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Brasília - As primeiras notas de corte do Sisu estão disponíveis. É possível acessar pela internet a nota mínima necessária para passar em cada um dos cursos oferecidos pelo sistema (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Estudantes têm até as 23h59 (horário de Brasília) desta terça-feira (21) para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025. Segundo o cronograma divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), o resultado da chamada regular está previsto para 26 de janeiro, e as matrículas terão início em 27 de janeiro.

A inscrição é gratuita e pode ser feita, exclusivamente, pelo Portal de Acesso Único ao Ensino Superior

Os classificados na chamada regular poderão realizar a matrícula até 31 de janeiro, e os não selecionados poderão manifestar interesse em participar da lista de espera no período de 26 a 31 de janeiro.

Todos os candidatos que participaram, fora da condição de treineiro, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 e não zeraram a prova de redação podem se inscrever no Sisu e concorrer a vagas ofertadas em instituições públicas de ensino superior. Automaticamente, são classificados de acordo com a média da nota do Enem nas vagas disponibilizadas em universidades e institutos federais.

Inscrição

Ao acessar o Portal de Acesso Único ao Ensino Superior, o candidato deve acessar a página do Sisu e clicar em “fazer inscrição”.

Depois é necessário acessar com a conta gov.br ou fazer o cadastro. Também deve confirmar os dados e preencher um formulário sobre o perfil socioeconômico para a classificação em políticas afirmativas.

Na inscrição, o candidato deve escolher até duas opções de curso e confirmar. Automaticamente, o estudante será encaminhado para a tela “minha inscrição”, com todas as informações sobre opção de curso e classificação parcial.

Oferta

Nesta edição, foram ofertadas 261.779 vagas em instituições públicas de ensino superior de todo o país. O maior número de vagas foi ofertado no Estado de Minas Gerais (34.049), seguido do Rio de Janeiro, (28.424); Bahia 22.889) e Paraíba (21.268).

Desse total, mais de 68 mil são para o público-alvo do Pé-de-Meia Licenciaturas, iniciativa do novo programa Mais Professores para o Brasil, lançado pelo governo federal e direcionado a estudantes que queiram ingressar no curso de licenciatura.

(Fonte: Agência Brasil)

Sobre mudança e liderança. Revolução com evolução.

– Que tipo de liderança Imperatriz exercerá? Sobre que base econômica se erguerá? Sob que matriz cultural se abrigará e qual formará?

“Se um pouco de sonho é perigoso,

não é menos sonho que há de curá-lo,

e sim mais sonho, todo o sonho”.

(PROUST, 1871-19122)

“Só o impossível é digno de ser sonhado.

O possível deixa-se colher no solo fácil de cada dia”.

(ABGAR RENAULT, 1903--)

“O princípio moral das revoluções

é instruir, não destruir”.

(THOMAS PAINE, 1737-1809)

*

INTRODUÇÃO

Quando das comemorações dos 200 anos da Revolução Francesa, completados em 1989, dezenas de presidentes, governantes e líderes de países de todo o planeta foram a Paris, para prestigiar aquela data bicentenária. Conta-se que, quando o primeiro-ministro chinês desceu em solo francês, foi um dos mais procurados pelos jornalistas, ansiosos pela opinião do mandatário da mais populosa nação do mundo. Na primeira oportunidade em que puderam “cercar” o governante da milenar China, fizeram a óbvia pergunta:

“– Ministro, qual a sua opinião sobre os 200 anos da Revolução Francesa?”

Já saindo, respondeu o premiê:

“– Ainda é muito nova para ser comentada”.

* * *

Em janeiro de 1995, a cidade de Imperatriz, no Maranhão, cerca de 20 mil pessoas marcharam firmes contra uma situação de penúria moral e administrativa que assolava o Poder Executivo e, por via de consequência, todo o município. A institucionalidade pública da época sentiu o abalo provocado pelas ondas sísmicas dos passos, das passadas e da passeata que terminou por ocupar, pacífica e civicamente, a prefeitura e a Câmara de Vereadores. O prefeito foi deposto e um golpe dos vereadores, que tentavam a substituição, foi sufocado pela força da população em marcha.

Ainda bem que, ao completar seus primeiros trinta anos, a “Revolução de Janeiro” (nome pelo qual ficou conhecido o movimento popular imperatrizense de 1995) não será “comentada” por um asiático e seus milênios de ancestralidade. Sê-lo-á, sim, por nós mesmos daqui deste chão de histórias sagradas e sangradas.

Revoluções têm subprodutos e superprodutos. Os subprodutos são imediatos, estão abaixo da revolução e dela dependem. Os superprodutos são mediatos, estão acima da revolução e a aperfeiçoam.

A troca de um mandatário por outro é um subproduto, é imediato, é consequência de uma revolução. Já a mudança de mentalidade, a consciência cidadã e a cidadania consciente, a postura vigilante, o desenvolvimento do sentimento de pertença (ownership) em pessoas e na comunidade são superprodutos, que precisam da mediação (portanto, são mediatos) de forças terceiras para existirem e se aperfeiçoarem e, assim, nutrir os ideais revolucionários e fazê-los prosperar também – pois, à maneira de Chateaubriand, “toda revolução que não se efetuou nos costumes e nas ideias fracassa”. Fracassa – evidentemente, não nos resultados (que são imediatos), mas na permanência (à qual faltou mediação).

O que se queria em 1995 em Imperatriz não era apenas uma substituição de gestores públicos. O que se desejava mesmo, subjacente à ação do movimento, à ocupação cívica e pacífica dos prédios públicos e a deposição do prefeito, era exercício permanente da cidadania, um aprendizado para a vida toda – “lifelong learning”. O que se queria em 1995 era menos a destruição da desordem e, mais, muito mais, a construção, a instrução e instauração de uma nova ordem.

* * *

O advogado Ulisses de Azevedo Braga, presidente do Fórum da Sociedade Civil de Imperatriz e considerado a figura de excelência e de referência da “Revolução de Janeiro”, ocorrida em 18 de janeiro de 1995, em Imperatriz, foi um dos mais consistentes pensadores  (e agentes) quando o assunto era cidadania. Sua pregação e ação naqueles meados dos anos 1990 foram fundamentais para que o mais legítimo movimento popular imperatrizense chegasse aos resultados imediatos a que chegou.

Mesmo recolhido por anos na cidade natal, Carolina (MA), em reflexões, escrituras e aperfeiçoamento espiritual, Ulisses Braga (falecido em janeiro de 2011) acreditava que, se a sociedade civil organizada foi capaz de fazer o que fez em Imperatriz, muito mais ela poderia fazer. Em 1995, avaliava, “o padecimento era maior”, Imperatriz era “uma cidade sitiada”, onde “um aglomerado de pessoas se estava eternizando nos poderes municipais”.

SEMENTES

De 1995 para cá, o tecido social que se havia cerzido sob o signo do descaso administrativo na prefeitura, foi-se descosendo, esgarçando. Mas o fio (condutor) continua existindo e pode/deve voltar ao buraco da agulha, para nova costura comunitária e institucional. Nesse novo cerzimento, unem-se os pontos da cidadania, da ética, da transparência, da competência nos Poderes Públicos e em tudo o que diga respeito à vida coletiva, ao bem comum, à construção cooperativa da felicidade em sociedade.

