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Neste domingo, apresentamos mais...

Dúvidas dos leitores

1ª) Risco de vida OU risco de morte?

Tanto faz. Não há uma forma certa e outra errada.
Se o risco é de morrer, podemos dizer “risco de morte”, mas é indiscutível que a maioria dos brasileiros fala RISCO DE VIDA. Temos, aqui, uma elipse: risco de (perder a) vida. Isso é corretíssimo e aceitável na língua padrão.

Isso tudo significa que podemos escolher. As duas formas são corretas. Eu prefiro RISCO DE VIDA por ser a forma mais usual.

É importante lembrar que não há uma forma melhor ou pior, mais certa ou menos errada. No meio jornalístico, há o hábito de criar padrões, mas, como o nome bem diz, são apenas padrões, ou seja, preferências do repórter ou do editor.

2ª) Rendição OU rendisão?

Leitor quer saber por que RENDIÇÃO se escreve com “ç”, se é derivado do verbo RENDER, que termina em “-ender”.

Escrevemos com “s” os substantivos terminados em “-ensão” derivados de verbos terminados em “-ender”: tender – tensão; pretender – pretensão; compreender – compreensão; ascender – ascensão.

Embora derive de um verbo terminado em “-ender” (render), o substantivo RENDIÇÃO não se escreve com “s”, porque não termina em “-ensão”.

3ª) Atenção OU atensão?

Leitor quer saber por que ATENÇÃO se escreve com “ç”, se é derivado do verbo ATENDER, que termina em “-ender”.

O substantivo ATENÇÃO não deriva do verbo ATENDER. ATENÇÃO é o ato de ATER-SE, e não de “atender”. O ato de atender é ATENDIMENTO.

Os verbos derivados de TER formam substantivos terminados em “-enção”, com “ç”: deter – detenção; reter – retenção; conter – contenção, obter – obtenção; manter – manutenção; ater-se – atenção.

4ª) Mini-hospital OU minihospital OU miniospital?

Não há registro em nossos dicionários de nenhuma das três formas.

Se um dia inventarem um hospital tão pequeno que queiram chamá-lo de “mini”, tenho a certeza de que a tendência da maioria será escrever com hífen: mini-hospital.

Segundo o acordo ortográfico de 1943, o elemento MINI não prevê o uso do hífen. Devemos escrever “tudo junto”: minidicionário, minissaia, minissérie, minirreforma…

Assim sendo, a grafia oficial seria “miniospital”, mas, segundo a nova reforma ortográfica (2009), nas formações com prefixos (anti, contra, hiper, sub…) e em formações com falsos prefixos (auto, eletro, macro, mini, neo, pan, semi, tele…), devemos usar hífen se o segundo elemento começa por “h” ou por vogal igual à vogal final do prefixo: anti-herói, pré-história, sub-humano, super-homem, pan-helênico, infra-hepático, semi-hospital, MINI-HOSPITAL, anti-inflacionário, contra-ataque, micro-ondas.

5ª) O que OU o quê o telespectador gostaria de ver?

A grafia correta é sem acento gráfico: “O que o telespectador gostaria de ver?”

Em “Não sei o que o telespectador gostaria de ver”, o “o” equivale a “aquilo” e é um pronome demonstrativo. E o “que” é um pronome relativo.

Em “Que o telespectador gostaria de ver?”, o “que” é um pronome interrogativo.

A palavra QUE recebe acento circunflexo em dois casos:

1º) quando é substantivado: “Ela tem um quê especial”;

2º) no fim de frase (antes de pausa): “Ela respondeu não sei o quê”.; “Não tem de quê”.; “Fez isso não sei para quê!”; “Ainda não chegou por quê?”.

6ª) Três mil e duzentos OU três mil, duzentos?

Devemos escrever os numerais por extenso como se fala:

1º) “Compareceram à recepção três mil e duzentos convidados”;

2º) “Escreveu corretamente no cheque: três mil, duzentos e quarenta e sete reais e vinte e dois centavos”.

7ª) Cem milhões de dólares norte-americano OU norte-americanos?

NORTE-AMERICANO é adjetivo, por isso deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere.

Se as TROPAS são NORTE-AMERICANAS, os dólares são NORTE-AMERICANOS.

Teste da semana

Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas das frases a seguir:

1ª) “Eu __________”, repetiu o depoente várias vezes.

2ª) É preciso que você __________ mais uma vez.

3ª) Quero que você ________ suas palavras.

a) repilo / compita / meça;

b) repilo / compita / messa;

c) repilo / competa / meça;

d) repelo / competa / messa;

e) repelo / compita / meça.

Resposta do teste: letra (a).

Os verbos terminados em “-pelir”, “-petir”, “ferir”… mudam a vogal “e” para “i” na primeira pessoa do singular do presente do indicativo (repelir – REPILO; impelir – impilo; expelir – expilo; repetir – repito; competir – compito; preferir – prefiro; conferir – confiro; aferir – afiro…) e em todo o presente do subjuntivo (que você repila, expila, repita, COMPITA, prefira, confira, afira…). Os verbos terminados em “-edir” (pedir, medir, impedir), na primeira pessoa do singular do presente do indicativo e em todo o presente do subjuntivo, devem ser escritos com “ç”: peço, meço, impeço; que você peça, MEÇA, impeça.

