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– Foi reitor da Uema. Fundador da Faculdade de Medicina Veterinária. Ex-presidente da Academia Caxiense de Letras. Diretor do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias. Secretário municipal de Educação e Cultura de Caxias. Escritor. Médico Veterinário. Professor.

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A cidade de Caxias perdeu em 2019 ilustres filhos que, com seus trabalhos, honraram e honram a História e a Cultura do município.

Em 2019 faleceram o arquiteto, ativista cultural e ex-secretário da Cultura Antônio Nascimento Cruz, a professora e ex-secretária de Cultura Valquíria Fernandes, o engenheiro e ex-presidente da Academia Caxiense de Letras Raimundo Medeiros e, no mesmo dia 16 de outubro, o professor, militar, escritor e ex-presidente da Academia Caxiense de Letras Antônio Pedro Carneiro e o médico veterinário, professor, escritor, ex-reitor da UEMA Jacques Inandy Medeiros.

Todos eram professores. Todos participavam de instituições culturais locais, como a Academia Caxiense de Letras, Instituto Histórico e Geográfico de Caxias e Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão (ASLEAMA). Todos foram servidores públicos, em órgãos municipais ou estaduais.

No 16 de outubro de 2019, uma quarta-feira, enquanto os caxienses ainda se prostravam pesarosos com o falecimento do professor Antônio Pedro Carneiro, ex-presidente da Academia Caxiense de Letras (ACL), uma nova notícia quase ao final das 24h impactou fundamente a cidade: acabara de falecer em São Luís (MA), perto da meia-noite, o professor Jacques Inandy Medeiros, também ex-presidente da ACL e vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico caxiense. Jacques residia em São Luís. Estava adoentado, em casa; sentiu-se mal, foi levado a hospital da capital maranhense e foi internado em UTI. Não resistiu.

Jacques Medeiros era casado com Maria de Fátima Oliveira Medeiros. O casal teve quatro filhas: Cynthia, Elma, Silvana e Graziela. Jacques deixou ainda oito netos. Sobre seus descendentes, Jacques escrevia que eles eram, “sem embargo, os prosseguidores da inteligência e cultura do clã Medeiros, que pontifica em Caxias faz mais de um século”.

Jacques Medeiros tem uma das mais largas folhas de serviços prestados a Caxias e ao Maranhão, sobretudo nos campos da Educação e da Cultura. Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Fluminense (Rio de Janeiro), onde estudou de 1967 a 1970, Jacques Medeiros, após a formatura, retorna ao Maranhão e trabalha na Secretaria de Agricultura do estado. Depois, em períodos diversos, desenvolve funções de gestão no Banco de Desenvolvimento do Maranhão: Chefe da Divisão de Acompanhamento e Controle de Projetos (1977/78), Chefe do Departamento Rural (1978/79), Chefe da Divisão Agroindustrial (1987), Diretor de Crédito Imobiliário (1994) e Diretor Administrativo (1995/2000).

No campo da Educação, Jacques Inandy Medeiros mostrou seu talento desde cedo: ainda menor, aos 17 anos, já dava aulas no Colégio Caxiense e, depois, na Escola Normal de Caxias e Ginásio Coelho Netto. Em São Luís, estudou no Liceu Maranhense. Nos anos 1970, após retornar do Rio de Janeiro, já veterinário formado, Jacques Medeiros passa a dar aulas na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), na capital: em 1975/76 ministra Biofísica, Bacteriologia e Imunologia no curso de Medicina Veterinária. De 1975 a 1979, dirige o Departamento de Ciências Fisiológicas da Unidade de Estudos de Agronomia. Em 1982/83 é membro titular do Conselho Universitário da UEMA e, de 1979 a 1983, diretor da Faculdade de Medicina Veterinária, escola que ele ajudou a fundar. De 1983 a 1987, chega ao topo da carreira: reitor da Universidade da qual, de 1975 a 1990, era professor titular.

Após a reitoria, Jacques Medeiros foi convidado a emprestar seu talento à Educação e Cultura de sua cidade. Deu aulas no Centro de Estudos Superiores de Caxias (CESC/UEMA) e, de 1989 a 1991, foi secretário da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia. Depois, de 2005 a 2006, foi secretário da Secretaria de Cultura, Patrimônio Histórico, Esporte, Turismo e Juventude de Caxias. Na mesma época, de 2002 a 2006, foi presidente eleito e reeleito da Academia Caxiense de Letras. Também foi membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC), do qual foi vice-presidente. No IHGC ocupou a Cadeira nº 7, cujo patrono é seu pai, o professor, jornalista, escritor, servidor público e gestor escolar Francisco Caldas Medeiros, caxiense que, tão precoce quanto o futuro filho, já aos 20 anos era oficialmente nomeado como diretor de uma escola estadual, o Colégio Agrícola, no município de Barra do Corda.

Jacques Medeiros escreveu diversos livros, entre eles o muito citado “Arca de Memórias” e “A História da Educação de Caxias”. Era dono de vasta cultura literária e universal. Gostava de viajar pelo mundo. Sabia de memória dados geográficos dos diversos países, muitos visitados por ele. Apoiava e estimulava novos escritores.

Sua prestação de serviços o levou a ser homenageado com a Medalha do Mérito Timbira, Medalha do Mérito Brigadeiro Falcão e Medalha Gomes de Sousa de Mérito Universitário.

