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O 27º Congresso Mundial dos Arquitetos, marcado para julho deste ano, na cidade do Rio de Janeiro, foi adiado para o período de 18 a 22 de julho de 2021. A decisão foi tomada pelo comitê executivo do evento, que esperava reunir 20 mil pessoas na capital fluminense. O adiamento foi causado pela pandemia do novo coronavírus e, de acordo com nota publicada pelos organizadores, pelas dificuldades e ameaças à saúde que podem ser causadas pelo deslocamento de participantes de outras nacionalidades.

O congresso, promovido pela União Internacional de Arquitetos, já contava com inscritos e palestrantes de mais de 60 países. Todos os eventos que antecediam o congresso, como exposições, seminários e palestras, serão remarcados assim que houver uma melhora da situação de pandemia.

Um dos temas do evento, a saúde urbana, deverá ganhar novo enfoque, de modo a abarcar discussões sobre os papéis da arquitetura e o urbanismo diante de grandes epidemias, como a do novo coronavírus.

(Fonte: Agência Brasil)

Estudantes universitários dos cursos de saúde estão autorizados a fazer estágio em unidades de saúde como reforço no combate ao novo coronavírus (Covid-19), informou, nessa sexta-feira (20), o Ministério da Educação (MEC). A medida foi publicada em portaria na edição extra do Diário Oficial da União.

"Ao serem alocados em unidades básicas de saúde, unidades de pronto-atendimento, rede hospitalar e comunidades, os estudantes passarão a integrar de forma auxiliar no enfrentamento da pandemia. Dessa forma, os universitários que participarem desse esforço conjunto de contenção da Covid-19, deverão atuar exclusivamente nas áreas de clínica médica, pediatria, saúde coletiva e apoio às famílias, de acordo com as especificidades de cada curso", informou a pasta.

De acordo com o MEC, a decisão vale para alunos de medicina que cursam os últimos dois anos da graduação e para alunos de enfermagem, farmácia e fisioterapia que estão no último ano do curso. A permissão é temporária enquanto durar a emergência em saúde pública.

Ainda segundo a pasta, a atuação dos alunos será supervisionada por profissionais registrados em seus conselhos e pela orientação docente realizada pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). As instituições de ensino deverão usar a carga horária dedicada pelos alunos nas ações de enfrentamento como horas de estágio curricular obrigatório.

"Essa atuação dos alunos será considerada de caráter relevante para o país e será considerada na pontuação para ingresso nos cursos de residência. Caberá ao Ministério da Saúde a seleção, a capacitação e a alocação dos alunos após articulação com os órgãos de saúde estadual, distrital e municipal", acrescentou o MEC em nota.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais da área podem flexibilizar o calendário letivo da educação básica, que prevê o mínimo de 200 dias letivos por ano conforme a Lei de Diretrizes e Bases (LDB). A medida foi discutida em reunião do comitê de emergência da pasta, realizada nessa quinta-feira (19), e está sendo avaliada.

Além disso, as autoridades do setor também estudam o quanto da carga horária poderia ser ofertada pela modalidade a distância.

Nas universidades, o órgão vai recomendar a suspensão por dois meses das defesas presenciais de tese de doutorado e de dissertações de mestrado, que deverão ser realizadas por meios virtuais.

No encontro, representantes de universidades se comprometeram a avaliar a possibilidade de utilizar as estruturas de suas unidades, como hospitais universitários, para a produção de álcool gel.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento (FNDE) analisa a possibilidade de custear a alimentação escolar de alunos de menor renda.

(Fonte: Agência Brasil)

Primeira pesquisa Escutec/O Estado feita na cidade de Açailândia mostra que o Dr. Benjamim (DEM) lidera a corrida eleitoral no município. O levantamento, que foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número MA-03072/2020, foi realizado nos dias 14 e 17 deste mês, e entrevistou 600 eleitores do município. O intervalo de confiança é de 90%, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo os dados, Dr. Benjamim é quem está na liderança das intenções de votos válidos: 53% dos entrevistados indicaram o médico como preferência para assumir o cargo a partir de 2021. O pré-candidato já disputou as eleições para prefeito da cidade em 2016, ficando em segundo lugar na disputa eleitoral.

Em segundo lugar na preferência dos eleitores para o pleito de 2020, a pesquisa aponta o nome de Aluísio Sousa, atual prefeito, que assumiu a gestão em agosto de 2019, após Juscelino Oliveira renunciar ao cargo, alegando problemas de saúde. Segundo a Escutec/O Estado, o político tem 20% das intenções de votos dos entrevistados.