Estamos olhando o mar, o Atlântico que lá fora se rebenta em ondas, se quebra em ondas, que estruge, que esbraveja, que se enfurece em arremetidas loucas, que se tumultua, que se precipita para diante, para as distâncias num desejo de apossar-se, totalmente, da Ilha, a sua prisioneira eterna. Está na enchente. Cresce. Alteia-se e se alarga em Mar, e se alarga em domínio, investindo sempre, fascinante e dominador e investe, e escava em si mesmo, nas profundezas, o esmagamento do seu próprio domínio. Tudo nele tem a força da expansão. Do alargamento. Tem avanços que ameaçam, que não se intimidam nunca, que não aceitam a força das pressões negativas. Nada. Cavalga nas ondas, agita-as, sacode-as para frente, revolve-as dos entulhos para correr para o seu objetivo: a dominação total. É assim no fenômeno da enchente. E por muito tempo fica assim até nos instantes da vazante. Da vazante que esbarra em si mesmo para voltar de novo em reações mais furiosas, mais terríveis, impetuosas mesmo. Todo um tempo assim. Toda uma vida assim. Toda uma existência assim. Veio de longe, de muito longe. Veio rugindo, veio marcando a força da sua predestinação histórica. Veio de mundos estranhos, que se perderam no TEMPO, numa Geografia distante. E sempre com a mesma resistência e os mesmos impulsos. Veio com a VIDA e, vindo com a VIDA, veio com a MORTE. E de há muito que se tornou absoluto. Senhor de impérios. Dominador de ilhas e continentes. Não se afasta. Intromete-se. Interna-se. Infiltra-se. Mergulha na terra, rebenta-se em espumas nas praias. Rebenta-se em ondas nos recifes. Estraçalha-se nos cais, nos diques, e se transforma em catapulta. Aí impressiona. Aí traumatiza a grandiosidade da sua presença na Terra.

Estamos olhando o MAR, o Atlântico que lá fora estruge. Que lá fora mantém a resistência dos arremessos. E vem jogar-se contra a ILHA com o nome de São Marcos ou de São José de Ribamar. Não importa o nome. Importa saber que é ele. Ele, a maça líquida devorador de continentes, de terras. Mas aqui, na ILHA, resiste as suas invasões. Mas ele bate com fúria. Há momentos que a quer tragar, posse absoluta dos seus domínios. Mas ela não se deixa envolver de toda. Franqueia-lhe a hospedagem perigosa. Seus recifes são sentinelas perdidas na execução de uma tarefa nobilitante: a defesa, forçando o recuo, evitando a expansão do elemento líquido que se agiganta, que cresce, que estoura, que se parte em ondas, em aspirais de águas que parecem afogar-se em si mesma para depois, momentos, ressurgir mais impetuosa e agressiva. É a luta do Mar contra a Ilha banhada de chuva, aquecida de Sol.  Da ilha que luta pela sua libertação, que quer sair do cativeiro, que quer ser livre, Simbolismo que se extasia na paisagem sentimental da Ilha histórica e tradição. E o Mar avança sempre, vem se partir, vem se quebrar em ondas. Em vagalhões enormes. Em força de um predomínio absoluto. Sempre assim este Mar estuando lá fora. Agressivo. Impondo a sua vontade.

Mas a Ilha não o teme tanto. Sente que ele é mais conquistador que um invasor. Sente que, há nela, a beleza de sentimentos outros. Sente que, há nele, a presença de algo mais forte, mais humano. Sente que, há nele, afeto, fulguração de uma estima, de uma afeição poderosa, afeição que ela compreende ser AMOR, amor que é ciúme, que é desejo e mais, que é POSSE. POSSE ABSOLUTA. Eterna. Misteriosa até.

É o poema da Ilha. O romance da Ilha. Da sua paisagem geográfica. Do acidente que ela representa. O Mar, ela o sente: é o seu TUDO. Seu conquistador. E de há muito que ela se entregou. De há muito que ela o sabe ser o seu DONO. Mas ela não lhe confessa o reconhecimento. Instiga-o para a luta, para a expansão. E ele avança, e ele investe. Nas borrascas lhe açoita com mais força. Chicoteia-lhe o corpo desnudo! E ela refugia-se em si mesma. Retrai-se para, depois, surgir sob o banho de um Sol que a queima, de uma Lua que a ilumina. Apoteose da posse numa expressão fantástica de amor absoluto. Ela é a Ilha, e ele é o Mar. Ele é força que domina. Ela é a resistência que fascina. Que deslumbra. Que se extasia em si mesma.

E o Mar se rebenta lá fora. E se rebenta em ondas. E vem se desfazendo em espumas. Agora, acariciar as praias, vestidas de Sol, de areia, da Ilha Imortal. E aí uma cena de noivado, um sentindo profundo amor que é vibração dos sentidos. Mas isto por instantes. Mas isto por momentos. Depois, em fúria, em chicotadas violentas, recua. Um recuo aparente. E ela sabe que ele vai voltar, voltar mais ameaçador, mais agressivo. Mais impetuoso. Aí já está vazante. Mas há, ainda, restos impressionantes da enchente. Águas paradas ficando nos baixios. Ficando nos arrecifes, vigilantes talvez. E isto deslumbra e fascina. E isto é poesia, é poema, apoteose do pensamento na construção do BELO, da ARTE dominadora.

