situação dramática de tensão, do enterro, da abordagem, da prisão e da tortura com essa linguagem de quadrinhos e entremeou isso com os depoimentos dos colegas dele de cela que estão vivos, dos amigos e com relatos de pessoas que já morreram, como Dom Paulo [Evaristo Arns]. A gente fez esse mix de filmes antigos, relatos atuais e, a partir dos relatos, a gente reconstituiu essa violência toda e esse drama que o Herzog viveu”, completou.
Os desenhos dos quadrinhos foram feitos pela artista ativista Paula Villar. Para a realização, o diretor passava as histórias de cada situação, para que ela pudesse elaborar a arte.
“A gente fez uma recriação das coisas que não tínhamos em imagem, porque muitas aconteceram nos porões da ditadura e em lugares que não tinham permissão para entrar. Aconteciam nos porões do DOI-Codi [Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna, órgão que praticou violações contra opositores da ditadura]. Não têm registros de imagem, iconografia disso e muitas não tinham iconografia porque não tinha ninguém fazendo foto, não tinha ninguém fazendo filmagens. A Paula fez uma interpretação desses episódios, mas tudo baseado em depoimentos e naquilo que a gente tem de iconografia disponível”, revelou o diretor.
Como é uma história que ainda tem testemunhas e colegas de trabalho de Herzog, o diretor e roteirista do filme disse que criou o roteiro em cima dos depoimentos.
“A gente fez tudo muito respeitoso e fiel com os depoimentos, que a gente conseguiu colher das pessoas que estavam lá e foram testemunhas em primeira mão dessa história. Não é alguém contando uma história que ouviu falar. São pessoas que viveram e estiveram presas com ele no DOI-Codi. É uma história muito contundente”, apontou.
“São pessoas que trabalharam, foram companheiras do Herzog e, algumas delas, estiveram presas no mesmo lugar. Alguns são depoimentos aterrorizantes, porque ouviram ele ser torturado na cela ao lado. É muito chocante o testemunho que elas têm a dar. Era importante que o documentário tivesse essa preocupação de trazer o que foi o terror dessa época, para que não tenha esse engano que a gente vive hoje em dia, de pessoas pedirem intervenção militar e a volta do que foi o regime militar”, acrescentou Farinaci.
Abalo na ditadura
A diretora do ICL lembra que o crime teve impacto tão grande na época que deixou evidente a divisão que havia no regime militar a respeito da continuidade da ditadura. Por isso, o nome do documentário: Herzog – O Crime que Abalou a Ditadura.
“O crime foi tão violento e teve uma repercussão tão grande, que as duas linhas, a da abertura, com Geisel [ex-presidente general Ernesto Geisel] e Golbery [ex-chefe da casa civil general Golbery do Couto e Silva], e a linha dura do exército estavam já se estranhando com ideias diferentes. O Geisel e o Golbery queriam a abertura, e a linha dura, não. Esse crime ajudou que a linha que queria a abertura vencesse. Esse crime teve um impacto muito grande para o fim da ditadura no Brasil”, disse.
Márcia Cunha acrescenta ainda mais uma parte da história de Herzog que precisa ficar na memória do país: os agentes foram até a TV Cultura, em São Paulo, onde o jornalista trabalhava, para fazer a prisão dele, mas Herzog argumentou que precisava botar o telejornal no ar e não poderia ir com eles. Ele se comprometeu a se apresentar no prédio do DOI-Codi, órgão de repressão e inteligência e do Exército. Lá foi preso, torturado e morto.
“Ele foi lá, se apresentou e, no mesmo dia, foi morto. Nunca mais saiu. Foi se apresentar espontaneamente. Ele foi torturado barbaramente, e o corpo dele não resistiu. A gente conta no DOC que, na semana que antecedeu a prisão e o crime, já tinham sido presos 11 jornalistas. Estava tendo uma caça aos jornalistas”, disse.
Outra memória da trajetória de Herzog abordada no filme é a foto em que aparece enforcado para reforçar a narrativa de que ele se suicidou.
“A gente quis contar a violência, o modus operandi, a desfaçatez, porque eles contavam com a impunidade a ponto de a foto com ele pendurado ter sido tirada por um perito da polícia técnica. Ele está enforcado com o pé e o joelho quase encostado no chão. A foto já era denúncia da fraude, da farsa.