Os frutos de uma revolução não podem ser comidos assim inteiramente. Preservem-se as sementes e deixe-se-lhes vingar, viçar, formar-se árvore, aprofundarem-se as raízes, estenderem-se os galhos, formar-se a copa sob a qual abriguem-se os ideais.

MUDANÇA

Fazer uma revolução até pode não ser fácil. Mas a evolução, esta, sim, sabe-se ser difícil – e nisto o mérito, pois o que é fácil migra para o conveniente, o cômodo, quando não o displicente.

E comunidades cômodas ou acomodadas não fazem – nem aceitam – mudança.

Pessoas contentes, satisfeitas, não se tornam revolucionárias.

Revolução e evolução exigem gente descontente, seres insatisfeitos, inquietos, incomodados.

Revolução e evolução têm de ter pessoas que percebem o que outros não percebem, vêem o que outros não veem, sentem o que outros não sentem, falem o que outros não falam e façam o que outros não fazem.

E, sobretudo, pessoas que querem mudanças têm de pagar o preço que revolução e evolução cobram.

E, também, têm de conformar-se por nem sempre serem elas as destinatárias finais do prêmio que sua coragem e senso do dever ajudaram a conquistar.

Imperatriz espera, senão uma nova revolução, no mínimo a evolução. Aperfeiçoamento é um nunca acabar.

LIDERANÇA

Além de sua realidade, Imperatriz tem outras realidades com que se (pre)ocupar. As cidades que se movem na sua órbita estão aos poucos escapando da área de atração gravitacional imperatrizense. Estão deixando de ser satélites e passando à condição de planetas. Estão ficando independentes, ou, no mínimo, menos dependentes.

Imperatriz tem de buscar autossustentação na diferenciação, pois todo município pode vir a ter armazéns de secos e molhados, faculdades, rede hospitalar...

Em que podemos ser melhores, maiores? Que tipo de liderança exercerá esta cidade? Sobre que base econômica se erguerá? Sob que matriz cultural se abrigará?

Repito o que tenho falado e escrito: talvez seja hora de rever esse conceito de liderança regional. Imperatriz não parece ser uma cidade-líder, mas uma cidade-referência. Tem a maior população, é uma sociedade urbana (mais de 95% de seus habitantes vivem na cidade) e detém a maior, melhor e mais diversificada infraestrutura de serviços. Mas isso torna-a mais uma fornecedora de produtos e serviços, não necessariamente uma liderança regional.

LIDERANÇA (2)

 Líder não é o que tem coisas; é o que tem causas. Não é o que modifica a realidade; é o que faz nascer um sonho. Líder não é o que procura seguidores, mas o que causa inspiração. Não é o que é ouvido, mas aquele a quem se pede que fale. Não é aquele que “dá conta do recado”, mas o que tem um recado a dar.

Líder não é o que manda, mas o que co-manda (manda com). Líder não é o que pede respeito; é o que tem respeito a oferecer. Tampouco é o que impõe temor, mas o que põe amor (amor-conhecimento, amor-consciência, amor-compreensão, amor-união, amor-trabalho, amor-ação, amor-inovação, amor-transformação).

Liderança não é ser autoritário – é ter autoridade. Não é o que tem um cargo administrativo dado, mas o que tem uma carga positiva emanada. Ao líder não basta estar ENTRE as pessoas; é preciso permanecer NA consciência delas. Porque o que se precisa guiar são as mentes, não apenas os corpos. O tropeiro que vai à frente da caravana de burros não é um líder.

Desse modo, onde se reconhece liderança: no pregador que fala, escuta e orienta, ou no dono do armazém, que compra, vende e passa troco?

Assim é Imperatriz: não é uma cidade com voz amplificada; é um armazém de produtos e serviços abastecido. Raros vêm aqui pelo que a cidade é; vêm pelo que a cidade tem. Tanto que, da década de 1960 para trás, quando aqui pouco havia, poucos queriam vir. Tanto que, quando alguns acham que a cidade nada mais tem a dar, vão dar com os costados em outras cidades.

CAUSAS

Nessa linha de raciocínio, pergunta-se: Imperatriz tem pregado algo, tem se levantado e persistido na defesa de alguma grande causa, tem agregado para o debate local/regional/estadual/nacional/mundial dos grandes temas que balançam as nações e repercutem nos diversos quadrantes da Terra? Qual é a contribuição quantificada e qualificada, sistêmica e sistemática, orgânica e organizada, de Imperatriz para com as coisas e causas que dizem respeito tanto ao seu próprio locus quanto aos municípios que a rodeiam, o Estado que a inclui, o país que a acomoda com 5.563 outras cidades e o continente, o mundo e o Universo de que é parte territorialmente indescartável, embora politicamente e culturalmente quase sem peso?

Temos motivos para ter orgulho de Imperatriz. Temos de nos esforçar mais para nos orgulharmos de nós mesmos. Não bastam as revoluções havidas, as vitórias tidas, as posições conquistadas. A vida é luta permanente – é evolução.

Não basta a união que faz a força. Antes, muito antes, é essencial a força (de vontade) para fazer a união (por Imperatriz).

SONHO

É preciso que as forças sociais, as entidades classistas, as organizações empresariais, as associações comunitárias, as instituições culturais, e outras, voltem a se ver. Todos têm de se tocar.

Se revolução é uma realidade a partir do agir, evolução é um desejo sem descanso, um sonho que se tem sem dormir. Um sonho sem sono. Um sonho embalado pela força de vontade, pela capacidade de trabalho, pelos ideais de um futuro que jamais será perfeito, mas com certeza poderá ser melhor. Se formos melhores. Se nos perguntarmos se já fizemos não o que devíamos fazer, como obrigação legal, mas o que podíamos fazer, como atitude pessoal ou grupal. O futuro da cidade depende disso.

Futuro que é obra em permanente reforma – para ficar em forma. Que dever ser construído e reconstruído todo dia por pessoas que não são os outros – mas NÓS.

Em lugares que não são outros – mas AQUI.

Em um tempo que não é mais tarde – mas AGORA.  

* EDMILSON SANCHES

Cursinho preparatório para o vestibular da Universidade de São Paulo - USP Leste.

As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) terminam nesta terça-feira (21). O prazo começou na última sexta-feira (17). Segundo o cronograma oficial, o resultado da chamada regular está previsto para 26 de janeiro, enquanto o período de matrículas será entre 27 e 31 de janeiro. Já o prazo para participar da lista de espera vai de 26 a 31 de janeiro.

Gerido pelo Ministério da Educação (MEC), o sistema executa a seleção de estudantes com base na média da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até o limite da oferta de vagas por instituições públicas de ensino superior, por curso e modalidade de concorrência, de acordo com a escolha dos candidatos inscritos e perfil socioeconômico.

