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A atriz Regina Duarte deixará a Secretaria Especial de Cultura do governo. O anúncio foi feito, nesta quarta-feira (20), pelo presidente Jair Bolsonaro, depois de uma reunião pela manhã com a secretária.

“Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas, para que ela possa continuar contribuindo com o governo e a cultura brasileira, assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em São Paulo. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias”, anunciou o presidente pelo Twitter.

Na mesma publicação, Regina Duarte aparece em um vídeo ao lado do presidente comemorando a mudança. “Acabo de ganhar um presente, que é o sonho de toda pessoa de comunicação, de audiovisual, de cinema, de teatro. Um convite para fazer Cinemateca, que é um braço da cultura que funciona em São Paulo. É um museu de toda filmografia brasileira. [Vou] ficar ali secretariando o governo, dentro da Cultura na Cinemateca. Pode ter presente melhor que esse? Obrigada, presidente!”, ressaltou a atriz, acrescentando que sente falta da vida na capital paulista com seus filhos e netos.

Ainda no vídeo, em tom de brincadeira, Regina pergunta ao presidente se ela estaria sendo ¨fritada¨ por ele, como afirmam vários veículos de imprensa. “Toda semana, tem um ou dois ministros que, segundo a mídia, estão sendo fritados. O objetivo é desestabilizar a gente e tentar jogar o governo no chão. Jamais vou fritar você”, respondeu, bem-humorado, Bolsonaro.

O nome do indicado a ocupar a Secretaria Especial de Cultura ainda não foi anunciado.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação decidiu adiar o Exame nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 em razão dos impacto da pandemia do novo coronavírus. “As datas serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais“, diz nota conjunta do MEC e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O cronograma inicial previa a aplicação do Enem 2020 impresso nos dias 1º e 8 de novembro. Já os participantes da versão digital, fariam a prova nos dias 11 e 18 de outubro. Mais de 3,5 milhões de candidatos se inscreveram para o exame.

Para definir a nova data, o Inep promoverá uma enquete direcionada aos inscritos do Enem 2020, a ser realizada em junho, por meio da Página do Participante. As inscrições para o exame continuam abertas até as 23h59 desta sexta-feira, 22 de maio.

Mais cedo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pelas redes sociais, já falou sobre um possível adiamento do Enem. Em sua conta no Twitter, ele informou que a decisão ocorre “diante dos recentes acontecimentos no Congresso” e após conversas com líderes do Centrão.

A Câmara dos Deputados está pautada para votar, hoje, requerimento de urgência para a votação do projeto de lei (PL) 2623/2020, que adia o Enem enquanto durarem as medidas sanitárias emergenciais decorrentes da pandemia do novo coronavírus, mas, com o adiamento anunciado pelo próprio MEC, há a possibilidade de a pauta ser derrubada.

Justiça

A realização do Enem também foi alvo de questionamentos judiciais. Na última segunda-feira (18), a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região pedindo que a decisão de manter o exame durante a pandemia do novo coronavírus seja revista. Em abril, o órgão conseguiu uma liminar favorável ao adiamento das datas da prova, mas a medida foi derrubada pelo desembargador Antônio Cedenho atendendo a pedido da Advocacia Geral da União (AGU).

(Fonte: Agência Brasil)

Sempre que possível, o BLOG DO PAUTAR abrirá espaço para a literatura maranhense. Há algumas semanas, iniciamos esse trabalho... Divulgar textos de escritores maranhenses. Nosso objetivo é mostrar a criatividade desses escritores e, ao mesmo tempo, despertar em você curiosidade para conhecê-los. Hoje, novo encontro com o escritor Edmilson Sanches.

QUANDO A LITERATURA INFANTIL NÃO É COISA DE CRIANÇA

(Prefácio ao livro "A literatura infantil para maiores de dezoito anos: sob a ótica da análise do discurso foucaultiana", da professora maranhense Tereza Bom-Fim, da Universidade Federal do Maranhão, mestra e doutora em Educação e pós-doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).

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Na tarde de 24 de novembro, no ano passado, recebi em primeira mão, da própria autora, exemplares ainda quentinhos ("saídos do forno") do mais recente livro da professora maranhense Tereza Bom-Fim, mestra e doutora em Educação e pós-doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Trata-se da obra "A literatura infantil para maiores de dezoito anos: sob a ótica da análise do discurso foucaultiana".

Pelas razões que só ela sabe e sente, fui escolhido por Tereza Bom-Fim para fazer leituras, revisão e prefácio de todos os seus livros – algo que, para mim, mais que honra, trouxe-me responsabilidade tão grande e polissilábica quanto à própria palavra.

O livro foi lançado dia 28/11/2018, no evento "Dois dedos de prosa com o autor: Drª. Maria Tereza Bom-Fim Pereira", que integra o 7º Seminário de Práticas Educativas do Curso de Pedagogia, realizado pelo Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia (CCSST) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em Imperatriz.

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Tereza Bom-Fim construiu uma sólida carreira acadêmica na área de Educação, desde a sua graduação em Letras na Universidade Estadual do Maranhão (Uema), mestrado em Educação (Universidade Federal de São Carlos/SP) e doutorado em Educação Brasileira (Universidade Federal do Ceará).