Podcast
Márcia Cunha destacou que, junto ao documentário, o ICL lança o podcast Caso Herzog – A foto e a farsa, que conta como ela foi feita, o que também é mostrado no filme.
“O fotógrafo vai até o DOI-Codi. Ele era um menino recém-formado, que estava entrando na polícia técnica, e foi fazer a foto. Ele tinha 22 anos e tirou a foto que, no fim, foi um dos principais fatores [para desvendar o crime], além da luta da Clarice Herzog, de muita briga na Justiça, muitas provas e testemunhos”, analisou, concluindo que, também neste caso, é importante passar a história para os mais jovens. O episódio estará disponível no canal do ICL no YouTube e em todas as plataformas de áudio.
“Quando se falou que ele se suicidou, ninguém acreditou, porque não era o perfil dele. Não estava com nenhum problema, estava bem, assumindo a direção do canal. Aí, pediram uma autópsia, que foi feita pelo Harry Shibata, o legista da ditadura, e insistiu na versão do suicídio. Depois, ficou provado que não. Foi depois da luta de uma vida da Clarice Herzog para provar que foi montado e que a ditadura militar era responsável pela morte do Vlado”, indicou.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, nesta quinta-feira (23), o Cartão de Confirmação de Inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. Nele, é possível consultar informações como o local de prova, número de inscrição e hora das provas.
Para acessar o cartão e saber o local onde fará a prova, o estudante deve acessar a Página do Participante, no site do Inep.
No cartão de confirmação é possível também registrar que o inscrito terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso.
As provas serão aplicadas em 9 e 16 de novembro, em todo o país. A exceção está em Ananindeua e Marituba (PA), municípios onde o exame será aplicado em 30 de novembro e 7 de dezembro. Nessas cidades, o Cartão de Confirmação de Inscrição será disponibilizado posteriormente na Página do Participante.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a redefinição de data nesses dois locais ocorre devido à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém no período da aplicação regular do exame.
O Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.
O festival Mulheres do Mundo – WOW – retorna para sua terceira edição no Rio de Janeiro entre os dias 24 e 26 próximos. O evento será no Complexo da Maré.
Cerca de 150 mulheres convidadas vão se dividir entre rodas de debate, shows, feiras de empreendedorismo e competições esportivas para discutir temas voltados à igualdade de gênero, justiça reprodutiva e questões climáticas.
A iniciativa conta com a presença confirmada de nomes do ativismo político e cultural como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, as escritoras Conceição Evaristo e Sueli Carneiro, a pajé Japira Pataxó, a ex-ministra da Justiça francesa Christiane Taubira.
Os shows terão Fat Family, Fafá de Belém, Priscila Senna, MC Luanna, Kaê Guajajara e a cantora LGBTQIAP+ BIAB. Os ingressos para o festival estão disponíveis no site oficial do WOW. As apresentações, como todas atrações do festival, são gratuitas.
Cidade sem fronteiras
O Festival Mulheres do Mundo foi criado em 2010 pela diretora e produtora britânica Jude Kelly. Nos últimos 15 anos, passou por 23 países em seis continentes, envolvendo mais de cinco milhões de pessoas em ações que elevam a potência feminina e pensam o futuro.
O Rio de Janeiro, que recebeu as edições de 2018 e 2023, ainda é a única cidade da América Latina a sediar o festival, realizado ambas as vezes na praça Mauá, no centro da cidade. Pela primeira vez, o Mulheres do Mundo acontece nas comunidades.
A promoção é liderada pela Organização Não Governamental (ONG) Redes da Maré, que atua desde 2007 na garantia de direitos e ações voltadas para a população de mais de 140 mil pessoas que residem entre as 15 favelas do Complexo da Maré.
“Realizar um festival do porte do WOW num território de favela é afirmar a importância de olhar para a cidade de uma forma igualitária, se apropriando dos espaços sem barreiras ou fronteiras”, afirma Eliana Sousa Silva, diretora fundadora da Redes da Maré, diretora geral e curadora do Festival Mulheres do Mundo no Brasil.