A inscrição é gratuita e feita exclusivamente pela internet. O acesso ao sistema de inscrição é realizado com as informações de login e senha para acesso aos serviços digitais do governo federal, mediante uma conta no gov.br. Quando o candidato realiza o login, o sistema recupera, automaticamente, as notas obtidas na edição do Enem válida para o processo seletivo.

Questionário

No ato da inscrição, o candidato preenche um questionário socioeconômico do perfil para Lei de Cotas e escolhe até duas opções de curso dentre as ofertadas em cada processo seletivo do Sisu. É possível alterar as opções de curso durante todo o período de inscrições. A inscrição válida será a última registrada no sistema.

Quem não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso indicadas no ato de inscrição ainda pode disputar uma das vagas por meio da lista de espera do Sisu.

Todos os estudantes que participaram do Enem 2024 obtiveram nota na prova de redação maior do que zero e não declararam estar na condição de treineiro podem participar do Sisu.

(Fonte: Agência Brasil)

– Um livro e seu autor, referência da “Revolução de Janeiro”, ocorrida em 18/1/1995, há 30 anos, em Imperatriz (MA).

*

Todo candidato a presidente, governador ou prefeito deveria ler este livro. Todo político deveria tê-lo, lê-lo e discuti-lo – se possível, e é possível, implementar suas idéias, sugestões, receitas. A (re)leitura da obra é recomendável, em especial neste dia de pós-eleição para mandatários do Brasil e de diversos Estados.

Em setembro de 1999, o advogado Ulisses Azevedo Braga lançou o livro “Carta Urgente – Da ‘Revolta Cidadã’ à Utopia Brasil. Ulisses Braga (falecido em janeiro de 2011, aos 80 anos)  tornou-se a referência do movimento que ficou conhecido como “Revolução de Janeiro”, que literalmente pôs pra fora um prefeito de Imperatriz no ano de 1995.

A partir daquele furacão de cidadania, que derrubou nulidades políticas e administrativas e levou a cidade à intervenção estadual, Ulisses Braga erigiu um livro, verdadeiro monumento de reflexão político-filosófica e prática cidadã. Lançado inicialmente em Imperatriz, o livro ganhou o país, com outros lançamentos e sessões de autógrafos, inclusive na capital, Brasília.

Reservei este espaço para documentar o que escrevi e disse acerca da obra e seu obreiro. Fui autor de um dos textos de apresentação do livro e orador oficial da noite de lançamento, ocorrida no auditório da Associação Médica de Imperatriz.

A seguir, a apresentação do livro, onde destaco, entre outros aspectos, os diversos “projetos” de cidade sonhados por outros autores e os sonhos de cidade e de país que Ulisses Braga projeta, com detalhes, em seu livro.

* * *

Caro Destinatário desta Carta Urgente:

Há pessoas que acham que sonhos vêm do sono, de um estado de letargia, e que o espaço para eles se circunscreve à mente. Não; os sonhos provêm da realidade, de uma situação de vigília, e para ela retornam, “materializados”, com as alterações/adequações, positivas ou não, a que forem submetidos pelas influências e desvios do meio.

Sonhos não são o contrário da realidade; são parte dela. Assim como o espírito dá vida ao corpo e a ele se integra, os sonhos é que animam, isto é, dão alma à realidade e a ela se incorpora. Dois-em-um. Indivíduo – ou seja, o dois que não se divide, o DUO (dois) que é UNO (um), o par irrepartível, casal inseparável, dupla indivisível.

À Luther King, Ulisses de Azevedo Braga tem um sonho, do qual também não se separa, embora reparta com outros. (Vantagem comum a sonhos, amor e conhecimento: quanto mais se divide, mais se multiplica).

O sonho de Ulisses é pulso, pulsão, pulsação. Pulso forte, social. Pulsão consciente, cidadã. Pulsação enérgica, energética, espiritual. Pulso, não impulso; pulsão, não compulsão. Um sonho que é materialidade gráfica neste livro. E que poderia (deveria) ser realidade sociopolítica neste país.

Nesta sociedade de espinhos, ninguém poderá dizer que alguém não falou de flores. Ulisses Braga não só fala de flores: ele prepara o buquê, ele entrega a corbeille.

Esta Carta Urgente bem que merece um “A. R.”, o Aviso de Recebimento. Porque o que deve ser urgente, mesmo, não é a Carta, mas a resposta a ela.

Ulisses é nosso “filósofo sociopolítico” mais carnal, espiritual, social: pensa/a/dor, vivencia/a/dor, soluciona/a/dor. Este livro demonstra isso; não é um produto tão-somente de um esforço intelectual, mas de uma prática político-social, de uma angústia espiritual, um sofrimento pessoal. Não é só obra de reflexão, mas de “reflexação”, ação refletida, reflexão e reflexo da ação.

Ulisses prega, ou prevê, o fim do Poder, do Poder como está sendo exercido, onde (quando) a Pátria comunal, nacional, vira patrimônio pessoal ou, no máximo, grupal. A Pátria é o patrimônio formado pelos muitos pobres e afanado pelos poucos ricos. A Política é o veículo do Poder, pelo Poder, para o Poder, e leva no porta-malas assistencialismo material e escravismo mental. Junto com a comida para o estômago, com o dinheiro para o bolso, o remédio para a doença, vai a anestesia para a alma, o modelador de vontades, o anulador de opções.

Este livro traça um novo modelo de Cidade e de Estado. Sugere regras, um Credo, crenças, práticas. A Utopia não é o não lugar, é o lugar pensado e possível, feito a partir das mesmas gentes e mesmos agentes hoje (sobre)viventes.

Ulisses Braga escreve a fórmula geral, desenha a forma ideal, molda a fôrma final. O livro é quase um toolbook, um livro-ferramenta: vai além do pensar e mostra os passos para a realização. O que Ulisses não pode fazer é o que cada um deve fazer, indivíduo-socialmente, socioindividualmente: avaliar a proposta, agregar-lhe outros valores e, sobretudo, mobilizar-se rumo à prática que leve à construção solidária, cooperativa, da nova realidade política, social, econômica, jurídica, cultural e filosófica – a Democracia Participativa.

Um novo ethos, uma nova práxis, um novo ser. Um novo ser, uma nova pólis, um novo Estado, um novo Cosmos. Ulisses executou um trabalho de Hércules. Fez uma obra de gênio (“gênio”, aqui, o homem excepcionalmente dotado de força criadora e criativa).