Nesse percurso, Tereza Bom-Fim foi ampliando possíveis espaços de influência de seus saberes e ideias, por meio de outros livros, como: "Asas da imaginação – leituras sobre a criança que lê" ( 2013); "Professor-leitor: de um olhar ingênuo a um olhar plural" (2007); "O livro-de-imagem: um (pre)texto para contar histórias" (2001), que, logo de chegada, recebeu a classificação "Altamente Recomendável" da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

A professora e escritora, membro da Academia Imperatrizense de Letras, também publicou "Caderno de atividades – orientações para o trabalho educativo com livros-de-imagem" (2009).

Sempre pronta para desafios, Tereza Bom-Fim, em universidades do Maranhão e de São Paulo, participou de grupos de estudos e pesquisa e supervisão de programa, de assuntos e ações que vão da Análise do Discurso à Iniciação à Docência, além de Linguagem, Discurso e Mídia e Pedagogia.

O prefácio do livro que saiu hoje da Editora Ethos e Encadernadora Estampa, ambas de Imperatriz, é o seguinte:

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PREFÁCIO

“Tenho-me impressionado sempre de ver
quão pouco os adultos compreendem as crianças [...]”. (DOSTOIEVSKI, 1821-1881)

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Não se julga um livro pela capa, sabe-se. E pelo título, julga-se?

Este livro trata da difícil tarefa de julgar – pois que é julgar o comparar, o escolher – e da mais difícil ainda tarefa de compreender crianças para fazer escolhas para elas e em nome delas.

Ainda bem, o(s) julgamento(s) em que se baseia esta obra tem/têm a ver com conteúdos, inclusive os que estão em uma (ou são a) capa – título, imagens, “design”, textura... São livros para crianças; podem ser grossos ou finos, “normais” ou multidimensionais (3D, por exemplo), lineares ou (des)dobráveis.

Voltando ao começo... Os tempos atuais de intolerâncias, preconceitos e conceitos prévios, estes tempos “modernos” de leituras e literaturas rápidas, voláteis, recomendam que se esclareça logo que o título deste mais recente trabalho de Tereza Bom-Fim – “A literatura infantil para maiores de dezoito anos” – não sugere, não remete, nada tem a ver com qualquer aspecto da lascívia, lubricidade, impudicícia. Infâmia e infância, aqui, nem em pensamento se tocam ou se cruzam.

Por isso, a pergunta inicial: Julga-se um livro pelo título?

Bom, eu, pelo menos, julgo. Neste caso, como leitor privilegiado dos originais e prefaciador convidado das obras da autora, do seu mestrado ao pós-doutorado, julgo um “achado” o título deste livro. Não é fácil dar nome às coisas, dar título a obras. E Tereza Bom-Fim, mulher, educadora e autora sensível, criativa e produtiva, soube construir inteligentemente – e adequadamente – o nome do seu mais novo esforço acadêmico e editorial. O título atrai a atenção do leitor, carrega – involuntariamente – um tiquinho de ambiguidade e instigação e, sobretudo, o título tem tudo a ver com o conteúdo da obra.

Os referidos “maiores de dezoito anos” são 23 mulheres e homens, voluntários, professores, escritores, pesquisadores, estudiosos, todos especialistas em literatura infantil e juvenil, para os quais editoras de obras desse gênero, delas mantenedoras da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), enviam, anualmente, quase um milhar de livros dessa faixa etária para seleção, análise e, posteriormente, premiação em, pelo menos, 18 categorias (número que pode ser duplicado, já que, após vencer três vezes, um ganhador ainda pode ser selecionado para premiação “hors-concours”, o que, vale dizer, estimula o surgimento e o reconhecimento de novos talentos nas diversas categorias).

O foco de Tereza Bom-Fim nesta obra, ela mesma conta, “é compreender de que forma a leitura e a criança são concebidas pelo grupo de votantes” (aquelas duas dúzias quase de especialistas mencionados acima).

A autora orienta esse foco, leva luz e, também, didática, mas não professoralmente, conduz o leitor para alguns aspectos do assunto mais históricos e lineares, como quando discorre sobre a FNLIJ e quando situa o leitor, por exemplo, na história social da criança.

Profissional consciente e experiente, crítica e exigente, a professora-doutora sabe quando é hora de elevar o “tom” acadêmico: assim, ela traz e faz, trata e retrata abordagens, análises, questionamentos, visita autores. Sua expectativa, diz ela, é “despertar em cada leitor a vontade de ler, escrever, instigar/investigar, contar histórias [...]” e, a partir daí, “inscrever a literatura infantil em um patamar mais elevado de análise e crítica”.

Essa “análise e crítica”, quer a autora, deve contribuir para que, na literatura infantil, o “punctum saliens”, aquilo a que se deve “dar mais visibilidade”, é o “espaço, a voz e o desenvolvimento da criança” e não necessariamente os “livros e seus autores”.