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Quando Jacques Medeiros viajava a Imperatriz como reitor da UEMA, costumávamos nos encontrar e, na própria Universidade ou em grupo de amigos e conhecidos (entre os quais o professor universitário Osvaldo Ferreira de Carvalho, também caxiense), fazíamos questão de falar sobre “coisas” de Caxias. A conterraneidade fortalecia a amizade. Na época, nas minhas muitas viagens a Caxias, conversávamos  à volta de uma mesa posta na larga calçada do Excelsior Hotel, ou nas reuniões da Academia e do Instituto Histórico, onde ambos éramos membros e diretores. Por telefone, de São Luís, Jacques e eu trocávamos informações e, também, insatisfações relacionadas ao universo da Cultura e História caxienses.

Em mensagens e textos que me enviava via WhatsApp, Jacques Medeiros falava sobre Caxias e caxienses,  Abraham Lincoln, Castro Alves, Confúcio, Cristo, Darwin, Duque de Caxias, São Luís, Vespasiano Ramos, a importância da Comunicação entre os seres humanos, a Universidade brasileira; fazia sua lista dos melhores hinos nacionais entre os diversos países, enviava excertos de Fernando Pessoa e outros autores, gravava áudios onde detalhava aspectos históricos e biográficos acerca de pessoas de Caxias etc. Mostrou-se surpreso, incrédulo e chocado com as mortes dos caxienses e amigos comuns Valquíria Fernandes, professora, e Antônio Nascimento Cruz, arquiteto e ativista cultural. Em maio de 2019, ano de seu falecimento, escreveu-me sobre a troca de correspondência entre ele e outro talentoso caxiense, o escritor Ferdinand Berredo de Menezes, sobre o qual eu havia escrito um texto e, anos depois, em 2024, faria três palestras na Academia Espírito-santense de Letras, na Assembleia Legislativa do estado e no Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, em Vitória, onde Berredo fora advogado, economista, escritor, artista plástico, vereador, presidente da Câmara Municipal, prefeito da capital e, por mais de trinta anos, professor na Universidade Federal do Espírito Santo, estado onde o grande caxiense faleceu em 2015, aos 86 anos. (Nas palestras também falei sobre César Augusto Marques, médico, tradutor, escritor e pesquisador caxiense, que escreveu o mais clássico dos livros históricos do Espírito Santo  – o “Diccionario Historico, Geographico e Estatistico da Provincia do Espirito Santo”, de 1878).

Quando soube que eu era um feliz proprietário de “Catedral de Vácuos”, o livro inaugural de Berredo de Menezes, Jacques não se aquietou até eu concordar desfazer-me da obra, que enviei para ele, pois esse livro lhe trazia grandes evocações. (Depois consegui um outro exemplar para meu acervo de caxiensidades).

Em 9 de setembro de 2019, menos de quarenta dias antes de seu falecimento, Jacques Medeiros fez seu último contato comigo e aplaudiu um texto que eu havia escrito, sobre a história e etimologia da palavra “veterinário”, a profissão dele.

Quatro meses antes, em 5 de maio de 2019, Jacques Medeiros escreveu-me assim, com algo de sibilino ou presciente: 

“– As mãos trêmulas.

– As pernas trôpegas.

– O coração mais cheio do nada.

– O futuro bem menor.

 São os bônus da idade”.

Agora, para ele já não há mais nada disso.

São os bônus da Eternidade.

Descanse em paz, Conterrâneo, Confrade, Colega, Amigo.

* EDMILSON SANCHES

O Conselho Regional de Educação Física do Maranhão (Cref21/MA) apresentou impugnação em relação a concursos públicos das prefeituras de Rosário e Viana, além da Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da UFMA (FSADU). Nos dois certames, o Cref21/MA constatou irregularidades quanto à falta de exigência do registro profissional aos candidatos às vagas para os cargos de monitores e de professor de Educação Física.

Em Rosário, o Edital nº 04/2025, da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, prevê um processo seletivo simplificado visando a contratação de monitores para atividades complementares como artes marciais, ballet, iniciação à dança, esportes de tabuleiro, futebol e futmesa. O edital tem como requisito mínimo o Ensino Médio completo e a comprovação de capacidade de instrução específica para a área, o que é uma grave irregularidade, já que desconsidera a legislação que regulamenta o exercício profissional da Educação Física no Brasil. 

As atividades previstas no processo seletivo simplificado de Rosário são, inequivocamente, físicas e desportivas. A coordenação, planejamento, programação, prescrição, supervisão e execução dessas atividades, especialmente em um contexto educacional ou complementar, são prerrogativas exclusivas dos profissionais de Educação Física. 

"A ausência de profissionais devidamente habilitados e registrados nos Conselhos Regionais de Educação Física para a condução dessas atividades representa um risco à integridade física e ao desenvolvimento motor dos participantes, além de comprometer a qualidade pedagógica das ações. A formação em Educação Física garante que o profissional possui o conhecimento necessário para adaptar as atividades às diferentes faixas etárias, identificar limitações, prevenir lesões e promover um desenvolvimento saudável e seguro", diz trecho do pedido de impugnação feito pelo Cref21/MA. 