Mas – já o disseram – o mal dos gênios é que quase nunca são devidamente reconhecidos em sua época. Quantos mestres de obras, quantas obras de mestres, meu Deus, lançaram fundamentos e fundações!... O ÉDEN, da Bíblia; CANAÃ, a terra santa prometida a Abraão; a REPÚBLICA, de Platão; a UTOPIA, de Morus; a COCANHA, dos franceses;  a LUILEKKERLAND, dos holandeses; a SCHLARAFFENLAND, dos alemães; o REINO DE PANICONE, dos italianos; a TERRA DE DILMUN, do povo mesopotâmico; a CIDADE DO SOL, de Campanella; a NOVA ATLÂNDIDA, de Bacon; o NOVO MUNDO INDUSTRIAL E SOCIETÁRIO, de Fourier; a TERRA DE EUSÉBIA e A TERRA DOS MÉROPES, de Teopompo de Quios; as ILHAS AFORTUNADAS, de Iâmbulo; a IDADE DE OURO, de Virgílio, Ovídio e outros; a ILHA DOS BEM-AVENTURADOS, de Hesíodo, Luciano “et alii” ; a ILHA DE BRAN e o TÍR NA N-OG, o país da juventude, dos celtas; o WALHALA, dos escandinavos; a TERRA SEM MAL, dos tupis-guaranis; a YVY-NOMI MBYRÉ, a “terra onde se esconde” dos índios nandevas; a SÃO SARUÊ, dos nordestinos; a PASÁRGADA, de Bandeira...

São cidades dos sonhos e sonhos de cidades. Pensadas como espaço pessoal ou comunitário, onde a vida e a convivência são prazerosas, de amores e louvores, sem preocupação com trabalho, alimentação, saúde... ou planejadas com regras, para seus habitantes desfrutarem do direito à participação, à expressão, à construção coletiva do seu próprio locus, de seu próprio destino e felicidade.

A partir da experiência cidadã de uma cidade, Ulisses Braga, arquiteto de futuros, desenha uma planta para uma comunidade municipal e também para a comum unidade nacional – brasileira, no caso. Não é tarefa fácil – senão não seria trabalho para Ulisses, desde a mitologia grega um símbolo da capacidade humana de superar as adversidades.

A teoria dos “Grandes Homens”, de Thomas Carlyle, credita o progresso humano aos esforços de indivíduos excepcionais. Para ele, “a história do mundo nada mais é que a biografia dos homens notáveis”.

Ulisses de Azevedo Braga é um homem notável. Construiu uma obra cujas intenções, honestas, exequíveis, certamente merecerão a compreensão, as atenções e as ações, senão dos seus contemporâneos, ao menos dos seus pósteros.

Pois essa parece ser a sina dos seres e das obras onde há gênio. A origem grega já advertia: “gênio” significa “ter nascido, vir a ser”.

Ulisses Braga nos oferta um belo presente.

O futuro te manda lembranças, Ulisses.

* EDMILSON SANCHES

Brasília (DF) 19/01/2025 - Morre, aos 92 anos, o jornalista Léo Batista.
Foto: TV Globo/Divulgação

O jornalista, locutor e apresentador de televisão Léo Batista morreu neste domingo (19), aos 92 anos. A confirmação foi feita pela TV Globo, emissora onde trabalhou por 55 anos.

Conhecido pela voz marcante ligada a transmissões esportivas, Batista estava internado desde o último dia 6 no hospital Rios D'Or, na Freguesia, zona oeste do Rio de Janeiro. Ele enfrentava um câncer no pâncreas.

Carreira

Nascido em 22 de julho de 1932 em Cordeirópolis, interior de São Paulo, foi batizado como João Baptista Belinaso Neto. Começou a carreira de jornalista, locutor e apresentador em 1947. Ao longo da trajetória profissional, considerou ser conveniente mudar o nome para Léo Batista.

Trabalhou nas rádios de Birigui, de Campinas (SP), e na Difusora de Piracicaba (SP) antes de se mudar para o Rio de Janeiro, em janeiro de 1952, para atuar da rádio Globo como locutor e redator de notícias.

Apesar de ser muito associado ao jornalismo esportivo, uma das mais marcantes notícias lidas por Léo Batista faz parte da história política do Brasil. Em 24 de agosto de 1954, noticiou o suicídio do presidente Getulio Vargas.

Em novembro de 1963, noticiou também o assassinato do presidente americano John F. Kennedy.

Após a passagem pela rádio Globo, trabalhou na hoje extinta TV Rio, onde esteve à frente do Telejornal Pirelli por mais de 13 anos. Teve ainda uma rápida passagem pela antiga TV Excelsior, antes de chegar à TV Globo em 1969.

No canal carioca, participou dos principais telejornais e programas esportivos da casa, como locutor e apresentador. Criou quadros e virou uma das faces e vozes mais conhecidas da emissora.

A última aparição de Léo Batista na televisão foi no dia 26 de dezembro, no programa esportivo vespertino. "Léo Batista trabalhou com o que gostava até praticamente os últimos dias de sua vida", disse a TV Globo em nota.

Repercussão

“A maior referência para todos os jornalistas esportivos do Brasil. Cada gol com sua narração era mais emocionante. Uma voz que ecoava com sutileza em nossos ouvidos”, disse à Agência Brasil o locutor e comentarista Rodrigo Campos, da TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“A gente se acostumou a ouvir a voz do Léo Batista”, comenta o radialista Waldir Luiz, da Rádio Nacional, emissora da EBC.

“Léo Batista, sem dúvida alguma, foi um ícone do jornalismo esportivo. Uma pessoa que teve 70 anos de profissão tem que ser respeitada, reverenciada, aplaudida e amada por todos nós que participamos da crônica esportiva”, disse.

O Botafogo de Futebol e Regatas, time por quem Léo Batista torcia, publicou nas redes sociais uma homenagem ao locutor, que chamou de dono de uma voz marcante e atemporal, além de “um marco na história do jornalismo, do esporte e do Botafogo”. 

“Torcedor declarado e sócio desde 1992, Léo sempre exaltou o nome do Clube e ganhou um espaço a mais nos corações alvinegros. Em nossa casa, o [estádio] Nilton Santos, viu a cabine de TV ser batizada com o seu nome e foi ovacionado por milhares de botafoguenses em lindas homenagens. Uma relação de amor, reconhecimento e lealdade”, escreve a publicação.

(Fonte: Agência Brasil)

– 18 de janeiro de 1995/2025: 30 anos

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DA FAGULHA AO FOGO

No dia 6 de janeiro de 1995, cidadãs e cidadãos de Imperatriz (MA) participavam da primeira reunião de discussão sobre meios de sensibilizar autoridades para, entre outras coisas, dar um basta nos desmandos administrativos que imperavam na prefeitura local. O nome do incipiente movimento era simbólico: “Fagulha”. À frente dessa iniciativa, o engenheiro-agrônomo José Cortez Moreira (o Moreirinha), filho do ex-prefeito Simplício Alves Moreira e voz intimorata na cobrança da resolução do crime de homicídio – e de encomenda – que vitimou seu irmão Renato Cortez Moreira, assassinado a tiros em 6 de outubro de 1993.

A fagulha transformou-se em fogo. Nos dias que se seguiram, várias reuniões aconteceram até a deposição do sucessor de Renato Moreira, em 18 de janeiro, com ocupação cidadã da prefeitura e da Câmara Municipal. A essa altura, outro nome – Ulisses Braga – catalisou e resumiu o sentimento dos estimados 20 mil imperatrizenses que deram corpo e coro aos pedidos de socorro desta grande cidade.