Ao mesmo tempo em que não nega “a qualidade da literatura produzida para crianças atualmente”, Tereza Bom-Fim alerta que “a literatura para criança continua carente de uma crítica madura, consistente, sem melindres, menos rasa [...]”. Como se percebe, a autora tem seu tanto lúdico e lúcido, crítico e cítrico – leve acidez...

A literatura infantil, vê-se, é assunto de gente grande. Não deve ser fácil para os especialistas votarem, entre centenas de títulos, os poucos que serão objeto de conhecimentos e reconhecimentos maiores, as obras que, no jargão da FNLIJ, merecerão ser “altamente recomendáveis”. Esse processo, crítico, analítico, deve/ria levar em consideração – como propõe ou reforça Tereza Bom-Fim – “o pensamento e a visão infantis”.

Não é fácil... Só a criança sabe ser criança – porque é isso que ela é. Criança é só o instante presente, o aqui e agora, o “hic et nunc”. Criança é um presente. É o presente.

Adultos, não mais podemos ser criança. Podemos pensar/agir como criança – muitas das vezes uma atuação, um teatro, que vai do cômico ao patético.

É difícil ter, de verdade, “pensamentos” e “visões”, modos e medos, posturas e imposturas de criança. Não há como o adulto limpar-se da poluição de sua adultez e tornar à altivez pueril e pura. Como adultos, falhamos até mesmo em compreender outros adultos, inclusive aqueles bem próximos a nós, na nossa casa – às vezes, na nossa cama...

Mas vida é isso: um vir a ser de seres a vir. Vida é obra em construção desfinda.

Assim, é nesse contínuo fluir de vida que também os especialistas em literatura infantil têm de pôr seus saberes, sentires e amares, a serviço de um ser que é pleno viço, força potencial e manifesta em crescimento – a criança.

Na tríade autores, especialistas e criança, apenas esta é.

Pois, na biodiversidade humana, enquanto autores e especialistas são funções, a criança é ser.

Adultos são personagens.

Só a criança é plenitude.

EDMILSON SANCHES

No Dia do Pedagogo, comemorado hoje (20) no Brasil, os profissionais buscam se adaptar às novas necessidades da educação, como o ensino a distância, provocado pelo isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus.

Muito esforço tem sido feito, tanto por professores quanto por instituições de ensino, para dar continuidade aos estudos, sem prejudicar o avanço dos alunos. Esse tem sido um desafio para os educadores, já que ninguém estava preparado para essa nova situação – de levar a metodologia educacional para o mundo “on-line”.

“Rapidamente, tivemos que buscar ferramentas que nos permitissem manter o contato com o aluno, criar salas de aula virtuais, repensar processos de avaliação, propor atividades que os alunos pudessem realizar em casa, manter uma rotina. As escolas e instituições de ensino superior têm enfrentado este momento de formas diferentes, específicas, mas há pontos em comum”, afirma a coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Santo Amaro (Unisa), professora Tatiana da Silva Calsavara.

Doutora em educação, Tatiana conta que participa desse cenário sob diferentes pontos de vista - “como coordenadora, docente e como mãe. Tenho refletido muito sobre isso, o que funciona, o que não funciona tão bem, o que pode ser mudado. Um problema com que, de início, nos deparamos é a má qualidade da ‘internet’ brasileira e, inclusive, a falta de acesso por grande parte dos alunos e até professores”, diz.

Ela lembra outro ponto dessa inovação forçada. “Além disso, são buscadas formas que não podem ser iguais às do ensino presencial, mas que precisam manter a qualidade, a proximidade, a interatividade. É preciso repensar a educação, e isso é muito bom, pois a história mostra que, em momentos de desafios como esse, construímos novos caminhos, novas propostas. Daqui a algum tempo, poderemos, de forma mais específica, analisar os ganhos e como crescemos com eles”, analisa.

Disciplina e planejamento

Para Tatiana, o momento exige disciplina e planejamento. “Algo que destaco, nesse meu olhar triplo de coordenadora, docente e mãe, é a necessidade de rotina, de planejamento, de interatividade, de interdisciplinaridade, de leitura, e destaco a importância da literatura, seja qual for a área de formação”. Tatiana afirma que a literatura ajuda a compreender o ser humano. “Essa valorização da arte, da cultura, da literatura, do cinema neste momento, que é onde as pessoas buscam refúgio, é um grande desafio para os pedagogos, pois nos coloca na posição de repensar o papel desses elementos, que são, também, ferramentas pedagógicas, tão essenciais à humanidade e à necessidade de nos mantermos sãos em tempos de medo e incertezas”.

Mercado de trabalho

O pedagogo tem como principal atuação a docência e a gestão da escola, incluindo orientação e supervisão. Na legislação atual, o pedagogo é formado para atuar na educação básica, na docência das séries iniciais do ensino fundamental e educação infantil e, também, na gestão de instituições de ensino, abrangendo o ensino superior. Ele pode atuar em instituições públicas ou privadas.

“Hoje em dia, muitos pedagogos também são contratados para atuar em empresas (pedagogia empresarial) ou hospitais (pedagogia hospitalar). Esses últimos estão naquilo que chamamos de espaços não escolares, que estão previstos na legislação vigente. O pedagogo deve ser preparado para atuar nessas áreas, que incluem, ainda, organizações não governamentais, fundações, comunidades, editoras (consultoria), entre outros espaços”, lembra a coordenadora.