Jardel Bom Jardim também foi indicado como um nome para assumir a gestão municipal por 19% dos entrevistados, estando assim, em terceiro lugar na preferência do eleitorado. Ele é seguido por Silvana Silvestre, que soma 5% das intenções de votos, e Malaquias Júnior com 3%.

Rejeição

A pesquisa também consultou os eleitores quanto à rejeiçãoo aos candidatos. Para a questão de quem não votariam para prefeito de Açailândia, Aluísio Sousa, atual gestor, foi quem acumulou mais respostas: 29% dos entrevistados afirmaram que o político não seria sua escolha para o cargo.

Jardel Bom Jardim e Silvana Silvestre surgiram empatados em segundo lugar na rejeição dos entrevistados, com 11% das respostas. Dr. Benjamim soma 8% do total. Nomes como Professor Milton, Sérgio Viera, Malaquias Júnior, Luiza do Friagro e Dr. Silvio Viera também foram citados como candidatos em quem não votariam.

Questionamento

Um dos questionamentos da pesquisa da Escutec/O Estado à população de Açailândia foi quanto ao sentimento em relação à vida que vem levando hoje. 57% dos entrevistados responderam que o sentimento é “bom”, enquanto 25% afirmaram estar “regular”. A pesquisa mostrou ainda: 9% afirmaram que é “ótimo”; 3%, “péssimo,” e os demais 3% responderam como “ruim”.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O Ministério da Educação (MEC) autorizou a substituição de aulas presenciais em universidades por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação. A intenção é não prejudicar cursos em andamento em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A medida vale, inicialmente, por 30 dias, podendo ser prorrogável, dependendo das orientações do Ministério da Saúde e dos órgãos de saúde estaduais, municipais e distrital.

A portaria com as orientações foi publicada hoje (18), no Diário Oficial da União. As regras valem para as instituições de educação superior integrantes do sistema federal de ensino.

O sistema federal é composto pelas universidades federais, pelos institutos federais, pelo Colégio Pedro II, pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), Instituto Benjamin Constant (IBC) e pelas universidades e faculdades privadas.

De acordo com a portaria, as regras não valem para cursos de medicina e práticas profissionais de estágios e de laboratório dos demais cursos, que seguem com as aulas presenciais.

As instituições de ensino superior que optarem pela substituição de aulas terão 15 dias para comunicar o MEC. Caberá a elas definir quais disciplinas serão ofertadas nessa modalidade. Além disso, deverão disponibilizar ferramentas aos alunos que permitam que eles acompanhem os conteúdos ofertados. Deverão, ainda, definir as avaliações que serão feitas durante esse período de aulas remotas.

A portaria esclarece que as instituições não serão obrigadas a ofertar aulas remotas e poderão optar por suspender as atividades acadêmicas presenciais. Caso isso seja feito, as aulas deverão ser integralmente repostas posteriormente. Outra possibilidade é alterar o calendário de férias.

Segundo o MEC, o objetivo é manter a rotina de estudos dos alunos. A pasta diz, ainda, que disponibilizará salas virtuais para institutos e universidades federais.

(Fonte: Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (17), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 232/2019, que autoriza gestores municipais, estaduais e do Distrito Federal a utilizarem saldos de repasses do Ministério da Saúde de anos anteriores em serviços de saúde diversos dos previstos e originalmente. Na prática, a medida, que segue para apreciação do Senado Federal, libera os recursos para a melhoria das atividades de enfrentamento do coronavírus.

A proposta, de autoria de Carmen Zanotto (Cidadania-SC) e outros parlamentares, foi relatada pelo deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) na Comissão de Seguridade Social e Família. “Se essa liberação de verbas ‘carimbadas’ e paradas em contas específicas já era importante em razão da dificuldade financeira das secretarias de Saúde estaduais e municipais, se tornou essencial diante da pandemia de Covid-19. Trazer o PLP para a pauta prioritária contra o novo vírus foi uma decisão muito acertada dos líderes partidários”, observa Juscelino.

Antes mesmo da crise do coronavírus, o deputado maranhense já preparava um requerimento para que a proposição fosse votada em regime de urgência no plenário da Câmara. A mobilização começou em dezembro do ano passado, quando Juscelino Filho se reuniu com representantes do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Na ocasião, representantes da entidade destacaram a necessidade de ‘desengessar’ os recursos para otimizar as ações e serviços oferecidos à população.

Após a aprovação do PLP 232/2019, o líder do Democratas, Efraim Filho (DEM-PB), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enalteceram a relatoria de Juscelino Filho na CSSF.

