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A distinção entre escola regular e especial não existe para Teresa Mantoan. Professora há mais de seis décadas, ela trabalha para sensibilizar a sociedade sobre a importância da construção de uma escola que inclua todos os alunos, com deficiências ou não. Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, para marcar o Dia Internacional da Mulher, comemorado nessa quarta-feira (8), a docente mostra como é possível pensar a educação inclusiva no país.

“Sou professora desde 1961 e ocorre que o meu jeito de ensinar é muito próprio, não me alinho a nenhum método educacional, nenhuma didática específica. Eu acredito que as pessoas tendem para o conhecimento porque todos nós precisamos resolver problemas desde pequenos. O conhecimento é uma forma de a gente poder se ver cada vez melhor e criar situações que levem avanços ao conhecimento de todos”, afirmou a professora.

Criança nota zero

Segundo Mantoan, sua própria história de vida como uma aluna desinteressada na infância a motivou a buscar caminhos diferentes da metodologia de ensino convencional.

“Eu sempre tive essa ideia porque, desde criança, fui aluna nota zero. Eu nunca consegui, na escola, ter um bom aproveitamento, como eles diziam, porque não via utilidade naquilo que era ensinado. Quando eu perguntava [sobre] alguma coisa em que tinha interesse, que dizia respeito às disciplinas, eu era podada. Em matemática, língua portuguesa, história, os professores diziam: ‘olha, você precisa saber isso agora’, e eu me sentia desprestigiada e sem vontade de continuar estudando uma coisa que já sabia. Como professora, fui a mesma coisa”, contou.

Para Teresa Mantoan, a distância entre os conteúdos e o cotidiano dos alunos torna mais difícil o aprendizado das crianças. Segundo a professora, o sistema atual é baseado na simples reprodução de um modelo e impede a capacidade reflexiva do estudante.

“Quando me formei como normalista, em 1960, fui, no ano seguinte, trabalhar em uma escola seriada, e as crianças já precisavam ter habilidades e competências para cursar determinado ano ou disciplina. Mas isso não vale. O que vale é aquilo que as crianças já viveram de experiências, e elas querem saber mais do que está previsto nas atividades curriculares. Todos somos curiosos, mas deixamos de ser porque a escola nos impinge conhecimento que – a meu ver – destrói a capacidade de conhecer, de recriar o conhecimento”, acrescentou.

Inclusão

Por lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil deve incluir todos os estudantes de 4 a 17 anos na escola. Os estudantes com necessidades especiais devem ser matriculados preferencialmente em classes comuns. Para isso, o Brasil deve garantir todo o sistema educacional inclusivo, salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

“O Brasil, pela Constituição Federal e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), é um país genuinamente inclusivo e, no entanto, a educação inclusiva não considerava tudo isso e mantinha certos alunos em escolas especiais e instituições especiais”, criticou.

“Estar com”

No início de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revogou decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro que incentivou, em 2020, a criação de classes especializadas em escolas regulares e escolas próprias para pessoas com deficiência. Na prática, o dispositivo abria caminho para a criação de escolas especiais para alunos com deficiência e aulas separadas, sem convivência com as outras crianças. A medida já havia sido suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mesmo ano, após questionamento da ação.

“Temos uma clareza muito grande do que é inclusão. Inclusão é ‘estar com’, não é estar junto. Junto a gente pode estar em toda parte, mas ‘estar com’ significa compartilhar, colaborar, cooperar, principalmente conviver. A inclusão não é estar do lado, à frente do outro. É estar com o outro, e isso é muito difícil nas escolas do jeito como o governo tem agido, a partir de toda essa discussão feita de 2010 até 2022. Os professores e as redes de ensino faziam interpretações, e ainda fazem, muito diferentes do texto da política”, disse.

Na avaliação da professora, ainda há um entendimento distorcido sobre o que é inclusão dentro da própria escola.

“A inclusão implica mudança do modo como conceber, realizar e avaliar o ensino. Na concepção atual, a inclusão dos alunos da educação especial é muito complicada porque eles fogem do modelo [padrão]. Por outro lado, os pais das pessoas com deficiência se veem numa situação muito difícil, de fazer com que os professores tenham uma visão do filho deles como pessoas que não se encaixam em um modelo”, observou. “Os pais querem que seus filhos sejam vistos como pessoas e não [apenas] como ‘pessoas com deficiência”". 

