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Escritor Assis Brasil morre aos 92 anos

Morreu na noite desse domingo (28), aos 92 anos, um dos mais ilustres escritores piauienses, Francisco de Assis Almeida Brasil, o Assis Brasil, que, atualmente, era ocupante da Cadeira 36 da Academia Piauiense de Letras.

De acordo com o presidente da Academia Piauiense de Letras (APL), Zózimo Tavares, ele havia se submetido a uma cirurgia na perna, na última sexta-feira (26), depois de uma queda que aconteceu na casa dele, na quarta-feira (24).

Depois da cirurgia, o escritor voltou para casa, no sábado (27), onde estava se recuperando bem, até a noite desse domingo, quando teve dificuldade para respirar. Mesmo com os primeiros socorros, infelizmente ele não resistiu. A morte aconteceu por volta das 20h.

“O silêncio de Francisco de Assis Almeida Brasil, aos 92 anos, enluta a Academia Piauiense de Letras, onde ele ocupava a Cadeira 36, e representa uma grande perda para o Piauí e a Literatura Brasileira, que ele engrandeceu com o seu gênio literário nas mais de 100 obras escritas e publicadas”, lamentou APL em nota.

Assis Brasil

Ainda segundo a APL, o velório ocorre desde a madrugada desta segunda (29), na Pax União, no Centro da capital. O sepultamento será realizado amanhã, às 16h, no Cemitério Jardim da Ressurreição. 

Em julho deste ano, em entrevista à TV Clube, Assis Brasil destacou que continuava ativo e produzindo novas obras.

Romancista, cronista, crítico literário e jornalista, nascido na cidade de Parnaíba, Estado do Piauí, em 1929. Conforme a Academia Piauiense de Letras, o escritor teve uma intensa participação na imprensa nacional. Crítico literário do Jornal do Brasil (1956-1961); colunista literário do Caderno B do Jornal do Brasil (1963-64); crítico literário do Diário de Notícias (Rio, 1962-63); crítico literário do Correio da Manhã – Revista Singra e Suplemento Literário – (Rio, 1962-1972); crítico literário de O Globo – Arte e Crítica – (1969-1970); colunista literário da Revista O Cruzeiro (Rio, 1965-1976); crítico literário do Jornal de Letras (1964-1989); artigos e ensaios nos seguintes órgãos culturais: Senhor, Mundo Nuevo, Revista do Livro, Leitura, Enciclopédia Bloch, Usina, suplemento de O Estado de S.Paulo, Diário Carioca, Tribuna de Imprensa, Jornal do Comércio, Minas Gerais, Correio do Povo, O Povo.

Tem 106 obras publicadas. Romances: Tetralogia Piauiense: Beira Rio, Beira Vida (1965); A Filha do Meio Quilo (1966); O Salto do Cavalo Cobridor e Pacamão; Ciclo do Terror: Os que Bebem como os Cães e outros. Romances históricos: Nassau, Sangue e Amor nos Trópicos e Bandeirantes – os comandos da morte etc.

Contos: Contos do Cotidiano Triste, História do Rio Encantado e outros. Ensaios: Faulkner e a Técnica do Romance. O Jornal de Letras do Rio de Janeiro, em sua edição de dezembro de 1998, trouxe o romance Beira Rio, Beira Vida, entre os cem melhores do gênero já publicados no país. https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Em 2012, recebeu o título de “Doutor Honoris Causa”, entregue em reconhecimento a pessoas que se distinguem pelo saber ou pela atuação em prol das artes, das ciências, da filosofia, das letras e do melhor entendimento entre os povos. 

(Fonte: G1 Piauí)