Diante desse cenário, o Cref21/MA pede a imediata retificação do edital do processo seletivo simplificado de Rosário, excluindo a oferta do cargo de monitor de atividades complementares, pois as atribuições do cargo são prerrogativas exclusivas dos profissionais de Educação Física. Além disso, o Cref21/MA solicita que a Prefeitura de Rosário não nomeie nenhum candidato para o cargo. 

Já em Viana, o Cref21/MA pediu impugnação do Edital do Concurso Público nº. 001, de 11 de setembro de 2025, para o provimento de cargos públicos e formação de cadastro reserva da Prefeitura de Viana, por meio da Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da UFMA (FSADU). O certame é destinado ao preenchimento de diversas vagas, dentre elas a de Professor de Ensino Fundamental 6º ao 9º Ano - Educação Física, que apresenta irregularidades quanto à exigência de registro profissional. 

De acordo com o edital do Concurso Público de Viana, o requisito para os candidatos à vaga de Professor de Ensino Fundamental 6º ao 9º Ano - Educação Física é possuir nível superior em Licenciatura plena em Educação Física, em instituição devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). O certame, no entanto, não exige que o candidato esteja inscrito em Conselhos de Classe Federal (Confef) e Estadual (Cref21/MA). A ausência dessa exigência, além de ilegal, impede a atuação efetiva da autarquia federal. 

Por causa dessa irregularidade, o Cref21/MA entrou com um pedido de impugnação junto à Prefeitura de Viana e à Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da UFMA (FSADU), solicitando a imediata retificação do edital do Concurso Público, inserindo a necessidade de inscrição no Confef e no Cref21/MA para os candidatos às vagas para professor de Educação Física. Além disso, o Cref21/MA cobra que a Prefeitura de Viana não nomeie nenhum candidato sem inscrição regular. 

Registro em Educação Física 

Vale destacar que é obrigatório o registro e regularidade junto ao Cref para ministrar aulas de Educação Física no ensino infantil, fundamental, médio e superior. Quem não se registrar no Cref, além de ser exonerado de suas funções, responderá criminalmente por exercício ilegal da profissão e crime contra as relações de consumo (art. 7º, VII, da Lei nº 8137/90), cumulado com multa de 1 (uma) a 5 (cinco) anuidades do Sistema Confef/ Crefs (Art. 5º-G. VI e Art. 5º-H. § 2º da Lei 9696/98).  

Independentemente da área em que o profissional de Educação Física atua, ele sempre está diretamente relacionado com a promoção da saúde e aumento da qualidade de vida da população. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

São Paulo (SP), 15/10/2025 - Abertura da 49ª Mostra Internacional de Cinema, na Sala São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Perto de completar 90 anos, no próximo dia 27, o desenhista, cartunista e escritor brasileiro Maurício de Sousa foi homenageado na noite dessa quarta-feira (15) com o troféu Leon Cakoff, da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que reconhece personalidades que contribuíram para a cultura e o mercado audiovisual brasileiro. 

Mauricio de Sousa não pôde participar da abertura, mas foi representado por seu filho, Mauro Sousa, que agora o interpreta no cinema, com o longa Mauricio de Sousa - O Filme.

“Este é um momento duplamente especial”, disse Mauro Sousa, em entrevista à Agência Brasil e à TV Brasil. “Primeiro, pela homenagem aqui da mostra, porque o meu pai sempre teve esse sonho de que seus personagens, suas obras, fossem para o cinema. Então, isso que está acontecendo é a concretização desse sonho e de um reconhecimento de que a gente está fazendo um bom trabalho, com qualidade, seguindo essa essência do Mauricio”, afirmou. 

O longa chega aos cinemas no dia 23 de outubro, mas a mostra vai apresentá-lo em uma sessão especial para o público dois dias antes. 

São Paulo (SP), 15/10/2025 - Abertura da 49ª Mostra Internacional de Cinema, na Sala São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

 “Estou muito emocionado de representá-lo aqui e também por representá-lo no cinema. É a minha estreia no cinema, eu nunca tinha pisado num set, minha experiência até então tinha sido principalmente no teatro. Acho que este é o melhor presente que eu poderia ter dado para ele — e para mim também. Acho que foi a cereja do bolo, principalmente neste ano em que ele completa 90 anos”. 

Além de Mauricio de Sousa, a mostra também homenageou a cineasta martinicana Euzhan Palcy com o Prêmio Humanidade, por seu papel na luta contra o apartheid na África do Sul e por inspirar tantos cineastas em todo o mundo, principalmente mulheres negras. 

Figura pioneira na história do cinema, Euzhan foi responsável por abrir caminhos para mulheres negras em espaços antes inacessíveis. Seu longa de 1983, Rua Cases Nègres, recebeu o Leão de Prata em Veneza, primeira vez que o prêmio foi concedido a uma mulher e pessoa negra na direção. Ela também recebeu o Oscar honorário. 

Em seu discurso, a martinicana agradeceu a homenagem e falou da proximidade entre o Brasil e seu país. 

“Nos da Martinica e do Brasil somos irmãos. Na Martinica, quando o Brasil joga, não há ninguém na rua”, brincou ela, sobre a seleção brasileira de futebol. “Eu costumo dizer que estou fazendo filmes para dar voz às pessoas que foram negadas de falar. Era muito urgente para mim, como cineasta, ajudar as pessoas a estarem na tela”, acrescentou durante a cerimônia de abertura da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, na noite de ontem (15), na Sala São Paulo. 