Ulisses de Azevedo Braga, filho de Carolina (MA), era advogado e homem de notável cultura humanística e, sobretudo, sensibilidade social, à época um pregador da cidadania ativa. Nessa sua pregação, e à frente do Fórum da Sociedade Civil de Imperatriz, desenvolveu e levou adiante projetos diversos, entre os quais programas e entrevistas em rádio e televisão onde falava de cidadania e seção onde publicava regularmente em jornal “aulas” sobre o assunto.

DO FOGO ÀS CINZAS

Mas aqueles que foram beneficiários diretos do resultado desse movimento cidadão só souberam usar (como lhes é próprio). Não souberam ousar nem respeitar. De um modo ou de outro, alimentaram quizílias e “sufocaram” o que provavelmente foi o mais destemido e forte gesto coletivo desta sociedade. Conhecida como a “Revolução de Janeiro”, esse movimento deveria ter se fortalecido e constituído a fortaleza a partir do qual os cidadãos honestos desta cidade partiriam para derrotar outras tentativas de “ataque” ao patrimônio comum material e imaterial de Imperatriz.

Entretanto, o fogo foi apagado. Certas pessoas beneficiadas não querem reconhecer que foi por causa do povo, mais uma vez, que chegaram ao poder e, a partir dele, deveriam PODER FAZER (pelo povo) – e não FAZER PODER (para si mesmo e seus “grupos”).

TEREMOS UMA FÊNIX?

 Hoje, embora se acreditem inatingíveis, autoridades e “poderosos” têm seu calcanhar de Aquiles. Não importa, como na mitologia grega, que sejam “banhados” de imunizações e imunidades: haverão de encontrar seus correspondentes Páris e Apolo, que acertarão no ponto fraco e porão fim à soberba e incompetência.

A sociedade imperatrizense, enquanto depositária dos valores da “Revolução de Janeiro”, precisa voltar a renascer como sujeito ativo da própria história. Das cinzas pode (deve) nascer a Fênix, pássaro mitológico que é símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual – como o deve ser a cidadania.

À maneira da Fênix, a cidadania tem um pesado fardo a carregar, composto, entre outros itens, de eterna vigilância e persistente cobrança dos direitos e deveres. A Fênix – diz a lenda – tem essa capacidade, de carregar grandes cargas.

Esperava-se que, nesta semana, como nunca ocorreu antes, os políticos, a Imprensa, as entidades, a população novamente não se privassem de lembrar e relembrar a “Revolução de Janeiro”. Foi neste movimento que a sociedade imperatrizense mostrou do que é feita –  sobretudo quando políticos e autoridades públicas, em vez de mostrar serviços, apresentam apenas desculpas.

PERSONALIDADES

Uma das virtudes que mais caracteriza um povo é a sua personalidade. Personalidade não é atributo apenas do indivíduo. Há como que uma espécie de personalidade coletiva, resultado da multiplicação das várias personalidades unitárias e que permitem qualificar um povo, uma comunidade.

Há povos que manifestam exuberantemente sua personalidade, não importando as críticas ou ressalvas que se façam a eles. A competência dos judeus, a persistência dos palestinos, o destemor dos iraquianos, a garra dos vietnamitas, a capacidade dos asiáticos em geral, o “ownership” dos norte-americanos e a resistência que têm os tantos povos que, até hoje, não têm seu próprio país – entre os quais as dezenas de milhões de curdos, tibetanos, ciganos, bascos...

No Brasil, costumam ressaltar o bom estado de espírito (joie de vivre) do brasileiro em geral, apesar dos pesares.

Do Nordeste, destacam a resistência do nordestino, a fortaleza sertaneja, embora a aparente fragilidade e desengonçamento, misto de Hércules e Quasímodo, como descreve e nomina Euclides da Cunha logo no adentrar do terceiro capítulo de sua obra prima, mãe e mestra “Os Sertões”.

E em Imperatriz, na pré-Amazônia maranhense, destacam-se a riqueza de vontade alimentada por uma vontade de riqueza que transmutaram pessoas aparentemente comuns em  desbravadores e pioneiros, bandeirantes de meio século atrás.

AMBIÇÕES

O último terço da história de Imperatriz resultou de gente assim. Mas adentrar florestas, enfrentar animais, andar por estradas tortuosas e tormentosas é bem menos difícil que enveredar pelo matagal das ambições humanas, confrontar-se com o irracional que há nos indivíduos e manter-se em pé nos caminhos lodosos e desviantes que furtiva ou descaradamente são preparados.

Dentre essas ambições, irracionalidades e descaminhos, os da política e da administração pública têm levado Imperatriz a se manter em posição desmerecedora em relação ao seu desenvolvimento econômico e social. Ambições mesquinhas, lastradas no único, exclusivo e inarredável desejo de ter mais dinheiro e poder; desejos vis, com suporte no cinismo, na hipocrisia e na mais evidente mentira, quando não no comportamento dilapidador e criminoso, na subalternidade que transforma referências políticas e empresariais em reles meninos de recados, a serviço (sem contestação) de forças mais poderosas – tudo isso e muito mais têm deixado Imperatriz de quatro ante o justo futuro que há muito tempo lhe é devido. Os números dizem isso, e a situação das comunidades na periferia o confirmam.

A REVOLUÇÃO

Houve um dia em que parecia que isso se iria acabar. Foi em 16 de janeiro de 1995, há trinta anos.

Nesse dia um bom número de pessoas de referência de Imperatriz tomou uma decisão quase extrema para tentar mudar a (des)ordem instaurada na administração pública do município: invadir e ocupar indefinidamente a prefeitura e forçar uma intervenção pelo governo estadual.

Para os tempos modernos, soa “pesado”, incomum, que cidadãos tenham de chegar a ações assim.

Mas, preservado o quanto possível o caráter pacífico, é legítimo – dir-se-ia: é cívico.

Saudado seja o povo que sabe quando a fagulha tem de se transformar em incêndio...

* EDMILSON SANCHES

Foto:

Ponte Dom Affonso Felippe Gregory, sobre o Rio Tocantins, em Imperatriz: essa obra e o município precisam de cuidados... (Imagem: Aeroset)

Brasília (DF), 17/01/2025 - Thiago Santos em sala de aula. Programa Mais professores. Foto: Thiago Santos/Arquivo Pessoal

A casa da tia Sandra era um dos melhores lugares do mundo para o menino recifense Thiago Santos. Por um motivo simples: ela era a única da família com emprego fixo. A avó teve dez filhos. Mas era na casa de Sandra, na cidade de Abreu e Lima, que tinha um espaço “raro”: o banheiro. A estrutura da casa e o saber dela fizeram brilhar os olhos de Thiago. Então, morador da favela de Frei Damião, na mesma cidade da tia. Sandra havia cursado magistério e conseguido trabalhar como professora. O sonho do menino, então, ganhava o contorno de uma casa, mas também de uma sala de aula.

O garoto pensou, então, que queria ser professor para também ter um dia direito a essa dignidade. “Atualmente, eu quero continuar a ser docente para que todos possam ter banheiro em suas casas e muito mais”, diz Thiago, hoje aos 31 anos, que é doutor em educação e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele é pesquisador do laboratório em políticas públicas, educação e sociedade na instituição, e forma novos professores.