O mercado de trabalho é amplo, porém os salários variam muito. A faixa salarial do pedagogo fica entre R$ 1.996 e R$ 6.233,11, sendo que R$ 2.293,22 é a média do piso salarial 2020. “Como é uma profissão que exige formação constante e uma visão de mundo que inclui acesso à cultura, arte, livros, pesquisas, novas tecnologias, a faixa salarial é baixa, já que o docente acaba investindo parte considerável de seu salário para se qualificar e manter seu currículo competitivo no mercado de trabalho. Os melhores salários na área são destinados aos que apresentam melhores qualificações”, observou Tatiana.

Desafios atuais

A formação continuada, porém, com a falta de cursos gratuitos, é um dos desafios da profissão. “O pedagogo deve estar disposto a aprender sempre, a buscar novas ferramentas para o ensino, novas perspectivas. Ele deve ter uma formação que lhe permita ler o cenário atual e atuar nele de forma a contribuir com o processo educacional, com os desafios do tempo presente. Ensino e pesquisa caminham juntos e, mais do que nunca, vemos a necessidade do embasamento em evidências, em dados, em análises consistentes”, afirma Tatiana.

A psicopedagoga e professora Leila do Vale Nascimento de Melo concorda com Tatiana quanto à importância da formação continuada e lamenta a falta de recursos. “Os desafios da profissão são a falta de materiais adequados à faixa etária das crianças, a ausência dos pais, a falta de cursos gratuitos de qualificação, entre outras dificuldades do dia a dia escolar”.

Para Leila, que trabalha atualmente como professora de educação infantil no Centro Bryan Biguinati Jardim, o ensino a distância também se tem mostrado difícil. “A adaptação ao ensino a distância tem sido um desafio a ser vencido todos os dias, pois sempre surgem dificuldades estruturais no caminho. Ainda mais que não tivemos orientações prévias, com um tempo hábil para aprender de fato. Fora isso, temos de pensar em atividades que atendam as crianças com necessidades especiais e não temos um suporte nesse sentido".

Na opinião de Tatiana Calsavara , a educação é um processo que, para muitos, parece lento, “mas é o melhor meio para construir um futuro de qualidade. Mais do que nunca, se percebe a importância da educação para a sociedade, a importância do professor como detentor de um saber específico. Repensar as tecnologias, o papel do professor, a interatividade de qualidade com o aluno, a importância da leitura, de uma formação crítica e de como colocar isso além do espaço físico da sala de aula é o grande desafio deste momento”.

(Fonte: Agência Brasil)

O Senado aprovou, nessa terça-feira (19), um projeto de lei (PL) que adia a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em virtude da pandemia do novo coronavírus. O PL teve 75 votos favoráveis e um voto contrário. O projeto não firma um novo prazo para realização das provas, ficando dependente da evolução da situação epidemiológica. O texto segue para a Câmara.

O Enem teve, até agora, 3,5 milhões de inscrições , e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, defende a realização da prova na data prevista. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as inscrições vão até a próxima sexta-feira (22). As provas do Enem estão marcadas para 1º de novembro (linguagens, códigos e suas tecnologias; redação; ciências humanas e suas tecnologias) e 8 de novembro (ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias). Também serão previstas provas digitais, nos dias 11 e 18 de outubro.

Em seu relatório, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) defendeu o adiamento da prova para garantir a igualdade de condições entre candidatos. “Lembremos que nossos alunos das escolas públicas não tiveram sequer dois meses de aula completados neste ano letivo. Seria muito injusto submetê-los à já desigual concorrência que caracteriza os processos de acesso à educação superior”.

Izalci também citou a situação das universidades, principalmente as públicas. Para ele, não adianta realizar uma prova de acesso às universidades sem saber em que condições elas estarão no primeiro semestre do ano que vem. “O ambiente de incerteza que nos atinge também condiciona as suas atividades. Elas só abrirão novas vagas quando dispuserem de todos os meios para tanto”.

A autora do projeto, Daniella Ribeiro (PP-PB), destacou que muitos estudantes não conseguem estudar em casa por falta de recursos técnicos ou por ter que cuidar da família. “Quantos têm condições de pagar uma plataforma de ‘streaming’, um EaD [ensino à distância]? Que possamos colocar rostos nessas pessoas que estão em casa, cuidando de irmãos pequenos, em casas com cinco, seis pessoas e não têm um espaço para estudarem sozinhos”.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reconheceu os esforços do líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE), mas afirmou que a posição da maioria das lideranças no Senado se posicionava a favor da votação e aprovação da matéria. “A gente não tinha como não tomar essa decisão, até porque foi por praticamente a unanimidade dos líderes. Ressalvando as ponderações do ministro, precisávamos deliberar um assunto que tinha a unanimidade dos partidos”.

Justiça

Além do Parlamento, a Justiça também se debruça sobre o tema. Na última segunda-feira (18), a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região pedindo que a decisão de manter o exame durante a pandemia do novo coronavírus seja revista. Em abril, o órgão conseguiu uma liminar favorável ao adiamento das datas da prova, mas a medida foi derrubada pelo desembargador Antônio Cedenho atendendo a pedido da Advocacia Geral da União (AGU).