E depois se repete a luta. A volta. A porção d’água crescendo. Avultando-se. Subindo em ritmos de acordes sensíveis. A Ilha o sente de longe, pressente a aproximação e se desnuda em flagrantes os mais diversos. E ele se rebenta de novo em fúria, em ondas. Em vagalhões. De instante avolumou-se totalmente e se precipita para a luta, para as investidas. Seu objetivo é a ILHA, a posse total.

Mas... Estamos olhando o Mar. O Atlântico lá fora se rebentando em ondas. Rebentando-se nos recifes, investindo. E há, nisto, o poema eterno das emoções. O pensamento na criação magistral de sentir melhor as coisas, as coisas que se perdem dentro da natureza Criadora, iluminada de magia, de fascinação. E o Mar lá fora esturgindo. Avançando sempre, investindo sempre. Vem num crescimento de emoções novas que se repetem em horas, em minutos. Vem, em força, quebrando-se nas areias. É a carícia de um beijo ou a ternura emocional de um abraço. E estamos olhando o Mar e, dentro do Mar, a Ilha, a terra que se abre para ser BERÇO que um dia se fecha para ser TÚMULO.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 22 de novembro de 1964 (domingo).

Passa a vigorar hoje (15) a nova política de dados do WhatsApp. O aplicativo passará a compartilhar informações de contas de negócios (a modalidade WhatsApp Business) com o Facebook, plataforma central da empresa de mesmo nome que controla o app de mensagem.

A mudança ocorre sob protestos de órgãos reguladores brasileiros. Na semana passada, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacom) e o Ministério Público Federal (MPF) emitiram recomendações apontando problemas nas novas políticas.

No documento conjunto, os órgãos avaliam que as mudanças podem trazer riscos à proteção de dados dos usuários do aplicativo, além de impactar negativamente nas relações de consumo estabelecidas entre os usuários e a empresa. No âmbito concorrencial, as novas regras podem impactar negativamente a competição no mercado. Por isso, os órgãos solicitaram o adiamento do início da vigência das normas.

Nessa sexta-feira (14), o Cade divulgou nota na qual diz que o WhatsApp “se comprometeu a colaborar” com os órgãos reguladores que enviaram a recomendação. No prazo de três meses a partir de hoje, as autoridades farão novas análises e questionamentos à empresa, que manifestou disposição em dialogar.

“No documento enviado às autoridades, o WhatsApp informa que não encerrará nenhuma conta, e que nenhum usuário, no Brasil, perderá acesso aos recursos do aplicativo nos 90 dias posteriores ao dia 15 de maio como resultado da entrada em vigor da nova política de privacidade e dos novos termos de serviço nesta data”, diz o texto.

Consultado pela Agência Brasil, o escritório do WhatsApp no Brasil confirmou o acordo divulgado pelo Cade. Com isso, restrições antes anunciadas foram suspensas por 90 dias. Entre elas, estavam a impossibilidade de acessar a lista de conversas e a suspensão do envio de mensagens e chamadas para o celular algumas semanas depois, caso o usuário não aceitasse a nova política.  

Na avaliação do coordenador do Programa de Direitos Digitais do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Diogo Moysés, a atuação dos órgãos reguladores e a suspensão das restrições aos usuários que não aceitarem a nova política foram fatos positivos.

“Contudo, o mérito da questão precisa ser analisado pelas autoridades, pois a mudança e o compartilhamento dos dados com o Facebook estão em evidente desconformidade com o marco legal brasileiro. O consentimento já dado pelos usuários, forçado e na base da chantagem, precisa ser invalidado, pois não cumpriu requisitos básicos e, nos termos da LGPD, deve ser considerado inválido”, analisa.

Para Gustavo Rodrigues, coordenador de políticas no Instituto de Referência em Internet e Sociedade (Iris), há possibilidades de conflito com a legislação brasileira na nova política anunciada pelo WhatsApp pela falta de clareza quanto à base legal e quando a empresa condiciona a continuidade do uso à aceitação dessas regras.

“Seria necessário demonstrar qual base legal está sendo usada para embasar este compartilhamento e sempre respeitando os direitos dos titulares. Se houver perda de acesso ao aplicativo aí não seria um consentimento livre, como prevê a legislação”, observa.

Problemas

Na recomendação conjunta divulgada na semana passada, as autoridades afirmam que a alteração nas novas regras de privacidade pode trazer prejuízos ao direito à proteção de dados dos usuários. A ANPD apresentou sugestões de mudança nas novas regras para “maior transparência quanto às bases legais, finalidades de tratamento, direitos dos  titulares, tratamento de dados pessoais sensíveis e de crianças e adolescentes, e o reforço de salvaguardas de segurança e privacidade”.

Outro problema seria a falta de transparência e de clareza acerca de quais dados serão coletados. “Sob a ótica da proteção e defesa do consumidor, essa ausência de clareza dos termos de uso e da política de privacidade também pode traduzir-se em publicidade enganosa e abusiva, em violação aos arts. 31., 37., 38., 39., caput, do CDC [Código de Defesa do Consumidor], pois a oferta contratual constante dos termos de uso e da política deprivacidade  não  dariam  conta  da  dimensão exata do  custo  não  precificado  de  uso  do serviço pelo consumidor”, pontua o texto.