Formação deficiente

Atualmente, Teresa Mantoan lidera o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (Leped) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), criado em 1996 para ampliar as pesquisas na área de educação inclusiva. Para a professora, a formação atual ainda não capacita adequadamente docentes para uma educação de fato inclusiva.

“A própria formação das universidades deixa muito a desejar, o pedagogo é malformado. Ao pedagogo se ensina a didática da matemática, da língua portuguesa, e isso não existe. Estamos em uma educação pós-moderna, o mundo é outro”, disse. “Ensinar não é simplesmente transmitir conteúdos, conhecimentos que não tenham gancho anterior na experiência da criança, que não tenham sentido para ela. Os conteúdos não funcionam como fim da aprendizagem. O conteúdo tem que ser um meio para que o aluno possa entender melhor o que o conteúdo quer dizer”, completou.

Autora do livro A escola que queremos para todos, a professora defende que a educação não seja apenas reprodução de conteúdos programáticos, dividindo alunos por conhecimentos decorados. 

“[A escola que defendo] é aquela em que alunos e professores vão experimentar o mundo a partir de conteúdos dos currículos, mas sem uma preocupação de que todos aprendam e tenham as mesmas capacidades de respostas e interesses. A escola difícil é essa [atual] que dribla para o que ela mesma quer, não o que é de interesse do aluno. Na prática, é fazer com que os professores e, principalmente, quem coordena as políticas educacionais entendam que estudar não é decorar conteúdo, muito menos ter as mesmas capacidades, pois elas variam entre as pessoas”, argumentou.

(Fonte: Agência Brasil)

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Quatro em cada dez pais ou responsáveis consideram que o avanço na alfabetização de estudantes das escolas públicas, no retorno às aulas presenciais após a pandemia do novo coronavírus, evoluiu de forma mais lenta do que esperavam.

É o que mostra a pesquisa Educação na Perspectiva dos Estudantes e suas Famílias, encomendada ao Datafolha pela Fundação Lemann, Itaú Social e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com apoio da Rede Conhecimento Social.

No levantamento, os pais ou responsáveis revelaram que as crianças e os jovens em idade escolar estão avançando com dificuldades (34%) ou não estão avançando no processo de alfabetização (6%). Além disso, segundo os responsáveis, 10% dos estudantes de alfabetização estão em nível muito abaixo do esperado em leitura e escrita e 11% em nível inadequado.

A pesquisa foi feita em dezembro de 2022 e ouviu 1.323 responsáveis por 1.863 estudantes matriculados em escolas públicas, entre 6 e 18 anos, e foi feita para avaliar o primeiro ano de retorno presencial às aulas após a pandemia do novo coronavírus.

A apuração revelou ainda que oito em cada dez entrevistados (78%) consideram que a educação deve ser a prioridade dos novos governos, seguida pela saúde (66%) e pela segurança pública (21%). Para que a educação seja priorizada, os entrevistados disseram que os novos governos devem garantir maior oferta de formação de professores, ampliar o uso de tecnologias nas escolas e promover programas de reforço e de recuperação a estudantes.

Outros dados apresentados mostraram que 66% dos estudantes estão em escolas que fazem avaliações para conhecer as suas dificuldades de aprendizagem e 50% deles tiveram oferta de reforço escolar, o maior índice observado desde maio de 2021. O estudo também revelou que 44% dos estudantes estudam em escolas que oferecem apoio psicológico.

Desigualdades regionais

O estudo evidenciou que há grande desigualdade regional entre os estudantes da rede pública no país. Por exemplo, entre os estudantes da Região Norte, o uso de tecnologias foi apontado como necessidade maior (28%) do que entre os estudantes das regiões Sul e Sudeste do país (18%).

As entrevistas revelaram que há desigualdades de renda: nas escolas de menor nível socioeconômico, o número de estudantes com problemas no processo de alfabetização chega a 50%, sendo que 14% deles não estariam avançando no processo e 36% estão avançando, mas com dificuldades.