A Mostra

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo é o maior e mais tradicional festival de cinema do Brasil. Com início marcado para esta quinta-feira (16), o evento vai apresentar neste ano 373 filmes de 80 países, que serão exibidos em 52 salas de cinema, espaços culturais e centros educacionais unificados (CEUs) espalhados pela capital paulista. 

Parte dessa programação é realizada conjuntamente com a Spcine, que atua no fomento, financiamento e desenvolvimento de políticas públicas para o setor audiovisual na cidade de São Paulo. Com isso, alguns desses filmes serão exibidos de forma gratuita na plataforma da Spcine e também nos circuitos ou equipamentos culturais da prefeitura, permitindo maior democratização desse acesso. 

“Neste ano, [essa parceria] está muito especial, com a mostra oacontecendo no circuito SPCINE, nas salas públicas de cinema, tanto em salas que são gratuitas, quanto nas da Secretaria de Cultura, onde a gente tem preços super populares. Vamos ter a mostra também na plataforma Spcine Play. A Spcine vai participar ainda do Encontro de Ideias, aquele momento de mercado, de debates e de trocas. Além disso, uma ação super especial ocorrerá este ano, que é a segunda edição da Mostrinha (programação infantil da mostra)”, explicou Lyara Oliveira, presidente da Spcine. 

“Levar a mostra internacional para espaços periféricos e para espaços de acesso gratuito ou a preços populares democratiza o acesso. Além de democratizar o acesso, a gente democratiza a informação porque a mostra estará presente em todos esses espaços periféricos”, afirmou Lyara em entrevista à Agência Brasil. 

Entre os filmes programados para exibição está O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, que foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na seleção para o Oscar. Além dele, o evento apresentará mais 14 obras que foram indicadas por seus países para concorrer a uma vaga ao Oscar como Jovens Mães, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne (Bélgica); No Other Choice, de Park Chan-wook (Coreia do Sul) e Foi Apenas um Acidente, do cineasta iraniano Jafar Panahi (França), filme vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes. 

São Paulo (SP), 15/10/2025 - Abertura da 49ª Mostra Internacional de Cinema, na Sala São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Além de O Agente Secreto, a mostra apresentará mais 83 filmes brasileiros, como os clássicos restaurados Garota de Ipanema, de Leon Hirszman e Um Céu de Estrelas, de Tata Amaral. 

A abertura da 49ª edição da Mostra Internacional de Cinema foi realizada na Sala São Paulo e reuniu personalidades do cinema e do audiovisual brasileiro, entre a secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Joelma Oliveira Gonzaga. 

Após a cerimônia foram exibidos o curta-metragem Como Fotografar um Fantasma, do diretor e roteirista Charlie Kaufman, e o longa-metragem Sirât, de Oliver Laxe, vencedor do prêmio do júri do Festival de Cannes.

A lista completa dos filmes que estarão no evento e toda a programação podem ser consultadas no sithttps://mostra.org/

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 27/01/2025 - Crianças com perfil aberto em redes sociais. Ian Fernandes de Alencar. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, assinou, nessa quarta-feira (15), portaria que aponta que aplicativos e jogos eletrônicos, além dos produtos audiovisuais, também poderão ter classificação indicativa. 

Outro anúncio foi a criação de uma nova faixa etária indicativa, a de 6 anos de idade, para filmes, programas e também para os novos itens passíveis de classificação. Até agora, as classificações existentes são livre, 10 anos, 12, 14,16 e 18 anos.

“A portaria que assinamos é especialmente inovadora ao incluir a chamada interatividade digital”, disse o ministro. Ele explicou que, atualmente, a classificação indicativa se baseava apenas em conteúdo que continham sexo, nudez, drogas e violência.

“Mas a partir de agora serão avaliados riscos presentes em jogos eletrônicos, aplicativos de toda espécie à venda nas redes sociais. Serão averiguadas a possibilidade de contato com adultos desconhecidos, as compras on-line não autorizadas e as interações potencialmente perigosas. com agentes de inteligência artificial”, explicou Lewandowski.

O objetivo, segundo o ministro, é criar mecanismos que contribuam para a construção de um ambiente midiático e digital mais seguro, educativo e respeitoso para as crianças brasileiras.

Proteção

Brasília (DF), 15/10/2025 - A Ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, e o ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski, durante anúncio das ações de 2025 da estratégia Crescer em Paz. Trata-se de um plano do MJSP para a proteção integral de crianças e adolescentes, com 45 ações focadas na prevenção da violência, crime e drogas, além do acolhimento e recuperação de vítimas e garantia de acesso à Justiça. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O governo ainda lançou vídeos do programa Famílias Fortes, para fomentar políticas para reduzir fatores de risco relacionados à violência, à saúde mental e ao uso de drogas. 

“Nosso objetivo é que até o fim de 2026 o programa beneficie três mil famílias, pelo menos”. 

Outro anúncio foi a aprovação de projeto do governo para dar prioridade à tramitação de procedimentos penais envolvendo mortes violentas de crianças e adolescentes. “A proposta também instituiu um sistema de monitoramento unificado para esses casos”.

O objetivo é acelerar as investigações e julgamentos de crimes como homicídio, feminicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. quando as vítimas são crianças e adolescentes. 

Ainda nesta quarta, o governo assinou o Pacto Nacional pela Escuta Protegida de crianças e adolescentes, vítimas ou testemunhas de violência.