Nessa terça-feira, o ministro da Educação anunciou que o governo vai abrir consulta direta, por meio da “internet”, aos candidatos inscritos no Enem para decidir a data de realização das provas deste ano. De acordo com Weintraub, a consulta deve ocorrer na Página do Participante no fim de junho.

(Fonte: Agência Brasil)

Em meio à dúvidas se as datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão mantidas, a edição 2020 da prova já contabiliza mais de 3,5 milhões de inscrições. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, as inscrições podem ser feitas normalmente até as 23h59 da próxima sexta-feira (22).

Adiamento

A realização do Enem é alvo de questionamentos judiciais. Ontem (18), a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região pedindo que a decisão de manter o exame durante a pandemia do coronavírus seja revista. Em abril, o órgão conseguiu uma liminar favorável ao adiamento das datas da prova, mas a medida foi derrubada pelo desembargador Antônio Cedenho atendendo a um pedido da Advocacia Geral da União (AGU).

A DPU argumenta que inúmeros estudantes, sobretudo os mais pobres, não possuem acesso à “internet”, nem tampouco material didático em suas residências’, o que prejudicaria a preparação para o exame. “Ainda que haja recomendação para que os estudantes continuem os seus estudos durante o período de pandemia pela via remota, sabe-se que as condições de estudo para os alunos brasileiros são desiguais”, ressaltam os defensores João Paulo Dorini e Viviane Ceolin Dallasta Del Grossi no o documento.

Em nota, também publicada ontem, o Inep lembrou as medidas que já foram tomadas para a realização da prova, como o adiamento da data de outubro para novembro, mas admitiu que o órgão poderá rever, mais uma vez, a data do Enem.

Segundo o Inep, em reunião do Comitê de Emergência criado para debater questões relativas à educação durante a pandemia, já foi admitida a possibilidade de alteração no cronograma da prova. “Foram destaques das discussões, no âmbito desse Comitê, as tratativas empreendidas a respeito do cronograma do Enem 2020, ocasião em que já se demonstrou abertura para nova alteração da data de aplicação das provas, tão logo o cenário fique mais definido, o que se reafirma na presente nota”, diz o comunicado do órgão vinculado ao Ministério da Educação.

Senado

Também pelo adiamento do Enem está na pauta desta terça-feira (19) do plenário do Senado o projeto de Lei (PL) 1.277/2020, da senadora Daniela Ribeiro (PP-PB), que suspende a aplicação do Exame em casos de calamidade pública. Se aprovado o texto seguirá para análise dos deputados.

Enem Digital

Para o Enem Digital não há mais vagas. As 101,1 mil vagas oferecidas se esgotaram desde a semana passada. A prova é a versão informatizada do Enem. Em vez de cadernos de provas e cartão de respostas em papel, os participantes inscritos no Enem Digital fazem as provas diretamente no computador. Os candidatos não farão a prova em casa. A aplicação será em laboratórios de informática em diversas faculdades brasileiras. Nessa opção, o candidato receberá um cartão de confirmação da inscrição no Enem com o endereço da faculdade e o laboratório de informática onde fará a prova, sob supervisão dos fiscais no Enem.

Prova

Tanto na versão impressa como na digital, a estrutura do exame permanece com uma redação e 45 questões em cada prova das quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

Datas

Se não houver nova alteração no calendário, o Enem impresso será aplicado nos dias 1º e 8 de novembro, e a versão digital, em 22 e 29 de novembro.

Taxa

Este ano por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o Ministério da Educação e o Inep concederão isenção do pagamento da taxa de inscrição, de acordo com os critérios previstos nos editais, independentemente do pedido formal. Quem não atende aos requisitos para a isenção da taxa de inscrição deve pagar o boleto de R$ 85, até 28 de maio.

O candidato que precisar de algum recurso especial de acessibilidade deve fazer a solicitação no ato da inscrição para a versão impressa do Enem. Este ano, gestantes, lactantes, idosos e estudantes em classe hospitalar foram incluídos na denominação “especializado”.

(Fonte: Agência Brasil)

A pandemia causada pelo novo coronavírus e as regras de isolamento social levaram os museus brasileiros a preparar uma programação virtual, com exposições e atrações pela “internet”, para marcar o Dia Internacional de Museus, comemorado nesta segunda-feira (18). A data coincide com o início da 18ª Semana Nacional de Museus, promovida pelo International Council of Museums (Icom).

Esse é o caso, por exemplo, do Museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, que prepara a exposição virtual e gratuita Native Brazilian Music: 80 anos, que conta como se deu a gravação do LP Native Brazilian Music em 1940, com a apresentação de músicas de Cartola, Pixinguinha e Donga ao maestro britânico Leopold Anthony Stokowsk, fundador da Orquestra Sinfônica Americana e da Hollywood Bowl Symphony Orchestra. O encontro foi promovido pelo maestro Heitor Villa-Lobos.