“A retomada das aulas presenciais nas redes de ensino foi um marco na vida de crianças e jovens em idade escolar, após o período mais crítico da pandemia. Agora, é preciso ter um olhar atento e propor ações ágeis e eficientes para mitigar o alto índice de evasão escolar, a defasagem na aprendizagem e os desafios relacionados à saúde mental que atingem nossos estudantes. Importa ainda que isso seja feito em todo o território nacional, com ações estruturadas de forma conjunta, garantindo a equidade e qualidade, requisitos básicos para a efetivação do direito à educação”, disse Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social, por meio de nota.

(Fonte: Agência Brasil)

PALERMO SUB-17

A primeira edição do Futsal na Minha Cidade, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, já tem seus finalistas confirmados nas categorias Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Adulto Feminino. Marcados pela artilharia pesada das equipes, os duelos das semifinais foram realizados no último sábado (4), no Ginásio Zeca Belizário, em Santa Inês (MA).

Nas semifinais do torneio Sub-13 do Futsal na Minha Cidade, o São João mostrou força diante do Atlético e garantiu o passaporte para a final com uma goleada por 6 a 2. Já no segundo confronto, o Esporte Futuro teve dificuldades, mas avançou à decisão após derrotar o Fé Brasil por 2 a 1.

SÃO JOÃO SUB-13

Pela categoria Sub-15, o São João voltou a vencer o Atlético, desta vez por 3 a 1, e confirmou presença na final. O adversário na decisão será o Ajax, que se classificou com uma vitória por 3 a 0 diante do Fé Brasil.

No torneio Sub-17 do Futsal na Minha Cidade, o Palmeirense travou um duelo emocionante com o Jardim Brasília e festejou a vaga na final com uma vitória por 3 a 2. Na outra semifinal, o Palermo foi dominante e derrotou o São João por 5 a 2.

ESPORTE FUTURO SUB-13

Fechando a rodada, as semifinais do torneio Adulto Feminino do Futsal na Minha Cidade contaram com uma chuva de gols. Com muita habilidade, o DS Futsal goleou o Real Madrid por 15 a 0 e se classificou para a final contra o Palermo, que confirmou sua vaga na decisão após vitória de 5 a 0 sobre a Interatléticas.

Finais

As primeiras decisões do Futsal na Minha Cidade estão marcadas para a noite deste sábado (11), no Ginásio Zeca Belizário. A partir das 19h, Palmeirense e Palermo se enfrentam pelo título do torneio Sub-17, enquanto DS Futsal e Palermo medem forças às 20h, valendo o troféu da categoria Adulto Feminino.

Os jogos decisivos dos torneios Sub-13 e Sub-15, por sua vez, ocorrem na manhã da próxima terça-feira (14), no Ginásio Municipal João Cambinha. São João e Esporte Futuro fazem a final da categoria Sub-13 às 11h, e São João e Ajax duelam pelo título Sub-15 em jogo que começa a partir das 11h40.

Futsal na Minha Cidade

O Futsal na Minha Cidade é uma competição que está sendo disputada nas categorias Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Adulto Feminino. Na primeira fase, os times se enfrentaram dentro de seus grupos, e os dois melhores de cada chave avançaram às semifinais.

Ao final das disputas do Futsal na Minha Cidade, ocorrerá a premiação dos times campeões e vice-campeões com troféus e medalhas. Durante a solenidade, também haverá a entrega dos prêmios individuais: Melhor Jogador (a), Artilheiro (a), Goleiro (a) Menos Vazado (a) e Melhor Treinador (a).

Vale destacar que todos‎ os‎ times‎ participantes receberam kits completos de uniformes (camisa, calção, meião e bolsas esportivas) para a disputa da competição. Tudo sobre a primeira edição do Futsal na Minha Cidade está disponível nas redes oficiais do evento (@futsalnaminhacidade).