Cenário preocupante

Ricardo Lewandowski destacou que dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025 revelam um cenário muito preocupante para a infância e adolescência. O ministro citou que, nos últimos dois anos, as mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes aumentaram 4,2%, e totalizaram 2.356 casos. 

“Este lamentável cenário exige uma ação imediata e coordenada do Estado brasileiro. O projeto Crescer em Paz reafirma o compromisso do governo com a proteção e a dignidade das crianças e dos adolescentes”.  

A partir do novo pacto, foi criado, segundo Lewandowski, um sistema unificado para receber denúncias de violações on-line. com um protocolo de atendimento. 

Urgências

A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, destacou que o dever do Estado é garantir plenitude de acesso aos direitos para que seja possível assegurar um projeto de vida plena. “São mais de 54 milhões de crianças e adolescentes no país, mas os dados sobre sua situação de segurança são preocupantes”, citou.

Outro dado destacado é que houve o aumento de 245,6% de interrupções no calendário escolar por conta da violência. “Isso nos mostra a urgência da pauta de prevenção e proteção à vida e à integridade física de nossas crianças e adolescentes”. 

No ambiente digital, foram 2.543 registros criminais de bullying e 452 de cyberbullying, com uma concentração em ambos os casos em crianças e adolescentes de 10 a 17 anos. 

“Superar esse cenário é o que tentamos fazer no governo federal. Uma das nossas maiores vitórias no campo de garantias foi a aprovação do ECA Digital nesse ano, o que estendeu a proteção do ECA”.

(Fonte: Agência Brasil)

São históricas as violências que se praticam contra a classe das pessoas que têm classe — os professores. Na corrida salarial professores “versus” políticos, por exemplo, os primeiros não levam qualquer vantagem.

Mesmo sendo todos, políticos e professores, servidores públicos, há uns que SE SERVEM do público, do contribuinte. E se servir de atenuante, embarco na onda dos que dizem que o salário dos políticos não é alto: os outros é que ganham pouco. Mas que tem gente, como os professores, ganhando “mais pouco” ainda, ah! isso tem. Que o salário dos professores, especialmente no Brasil e sobretudo os das redes públicas de ensino, não é o ideal, isso não é.

DIA & DINHEIRO - Direito do professor, mesmo, parece, só ao seu dia, 15 de outubro. E olhe lá. Nesse dia, às vezes tem refrigerante aqui, bolinhos acolá. Talvez uns discursos aguados falando sobre “a missão” do mestre. Mas – ou mais – dinheiro, que é bom, necas!, nem pichite. Seria mais intere$$ante que o professor ficasse esquecido no 15 de outubro... e fosse lembrado em todos os outros.

SERVIR & SER VIL

Essa lembrança diária – a justa remuneração – seria um jeito de ir aliviando os males infligidos ao professor, à escola, à Educação. São malefícios que, à maneira de uma legião de diabos, de demônios terrenos, perturbam a alma e a vontade de quem só quer SERVIR (e não SER VIL), de quem só espera o que lhe é justo e o que lhe é devido, para, ao menos, (sobre)viver com dignidade de gente. Nada mais. Mas não! O professor não é reconhecido. Atitudes humilhantes, desconsiderações irracionais, desculpas tresloucadas atrelam-se às respostas aos pedidos de justiça (ou de clemência?) da classe professoral.

CORPO & ALMA

Esquecem-se de que o professor não é só alma, vontade, sacerdócio. Professor não é santo. Professor é, também, corpo, matéria, família a ser sustentada, necessidades a serem atendidas, contas a serem pagas. Mas não. Nada disso. Corre por aí a estória de que o trabalho do professor não tem preço e, vejam só, levam isso ao pé da letra! Colocam os mestres no pé do muro e dão-lhes uma paga que sequer preenche um pé de página, um rodapé.

JOGO & LIÇÃO

Mas não param aí os trocadilhos, as figurações que envolvem o nosso professor. O professor é um jogador, de futebol, driblando sua sobrevivência, fintando suas aspirações com a bola murcha de seu “prestígio” sempre “alto” e seu salário sempre mínimo.

O professor, acostumado a ensinar, desta vez é obrigado a aprender e repetir (a troco de palmatória e puxões de orelha) sua lição quotidiana de sobrevivência e paciência – que só interessa a quem (des)manda em municípios, estados e neste país.

Essa lição de paciência e humildade, mestres, deve ser esquecida, desaprendida. Pois, convenhamos, boa vontade termina onde começa (ou deveria começar) o bom senso. Quem não quer admitir isso são os nossos governantes, maiores e menores, porque, muitos deles, despreparados, despreocupados, deixam-se embriagar pelo poder e comportam-se como patrões do povo, quando, na verdade, deveriam ser o que de fato são: servidores públicos, funcionários da Nação.

DOCÊNCIA & INDECÊNCIA

Deve-se dizer NÃO ao magistério romântico, o ensino pelo ensino. Há de haver a justa compensação. A docência (doce arte e ciência) não se confunde com a indecência.

Basta de condições e salários injustos ou ilegais ou ilegítimos ou indecentes ou imorais!

Mais recursos, fartos e estáveis, para a Educação!

A mão que se eleva ao quadro-negro não deve se baixar na mendicância de direitos.

A fonte do direito é o dever – e este, da parte dos professores, vem sendo cumprido.