Como especialista no tema, ele lamenta, entretanto, que “muitos estudantes” de licenciatura e também profissionais desistem da profissão por causa da desvalorização da carreira docente. Por isso, nesse cenário, ele entende que o programa Mais Professores, anunciado pelo governo federal na última semana, pode fazer salvar e resgatar esperanças de profissionais – e também de alunos. “Já vi muita gente desistindo da carreira”, lamenta.

Atualmente, o professor universitário ouve dos alunos sobre o que faz a paixão pela profissão renascer ou ficar frágil. “Eu visualizo a necessidade de uma conversa constante sobre esse tema. Os alunos devem entender o valor da profissão e lutar pela valorização da carreira”, defende.

Recursos

O governo defendeu que os pontos principais do programa são a seleção para o ingresso na docência, a atratividade para as licenciaturas, a alocação de professores, o aperfeiçoamento da formação docente e a valorização da carreira. “De modo geral, minha avaliação é positiva sobre o programa”, disse o pesquisador. Ele cita que a política pública pode melhorar a parceria do Ministério da Educação (MEC) com as universidades e também fortalecer a relação federativa em relação à educação, do município até o governo federal. 

Entre as ações da política pública, estão previstas a criação da Prova Nacional Docente (PND), que será realizada anualmente para a seleção de professores, e o Pé-de-Meia Licenciaturas (bolsa de atratividade e formação para a docência), que oferecerá auxílio financeiro mensal para estudantes permanecerem em cursos de formação de professores.

Ele considera a alocação de recursos para estudantes que tiveram um bom rendimento no Exame Nacional do Ensino Médio (notas acima de 650 de média) como um acerto. “Isso vai fazer com que as pessoas que tiraram boas médias no Enem tenham direito a se inscrever para ter subsídio do governo federal." Segundo o programa, alunos vão ser apoiados desde o início até o final da conclusão do seu curso. Receberão bolsa de R$ 1.050 por mês (R$ 700 para sacar a cada mês e R$ 350 para uma poupança).

Dificuldades

Por outro lado, o professor argumenta que há desafios imediatos para a efetividade do programa. Ele entende que há um cenário de desvalorização da profissão docente, desrespeito flagrante ao piso salarial do magistério e também falta de planos de cargos e carreiras que sejam atrativas para novos professores. O professor lamenta, inclusive, que municípios priorizem festas com custosas contratações de artistas em detrimento da melhoria salarial para os trabalhadores da educação.

“A carreira docente no Brasil acaba por não ser atrativa porque não há uma valorização salarial, e o plano de cargos e carreiras não é efetivado ou inexiste em muitos municípios”, afirma o pesquisador. Ele acrescenta que já existe no entender de estudantes que ser professor não é bom porque causa cansaço e por não proporcionar qualidade de vida, como em outras profissões.

“Não resolve sozinho”

Sob a mesma ótica, o presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Fábio Moraes, entende que o governo apresentou um programa necessário para a valorização da docência para evitar a possibilidade de falta de professores. Mas, ele entende que, por si só, o Mais Professores não vai resolver todos os problemas. “Os professores da educação básica estão vinculados aos estados e aos municípios. Que os prefeitos e os governadores entendam o recado do governo federal que é necessário valorizar a profissão docente.”

A diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) também destacou, em nota, que vislumbra desafios imediatos, como a liberação dos docentes para acessarem os cursos de formação continuada e de pós-graduação. “Outro desafio será garantir a adesão dos entes públicos à prova nacional do MEC para contratação efetiva de professores”, aponta a entidade. 

Para efetivação do programa, a confederação propõe ajustes, incluindo condicionar repasses federais à adesão de estados e municípios a essas políticas de valorização dos profissionais. A entidade afirmou que é fundamental a luta pela valorização do piso e das carreiras do magistério e pela implementação do piso do funcionários. Além disso, aguarda a publicação da portaria do MEC, que, seguindo a legislação atual, elevaria o piso para R$ 4.867,77.

Disparidades

A entidade que representa os trabalhadores lamenta que, conforme levantamento da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o investimento per capita na educação básica brasileira é o terceiro pior entre os países em desenvolvimento e que possuem melhores resultados no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). “Em 2023, o conjunto das redes públicas no Brasil investiu cerca de R$ 17,7 mil anuais por aluno, contra R$ 158,2 mil em Luxemburgo, R$ 103,9 na Suíça e R$ 99 mil na Bélgica”.

 A consequência é, conforme argumenta a entidade, que o Brasil estaria “há décadas nas últimas colocações da pesquisa da OCDE em relação aos salários de professores que atuam no nível básico”. A CNTE acrescenta que, atualmente, 54% dos docentes das redes estaduais trabalham com contratos precários, sem estabilidade ou a garantia do piso do magistério. 

Esperança em sala de aula

O professor pernambucano Thiago Santos, que passou mais de 20 anos morando em favela, sonhou que, um dia, poderia fazer a diferença em sala de aula, inclusive para comunidades como a que ele nasceu e cresceu. Hoje ele sente alegria e emoção com a formação de novos professores. “Eu vi que, através dessa profissão, nós podemos fazer muito pelo país”. Em sua formação no ensino médio, Thiago ouviu de colegas que estranhavam a escolha do estudante por cursar licenciatura, já que ele era estudioso e inteligente.

“Uma pessoa que veio da extrema pobreza, por que escolheria essa carreira?”, perguntavam ao rapaz. Thiago seguiu firme e até influenciou a mãe (que morreu de covid-19 em 2020), empregada doméstica, a também voltar para a escola. “Ela sentia a necessidade de voltar para a escola porque teve um momento que ela não conseguia mais nos ajudar com o dever de casa.” 

Além da tia professora, a história da mãe de Thiago foi inspiração para o professor. Ele recorda que era ela que fazia a capinha dos livros e dos cadernos que recebiam na escola. Em meio à miséria, a mãe nunca abriu mão que o rapaz continuasse os estudos. Ao olhar para a própria história, ele entende bem a transformação que um professor e a escola podem fazer na vida de alguém.

(Fonte: Agência Brasil)

 Uso contínuo de celular com  a cabeça inclinada para baixo pode gerar problemas na cervical.

Após a aprovação pelo Congresso Nacional, a lei que proíbe o uso dos celulares nas escolas públicas e privadas, tanto nas salas de aula quanto no recreio e nos intervalos, foi sancionada, esta semana, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os aparelhos continuam sendo permitidos para o uso pedagógico, ou seja, quando autorizado pelos professores como instrumento para a aula.

As regras não são novidade para a cidade do Rio de Janeiro, que, desde agosto de 2023, um decreto proíbe o uso dos aparelhos nas escolas. Também não é novidade no Ceará, que, desde 2008, tem legislação que restringe o uso do aparelho em salas de aula. 

A Agência Brasil conversou com representantes das respectivas secretarias de Educação para saber como tem sido a aplicação das regras nas redes de ensino.