TABELA DE JOGOS

SÁBADO (11/3) / GINÁSIO ZECA BELIZÁRIO

19h‎ -‎ Palmeirense‎ x‎ Palermo‎ (Sub-17)

20h - DS‎ Futsal‎ x‎ Palermo (Adulto Feminino)

TERÇA-FEIRA (14/3) / GINÁSIO JOÃO CAMBINHA

11h‎ -‎ São‎ João‎ x‎ Esporte‎ Futuro‎ (Sub-13)

11h40‎ -‎ São‎ João‎ x‎ Ajax‎ (Sub-15)

(Fonte: Assessoria de imprensa) 

Enem digital

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, anunciou, hoje (8), que a autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC) deixará de realizar a edição digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Palácios justificou o cancelamento da prova a distância alegando que poucos estudantes optaram por realizá-la desde sua criação, em 2020. Segundo o presidente do Inep, considerando a baixa adesão, o custo da versão digital de uma das principais formas de acesso ao ensino superior no Brasil não se justifica.

A Agência Brasil entrou em contato com as assessorias do Inep e do MEC, que confirmaram as informações divulgadas pelo jornal. De acordo com a reportagem, em 2022, só o Enem Digital custou R$ 25,3 milhões aos cofres públicos. Isso significa dizer que o valor por estudante foi de cerca de R$ 860, enquanto na edição impressa este custo foi de aproximadamente R$ 160.

“Resolvemos cancelar a edição digital e não há planos para que ela volte a ocorrer”, disse Palácios ao Estadão. As provas físicas do Enem deste ano estão previstas para serem aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro. Inicialmente, as inscrições para o exame regular deverão ser feitas entre 8 e 19 de maio.

(Fonte: Agência Brasil)

Termina, nesta quarta-feira (8), o prazo para estudantes aprovados na chamada regular da primeira edição de 2023 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) se matricularem nas instituições para as quais foram selecionados. As informações sobre a documentação exigida para a matrícula podem ser obtidas no Boletim Sisu, disponível no ambiente de inscrição do candidato, na página do programa.

Há instituições que disponibilizam endereço eletrônico para o envio da documentação. As dicas de como acessar esse serviço, quando for o caso, também constam do boletim.

Nesta edição, foram oferecidas 226.349 vagas para cursos de graduação em 128 instituições públicas participantes, 63 delas em universidades federais. Segundo o Ministério da Educação, 1.073.024 de pessoas se inscreveram para esta edição do Sisu.

Lista de espera

Quem se inscreveu no programa e não foi selecionado em nenhuma das duas opções de curso, independentemente de ter se matriculado, pode participar da lista de espera. O prazo para manifestar interesse em participar dessa etapa vai até as 23h59 de hoje.

A convocação dos candidatos selecionados nessa última etapa do Sisu está prevista para ocorrer a partir de 13 de março. “Os candidatos devem acompanhar também as informações divulgadas pelas instituições de ensino para as quais disputam vagas por meio da lista de espera”, informou o Ministério da Educação.

Sisu

O Sistema de Seleção Unificada reúne - em plataforma eletrônica gerida pelo MEC - as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil, sendo a grande maioria por instituições federais (universidades e institutos).

O sistema executa a seleção dos estudantes com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Até o limite da oferta de vagas por curso e modalidade de concorrência, de acordo com as escolhas dos candidatos inscritos, eles são selecionados por ordem de maior classificação, em cada uma das duas edições anuais do Sisu.

(Fonte: Agência Brasil)

A revogação do novo ensino médio foi discutida nessa terça-feira (7), em reunião do presidente Lula com entidades de trabalhadores da educação, no Palácio do Planalto. O pleito foi apresentado ao presidente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

O novo ensino médio foi aprovado por lei em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e ampliar a educação em tempo integral, mas a implementação enfrenta desafios estruturais, resistência e até desconhecimento por parte da população.

“A ideia é revogar o entulho do golpe. O novo ensino médio veio, por imposição, através de uma Medida Provisória, por um governo que não tinha legitimidade popular, sem qualquer diálogo com os setores da área de educação. Apresentamos a demanda de revogação do ensino médio e da Base Nacional Comum Curricular”, afirmou Heleno Araújo, presidente da CNTE, à Agência Brasil. Segundo ele, Lula foi sensível aos problemas apresentados e prometeu analisar melhor o pedido.

Na semana passada, o ministro da Educação, Camilo Santana, evitou falar em revogação, mas disse que um grupo de trabalho será criado para reunir todos os setores educacionais interessados e discutir o andamento do novo ensino médio.  “Não é questão de revogar. O [novo] ensino médio está em andamento. O que nós estamos colocando é criar um grupo de trabalho, que será oficializado por portaria. Vamos reunir todos os setores para discutir”, afirmou o ministro.