Do ponto de vista concorrencial, o documento das autoridades aponta que a mudança na política de privacidade pode configurar abuso de posição dominante “por impor o rompimento da continuidade de prestação de serviço essencial de comunicação aos seus usuários em razão de recusa em submeter-se à condição imposta de compartilhamento obrigatório de dados com a empresa Facebook e seus parceiros”.

(Fonte: Agência Brasil

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) alertam para os riscos da alta exposição de crianças às telas de equipamentos eletrônicos, como celular, computador, televisor e tablet. Na pandemia, essa exposição, que já era alta, de acordo com eles, aumentou, pois muitas famílias acabam recorrendo a esses dispositivos, para conseguirem trabalhar e entreter as crianças, que passam mais tempo em casa. A situação, que no ano passado, quando o vírus começou a circular no Brasil, foi vista como passageira, agora é alvo de preocupação.

“A situação que a gente vive hoje é de uma falta de alternativa muito grande para os pais que estão em trabalho remoto, muitas vezes sem ajudante em casa, e que precisam de alternativa para a recreação da criança no momento que precisam trabalhar ou fazer atividades domésticas. A questão é que o uso da tela se tornou muito mais que uma alternativa, tornou-se a única via, e isso nos preocupa”, diz a coordenadora do Programa Primeira Infância Plena da UFMG, Delma Simão.

A pesquisadora explica que até 1 ano de idade não é recomendada nenhuma exposição à tela. Depois disso, a indicação varia conforme a faixa etária sendo que, até os 6 anos de idade, período que corresponde à primeira infância, as crianças não devem passar mais do que duas horas por dia na frente de dispositivos eletrônicos. “Quanto mais uma criança fica conectada à tela, mais desconectado é o cérebro da criança. Então, mais difícil é para essa criança tomar decisões adequadas, pertinentes a uma sociedade saudável”, explica a pesquisadora.   

Os prejuízos de uma exposição excessiva às telas, para as crianças, de acordo com Delma, são muitos. Entre eles: dificuldade de aprendizagem, dificuldade de interação social, dificuldade de criar vínculo, dificuldade de se adaptar ao meio social e aos desafios que a sociedade impõe, prejudicando ainda o chamado controle inibitório que, de forma simplificada, é a habilidade de controlar respostas impulsivas e esperar a própria vez. No mundo virtual, a criança clica e recebe o conteúdo instantaneamente, prejudicando o desenvolvimento dessa habilidade.

Desafios

No ano passado, quando a pandemia chegou ao Brasil, segundo o professor da Faculdade de Educação da UFMG Rogério Correia, os estudos colocavam essa como uma situação passageira. “Hoje, passado mais de um ano, deixou um pouco de ser passageira essa realidade para nós no Brasil”, diz.

Tanto Delma quanto Correia experimentam, no dia a dia, o desafio de afastar crianças das telas. Ela é mãe do Pedro, de 7 anos, e da Laís, de 3 anos, que tem trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down). No dia a dia, concilia o cuidado com as crianças, com a casa e o trabalho. Correia é tio de Fernando, de 3 anos.

“Eu desenhei, no corredor da casa, uma amarelinha, para brincar com eles à noite, para gastar energia. Meia hora que a gente brinca de amarelinha, eu já ensino comunicação, ensino a esperar a vez do outro, equilíbrio. É no dia a dia que a gente tem que ser criativa”, conta Delma.

Já Correia, abriu o quintal para que o sobrinho, que não mora com ele, pudesse correr. Para isso, a família precisa de uma logística de isolamento, para que possam encontrar-se de forma segura em meio à pandemia. “Estamos sempre acompanhando [o estágio da pandemia na cidade] se há aumento do índice de contaminação, e voltamos a aumentar a segurança e o isolamento”, diz.

Recomendações

Segundo os pesquisadores, será necessária uma atenção especial às crianças não apenas durante, mas após a pandemia. “A gente acredita em uma pandemia pós-pandemia. O que vai ser das pessoas e especialmente das nossas crianças quando tudo isso melhorar? Nos preocupa muito a repercussão dessa pandemia”, diz Delma.

Segundo a pesquisadora, as escolas e outros locais de socialização das crianças precisarão observá-las de perto, respeitando as necessidades de cada uma delas. “O olhar precisa ser muito singular para respeitar essa criança que virá depois desse estresse traumático da pandemia de covid-19. É preciso entender e ser muito sensível a essas mudanças de comportamento que eventualmente podem surgir na escola e surgir na família”.

De acordo com Delma, aqueles que estão participando de aulas remotas devem ser observados de perto pelas famílias, que devem conversar com as escolas sobre como está sendo esse processo para eles. “A família precisa estar atenta ao que está dificultando o processo de aprendizagem da criança para que aquilo não faça com que a criança perca o desejo de aprender”.

Incentivar o brincar

Segundo Correia, a brincadeira, que acaba sendo substituída por tempo na frente de dispositivos eletrônicos, é fundamental para o desenvolvimento das crianças e para ajudá-las a compreender o mundo. “Quando ela lida com um trauma, com a perda de um ente querido ou mesmo com a distância da mãe que sai para trabalhar, ela tende a lidar com o que causa essa angústia através da brincadeira. Na brincadeira, ela toma consciência daquele sentimento”, diz.