Mais dois projetos

Nessa terça-feira, foram aprovados outros dois projetos com medidas de combate ao Covid-19. O substitutivo ao Projeto de Lei 668/20 proíbe a exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais na luta contra a pandemia enquanto perdurar a emergência em saúde pública decretada pelo governo. Já o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 87/20 viabiliza a venda de álcool em embalagens maiores que as permitidas atualmente.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O Ministério da Educação (MEC) vai divulgar, nesta semana, uma portaria que autoriza a substituição, por 30 dias, de aulas presenciais pela modalidade a distância. “A ação tem caráter excepcional e valerá enquanto durar a situação de emergência de saúde pública por causa do coronavírus. A adesão por parte das instituições é voluntária”.

A medida foi divulgada após a primeira reunião do Comitê Operativo de Emergência (COE) nesta segunda-feira (16). Criado na semana passada, o comitê tem a finalidade de definir medidas de combate à disseminação do novo coronavírus em instituições de ensino, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. Compõem o grupo: secretarias do MEC; Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh); Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); dentre outros.

O comitê vai monitorar o repasse de recursos para as escolas de educação básica reforçarem medidas de prevenção contra o coronavírus. Também está em fase de desenvolvimento uma plataforma de monitoramento do coronavírus nas instituições de ensino.

Segundo o ministério, nos próximos dias, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vai liberar R$ 450 milhões a escolas públicas. O valor é referente à antecipação do repasse das duas parcelas do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Básico, com previsão inicial para abril e setembro. “A medida é importante para auxiliar as instituições na compra de álcool em gel, sabonete líquido, toalhas de papel e outros produtos de higiene, por exemplo”, esclarece a nota.

“Para acompanhar a situação nas unidades de educação básica, profissional e tecnológica e superior, o MEC criou um sistema “on-line” que permite a integração de dados sobre o coronavírus. A ferramenta reunirá informações dos censos Escolar (educação básica) e da Educação Superior, além do número de pessoas infectadas e as instituições com aulas suspensas. O objetivo é monitorar, em tempo real, as redes federal, estaduais e municipais para saber onde e como o governo – em conjunto com os outros entes federativos, entidades representativas e as próprias instituições – deve agir”, diz nota do MEC.

Edição: Aline Leal

Terminam, nesta sexta-feira (20), as inscrições para a décima sexta edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Escolas públicas e privadas podem inscrever seus alunos exclusivamente pela “internet” até as 23h59 de sexta-feira. As escolas particulares foram incluídas no certame a partir de 2017.

A edição do ano passado foi recorde, registrando 18,2 milhões de estudantes de 54,8 mil escolas de 99,71% dos municípios brasileiros. A Obmep foi criada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) em 2005 e é realizada com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação (MEC).

O diretor-geral do Impa, Marcelo Viana, lembrou que, no ano passado, a olimpíada alcançou a quase totalidade dos municípios brasileiros, à exceção de apenas 16. “Praticamente, a gente está alcançando toda a população estudantil brasileira. São mais de 18 milhões de crianças nessa faixa etária do sexto ano [do ensino fundamental] até o terceiro ano do ensino médio. E a gente sempre espera ir mais além”.

Foram distribuídas, no ano passado, 598 medalhas de ouro, 1.746 de prata e 5.183 de bronze, além de 48.133 menções honrosas.

Oportunidades

Marcelo Viana disse que a expectativa para 2020 é superar o recorde batido em 2019. “A expectativa é que a olimpíada leve a todos os cantos do Brasil não só o gosto pela matemática, mas também oportunidades de vida para jovens que, muitas vezes, têm poucas oportunidades na sociedade, sobretudo nas áreas mais carentes e remotas do país. E a olimpíada, como tem essa capilaridade, pode levar oportunidades para que crianças e jovens talentosos se destaquem”.

O Impa acabou de publicar um livro com histórias inspiradoras de 18 vencedores de edições anteriores da Obmep, cujas trajetórias de vida foram influenciadas e modificadas pelo evento. Marcelo Viana disse que o livro revela a capacidade que a Obmep tem de “modificar a vida dessa garotada, abrindo novas perspectivas para o mercado de trabalho para esses jovens que podem fazer a diferença no país”.

Um exemplo é a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), medalhista de prata na olimpíada em 2005, e de ouro no ano seguinte. Criada na Vila Missionária, periferia de São Paulo, Tabata foi aprovada, em 2012, em seis universidades norte-americanas, ganhando bolsas de estudo em todas. Passou também no vestibular da Universidade de São Paulo (USP). Formou-se em Ciências Políticas e Astrofísica, em Harvard, nos Estados Unidos.