Em nota, o MEC reconheceu que houve falta de diálogo no processo que levou à promulgação da lei do novo ensino médio e explicou como vai funcionar o grupo de trabalho. “O grupo será formado por setores sociais diversos, como as entidades representativas de classe, estudantes, professores, comunidade acadêmica, secretários estaduais e municipais de todos os Estados brasileiros, com objetivo de estabelecer o diálogo democrático, numa discussão coletiva e qualificada por meio de pesquisas, consultas públicas, seminários e outras ferramentas que nos permitam tomar decisões embasadas. A questão preponderante é sobre como garantir o melhor ensino médio para o país, com justiça e, principalmente, igualdade”, diz a pasta.

Carta aberta

Mais de 300 entidades ligadas à educação também fizeram uma carta aberta esta semana pedindo a revogação do novo ensino médio. No documento, que descreve 10 dos principais problemas da lei, os representantes dessas instituições alegam que o novo modelo vai na contramão de todos os estudos ligados à área e afirmam que o processo foi feito de maneira unilateral, sem espaço para o diálogo com a comunidade escolar.

Com o novo modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. São os chamados itinerários formativos. Entre as opções, está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários, entretanto, vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.

“Foi vendida a ideia de que o aluno poderia escolher entre cinco itinerários formativos, o que não acontece na prática. O aluno está sendo empurrado a fazer itinerário que a escola oferece, e nenhuma escola oferece os cinco itinerários formativos previstos”, critica Araújo.

A implementação do novo ensino médio ocorre de forma escalonada até 2024. Em 2022, ela começou pelo 1º ano do ensino médio com a ampliação da carga horária para, pelo menos, cinco horas diárias. Pela lei, para que o novo modelo seja possível, as escolas devem ampliar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, o que equivale a sete horas diárias. Isso deve ocorrer aos poucos. Essa ampliação da carga horária é uma forma de fazer com que as escolas ofereçam ensino integral aos seus estudantes, mas profissionais da educação criticam a falta de estrutura mínima.

“A lei exige uma ampliação da carga horária, para forçar a ampliação do tempo integral. As escolas ainda não têm estrutura para assegurar isso. Essa situação, muitas vezes, por conta da desigualdade social do país, faz com que alunos abandonem os estudos porque não conseguem acompanhar a carga horária. Em Pernambuco, por exemplo, mais de 800 mil jovens entre 15 e 29 anos não concluíram o ensino médio, enquanto aqueles que concluíram ou estão matriculados somam 341 mil”, aponta o presidente da CNTE.

Em 2023, a implementação segue com o 1º e 2º anos, e os itinerários devem começar a ser implementados na maior parte das escolas. Em 2024, o ciclo de implementação termina, com os três anos do ensino médio.

Escola Cívico-Militares

Durante a reunião com a CNTE, Heleno Araújo afirmou que Lula também se comprometeu a descontinuar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), criado, em 2019, pelo governo de Jair Bolsonaro. “A ideia, segundo relatou o presidente, é não abrir para novas adesões ao programa daqui em diante, mas sem necessariamente desmanchar o que foi feito”, afirmou o dirigente sindical.

Até o fim do ano passado, cerca de 200 escolas públicas de todo o país haviam aderido ao programa do governo federal, que oferece capacitação pedagógica aos militares, certificação das escolas e envio de recursos para melhorias estruturais nas unidades. Em janeiro, o governo já havia publicado portaria extinguindo a diretoria responsável pelas escolas cívico-militares no Ministério da Educação (MEC). A estrutura era vinculada à Secretaria de Educação Básica do ministério.

O modelo cívico-militar é diferente do modelo das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas. De acordo com o MEC, as secretarias estaduais de Educação continuam responsáveis pelos currículos escolares, que é o mesmo das escolas civis. Os militares, que podem ser integrantes da Polícia Militar ou das Forças Armadas, atuam como monitores na gestão educacional, estabelecendo normas de convivência e aplicando medidas disciplinares, mas, em tese, não podem interferir no ensino.