No Rio de Janeiro, segundo o secretário de Educação do município, Renan Ferreirinha, a proibição do uso dos aparelhos já mostra resultados nas escolas. “Tem uma percepção dos diretores dizendo para a gente como os recreios voltaram a ficar mais barulhentos, como voltaram a ter mais pegada de escola. O que se estava observando era que os recreios estavam ficando com as crianças isoladas nas suas próprias telas sem ter uma interação uns com os outros. Isso é muito sério. A gente voltou a ter essa maior interação na hora do recreio”, disse.

Rio de Janeiro (RJ) 18/01/2025 - Renan Ferreirinha, redes de ensino que já proíbem celulares compartilham experiências
Foto: PSD/Brasília/Divulgação
Renan Ferreirinha

O secretário explica que as escolas têm autonomia para definir a melhor maneira para colocar as medidas em prática. “Ou [o estudante] chega na escola e guarda o celular na sua mochila, o que tem funcionado superbem através de um processo de conscientização, de um processo muito forte de diálogo também com toda a comunidade escolar. Ou algumas escolas também recolhem os celulares e devolvem depois. A gente apoia essas medidas, mas isso varia do que cada escola consegue fazer dentro do seu combinado”.

Em relação às sanções a quem descumpre a regra, Ferreirinha diz que as escolas contam com instrumentos e protocolos. "Imagina um aluno que está falando na sala de aula, que não para quieto, ou outro que está dormindo, o que você faz? O professor não chama atenção? Se for de novo, adverte o aluno, se for pela terceira vez, manda para a direção escolar. A direção escolar chama o responsável. Na verdade, as escolas estão muito mais preparadas para lidar com essas situações do que a gente imagina. O que a gente precisa é de um grande combinado social, que diga que isso aqui não pode acontecer e que dê o respaldo para as escolas poderem implementar e chamar as famílias para nos apoiarem nisso".

Ferreirinha, que como deputado federal foi relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados do projeto de lei que originou a lei sancionada esta semana, explica que a intenção não é afastar a tecnologia da escola, mas estimular que ela seja usada para fins de aprendizagem.

“A gente acha que a tecnologia pode ter um papel fundamental na educação. Agora, ela tem que ser usada de forma consciente e responsável. Tem que ter hora para tudo, porque senão, em vez de ser uma aliada, ela passa a ser uma inimiga do processo educacional”, defende. 

“O que a gente não pode achar normal é o aluno estar com o seu celular no meio da aula, usando, vendo um videozinho no Tik Tok, jogando o jogo do tigrinho, enquanto o professor está tentando dar aula. Isso não pode ser considerado normal”, acrescenta.

Ferreirinha ressalta que a nova lei “coloca o Brasil no grupo seleto dos países que já conseguiram ter legislações nacionais e enfrentam esse desafio”. 

A França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já têm legislações que restringem o uso de celular em escolas. “Esse é um assunto que começa e tem o protagonismo da educação pública, demonstrando que dá para ter educação pública na vanguarda, de qualidade”, elogia.

Lei antiga

No Ceará, a Lei 14.146, de 2008, proíbe tanto a utilização de celulares nas escolas durante os horários de aulas quanto de aparelhos já ultrapassados, como walkman, discman, MP3 player, MP4 player, iPod, bip, pager.

De acordo com a secretária executiva do Ensino Médio e Profissional da Secretaria de Educação do Estado do Ceará, Jucineide Fernandes, nem todas as escolas conseguiram cumprir a medida, “que acabou sendo deixada de lado”.

Após o decreto do Rio de Janeiro, em 2024, o Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE) recomendou que a lei fosse cumprida, que escolas públicas e particulares orientassem os diretores das unidades de ensino para impedir o uso de aparelhos celulares e outros equipamentos semelhantes durante as aulas.

Rio de Janeiro (RJ) 18/01/2025 - Jucineide Fernandes, redes de ensino que já proíbem celulares compartilham experiências
Foto: Seduc/Divulgação
Jucineide Fernandes

“Nós enviamos, então, uma recomendação às escolas para que proibissem o uso do celular em sala de aula”, disse Jucineide Fernandes. E após a sanção da nova lei federal esta semana, ela disse que foi enviada uma nova orientação aos centros de ensino. “Agora orientando que se convoque a comunidade escolar para a mudança no regimento da escola, e que essa proibição seja acompanhada pela escola dentro das normas de seu regimento e que também se pense como vai se usar nos momentos de uso pedagógico esses recursos porque, na nossa rede, a gente distribui tablets e chips para os estudantes”.

Também no Ceará, cabe às escolas definir a melhor maneira de implementar as medidas. Caixas para guardar celulares e perda de pontos em avaliações são algumas das estratégias usadas para que estudantes não se distraiam nas salas de aula com os celulares.

Segundo a secretária, para que a nova lei não acabe sendo descumprida como ocorreu com a antiga, é preciso um acompanhamento de perto por parte da secretaria e também que seja feita uma conscientização, como está previsto na nova lei. “Precisamos pensar não só na proibição, mas também no que a própria lei prevê, como palestras, orientações, pensar na questão da desinformação, da cultura digital, que inclusive faz parte do nosso currículo das escolas do tempo integral”, explica.

Para Jucineide Fernandes, a proibição do uso dos celulares na escola, exceto para fins pedagógicos, é uma medida importante. “O uso de telas está muito generalizado, inclusive por nós, adultos. A gente acha que a proibição é importante para o aluno se concentrar mais, para que o estudante possa também socializar com os demais, conversar. Então, a gente acredita que a proibição vai trazer mesmo maior atenção, foco aos estudantes no período das aulas”, defende.

Desafios de estrutura

A nova lei recebeu elogios, mas também foram levantados desafios enfrentados nas escolas que podem dificultar com que seja colocada em prática.

No Rio de Janeiro, quem já lida com a questão explica as dificuldades enfrentadas ao longo do último ano.

Rio de Janeiro (RJ) 18/01/2025 - Professor Diogo de Andrade, redes de ensino que já proíbem celulares compartilham experiências
Foto: Diogo de Andrade/Arquivo pessoal
Diogo de Andrade

Segundo o coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), Diogo de Andrade, também professor da rede municipal, a implementação esbarra também nas condições encontradas nas escolas, onde muitas vezes falta estrutura e os professores precisam lidar com turmas lotadas.

“Os desafios são, principalmente, a estrutura para você garantir que os alunos não usarão o celular em sala de aula. Isso significa que não adianta nós termos uma lei que proíba o uso do telefone, se nós tivermos salas de aula lotadas em que o professor não consegue ter acesso ao que está acontecendo, por exemplo, no fundo da sala de aula. Então, quanto mais alunos por turma, menor é a capacidade de o professor verificar se a lei está sendo cumprida”, alerta.

Para ele, o esforço para o cumprimento da lei deve envolver toda a estrutura educacional, desde a Secretaria Municipal de Educação, da Secretaria Estadual de Educação, às escolas.