“A olimpíada descobriu um talento fora do comum, em uma circunstância em que esse talento poderia ter passado despercebido, ainda mais mulher de uma comunidade carente. Muitas vezes, o Brasil acaba desperdiçando esse talento. A Obmep tem realmente a capacidade de identificar e destacar esses talentos”, disse Marcelo Viana.

Marcelo Viana lembrou, ainda, que o livro com as trajetórias de medalhistas da Obmep está disponível no “site” da olimpíada.

Matemática sem medo

O diretor-geral do Impa disse que a olimpíada permite também que os estudantes brasileiros comecem a enxergar a matemática sem medo. Segundo Marcelo Viana, o medo da matemática começa com o fato de que o ensino em sala de aula, de modo geral, “é muito chato, monótono, baseado em memorização. Isso se transforma em medo porque, para algumas crianças, é um mistério que as pessoas as obriguem a estudar coisas que para elas não fazem o menor sentido. E todos nós gostamos de entender o que estamos fazendo”. Para Marcelo Viana, a origem do medo parte do pressuposto de que o ensino da matemática costuma ser desmotivador.

A olimpíada, ao contrário, segundo ele, apresenta a matemática às crianças e jovens com um lado lúdico, “muito instigador, que desperta até a autoestima da criança. Leva-a a enfrentar desafios”. A experiência como pai levou-o também a constatar de perto como a Obmep contribui para estimular as crianças a querer resolver os problemas.

Provas

As provas da 16ª Obmep serão realizadas nos dias 26 de maio e 26 de setembro e distribuídas de acordo com o grau de escolaridade do aluno: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (ensino médio). A primeira etapa engloba todos os candidatos que fazem provas de múltipla escolha. São selecionados os 5% melhores de cada escola que realizam a segunda prova, que é discursiva e contém seis questões com 18 itens no total. O resultado com os nomes dos vencedores será divulgado em 8 de dezembro.

Os medalhistas serão chamados a participar do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr.) estruturado pelo Impa, como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico. Os estudantes premiados da rede pública recebem uma bolsa de Iniciação Científica Jr. do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 100 mensais.

“A contrapartida é que eles fazem um curso ou programa de treinamento sobre matemática e, ao longo do ano, esses alunos são acompanhados por professor universitário. Eu acho que para a maioria deles, esse PIC Jr. é mais saboroso do que a própria medalha”. Marcelo Viana foi um desses estudantes que participaram do PIC Jr., revelou.

Já os medalhistas da rede particular poderão participar do PIC Jr. somente como ouvintes. Se os medalhistas do ensino médio forem começar algum curso de graduação no primeiro semestre de 2021, poderão participar do processo de seleção para o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (PICME), que oferece uma bolsa de iniciação científica do CNPq no valor de R$ 400.

(Fonte: Agência Brasil)

O acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco morreu na manhã de hoje (15), em casa, aos 89 anos de idade, vítima de problemas respiratórios. Ainda não há informações sobre o sepultamento.

O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi, lamentou a perda do amigo. “Perco um amigo querido. Um homem probo e severo. Um grande brasileiro”.

E lembrou a carreira do embaixador Affonso Arinos. “Foi um memorialista de águas cristalinas e dotado de profunda intuição”.

Carreira

Eleito em 22 de julho de 1999 para a Academia Brasileira de Letras, Affonso Arinos de Mello Franco foi o sexto ocupante da cadeira nº 17 e sucedeu o também diplomata e filólogo Antônio Houaiss.

O acadêmico nasceu em Belo Horizonte, em 11 de novembro de 1930. Arinos fez o curso de bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, no período de 1949 a 1953. Em 1952, completou o curso de preparação à Carreira de Diplomata no Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, e, em 1955, o curso de doutorado em Seção de Direito Público, na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil.

A carreira de diplomata começou em 1952. Depois de entrar para a política, de 1960 a 1962, foi deputado e participou da Assembleia Constituinte e Legislativa do Estado da Guanabara, onde, em 1961, se destacou como integrante da Comissão de Constituição e Justiça, e, em 1962, como presidente da Comissão de Educação. De 1964 a 1966, foi deputado federal pelo Estado da Guanabara, e, de 1965 a 1966, foi integrante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

De 1964 a 1965, foi professor de Civilização Contemporânea no Departamento de Jornalismo do Instituto Central de Letras da Universidade de Brasília. No jornalismo, foi colaborador da revista “Manchete”, correspondente do “Jornal do Brasil”, em Roma, colaborador da “Tribuna da Imprensa”, revista “Fatos e Fotos/Gente”, e da TV Educativa. Arinos trabalhou também no “Jornal do Commercio” e escreveu artigos para a revista “Época”, e os jornais “O Metropolitano”, “A Noite”, “Correio Braziliense”, “Revista Civilização Brasileira” e “Revista Nacional”.