(Fonte: Agência Brasil)

Fluminense

Chegou a hora da grande final da terceira edição da Copa Santa Inês de Futebol Amador, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pela Indústria de Água Aguafina, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. No próximo domingo (12), as equipes do Fluminense e do Parque Santa Cruz duelam pelo título da competição. A decisão está marcada para as 9h e ocorrerá no Campo da Capoeira. 

Bicampeão da Copa Santa Inês, o Fluminense chega bastante motivado à final após boas vitórias nas fases anteriores. Nas oitavas de final, o time tricolor superou o Grêmio por 2 a 0. Na sequência, nas quartas, o Flu superou o Barcelona por 3 a 2. Já nas semifinais, vitória por 3 a 1 sobre a Vila Olímpica, e o sonho de conquistar o tricampeonato do torneio segue vivo. 

Se por um lado o Fluminense vai em busca do tri, o Parque Santa Cruz tentará sua primeira conquista. Para isso, o time aposta na boa fase de seu ataque, que já marcou 9 gols em três jogos. Após eliminar o Angelim nos pênaltis e golear o MEC por 6 a 2, o Parque Santa Cruz superou a Vila Marcony nas semifinais e carimbou sua vaga para a final. 

Copa Santa Inês

A terceira edição da Copa Santa Inês de Futebol Amador foi lançada oficialmente no fim do ano passado. Na ocasião, todos os 16 times participantes receberam kits completos de uniformes (camisa, calção, meião e bolsas esportivas), que estão sendo utilizados durante a competição. 

Tudo sobre a Copa Santa Inês de Futebol Amador está disponível nas redes oficiais do evento (@copasantaines).

PRÓXIMO JOGO // FINAL

9h – Parque Santa Cruz x Fluminense (Campo da Capoeira)

RESULTADOS // SEMIFINAIS

Parque Santa Cruz 2 (6p) x (5p) 2 Vila Marcony

Fluminense 3 x 1 Vila Olímpica 

RESULTADOS // OITAVAS DE FINAL

Parque Santa Cruz 6 x 2 MEC 

Barcelona 2 x 3 Fluminense

Vila Marcony 0 (5p) x (4p) 0 América Sabbak

Parque Pramorar 0 x 3 Vila Olímpica 

RESULTADOS // OITAVAS DE FINAL

Angelim 1 (3p) x (5p) 1 Parque Santa Cruz

Mallmo 1 x 3 Vila Marcony

Real Juçaral 3 (4p) x (5p) 3 Barcelona

Parque Pramorar 4 x 2 Villareal

Fluminense 2 x 0 Grêmio

MEC 0 (5p) x (4p) 0 Barueri

Real Madrid 0 x 1 Vila Olímpica

São Paulo 1 x 5 América Sabbak

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ) inicia, no próximo dia 10, a temporada 2023 com a série de concertos Celebrações, que homenageia compositores da música internacional, entre eles Beethoven, Camille Saint-Saëns, Tchaikovsky, Wagner, Berlioz, Verdi e Adolphe Charles Adam. “Na nossa temporada de concertos, nós contemplaremos todos esses gênios da música”, disse o diretor artístico do teatro, Eric Herrero.

Segundo ele, o Municipal voltará com força total, em sua temporada artística até o fim do ano, sem interrupções, como ocorreu no ano passado. “A expectativa é repetir o sucesso registrado em 2022. O público voltou com muita força”, disse. 

Os concertos têm classificação livre e brindam o público com uma palestra gratuita uma hora antes de cada espetáculo, no Salão Assyrio. Os ingressos têm preços que vão desde R$ 15 (galerias lateral e central), R$ 30 (balcão superior lateral e balcão superior) e R$ 40 (plateia e balcão nobre) até R$ 60 (ingresso individual para frisas e camarotes) ou R$360 (seis lugares). Eles podem ser adquiridos no site do teatro.

Nos dias 10 e 11 deste mês, o teatro apresenta, no seu palco principal, a Sinfonia nº 9 em opus 125, de Ludwig Van Beethoven, com a participação do Coro e da Orquestra Sinfônica da casa (OSTM). No dia 10, o espetáculo será às 19h e, no dia seguinte, às 17h, tendo como solistas Michele Menezes (soprano), Andressa Inácio (contralto), Fernando Portari (tenor) e Savio Sperandio (baixo). A regência ficará a cargo do maestro titular da OSTM, Felipe Prazeres.

