NÃO É FÁCIL
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Não é fácil pregar o novo, o diferente, o justo, o correto. Pode-se terminar enxovalhado pelas multidões e sacrificado na cruz.
Não é fácil pregar – e praticar – o novo. Poucos aceitam mudanças em cima daquilo de que se beneficiam.
Quando recusamos uma nova mensagem, ou a proposta de um novo jeito de ser, de um diferente modo de fazer, não nos diferenciamos daqueles que, frente ao palácio de Pôncio Pilatos, pediam por Barrabás e condenavam o Pregador ao martírio dos cravos, ao suplício da cruz.
Neste ano eleitoral, só a Sexta-Feira passada foi da Paixão e Santa – todas as demais serão da Política e do fingimento.
Mas o povo quer que seu político escolha a claridade, não o acinzentamento;
... o holofote potente do campo de futebol, não a lâmpada tremeluzente da boate da esquina.
Escolher a luz, não a escuridão;
... a transparência, não a obscuridade;
... a seriedade, não o acanalhamento;
... o servir, não o ser vil ou servil;
... a verdade, não a mentira;
... o Bem, o Bom, o Belo, não o mal, o ruim, o feio.
Enfim, procurar o humano e o divino, e não o desumano e o diabólico.
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Boa Páscoa para você.
* EDMILSON SANCHES