“A minha prática é avisar sempre no início da aula que não pode usar o celular. E aqueles alunos que insistem em fazê-lo, a gente encaminha para a coordenação pedagógica, a gente encaminha para a direção, para que seja registrado, para que os pais sejam chamados. Mas é muitas vezes um enxugar gelo, porque os adolescentes, e cada vez mais cedo as crianças chegam à escola já com uma situação de vício pelas redes sociais, vícios por jogos, até mesmo por apostas, por sites de apostas, que a atenção deles no aparelho, no virtual, a gente já percebe que eles não olham para frente, eles olham para baixo o tempo todo”.

Diogo de Andrade diz que agora, com a lei federal, as escolas terão mais um argumento para usar com os estudantes, mas defende que deve ser acompanhado de medidas efetivas para que a norma seja de fato implementada.

“Nós ainda temos uma dificuldade muito grande, que é, a partir do momento que a gente diz ‘você não pode usar o celular’, o profissional em sala de aula não se sente à vontade em pegar o celular do aluno, porque se o profissional pega o celular do aluno e aí o celular cai no chão e o aluno diz ‘o meu celular não estava com a tela trincada’. E aí? Quem paga por esse prejuízo? De maneira muito objetiva, falta estrutura ainda para que haja a garantia de que o celular não seja usado na sala de aula”, reforça.

A lei

A lei sancionada pelo presidente Lula restringe o uso do celular em sala de aula e nos intervalos, para fins pessoais, mas há exceções, como o uso para finalidade pedagógica, sob supervisão dos professores, ou em casos de pessoas que necessitem de apoio do aparelho para acessibilidade tecnológica ou por alguma necessidade de saúde. 

Um decreto presidencial, previsto para daqui a 30 dias, vai regulamentar a nova legislação, para que passe a valer já no início do ano letivo, em fevereiro.

(Fonte: Agência Brasil)

Os primeiros campeões do Duna Open, torneio que corresponde à 1ª etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, já foram definidos na noite dessa quinta-feira (16). Na abertura da competição chancelada pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), entidade que representa oficialmente a modalidade no Estado, foram realizadas as disputas das categorias por idade: 30+, 40+ e 50+ Masculino, além do 30+ e 40+ Feminino. Os jogos ocorreram na Arena Premium, no Olho d’Água, em São Luís. 

No torneio 30+ Masculino, o título do Duna Open ficou com a dupla Artur Lobão/Victor, que superou Levi Figueiredo/Paulo Cardoso na final. Já no 40+ Masculino, Antônio Albuquerque e Clodomir Neto venceram Edgar Filho e Patrick Araújo. Quem também comemorou na quinta-feira foram Jailson Santos e Jurandir Paixão, que levaram a melhor sobre Henrique Filho e Marcelo Moreira para garantir o título no 50+ Masculino.  

As disputas das categorias femininas também agitaram o primeiro dia do Duna Open. Na decisão do 30+ Feminino, Alessandra Medeiros e Kayuri Costa derrotaram Fernanda Heluy e Tayara Carvalho por 6 a 1 para se tornarem campeãs da etapa. Enquanto isso, no 40+ Feminino, Fabiolla Correa e Ilana Simons venceram Milena Barros e Nathalia Maluf por 6 a 4. 

Nesta edição, o Duna Open vai valer pontos para o ranking estadual da modalidade. A pontuação será utilizada pela FBTM para definir o Time Maranhão que irá representar o Estado no Campeonato Norte-Nordeste de Beach Tennis. Em 2025, o torneio será realizado no mês de maio na cidade de Recife (PE). 

“Começamos o ano de 2025 com força total. Nesta primeira etapa tivemos 520 inscrições e 400 atletas. O Duna Open vai valer 200 importantes pontos no ranking estadual. A pontuação empolga os competidores que vão dar o máximo para conquistarem o título da primeira etapa”, afirmou Menezes Júnior, presidente da FBTM. 

Programação

Ao todo, 400 atletas estão na disputa desta primeira competição oficial de 2025 do beach tennis no Maranhão. Os jogos tiveram início na quinta-feira (16) com os duelos das categorias por idade. Na sexta-feira (17), haverá os jogos das categorias mistas e, no sábado (18), será dia dos duelos das categorias de gênero. A programação oficial do Duna Open será encerrada somente no domingo (19). A partir das 8h, vão ocorrer as semifinais e finais das categorias de gênero (A, B, C e D). 

Outras etapas

De acordo com calendário divulgado pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), além do Duna Open, serão promovidas pela entidade que representa oficialmente a modalidade no Estado, outras 7 etapas do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis. As cidades de São Luís, Imperatriz, Bacabal e Santo Amaro vão sediar torneios ao longo de 2025. 

Outras informações sobre Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis 2025 estão disponíveis no Instagram oficial da Federação de Beach Tennis do Maranhão (@maranhaobeachtennis).

RESULTADOS DO DUNA OPEN

Dupla Feminina 30+

  1. Alessandra Medeiros / Kayuri Costa
  2. Fernanda Heluy / Tayara Carvalho

Dupla Feminina 40+

  1. Fabiolla Correa / Ilana Simons
  2. Milena Barros / Nathalia Maluf 

Dupla Masculina 30+

  1. Artur Lobão / Victor
  2. Levi Figueiredo / Paulo Cardoso 

Dupla Masculina 40+

  1. Antônio Albuquerque / Clodomir Neto
  2. Edgar Filho / Patrick Araújo 

Dupla Masculina 50+

  1. Jailson Santos / Jurandir Paixão
  2. Henrique Filho / Marcelo Moreira 

PROGRAMAÇÃO DE JOGOS

Sexta-feira (17/1) / Arena Premium Olho d’Água

A partir das 16h – Categorias mistas 

Sábado (18/1) / Arena Premium Olho d’Água

A partir das 8h – Categorias de gênero 

Domingo (19/1) / Arena Premium Olho d’Água

A partir das 8h – Semifinais e finais das categorias de gênero (A, B, C e D) 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Brasília (DF) 24/01/2022 – Unidade de distribuição dos Correios em Brasília.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Já está disponível, no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), o resultado preliminar das provas objetivas do concurso público dos Correios, para 3.099 vagas ofertadas aos candidatos ao cargo de Agente de Correios – Carteiro (nível médio).

Cerca de 1 milhão de candidatos concorreram a 3.511 vagas para carteiro e outros cargos. O concurso para a empresa pública foi aplicado no dia 15 de dezembro de 2024, após 13 anos de suspensão.

Os cargos de nível médio para carteiro terão salário inicial de R$ 2,4 mil, além de vale-alimentação/refeição de cerca de R$ 1,4 mil.

O resultado preliminar das provas objetivas para as 412 vagas para cargos de nível superior (analista de correios, com salário inicial de R$ 6,87 mil) será publicado no dia 24 de janeiro. Neste caso, com os benefícios, a remuneração total fica em cerca de R$ 8,5 mil. As especialidades previstas no edital são para advogado, analista de sistemas, arquiteto, arquivista, assistente social e engenheiro.

Ao menos 30% das vagas são destinadas para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas, quantitativo superior ao estabelecido pela legislação (20%), e 10% para pessoas com deficiência.

(Fonte: Agência Brasil)