O pesquisador diz que há formas de incluir os conteúdos digitais no brincar e que isso pode ser benéfico desde que bem orientado. As crianças podem, por exemplo, levar os personagens do programa de TV para uma brincadeira mais ativa, na qual entendem o papel daquele personagem e, brincando, têm mais controle sobre a mensagem e o significado que aquilo traz para ela.

Outra opção é buscar conteúdos digitais que proponham tarefas às crianças e trocar, segundo Correia, o sofá pelo tapete, onde é possível brincar. “Um momento em que a criança pode assistir e brincar ao mesmo tempo. As crianças gostam de assistir a programas que proponham fazer alguma coisa, construir um brinquedo, isso pode ser legal”. Os pais e responsáveis podem também assistir a vídeos com as crianças, mostrando interesse e discutindo com eles pontos do programa.

Tanto Correia quanto Delma recomendam que as crianças sejam integradas nas atividades do dia a dia dos adultos, que sejam convidadas a cuidar das plantas, a preparar uma comida, a estarem por perto. “Com isso, está aprendendo as coisas do mundo, está aprendendo vocabulário, está aprendendo interação com a família, está aprendendo a ser útil, a colaborar com a sociedade. A primeira sociedade que ela vive é dentro de casa”, diz Delma.

(Fonte: Agência Brasil)

Após meses de aperto no caixa, as universidades federais terão alívio temporário nos seus orçamentos. O Ministério da Economia anunciou, nessa sexta-feira (14), a liberação de R$ 2,61 bilhões para essas instituições de ensino. Os recursos ajudarão a recompor o orçamento de gastos discricionários.

Embora sejam definidos como não obrigatórios, os gastos discricionários englobam despesas essenciais para o funcionamento de serviços públicos, como contas de luz, telefone, internet, água, material de escritório, combustíveis, manutenção de prédios e de equipamentos. No caso das universidades, o pagamento de bolsas também é considerado despesa discricionária.

O dinheiro vem do remanejamento de programas que seriam custeados com emissões de títulos da dívida pública a serem autorizadas pela regra de ouro.

A regra de ouro proíbe o Executivo de se endividar para pagar as despesas correntes – como são chamados os gastos da administração pública para manter seus serviços em funcionamento.

Na última quinta-feira (13), o Diário Oficial da União publicou crédito suplementar de R$ 18,7 bilhões que aliviará os cofres de diversos órgãos e ministérios afetados pelo contingenciamento (bloqueio temporário) de recursos, anunciado no fim de abril.

Logo após a sanção do Orçamento de 2021, o governo anunciou o contingenciamento de R$ 9,2 bilhões e o veto de R$ 19,8 bilhões em gastos. Os cortes foram necessários para garantir a execução de despesas obrigatórias que haviam sido remanejadas para emendas parlamentares.

Nesse processo, o Ministério da Educação teve cerca de R$ 3,5 bilhões cortados: R$ 2,73 bilhões bloqueados temporariamente e R$ 1,2 bilhão vetados. Quase a totalidade dos cortes, na ocasião, referiam-se a verbas para o ensino superior, com a alegação de que as universidades não estavam funcionando presencialmente durante a pandemia de covid-19.

Instituída pelo Artigo 167 da Constituição, a regra de ouro estabelece que o governo só pode emitir dívida pública para rolar (renovar) a própria dívida ou para cobrir despesas de capital, como investimentos em obras públicas e amortizações. Para cobrir gastos correntes, como os citados anteriormente, o governo precisa pedir autorização do Congresso.

O Orçamento de 2021 prevê insuficiência de R$ 434,8 bilhões para cumprir a regra de ouro, mas a quantia pode ser reduzida para R$ 125,7 bilhões com o uso de parte dos lucros do Banco Central nos últimos anos, devoluções do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro e pagamentos de dividendos de estatais.

Para evitar a paralisação de serviços públicos, o governo precisará pedir autorização ao Congresso Nacional nesse montante (R$ 125,7 bilhões) para custear determinados programas com títulos da dívida pública. Com a publicação da portaria, o governo antecipou a liberação dos recursos antes da votação pelo Congresso.

(Fonte: Agência Brasil)

Paço do Lumiar

As semifinais da etapa de São Luís do Campeonato Maranhense de Beach-Soccer de Seleções Municipais 2021, competição patrocinada pela Equatorial Energia e pelo governo do Estado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, estão definidas. Os confrontos eliminatórios entre Paço do Lumiar x São José de Ribamar e Raposa x São Luís vão ocorrer neste sábado (15), a partir das 15h30, na Arena Domingos Leal, na Lagoa da Jansen, sem a presença de público. Os jogos serão transmitidos ao vivo pelo canal Beach-Soccer MA, no YouTube (youtube.com/beachsoccerma).

A rodada desta sexta-feira (15) confirmou as última três seleções que se juntaram a Paço do Lumiar nas semifinais. No primeiro jogo do dia, Bacabeira venceu Itapecuru-Mirim por 3 a 2. Apesar do triunfo, Bacabeira ficou fora da próxima fase, assim como o selecionado itapecuruense.