De acordo com o Mapa dos Museus, existem mais de 3,8 mil museus no Brasil, públicos e privados, comunitários e mantidos por pessoas físicas. O Instituto Brasileiro de Museus mantém na “internet” plataforma que permite localizar museus em todo o país.

(Fonte: Agência Brasil)

No Brasil, 4,8 milhões de crianças e adolescentes, na faixa de 9 a 17 anos, não têm acesso à “internet” em casa. Eles correspondem a 17% de todos os brasileiros nessa faixa etária. Os dados, divulgados na semana passada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), fazem parte da pesquisa TIC Kids On-line 2019, que será lançada na íntegra em junho.

O levantamento é feito pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Os dados foram solicitados pelo Unicef para medir, em meio à pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19, quantas crianças e adolescentes estão sem acesso a aulas “on-line” e a outros conteúdos da “internet” que garantam a continuidade do aprendizado.

“A gente está em um momento de crise, uma crise aguda em função da pandemia, que vai ter impacto na vida das crianças e dos adolescentes, como um todo. Do ponto de vista da educação, a gente está com uma questão séria: o que é preciso fazer para que essas crianças e esses adolescentes tenham acesso a algum tipo de aprendizagem”, diz o chefe de Educação do Unicef, Ítalo Dutra.

Segundo Dutra, a pandemia evidencia desigualdades que já são enfrentadas no cotidiano em todo o país. Há escolas que têm infraestrutura adequada e de qualidade, e outras que não, o que já impacta o aprendizado das crianças.

“Com a pandemia, com as escolas fechadas, temos, obviamente, uma situação que é ainda mais aguda. Vemos com preocupação a situação em que nos encontramos e, principalmente, entendemos a necessidade de olhar para uma maneira de garantir o acesso de crianças, adolescentes e suas famílias à ‘internet’. É parte da garantia de direitos de crianças e adolescentes”, afirmou.

Desigualdade

A pesquisa mostra que, entre aqueles que não têm acesso à “internet” em casa, alguns conseguem acessar a rede em outros locais, como escolas, telecentros ou outros espaços. Isso antes da adoção de medidas de isolamento social no país. As informações foram coletadas entre outubro de 2019 e março de 2020.

Aqueles que não acessam a “internet” de nenhuma forma, no entanto, chegam a 11% da população nessa faixa etária. A exclusão é maior entre crianças e adolescentes que vivem em áreas rurais, onde a porcentagem daqueles que não acessam a rede chega a 25%. Nas regiões Norte e Nordeste, o percentual é 21% e, entre os domicílios das classes D e E, 20%.

Em termos gerais, o acesso cresceu em relação ao último levantamento, de 2018, quando 14% das crianças e adolescentes não navegavam pela rede. As desigualdades regionais e de renda, no entanto, permanecem, diz o coordenador de Projetos de Pesquisas do Cetic.br, Fábio Senne. “Os não usuários estão mais presentes nas regiões Norte e Nordeste e têm vulnerabilidade socioeconômica maior. Essas dimensões permanecem nas pesquisas, nos últimos anos, apesar do aumento constante de usuários".

Mesmo entre aqueles que têm acesso à “internet” e contam com a rede em casa, a qualidade da conexão não é a mesma. “A gente nota que, mesmo entre os que têm acesso, há diferença em relação à posse de um pacote de dados 3G ou acesso a “wi-fi”, o que limita o tipo de conteúdo que pode ser acessado”, diz Senne, que acrescenta: “Há variações do ponto de vista da estrutura por regiões, principalmente na região Norte e em áreas rurais, onde é mais difícil, mesmo que se tenha acesso à ‘internet’, acessar conteúdos de ‘streaming”’ que demandam muita quantidade de banda”.

Dificuldades

Com os colegas, a professora do 2º ano do ensino fundamental Neila Marinho, que leciona em uma escola particular da cidade do Rio de Janeiro, fez um treinamento para ministrar aulas “on-line” e passou a oferecer aos alunos atividades por meio de uma plataforma digital.

Mesmo com todo o preparo, nem tudo sai como o esperado, e a conexão, às vezes, é uma barreira. Um dos estudantes, por exemplo, está em um local que tem baixa qualidade da “internet". “Quando ele entra na sala, a gente tem muita dificuldade para ouvi-lo. Ele fala, e as falas picotam, [a ‘internet’] cai e não consegue voltar. Preciso enviar as atividades por mensagem para os avós”, conta Neila.

Sem “wi-fi” em casa, a trabalhadora autônoma Letícia Gomes, moradora do Complexo do Alemão, no Rio, divide com o filho, Marcos, que está no 3º ano do ensino fundamental, o pacote de dados do próprio celular. “Ter um computador ia ser muito melhor, principalmente por conta da leitura. Ler no celular é muito ruim”, diz.

Cumprindo as regras de isolamento social e ficando em casa, Letícia reserva um momento do dia para fazer as tarefas com o filho. “A professora envia matérias via WhatsApp e publica no Facebook. A gente tem que auxiliar a criança a fazer. Alguns conteúdos são difíceis de entender”, diz. Letícia conta que fica disponível para tirar dúvidas por mensagem.