Para eles, a qualquer tempo, a solidariedade do colega aqui, que ensina em baixa e assina embaixo.

* EDMILSON SANCHES

No dia a dia e no entra ano e sai ano de suas atividades, vocês todos têm aprendido uma dura lição: lutar é preciso. Protestar é preciso. Reivindicar é preciso. Denunciar é preciso.

Há quem defina o ensino como um sacerdócio. Há quem queira ver o professor apenas como um sacerdote. Assim, o professor não teria um trabalho, mas uma missão. A função do professor seria apenas educativa, social, e não política, (r)evolucionária.

Mas não é isso - ou, melhor, não é apenas isso. Do sacerdote (pelo menos, da imagem antiga que se faz dele), espera-se paciência, contrição, suportação. Sofrer calado. Aguardar resignado. Esperar sentado. E, enquanto isso, sobreviver à custa de dízimos miseráveis e infrequentes.

Chega! Basta! Ou, como se diz por aí: “Fala sério!...”

Professor rima com trabalhador. Professor é trabalhador. Ele está sujeito aos mesmos mecanismos de freios e contrapesos a que são submetidas outras categorias do mercado de trabalho e das relações laborais.

Ora, se aos professores se aplicam regras trabalhistas, por que, correspondentemente, não podem eles salvaguardar-se brandindo as armas de que dispõem, efetivando os recursos que têm? As relações de trabalho não se baseiam apenas na hierarquia, mas também, senão sobretudo, no direito. Bilateralismo. Mão dupla.

Desse modo, é válida a luta.

Já houve momentos em que se acusaram professores pelo atraso do calendário escolar, mas os acusadores eximiram-se do atraso no calendário de pagamento dos salários.

Já acusaram professores de prejudicar os alunos, mas absolveram-se do prejuízo econômico, social e até moral que, pela dinâmica da economia, ante a irregularidade de pagamentos salariais, contamina a família dos professores e os negócios e a vida daqueles com quem os professores mantêm interações econômicas e sociais.

Já acusaram professores de má conduta, mas esqueceram-se de que ela pode ser um bom exemplo. Por paradoxal que pareça, mas até uma ausência temporária do professor a uma sala de aula pode, de algum modo, servir de “lição” de cidadania para o aluno.

Se adequadamente apropriados, alguns dias de ausência podem transformar-se, no aluno, em aprendizado permanente: o de saber que, no mundo humano, até paciência tem limite; o de que a todo dever corresponde um direito; o de que a toda ação (ou falta dela) corresponde uma reação - preservada a razoabilidade.

Afinal, educar não é tão-só dar aulas, mas, muito mais, ser exemplo.

E, pelo visto, enquanto categoria, professores devem ser exemplo: são maleáveis, mas não moles; flexíveis, mas não frouxos.

É importante que, além de serem educadores, continuem sendo educados.

Além de ensinarem, aprendam.

Abraços.

Sejam orgulhosos de sua função.

Sejam fortes.

E, apesar de tudo, sejam felizes.

* EDMILSON SANCHES

São Gonçalo (RJ), 13/11/2023 - Samuel da Costa, 17 anos, é líder do Grupo Jovem Bala e Pimenta na Tenda Espírita São Lázaro, um terreiro de Umbanda Omolokô, no bairro Pita. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Templo Espiritualista de Umbanda São Benedito, no bairro de Pinheiros, na zona oeste da cidade de São Paulo, se tornou, nesta quarta-feira (15), o primeiro terreiro de umbanda da capital reconhecido oficialmente como patrimônio histórico municipal.

Fundado em 1988, o templo, segundo a Prefeitura de São Paulo, é considerado um guardião da memória e das tradições da umbanda, além de ter um papel relevante na história do bairro de Pinheiros. Com o tombamento, os espaços físicos e as práticas religiosas passam a ser protegidos por lei, o que impossibilita desmontes e despejos.

A decisão foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

Para realizar o processo de tombamento, o conselho elaborou critérios técnicos específicos a fim de avaliar de espaços religiosos de tradições afro-brasileiras, o que garante parâmetros objetivos para o reconhecimento do interesse público.

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ), 04/06/2025 – A professora do Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 001, Maria Aparecida Castro durante aula na instituição, no Catete, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (15), que investir em educação é uma decisão política recente na história do Brasil. “Aqui demorou 420 anos para fazer a primeira universidade, porque havia uma decisão política, da predominância de uma certa elite brasileira que achava que tinha que ser assim”, disse em evento pelo Dia do Professor, celebrado neste 15 de outubro.

“A educação é o começo. A educação é aquele caminho que a gente aponta e vê uma luz no fim do túnel. Mas também não é só a educação que politiza, porque está cheio de gente muito atrasada ideologicamente nas universidades brasileiras e nas escolas”, afirmou Lula.

“Da parte do nosso governo não faltará atitude para tentar melhorar a educação nesse país. Eu acordo todo dia querendo que esse país nunca mais tenha um presidente da República que não tenha diploma universitário. Eu quero que tenha muitos diplomas universitários, mas que coloque o seu conhecimento a serviço do povo e não a serviço de bens pessoais”, pediu o presidente.

Lula anunciou que, ainda este ano, deve sair do papel a criação da universidade federal indígena e da universidade do esporte.