Nos dias 15, às 12h, e 16, às 14h, serão apresentadas duas edições do Concerto Didático para Escolas, com O Carnaval dos Animais, de Camile Saint-Saëns, com a Orquestra Sinfônica do teatro e os pianistas Katia Baloussier e Murilo Emereciano. “Foi um grande sucesso no ano passado e muitas pessoas pediram para repetir”, disse Herrero.

Abril

Em abril, o Concerto Sinfônico celebra os 130 anos de morte de Tchaikovsky, dentro da série Celebrações, com o Concerto para violino em Ré Maior, Opus 35, e o Concerto para piano, Opus 23, cujos solistas serão Ricardo Amado, no violino, e Álvaro Siviero, no piano, sob a regência do maestro Felipe Prazeres. Dia 20, haverá pré-estreia às 12h (para escolas) e, no dia 22, às 17h.

Ainda em abril, dentro do projeto Música Brasileira em Foco, haverá pré-estreia no dia 28, às 12h, para escolas, da ópera em concerto cênico Piedade, de João Guilherme Ripper, com os solistas Johnny França, Gabriella Pace, Ricardo Gaio e, no violão, Cyro Delvizio. O regente será o maestro Silvio Viegas. No dia 29, a sessão começará às 17h. A ópera trata da tragédia envolvendo o escritor Euclides da Cunha.

Eric Herrero informou que, em maio, o Theatro Municipal será palco do Concerto Coral Sinfônico, dentro da série Celebrações, comemorando os 210 anos de nascimento de Giuseppe Verdi, com a Missa de Réquiem. Os solistas serão Marly Montoni, Denise de Freitas, Paulo Mandarino e Hernán Iturralde. Segundo o diretor artístico, o espetáculo “mostra toda a força e esplendor do coro do Theatro Municipal, agora com sua energia renovada, com as contratações feitas no ano passado”. A regência será de Tobias Volkmann. O concerto está previsto para o dia 12, às 19h, e o dia 13, às 17h.

Também em maio, nos dias 26, às 19h, e 27, às 17h, o Municipal do Rio receberá o Concerto Sinfônico O Grande Encontro, no qual a Orquestra Sinfônica do teatro convida a Sinfônica Brasileira (OSB) para celebrar Hector Berlioz (220 anos de nascimento). No programa, as obras O Corsário, opus 21 – Abertura, A Danação de Fausto – Marcha HúngaraCarnaval Romano – Abertura. “As duas orquestras estarão juntas no palco e os dois grupos sendo regidos pelo maestro Felipe Prazeres”, disse Herrero. As orquestras tocarão também para o público, no mesmo programa, obras de Richard Wagner (140 anos de falecimento): Lohengrin – Prelúdio do Terceiro AtoTristão e Isolda – Prelúdio e Morte do Amor e Tannhäuser – Abertura. Haverá participação especial da soprano Eliane Coelho.

Especiais

O diretor artístico destacou que, em comemoração aos 90 anos do coro do TMRJ, a serem completados em agosto, o equipamento apresentará ao público duas peças que há muito não são realizadas pelos corpos artísticos da casa: a 9ª Sinfonia, de Beethoven, e o Réquiem, de Verdi. O coro será acompanhado pela OSTM.

Herrero adiantou que ainda no primeiro semestre serão apresentados dois balés e mais uma ópera importante para o aniversário do teatro. Estarão reunidos os três corpos artísticos da casa: coro, orquestra e balé, para comemorar os 114 anos do teatro. "O evento será no dia 14 de julho, com pré-estreia aberta ao público. Os nomes dos espetáculos ainda não estão confirmados.

(Fonte: Agência Brasil)

A nadadora maranhense Sofia Duailibe teve um desempenho espetacular em sua primeira competição na temporada de 2023. Mostrando mais uma vez o porquê é uma das principais revelações do esporte no Estado, a atleta da DM Aquatic, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, conquistou quatro títulos na Copa Brasil de Águas Abertas, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e realizada entre sábado (4) e domingo (5), em Petrolina (PE).