Raposa

Na sequência, Raposa quebrou a invencibilidade de Paço do Lumiar ao vencer por 3 a 2 de virada. A vitória da equipe raposense garantiu a liderança do Grupo A com 6 pontos. Apesar do revés, Paço terminou a primeira fase com a melhor campanha no Grupo B.

No último jogo do dia, São José de Ribamar passou sem dificuldades por São Luís: 6 a 3. A vitória foi fundamental para os ribamarenses chegarem às semifinais. Apesar da derrota, a equipe da capital conseguiu avançar no torneio por ter um saldo melhor que Bacabeira.   

Maranhense 2021

São Luís

O Campeonato Maranhense de Beach-Soccer de Seleções Municipais 2021 conta com os patrocínios da Equatorial Energia e do governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Neste ano, a competição será realizada em seis etapas, sendo a última com as equipes classificadas nas fases anteriores.

Cada etapa será realizada em uma região diferente. Em 2021, as cidades de Humberto de Campos, São Luís, Santa Inês, Lima Campos e Pinheiro receberão os jogos do estadual. De acordo com a organização do torneio, a expectativa é que a fase final ocorra somente entre os dias 9 e 13 de junho.

São José de Ribamar

Além disso, cada uma das etapas seguirá todas as recomendações sanitárias para a realização de eventos esportivos, como distanciamento social, uso obrigatório de máscaras nas arenas, disponibilização de álcool em gel e sem a presença de público.

ETAPA DE SÃO LUÍS

PRIMEIRA RODADA / QUARTA-FEIRA (12)

São José de Ribamar 7 (2 pen.) x 7 (0 pen.) Bacabeira

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=vFROyJf1FRE)

Itapecuru-Mirim 2 x 11 Paço do Lumiar

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=NnlnaYnyrto)

São Luís 4 x 1 Raposa

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=faoNTxsLjRs&t=11s)

SEGUNDA RODADA / QUINTA-FEIRA (13)

Raposa 11 x 2 Bacabeira

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=HTeTcK788mA)

São Luís 1 x 3 Itapecuru-Mirim

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=1xqqf-9smMk)

São José de Ribamar 1 x 6 Paço do Lumiar

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=LBcl3yk4a_g)

TERCEIRA RODADA / SEXTA-FEIRA (14)

Itapecuru-Mirim 2 x 3 Bacabeira

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=pARp0E9_LYM)

Raposa 3 x 2 Paço do Lumiar

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=vHfoGSIcO0A)

São Luís x São José de Ribamar

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=QgMLtB8uQJs)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Neste domingo (16), o Balsas Futsal vai em busca da classificação para a segunda fase da Copa do Brasil de Futsal Adulto Masculino. Patrocinada pela Equatorial Energia e pelo governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e pela Prefeitura de Balsas, a equipe maranhense faz o jogo de volta contra o JES Futsal (PI) e precisa de um empate para seguir viva na competição nacional. A partida será realizada no Ginásio da Apcef, em São Luís, a partir das 10h30. O duelo decisivo entre Balsas e JES terá transmissão ao vivo pelo canal oficial do time maranhense no YouTube (balsasfutsal).

O time maranhense chega para o jogo de domingo bastante motivado e com a vantagem no confronto. Na última terça-feira (16), o Balsas derrotou o time piauiense por 4 a 2, na partida de ida em Teresina, e, agora, um simples empate serve para o maior vencedor do futsal do Maranhão chegar à segunda fase da Copa do Brasil.

“Conseguimos um grande resultado em Teresina, mas como eu falei para os atletas, temos de nos concentrar no jogo de volta porque é aqui em São Luís onde tudo vai ser decidido. Temos o empate a nosso favor, mas não é por isso que vai faltar vontade e empenho para a gente definir nossa classificação”, afirmou o técnico do Balsas Futsal, Hallyson Dias.

Os jogadores do Balsas também adotam o discurso de que nada está definido. Para o capitão da equipe, o fixo Neto Caraúbas, o time maranhense precisará jogar novamente de forma aguerrida para conseguir o resultado positivo no domingo.

“Sabíamos das dificuldades que íamos encontrar, mas nos superamos, mostramos nossa cara de time aguerrido. Precisamos repetir essa mesma vontade para conseguirmos nossa classificação. A vitória em Teresina foi excelente, mas isso não significa a classificação. Em São Luís, vamos nos empenhar de novo para buscar a vitória”, afirmou Neto Caraúbas.

Vale destacar que quem passar deste confronto terá pela frente o vencedor do confronto entre Ceará (CE) e Sampaio Araioses (MA). No jogo de ida, os cearenses venceram por 5 a 2 e têm boa vantagem para a partida de volta.

Copa do Brasil

Em 2021, a Copa do Brasil de Futsal Masculino chega à sua 5ª edição. Além do Balsas Futsal, o torneio contará com outros 29 clubes de 16 Estados. Esta será a primeira vez que a competição atinge este número de clubes numa única participação.

A fórmula de disputa é bem simples: o evento será disputado em cinco fases, sendo a primeira fase com até 16 grupos, definidos pela logística dos clubes envolvidos, reduzindo custos financeiros. Em todas as fases são jogos de ida e volta, classificando a equipe que obtiver duas vitórias ou uma vitória e um empate. A ordem dos jogos da 1ª fase foi definida por sorteio, porém, nas demais fases, fará o segundo jogo em casa a equipe com melhor índice técnico geral.