“Para que a gente possa fazer com que esse país seja soberano na terra, no ar, no mar, mas seja soberano também na sua educação. E vocês sabem que leva tempo para as coisas acontecerem”, disse ao destacar a importância da continuidade nas políticas de educação.

A cerimônia no Rio de Janeiro marca o início da emissão da Carteira Nacional Docente do Brasil, para atender os 2,7 milhões de professores de todo o país.

O documento oficial tem validade de dez anos e é destinado a professores de todos os níveis e etapas da educação, das redes públicas e privadas. O sistema de solicitação será aberto a partir desta quinta-feira (16), por meio da página Mais Professores.

Para ser elegível, é preciso que o professor tenha o Cadastro de Pessoa Física (CPF) regular junto à Receita Federal e esteja em exercício da atividade docente em instituição de ensino.

Benefícios

Durante o evento, o governo anunciou outros investimentos no Programa Mais Professores, lançado em janeiro deste ano e que envolve uma série de ações para incentivar e valorizar a docência no país. A iniciativa possibilita que os professores tenham benefícios exclusivos, como meia-entrada em eventos culturais, ferramentas de trabalho, cartões de crédito com condições diferenciadas e descontos em hotéis.

O governo ainda tem formado parcerias com empresas de todo o Brasil para garantir descontos, benefícios e vantagens especiais para os professores que terão a Carteira Nacional Docente do Brasil. O Selo #TôComProf será exibido nos pontos de venda das empresas parceiras, sinalizando que ali o professor encontra condições diferenciadas. Para utilizar o benefício, basta apresentar a carteira.

Para fazer parte do programa #TôComProf, os estabelecimentos devem ter abrangência nacional ou regional e regularidade perante a administração pública. As companhias devem ofertar serviços financeiros ou comerciais de alimentação, cultura e lazer, higiene e limpeza, moradia, saúde e transporte, entre outros. O desconto mínimo oferecido deve ser de 10% sobre o valor de tabela ou preço praticado ao público em geral, durante um período de até 12 meses ou em quantidade específica.

edital de chamamento público para empresas interessadas foi lançado em setembro e segue aberto até 30 de novembro. A divulgação dos resultados será feita em ciclos e a relação atualizada das empresas parceiras é listada na página do Mais Professores.

Premiação

Lula também premiou 100 mil professores das redes públicas, selecionados com base nas escolas com maior nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), incluindo contextos desafiadores, de acordo com o nível socioeconômico. Os vencedores receberam um cartão do Banco do Brasil com crédito de R$ 3 mil para a aquisição de ferramentas de trabalho, como computadores, notebooks e tablets.

Para concorrer às próximas premiações, o professor deve acessar o mesmo sistema de solicitação da Carteira Nacional Docente do Brasil e, ao fim do processo, preencher o formulário “Mais Professores – Valorização”. Serão premiados professores de todos os estados e do Distrito Federal, nas categorias anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio.

O governo também apresentou a reformulação do Portal de Formação Mais Professores, que reúne cursos gratuitos de formação continuada, graduação, mestrado e doutorado. A nova versão promete uma pesquisa facilitada pelas milhares de oportunidades, com um painel interativo que inclui um mapa com as ofertas divididas por estado.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 26/03/2025 - Alunos de escola no Itapuã, região administrativa do Distrito Federal. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os investimentos necessários para assegurar uma educação de qualidade, zerar deficiências, manter infraestrutura e valorizar profissionais da educação nos próximos 10 anos é de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB). É o que aponta relatório do Plano Nacional de Educação (PNE) 2025-2035, apresentado nessa terça-feira (14) na Comissão Especial que analisa o tema na Câmara dos Deputados. O texto agora será discutido em cinco sessões do colegiado antes de ser colocado para votação.

Segundo o relatório do deputado Moses Rodrigues (União Brasil-CE), o resultado diz respeito ao somatório dos recursos alocados, de investimentos e subsídios, com a educação pública em todos os níveis – infantil, fundamental e superior. A estimativa é de que o valor fique em R$ 280 bilhões, nos próximos 10 anos, dos quais R$ 130 bilhões seriam para zerar deficiências históricas, como analfabetismo, percentual mínimo de pessoas com ensino fundamental e médio, entre outros, e R$ 150 bi para a manutenção da infraestrutura educacional.

“Estamos aqui evidenciando que encontramos um número adequado em percentual e a gente não podia deixar de ter um compromisso com a educação brasileira e repetir um número que vem sendo repetido a muito tempo que é de 10% [do PIB]. Lá atrás, considerada a questão demográfica, talvez se precisasse de 10%, mas com a redução da estimativa de população chegamos a esse percentual”, afirmou Rodrigues durante a apresentação do parecer.

O PNE traça 19 objetivos a serem alcançados na próxima década. Para cada objetivo previsto no plano, foram estabelecidas metas que permitem monitoramento ao longo do decênio, por meio de um conjunto de estratégias com as principais políticas, programas e ações envolvendo a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.

A ênfase do novo PNE está na qualidade do ensino, com objetivos e metas focados em padrões de qualidade na educação infantil, na educação profissional e tecnológica, no ensino superior e na formação de docentes.

Saiba os objetivos

Além disso, há objetivos específicos para as modalidades de educação escolar indígena, educação do campo e quilombola. O projeto mantém metas para educação integral e também para os públicos-alvo da educação especial e da educação bilíngue de surdos.