Alternativas

No fim do mês passado, o Conselho Nacional de Educação (CNE) autorizou, em parecer, a oferta de atividades não presenciais em todas as etapas de ensino, da educação infantil até o ensino superior.

Pelo parecer, as atividades não presenciais podem ser ofertadas por meios digitais, ou não. Podem ser ministradas, por exemplo, por meio de videoaulas, de conteúdos organizados em plataformas virtuais de ensino e aprendizagem e pelas redes sociais, entre outros. As atividades podem também ser oferecidas por meio de programas de televisão ou rádio; pela adoção de material didático impresso e distribuídos aos alunos, pais ou responsáveis; e pela orientação de leituras, projetos, pesquisas, atividades e exercícios indicados em material didático.

O CNE diz que é preciso, em cada localidade, observar a realidade das redes de ensino e os limites de acesso dos estabelecimentos de ensino e dos estudantes às diversas tecnologias disponíveis, na hora de definir as estratégias educacionais para o período da pandemia.

(Fonte: Agência Brasil)

“Com quantos gigabytes se faz uma jangada. Um barco que veleje. Que veleje nesse informar”. Os versos de Gilberto Gil, no ano de 1996, tratavam da admiração e estupefação do poeta diante de uma das grandes novidades do século XX. Graças à “internet” que, mesmo em isolamento social durante a pandemia, todos aqueles que têm acesso podem, em 2020, navegar, trabalhar, estudar, olhar, viver o mundo sem sair de casa.

Neste domingo (17), é celebrado o Dia Mundial da Sociedade da Informação, conhecido como Dia da Internet, há cinco anos, graças a uma deliberação da Organização das Nações Unidas (ONU) para recordar a importância do compartilhamento de ideias e informações como ferramenta em prol da democracia e cidadania. Uma forma de sensibilizar e fazer gestões para diminuir a exclusão digital. Celebrar o 17 de maio tem origem em 1865 (há 155 anos) com o Dia Internacional das Telecomunicações, quando 20 países reconheceram o crescimento da importância do telégrafo para o mundo.

Desperta o melhor

Aquele planeta em que tudo era distante se transformou. Sabemos em instantes o que acontece na Ásia, como se acontecesse na esquina de casa. Os cientistas que lutam contra a pandemia em 2020 veem-se em uma aldeia global e que podem compartilhar saberes aceleradamente. Nesse momento, atendimentos (inclusive os médicos) são feitos de forma virtual também. Um exemplo recente de publicação foi tratado no programa jornalístico diário da TV Brasil, o “Repórter Brasil”, sobre a Missão Covid, em que profissionais atendem voluntariamente 24 horas por dia.

Hora de (re)aprender

Nesses dias de quarentena, a “internet”, além de possibilitar o trabalho a distância, tem garantido que as pessoas continuem estudando. Para especialistas entrevistados pelo Portal EBC, o ensino neste formato virtual é um desafio para professores e alunos. Trata-se de uma reinvenção. Segundo brasileiros estudiosos da educação, a escola não será mais a mesma também depois da pandemia. Além do temor que o momento de crise propicia, eles veem que o distanciamento social pode provocar revisões sobre o que significa aprender.

Leia, abaixo, à entrevista da professora Alice Esteves e, na sequência, explicação do professor Cristiano Muniz de que as rupturas e possibilidades digitais transformarão ainda mais a educação.

Para redobrar os cuidados

Ao mesmo tempo em que a “internet” proporciona infinitas possibilidades, a EBC, em diferentes conteúdos trouxe debates sobre a importância de uma legislação para proteger os dados de cada usuário. Para entender mais desse assunto, o programa “Caminhos da Reportagem” produziu, no ano passado, uma discussão aprofundada sobre segurança e privacidade.

Desperta a vaidade e o desconhecido

Ainda dentro desse tema, o mesmo programa discutiu os perigos envolvidos nessas relações estabelecidas na “internet”, particularmente por uma geração fascinada por “likes”. A reboque dessa aceitação, as pessoas acabam sendo vítimas de desafios perigosos à integridade física, “cyberbullying” e superexposição. Pesquisadores, psicólogos, crianças e adolescentes discorrem sobre esse assunto em outro programa “Caminhos da Reportagem”.

A psicóloga Fabiana Vasconcelos orienta: “mudanças no comportamento, na forma de usar suas roupas, se ele começa a aparecer todo coberto, algo pode estar sendo escondido. Se você percebe que existe uma alteração física, comportamental, emocional no seu filho, algo tem que ser conversado. E as brincadeiras perigosas têm que fazer parte dessa lista."

O procurador Carlos Bruno Ferreira, entrevistado na ocasião, apontou que o ambiente da “internet”, por permitir mais manifestações de ponto de vista e garantir um cenário de expressão maior, permitiu que certos comportamentos e opiniões que estavam um pouco escondidas na sociedade fossem expostas nesse ambiente.

Território com lei

A “internet” não é para ser uma “terra sem lei”. Há seis anos, quando a lei foi assinada e, depois, em 2016, quando foi regulamentada, o Brasil dispõe de arcabouço para tratar do tema, ainda que não exista consensos legais em relação a alguns itens. Mas a garantia das liberdades civis é ponto alto da legislação.