Balsas Futsal

Com apenas dez anos de existência, o Balsas Futsal tornou-se o clube mais vitorioso do futsal maranhense. A equipe balsense contabiliza oito títulos estaduais e diversos resultados expressivos em sua história: 3º lugar na Copa do Brasil de Futsal 2020, 5º lugar na Taça Brasil de Clubes de Futsal Divisão Especial, vice-campeão na Liga Nordeste de Futsal, vice-campeão Brasileiro Primeira Divisão dentre outras conquistas e participações em relevantes competições estaduais e nacionais, também tendo destaque nas categorias de base.

Vale destacar que o Balsas Futsal conta com os patrocínios da Equatorial Energia e do governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e da Prefeitura de Balsas, além dos apoios da Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma) e da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef-MA).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Com treinos às segundas, quartas e sextas, o time de Futsal do Fórum Jaracaty tem suado a camisa para as competições que começam a ser retomadas no Estado. Os atletas da modalidade, iniciada em janeiro deste ano no projeto, estreiam em seu primeiro torneio esportivo: o I Campeonato de Futsal Sub-13 e Sub-15. O time do projeto participará do campeonato Sub-15 e fará sua estreia contra o time do Ferinhas da Vila, do bairro da Cohab.

Ao todo, seis equipes disputarão o torneio. A primeira fase terá cinco jogos para cada time. Quatro serão classificados para a semifinal. Ao fim do campeonato, o time vencedor leva, para casa, o prêmio de R$ 600, além das medalhas, e o vice-campeão, R$ 400 e medalhas.

O técnico do Fórum Jaracaty, Lucas Martins, aposta em um time integrado, que tem evoluído bastante com os treinos. “O trabalho com os meninos teve uma evolução significativa desde o início do ano, tanto na parte técnica quanto na parte tática. Entraremos na competição dando o nosso máximo para alcançar a vitória, mas, ao mesmo tempo, entenderemos caso ela não venha. Por ser a primeira competição do time, ela deve ser encarada como aprendizado, com o time ganhando ou perdendo”, ressaltou.

O 1º Campeonato de Futsal Sub-13 e Sub-15 ocorre a partir das 8h30 deste domingo, no Ginásio Tião, no Parque do Bom Menino. O jogo entre o Fórum Jaracaty e o Ferinhas da Vila está programado para as 11h.

Sobre o Fporum Jaracaty

Com quase duas décadas de atuação na comunidade do Jaracaty, o projeto, patrocinado pelo governo do Estado e pela Equatorial Maranhão por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, atende crianças e adolescentes do Jaracaty, Liberdade e Ilhinha, proporcionando aulas gratuitas de judô, tênis de mesa e futsal, além de curso de Informática e brinquedoteca para os pequenos. O Fórum Jaracaty oferta, ainda, cursos de capacitação para a comunidade, pais e responsáveis pelos alunos.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A rodada deste fim de semana do Campeonato Maranhense de Futsal Adulto Masculino, competição promovida pela Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma), pode definir as primeiras equipes classificadas para as quartas de final. Para isso, serão necessárias algumas combinações de resultados nas partidas que vão movimentar o torneio no domingo (16) à tarde e na segunda-feira (17) à noite. Os jogos do Estadual serão realizados no Ginásio da Apcef, no bairro do Calhau, sem a presença de público.

No domingo, estão programadas quatro partidas, a partir das 12h45. A primeira delas será entre Associação de Futsal Shekina e Ippon Cruzeiro Apcef, valendo a liderança do Grupo A e uma possível vaga antecipada para as semifinais ao time vencedor.

Na sequência, a bola rola para A.C. Viana x Palermo e para Villa Nova x Titans, ambos pelo Grupo D. Caso Viana e Villa Nova vençam seus compromissos nesta rodada, os dois chegarão a 6 pontos e definirão, antecipadamente, os classificados para as semifinais. Neste caso, a terceira rodada valeria o primeiro lugar da chave.

E, às 18h, ainda haverá mais um jogo pelo Estadual Adulto Masculino. O A.C. Peniel encara o Túnel F.C. Quem vencer, não se garante na próxima fase, mas pelo menos vai vivo para a última rodada. O time derrotado ficará em situação delicada na competição.

Outros jogos

Esta rodada do Campeonato Maranhense de Futsal Adulto Masculino será encerrada na segunda-feira (17) com a realização de mais dois jogos, a partir das 19h45. São eles: Associação Atlef x Inovar F.C. e Brigadeiro Falcão x Balsas Futsal.

Estadual Adulto Feminino

A Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma) confirmou o início das disputas do Campeonato Maranhense de Futsal Adulto Feminino para este domingo (16). O duelo entre as equipes do Palermo e das Meninas E.C. abre a competição. A partida está marcada para as 15h30, no Ginásio da Apcef.

Esta edição do Estadual Feminino conta com a participação de sete equipes, que foram distribuídas em duas chaves. O Grupo A é formado por CAD/Athenas (São Luís), Meninas F.C. (Barreirinhas), Fênix F.C (São Luís) e Palermo (Santa Inês). Já o B tem os seguintes times: Moto Club (São Luís), Balsas Futsal/AFC (Balsas) e CT Sports (São Luís).