Para financiar as metas previstas no plano, o relator propôs a necessidade de alocação de recursos da exploração de petróleo para investimentos em expansão, modernização e adequação da infraestrutura física e tecnológica das escolas; na redução das desigualdades entre redes de ensino e na garantia de padrões nacional de qualidade. As redes também têm previsão de receber recursos adicionais, condicionados ao cumprimento das metas de acesso e rendimento escolar.

Um projeto de Lei foi incluído no PNE, para que os recursos de exploração do Pré-Sal, estimados em R$ 220 bilhões, sejam voltados para educação.

“Encontramos um crescimento de recursos de exploração do pré-sal, existe um crescimento que não tem previsão de uso de 2026 em diante e antes que aparecesse um dono estamos amarrando esse recursos extraordinário, que excede o que está já previsto. Só o petróleo atende 80% do que estamos colocando no nosso parecer”, afirmou.

“Além disso, a proposta coloca o PNE e tudo o que vai ser investido em infraestrutura nos próximos 10 anos fora do arcabouço fiscal, pois vamos ter orçamento e não vai ter como gastar, pois vai ficar dentro do arcabouço fiscal. Não adianta ter o dinheiro e não ter como utilizar”, completou.

O restante dos recursos para financiamento do PNE viriam da negociação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), em que os estados se comprometeriam em trocar parte de suas dívidas por investimentos sociais. O projeto de lei deixa aberta ainda a possibilidade de o governo federal encaminhar novas fontes para o plano.

“A sociedade vai investir mais em educação e aqui as redes estaduais e municipais vão ter que competir entre si. Nós não vamos pegar um município pobre lá no Nordeste ou no Norte, para competir com um município com a nota, desempenho ou resultado no Paraná. Queremos que desempenho e resultado seja sempre em referência com os resultados anteriores desse município para que ele possa ter mais acesso a recursos novos”, defendeu Moses.

Para tanto, o texto estabelece um calendário, com datas para o planejamento estratégico de cada gestor para o atingimento das metas. Um Plano de Educação, de longo prazo, com a definição de metas e diretrizes gerais e um Plano de Ação, a ser elaborado a cada dois anos, por União Estados e Municípios, com indicadores, metas intermediárias e planos operacionais.

“Todos os recursos serão mantidos e inclusive antecipados, mas no plano de ação, a cada dois anos, ele tem que ter um compromisso para que a sociedade possa saber como está sendo investido e quais os resultados que estão sendo alcançados”, explicou.

(Fonte: Agência Brasil)

Mais um resultado expressivo na carreira do nadador maranhense Frederico Castro. Dono de uma trajetória vitoriosa com direito a quatro medalhas em etapas de Copas do Mundo de Natação, o atleta voltou a ser destaque em um evento internacional. No último fim de semana, Frederico colocou o Maranhão e o Brasil no Top 5 do Meeting Internacional de Natação, competição realizada em Saint-Dizier, na França, com a presença de nadadores de 26 nacionalidades. O atleta maranhense, que conta com os patrocínios do governo do Maranhão e do Grupo Mateus por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, foi o quinto colocado na prova dos 100m borboleta. 

Nessa edição do Meeting Internacional, Frederico também disputou os 50m borboleta, onde ficou na 11ª posição. Os resultados consolidam o maranhense entre os principais nomes da natação mundial, uma vez que o evento na França teve um nível técnico muito alto, reunindo diversos atletas olímpicos e campeões europeus. 

“Erguer a bandeira do Maranhão em solo francês vai muito além do esporte. É sobre acreditar que um sonho nascido na nossa terra pode alcançar o mundo. Cada prova é uma oportunidade de inspirar e mostrar que a disciplina, a fé e o propósito podem transformar vidas. Muito obrigado ao governo do Maranhão, à Sedel e ao Grupo Mateus que tornam isso possível: de viajar pelo mundo e mostrar o potencial do esporte maranhense”, afirma Frederico. 

Inspiração para crianças 

O bom desempenho de Frederico Castro no Meeting Internacional também tem um impacto social e serve de inspiração a centenas de crianças que participam do Projeto Braçada Olímpica, iniciativa idealizada pelo nadador em São Luís. Nos últimos anos, o projeto já beneficiou mais de 300 crianças em situação de vulnerabilidade, oferecendo aulas de natação, acompanhamento médico, psicológico e social, além de uniforme completo e alimentação saudável. 

“Ver o nome do Maranhão no cenário internacional é motivo de orgulho. Mas o mais importante é mostrar que o esporte pode ser ponte entre oportunidades e sonhos. Conquistar bons resultados em competições mundo afora é muito bom, mas poder contribuir na formação de crianças e dar oportunidade para que elas descubram a natação não tem preço”, completa o atleta. 

Sobre o atleta 

Frederico Castro é nadador profissional, empresário e fundador do Centro Aquático Frederico Castro (CAFC), em São Luís (MA). Com passagem pela Seleção Brasileira de Natação, conquistou quatro medalhas em Copas do Mundo e competiu em 32 países. É idealizador do Projeto Braçada Olímpica, aprovado pelo Ministério do Esporte, que utiliza o esporte como ferramenta de transformação social. 

Atualmente, o atleta representa o Maranhão e o Brasil em competições internacionais, sendo reconhecido por sua trajetória que une alta performance e impacto social.

(Fonte: Assessoria de imprensa)