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A Assembleia Legislativa do Espírito Santo, na capital do Estado, Vitória, realizou nessa terça-feira, dia 10/12/2024, sessão especial presidida pelo deputado Coronel Weliton Virgílio Pereira, ex-prefeito de Iúna (ES), autor do projeto de lei que criou o Dia Estadual da Consciência Humana, sancionado pelo governador Renato Casagrande como a Lei 12.106/2024.
Na solenidade, e a convite de uma das Entidades apoiadoras da Lei, o jornalista, escritor e administrador maranhense Edmilson Sanches realizou a palestra “Berredo de Menezes: Sangue Caxiense, Alma Capixaba”, sobre o advogado, economista, escritor, professor e artista plástico Ferdinand Berredo de Menezes, nascido em Caxias (MA), em 1929, e falecido em 2015, em Vila Velha (ES), aos 86 anos de vida, 58 deles no Espírito Santo, aonde chegou em 1957.
Antes de seu pronunciamento, Edmilson Sanches fez doação da “Obra Reunida”, do escritor caxiense Adailton Medeiros, livro “post-mortem” organizado pelos irmãos do autor em Caxias e no Rio de Janeiro e para o qual Sanches foi convidado para os trabalhos de revisão, estudo biobibliográfico e literário da obra e coordenação de distribuição gratuita do livro para todos os Estados brasileiros, cujas bibliotecas universitárias e públicas receberam doação da obra. Também foi entregue um conjunto de dez grandes fotografias de Caxias, incluindo-se duas reproduções fotográficas dos autores caxienses Berredo de Menezes e César Marques. Todo o conjunto de imagens foi um trabalho especial do fotógrafo e pesquisador David Souza, membro da Academia Caxiense de Letras, que atendeu a uma solicitação de Edmilson Sanches.
A PALESTRA
Por estar na sede de um dos Poderes do Estado – o Legislativo –, Sanches falou de formas anteriores e atuais de exercício do poder, como a fisiologia (força física), a hereditariedade, o dinheiro, o conhecimento e a fé. O palestrante afirmou que “mandatários não representam o povo; mandatários são o povo. Cada parlamentar ou governante, constitucionalmente – se é que a Constituição ainda vale... –, deveria se comportar como povo, ser o povo e não o substituto ou, pior, o patrão ou senhor dele.”
Para Sanches, “foi com o poder do Conhecimento que Berredo de Menezes chegou aqui em Vitória, partindo em uma viagem que se iniciou com seu nascimento a pelo menos 1.700 quilômetros de distância, no Nordeste do País”. “Esse homem – detalha Sanches – jogava no futebol da vida nas onze posições: advogado, economista, professor, político, administrador público, poeta, contista, pintor, militante partidário, conselheiro, pai de família”. “Esse talentosíssimo maranhense de Caxias – observa Sanches – serviu e lutou. Fez por Vitória e fez pelo Espírito Santo o que não pôde fazer por sua própria terra natal. De todo modo, fez pelo Brasil.”
No âmbito do Ensino, o palestrante maranhense destacou: “Sendo um agente da Educação, sendo um professor, Berredo de Menezes sabia que só se transmite o saber se souber, mas só se ensina se animar, isto é, colocar ânimo, vida, alma naquilo que, em doses homeopáticas, é inoculado, a partir da mente, na alma dos alunos. Ensinar não é só uma ATIVIDADE DE DOCÊNCIA. Ensinar também é uma ATITUDE DE DECÊNCIA. Pois, se conteúdos de saber são importantes, modos de ser são indispensáveis...”
Quase todas as cadeiras do plenário da Assembleia Legislativa foram ocupadas por membros de diversas Organizações culturais do Espírito Santo com suas vestimentas acadêmicas, entre elas a Academia Espírito-santense de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, a Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, Academia de Letras Jurídicas do Estado do Espírito Santo, a Academia Maçônica de Letras, representações acadêmicas e culturais de municípios como Cariacica e Vila Velha e de Estados como Bahia, Maranhão e Minas Gerais.
Sobre a palestra de Edmilson Sanches, o presidente da sessão, deputado Cel. Weliton Pereira, ressaltou “esse dom que ele tem, e o ter vindo de mais de 1.700 quilômetros para dar sua contribuição com sua sabedoria”.
Também integrante da mesa de autoridades, o Coronel Mario Natali cumprimentou o palestrante caxiense com uma saudação militar formal, destacando: “Para você, eu bato continência!”
Edmilson Sanches foi homenageado com a “Menção Honrosa Ente Consciente”, da Fundação Ocidemnte, de Salvador, a instituição de onde originou-se a ideia de criação de Leis sobre Consciência Humana em diversos lugares do Brasil. O diploma entregue ao jornalista maranhense registra que a distinção concedida é “em reconhecimento aos notáveis avanços no campo da Consciência, à sua dedicação exemplar ao trabalho individual e social, e aos esforços contínuos para elevar a qualidade de vida de inúmeros seres humanos, contribuindo para a construção de uma Nova Humanidade [...]. Esta homenagem ocorre no contexto da celebração do Dia Estadual da Consciência Humana no Espírito Santo, instituído pela Lei 12.106/2024, [...], a ser comemorada em 10 de setembro. Essa data simboliza a unidade entre os indivíduos e renova a esperança por uma sociedade mais justa, inclusiva e digna para todos. // Sessão Solene na Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Vitória – ES – BR, 10 de dezembro de 2024.”
Na solenidade na Assembleia Legislativa espírito-santense, foram ouvidos o deputado estadual Weliton Virgílio Pereira, presidente da sessão de audiência pública; o presidente da Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, Clério José Borges de Sant’Anna, que fez o convite a Edmilson Sanches; a presidente da Academia de Letras Jurídicas do Estado do Espírito Santo, Drª Margareth Gonçalves Pederzini; o Coronel Mario Natali, três vezes diretor do Departamento Estadual de Trânsito e ex-comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, corporação que completa 112 anos no próximo dia 26 de dezembro de 2024; e a professora, escritora e pós-doutora Maribel Oliveira Barreto, da Fundação Ocidemnte, de Salvador (BA), que sugeriu a criação da Lei.
Na noite de quarta-feira, 11 de dezembro, Edmilson Sanches faz palestra no Instituto Histórico e Geográfico do Espírito, a convite do presidente da Entidade, o magistrado, músico e escritor Getúlio Marcos Pereira Neves.
Fotos: Edmilson Sanches (no alto, o 4º, a partir da esquerda), a homenagem, o plenário e o prédio da Assembleia Legislativa do espírito Santo.