TABELA DE JOGOS

Domingo (16/5) // Ginásio da Apcef

12h45 – Associação de Futsal Shekina x Ippon Cruzeiro Apcef

14h15 – A.C. Viana x Palermo

15h30 – Palermo x Meninas E.C (Feminino)

16h45 – Villa Nova x Titans

18h – A.C. Peniel x Túnel F.C.

Segunda-feira (17/5) // Ginásio da Apcef

19h45 – Associação Atlef x Inovar F.C.

21h15 – Brigadeiro Falcão x Balsas Futsal

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Os alunos que gostam de ciências e da área espacial têm um calendário importante em vista: termina, neste sábado (15), o prazo para as inscrições na 24ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) para as escolas que vão participar da competição pela primeira vez.

Para as instituições que já participam, o prazo para inscrições de alunos vai até a próxima quinta-feira (20).

As provas são aplicadas em todo o país para alunos do 1º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio e são divididas em duas partes com questões sobre astronomia e astronáutica.

Pódio astronômico

Quem participou e ganhou medalha na OBA chama a atenção para a importância desta inciativa no futuro acadêmico e nas escolhas profissionais.

É o caso da estudante de astronomia da Universidade de São Paulo Laís Borbolato, que tem 20 anos.  Ela conta que conheceu a olimpíada no ensino fundamental, mas a escola não tinha se inscrito na seleção, e só no ensino médio, em outra escola, pôde participar e recuperar os anos fora da competição.

Resultado: duas vezes subiu ao topo do pódio para receber medalha de ouro. A paixão pela astronomia, área com a qual ela já flertava desde a infância, virou a carreira escolhida.

“A OBA me ajudou a decidir minha carreira. Estava entre engenharia e astronomia e, com todo o contato com profissionais da área e a matéria de astronomia em si, decidi que era o que eu queria para minha vida, que eu queria pesquisar, aprender mais. Foi aí que eu tive a certeza, e a olimpíada me ajudou muito a não desistir”, conta.

Laís pesquisa o formato e a estrutura da Via Láctea, além de fazer parte de iniciativas para inclusão de mulheres na carreira e na divulgação da astronomia.

“Hoje, eu faço pesquisas sobre o formato da nossa galáxia e, para o futuro, quero continuar contribuindo para a ciência e desenvolver as áreas da astronomia. Eu quero me tornar referência para outras pessoas, que elas possam se inspirar em mim”, declara.

Quando o assunto é pódio, Giovanna Girotto, estudante de engenharia mecânica na Universidade de São Paulo (USP), sabe muito. A aluna, de 18 anos, participou quatro vezes da OBA e acumula três medalhas de ouro e uma de prata no currículo. Daí, veio a oportunidade de representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, na Hungria, quando ganhou mais uma medalha, de bronze, em 2019.

E foi durante as provas da competição que ela percebeu seu interesse pela ciência. “A partir do momento em que eu decidi tentar fazer a prova, eu comecei a estudar mais astronomia e fui percebendo que eu gostava muito daquilo. Sempre digo que em astronomia, quanto mais estuda, menos você sabe”, diz.

Como Laís, Giovana destaca que a OBA ajudou a guiar a escolha e a perceber sua afinidade com exatas. Cursando engenharia, ela está de olho na área aeroespacial.

“Fazendo engenharia mecânica, eu consigo atuar em várias áreas aeroespaciais. Então, futuramente, eu espero continuar estudando astronomia. Estou hoje em uma equipe que estuda nanossatélites e quem sabe trabalhar com este setor no futuro”, diz.

Rumo ao espaço

Para o estudante de engenharia da computação da Universidade de Brasília, ex-participante da OBA e hoje coordenador de olimpíadas científicas em uma escola particular no Distrito Federal, Pablo Arruda diz que oportunidades como estas “potencializam a chance de o jovem enxergar o futuro na área científica”.

Ele destaca que, neste período de pandemia, percebeu uma dispersão dos estudantes com a exigência da comunicação virtual, mas, segundo ele, neste momento, há um movimento crescente de interessados.

E, apesar das alterações em decorrência da pandemia, como mudanças nas datas e até na logística das provas, uma nova modalidade, segundo ele, pode ganhar força na Mostra Brasileira de Foguetes 2021 (MOBFOG 2021), que, também, está com inscrições abertas, até o dia 20.

“Teve um atraso em relação à execução e à entrega de medalhas, mas foi o prazo para adaptação. E ocorreu muito bem. Tanto que conseguiram implantar métodos virtuais das olimpíadas. A MOBFOG 2021 criou o lançamento virtual de foguetes, ideia muito boa”.

Além dos lançamentos de foguetes reais, quando é aferida a distância entre o ponto de partida e chegada do foguete por um adulto, a MOBFOG 2021 promove o lançamento de foguete virtual, quando é registrado o apogeu do artefato.

Mais uma novidade virtual é o Planetário Digital Itinerante, que, segundo a organização da OBA, coloca à disposição de professores e alunos as sessões realizadas pelo computador.

Este ano, as provas on-line ou presenciais nas escolas ocorrerão nos dias 27 e 28 de maio. Para mais informações, basta acessar o site da OBA.

(Fonte: Agência Brasil)