Veja mais informações sobre a lei:
• Conheça detalhes do decreto que regulamenta o Marco Civil da Internet
• Conheça ponto a ponto o Marco Civil da Internet

Desafio de acesso

A inclusão digital da população brasileira ainda é um desafio no país, conforme aponta reportagem da Radioagência Nacional. Em 2018, de acordo com o IBGE, 74,7% das pessoas já acessavam a “internet”, um avanço considerável com relação aos quase 70% alcançados em 2017.

Mas isso também significa que quase 25% da nossa população ainda não utilizava a rede, tão essencial para obter informações e realizar, de forma facilitada, vários serviços, tanto nas áreas urbanas como nas áreas rurais.

“Internet” em tudo

Pouco antes da quarentena por causa da pandemia, o governo federal havia lançado a Câmara Saúde 4.0, instância dedicada a propor formas de promover a digitalização da saúde no país. Entre as intenções do Executivo, estava a integração de dados dos cidadãos que utilizam esses serviços, não somente no Sistema Único de Saúde (SUS), como na iniciativa privada. A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Internet das Coisas (IdC). O termo é empregado para designar o ecossistema de dispositivos conectados que se comunicam, não apenas computadores e “smartphones”, mas também sensores e eletrodomésticos inteligentes e até veículos. Grupos semelhantes já foram criados para as áreas de agricultura, indústria e cidades. Assista à reportagem da Agência Brasil.

A hiperconexão é ferramenta de desenvolvimento e pode ser importante para recuperação econômica, conforme avaliação de especialistas. A digitalização de indústrias e serviços, por exemplo, pode ter um grande impacto em diversos setores da economia em todo o mundo. Segundo estudo da empresa de dispositivos móveis Ericsson, até 2030, essas tecnologias podem aportar até US$ 3,8 trilhões (R$ 15,86 trilhões) à economia global. Leia reportagem da Agência Brasil publicada em novembro do ano passado.

“Internet” em nada

Enquanto tem tanta gente que busca estar concentrado, há quem priorize viver mais o “off-line”. É possível? O programa Caminhos da Reportagem” trouxe em programa especial pesquisa e histórias de quem é chamado até de ermitão. Os desconectados explicam que não é bem assim.

(Fonte: Agência Brasil)

Você sabe fazer o plural de uma palavra no diminutivo? Por que papeizinhos, e não “papelzinhos”?

Neste domingo, vamos conhecer o caminho correto.

Dicas gramaticais

Plural dos DIMINUTIVOS (= em -ZINHO ou -ZITO)
Nos diminutivos formados com os sufixos -ZINHO e -ZITO, a regra é a seguinte:
1ª) Ponha a palavra primitiva no plural:
PAPEL = PAPÉIS
BALÃO = BALÕES
FLOR = FLORES

2ª) Acrescente o sufixo do diminutivo (= -zinho, -zinha, -zito), passando a desinência do plural (= “s”) para depois do sufixo:
PAPÉI (s) + ZINHO + S = PAPEIZINHOS
BALÕE (s) + ZINHO + S = BALÕEZINHOS
FLORE (s) + ZINHA + S = FLOREZINHAS

Outros exemplos:
ANEIZINHOS, ANIMAIZINHOS, AZUIZINHOS, CÃEZITOS, CASAIZINHOS, CORAÇÕEZINHOS, FAROIZINHOS, IGUAIZINHOS, PÃEZINHOS, PASTEIZINHOS...

Observações:
1) As palavras terminadas em “r”, admitem dois plurais: florezinhas ou florzinhas, barezinhos ou barzinhos, mulherezinhas ou mulherzinhas...

2) Quando o diminutivo é formado com o sufixo -INHO, basta acrescentar a desinência do plural (= “s”): CRUZ + INHA = CRUZINHAS; LUZ + INHA = LUZINHAS; LÁPIS + INHO = LAPISINHOS; PAÍS + INHO = PAISINHOS...

3) Quando a palavra primitiva forma plural apenas com a desinência “s”, basta colocá-la depois do sufixo diminutivo: CHAPÉU (s) + ZINHO = CHAPEUZINHOS; DEGRAU (s) + ZINHO = DEGRAUZINHOS; PAI (s) + ZINHO = PAIZINHOS; MÃO (s) + ZINHA = MÃOZINHAS...

Cuidado! Há diferença...
ALEMÃ (s) + ZINHA = ALEMÃZINHAS;
ALEMÃO > ALEMÃE (s) + ZINHO = ALEMÃEZINHOS.

Teste de ortografia
Que opção completa, corretamente, a frase abaixo?
"Além dos problemas na __________, estava com __________".
(a) bexiga – disenteria;
(b) bixiga – disenteria;
(c) bexiga – desinteria;
(d) bixiga – desinteria.

Resposta do teste: Letra (a).
"Bixiga" não existe. O correto é BEXIGA. E o mau funcionamento do intestino é DISENTERIA. O prefixo "dis" indica "dificuldade, mau funcionamento": disritmia, dislexia, dispneia, dispepsia, dislalia... E enterologia é o "estudo do intestino e suas funções".