(Fonte: Agência Brasil)

Você sabe o que é linguagem conotativa?

Se não sabe, eu explico: “linguagem conotativa é o contrário da denotativa”. Pronto, você nunca viu uma explicação tão clara! Só não compreendeu quem não quis. É, você tem razão, foi uma explicação ridícula. É do tipo “definição circular”: ficamos dando voltas e não chegamos a lugar algum.

Bem... Vamos falar sério. Linguagem conotativa é o uso da linguagem figurada, é o uso das palavras fora do seu sentido real. É aqui que encontramos as figuras de linguagem.

A metáfora, por exemplo, é aquela figura em que o seu criador parte de uma comparação. Quando alguém diz que “a menina é uma flor”, temos uma metáfora: para o autor, a tal menina é tão linda, tão delicada quanto uma flor. O autor faz uma comparação da beleza da menina com a da flor.

É interessante observarmos o seguinte: se usarmos os elementos de comparação (= assim como, tal qual, tanto quanto) não teremos a metáfora, e sim a própria comparação:
“Ela é tão bonita quanto uma flor”. (= comparação);

“Ela é uma flor”. (= metáfora).

Isso significa que, para compreender uma metáfora, é preciso perceber a comparação subentendida.

Quando José de Alencar diz que Iracema é “a virgem dos lábios de mel”, significa que “os lábios de Iracema são tão doces quanto o mel”.

Para João Cabral de Melo Neto, a serra do sertão é “magra e ossuda”, ou seja, é tão seca (= sem vegetação) que parece um ser muito magro, tão magro e ossudo como o sertanejo em geral.

Assim sendo, chamar alguém de burro é só uma metáfora. Significa que estamos comparando a inteligência do ofendido com a de um burro, que dizem ser mais inteligente que o cavalo. Mas isso é outra história.

O problema é que as metáforas podem ser traiçoeiras.

Há muito tempo, li no manual da qualidade de uma grande empresa: "O auditor da qualidade deve ser uma raposa à caça das não conformidades".

O uso de linguagem metafórica em textos técnicos é sempre um perigo. Pode criar ambiguidades e mal-entendidos.

A metáfora é uma figura de estilo muito presente na linguagem poética e usada, eventualmente, em textos jornalísticos.

O uso de animais é muito frequente: "o zagueiro foi um leão em campo" (= raça, garra, força); "aquele artista é um gato" (= lindo, bonito); "o corredor mais parecia uma tartaruga" (= lento)...

O uso de "raposa", entretanto, merece cuidados. Chamar uma pessoa de raposa pode criar problemas, pois, além de "astuta", podemos julgá-la "traiçoeira". Afirmar que um determinado político é uma raposa tem certamente carga negativa.

Certa vez, perguntaram-me o que eu achava do excessivo uso de expressões do tipo "tigrão" e "tchutchuca". Como toda gíria, elas são passageiras. É só lembrar que o "tigrão" de hoje já foi um "gato" e o pai provavelmente era um "pão"; a mãe da "tchutchuca" era uma "uva" e a avó, um "pitéu".

A língua é sábia. É como a nossa própria língua, que tem o dom do paladar. As palavras e expressões novas são mastigadas por algum tempo. O que for gostoso nós engolimos (= são incorporadas), e aquelas de gosto duvidoso são devidamente cuspidas.

Para terminar, uma curiosidade trazida por um amigo: "Como será entendida daqui a alguns anos a expressão cair a ficha?"

Acredito que a sua compreensão será a mesma de hoje em dia: "finalmente compreendeu".

O curioso será explicar a origem da expressão, pois é óbvio que as novas gerações deverão ser esclarecidas e saber que um dia houve aparelhos telefônicos que só funcionavam com fichas e o principal: a ligação só completava quando a ficha caía.

Compreendeu? Caiu a ficha?

Teste de ortografia
Que opção completa, corretamente, as lacunas da frase abaixo?
"A __________ de Jesus Cristo até hoje __________ discussões".
(a) ressurreição – suscita;
(b) reçurreição – sucita;
(c) ressurreissão – suscita;
(d) ressurreição – sucita.

Resposta do teste: Letra (a). O ato de RESSUSCITAR é RESSURREIÇÃO. E o verbo SUSCITAR significa "provocar, causar".