Sofia Duailibe iniciou a sua participação na Copa Brasil de Águas Abertas no sábado (4), garantindo a primeira colocação nas categorias Geral e Infantil 1 Feminino na prova de 1,5km. Já no domingo (5), a nadadora maranhense manteve o alto nível e voltou a ser campeã nas duas classes após vencer a disputa dos 2,5km em 23min36.

Os troféus conquistados em Petrolina reforçam o excelente momento de Sofia Duailibe no cenário nacional da natação. No ano passado, ao disputar a etapa de Brasília da Copa Brasil de Águas Abertas, Sofia foi campeã da categoria Petiz 2 nas provas dos 1,5km e 2,5km e ficou na terceira posição da categoria Geral nos 1,5km.

Temporada vitoriosa

Em suas últimas competições de 2022, Sofia sagrou-se campeã da prova dos 800m feminino da Travessia Felipe Camarão e faturou quatro medalhas de ouro no Campeonato Maranhense de Verão da Federação Maranhense de Desportos Aquáticos (FMDA).

Representando o Colégio Literato na última temporada, Sofia Duailibe também faturou a medalha de ouro nos 100m borboleta, garantiu a medalha de prata nos 50m peito e 200m medley, e ficou com a medalha de bronze na disputa dos 400m livre nos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs), realizados em agosto. Já nos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs), Sofia foi campeã nas provas dos 100m costas e 100m borboleta, além de ficar com o vice-campeonato na competição dos 400m livre.

Também em 2022, Sofia Duailibe foi a campeã da categoria Petiz na prova dos 1.650m do tradicional Desafio do Cassó, no mês de julho, em Primeira Cruz, conquistou três medalhas de ouro nas provas dos 200m medley, 400m livre e do revezamento 4x50m livre misto no Campeonato Maranhense de Natação de Inverno / Troféu Rodrigo Almeida, que ocorreu no início de julho, e sagrou-se campeã dos 1.500m e dos 2.500m na segunda etapa do Circuito Cearense de Águas Abertas, realizado no fim de junho, no Iate Clube, em Fortaleza (CE).

A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com os apoios da DM Aquatic e do Colégio Literato.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O Parque dos Lençóis Maranhenses concorre ao título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido pela Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A confirmação de que o parque cumpriu as exigências técnicas e teve a candidatura aprovada foi feita pelo governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), no fim de semana.

Uma comissão da Unesco virá ao Brasil fazer uma avaliação presencial do parque, mas, segundo a assessoria do governo maranhense, ainda sem data para acontecer. O governador do Estado está confiante e escreveu nas redes sociais que não tem dúvida de que os avaliadores “sairão daqui encantados com esse paraíso natural, orgulho de todos os maranhenses”.

O Parque Nacional dos Lençóis fica a cerca de 250 quilômetros (km) da capital São Luís e foi criado há mais de 40 anos. Ele é o maior campo de dunas da América do Sul, com uma área de 155 mil hectares. Ou seja, maior que a cidade de São Paulo, sendo  famoso pelas lagoas cristalinas que se formam entre as dunas brancas, no período de chuvas. Atualmente, a gestão é feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Parque atende a, pelo menos, três critérios exigidos pela Unesco para se tornar patrimônio natural mundial: a beleza natural, os geológicos significativos e os habitats para a conservação da biodiversidade, incluindo espécies ameaçadas. O dossiê de candidatura dos Lençóis Maranhenses foi encaminhado em 2018, e o possível título vai dar mais visibilidade mundial para conservação da área.

O Brasil já possui sete sítios declarados Patrimônio Natural Mundial: o Parque Nacional de Iguaçu, em Foz do Iguaçu, na fronteira entre Brasil (Paraná) e Argentina; as reservas de Mata Atlântica, em São Paulo e Paraná; a Costa do Descobrimento, na Bahia e Espírito Santo; as áreas Protegidas da Amazônia Central e do Pantanal; a Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional das Emas, em Goiás; além do arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas. O Parque dos Lençóis Maranhenses pode se tornar o oitavo dessa lista.

(Fonte: Agência Brasil)