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Brasília (DF) 24/01/2022 – Unidade de distribuição dos Correios em Brasília.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Os resultados do concurso dos Correios serão divulgados nesta sexta-feira (17). Pouco mais de 1 milhão de candidatos – 59,85% do total de inscritos – compareceram para fazer as provas, aplicadas no dia 15 de dezembro, em todos os Estados e no Distrito Federal.

Com editais abertos em outubro, os Correios ofereceram 3.511 vagas, sendo 3.099 para nível médio, para o cargo de carteiro, e 412 para nível superior, com reserva de 30% para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas, quantitativo superior ao estabelecido pela legislação (20%), além de reserva de 10% para pessoas com deficiência.

As especialidades de nível superior são: advogado, analista de sistemas, arquiteto, arquivista, assistente social e engenheiro. O salário inicial é de R$ 6.872,48, mas, para engenheiros e arquitetos, as remunerações serão ajustadas para atender ao piso legal das categorias, atualmente em R$ 10.302.

Já o salário inicial dos aprovados para as vagas de carteiro será de R$ 2.429,26. Mais informações podem ser encontradas no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), organizador do concurso.

(Fonte: Agência Brasil)

Destaque Concurso Unificado. Foto: Arte/EBC

A Fundação Cesgranrio divulgou, nessa quarta-feira (15), o resultado preliminar da avaliação de títulos dos candidatos reintegrados ao Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Candidatos que desejarem contestar as notas recebidas, relativas à avaliação de títulos, terão até hoje (16) para fazê-lo, a partir do site da Fundação Cesgranrio.

Para fazer a consulta do resultado, os candidatos precisam acessar a área do candidato. Na sequência, é necessário clicar no menu “Resultados e Convocações”.

Na última terça-feira (14), o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que antecipará, em uma semana, para o dia 4 de fevereiro, o resultado do concurso. Nessa data, terá início o prazo para a confirmação de participação nos cursos de formação previstos para os blocos 1 a 7. No caso do bloco 8, de ensino médio, não será necessário, aos aprovados, fazerem o curso.

O ministério lembra que, para cada cargo, poderão ser feitas até três convocações, uma vez que o edital previa a possibilidade de inscrição em mais de um cargo. As outras convocações serão nos dias 11 e 18 de fevereiro. Sempre será aberto prazo de dois dias para manifestação de interesse em fazer o curso de formação necessário.

(Fonte: Agência Brasil)

O 4º Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus, iniciado na última terça-feira (14), irá até o dia 26 no Estado do Pará. A programação é gratuita, sendo dividida entre o Museu da Imagem e do Som (MIS), no Palacete Faciola, na cidade de Icoaraci, e as ilhas de Caratateua (Outeiro), Cotijuba, Mosqueiro e Maracujá.

A meta é estimular e divulgar a produção audiovisual de filmes negros da região amazônica, dando visibilidade a produtores locais como povos ribeirinhos, indígenas e quilombolas.


Com exibições de filmes, apresentações musicais, formação audiovisual e debates, o festival vai homenagear a líder quilombola Felipa Maria Aranha, da região do Baixo Tocantins, no Pará.

Para as exibições, foram selecionadas 40 obras dirigidas por pessoas negras ou povos originários, divididas entre as categorias curtas-metragens, videoclipes, animações e outros formatos.

Até o dia 17 próximo, a Estação Cultural de Icoaraci terá oficinas de fotografia para cinema, direção de arte e continuidade para o cinema, a cargo dos profissionais do audiovisual amazônico Lu Peixe e Maurício Moraes, do Pará, e Francisco Ricardo, do Amazonas.

Abertura

A abertura oficial do festival ocorrerá dia 18, na Estação Cultural de Icoaraci, com a exibição do documentário Ginga Reggae, da cineasta Nayra Albuquerque, do Maranhão. Em seguida, a festa continua no Espaço Cultural Coisas de Negro, com apresentação do grupo musical Os Falsos do Carimbó e da DJ Cleide Roots, ambos do Pará.

No dia 22 de janeiro, será realizado o Fórum de Cineastas Negros, com apoio da Associação de Profissionais Negros do Audiovisual. Já nos dias 23 e 24, ocorrerão as masterclass de coprodução com cinema indígena, com o fotógrafo e comunicador indígena Bitate Juma, de Rondônia, e da cineasta e ativista Beka Munduruku, do Pará; distribuição de curta-metragem, pelo diretor e roteirista Uilton Oliveira), e de montagem, com o diretor, montador e roteirista Mário Costa, do Pará.

O projeto leva o nome de Zélia Amador de Deus, uma das principais lideranças do movimento negro do Pará e da Amazônia. Além de atriz, professora universitária, e diretora de teatro, ela também é fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa) e do Grupo de Estudos Afro-Amazônico (Geam/UFPA).

Nesta edição, o festival premiará com o Troféu Zélia Amador de Deus filmes em cinco categorias: melhor animação amazônica, melhor filme da região amazônica, melhor videoclipe, melhor filme nacional e melhor projeto múltiplos formatos. Serão mais de R$ 9,5 mil em premiações. Os vencedores serão conhecidos no último dia do festival (26).

(Fonte: Agência Brasil)

Tudo pronto para o início da temporada 2025 do beach tennis no Maranhão. A partir das 17h desta quinta-feira (16), começam as disputas do Duna Open, torneio que corresponde à 1ª etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, evento chancelado pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), entidade que representa oficialmente a modalidade no Estado. Todas as partidas desta etapa vão ocorrer na Arena Premium, no Olho d’Água, em São Luís. 

Nesta edição, o Duna Open vai valer pontos para o ranking estadual da modalidade. A pontuação será utilizada pela FBTM para definir o Time Maranhão que irá representar o Estado no Campeonato Norte-Nordeste de Beach Tennis. Em 2025, o torneio será realizado no mês de maio na cidade de Recife (PE). 

“Sempre que uma nova temporada começa, os atletas ficam ainda mais animados e, em 2025, o Duna Open vai valer 200 importantes pontos no ranking estadual. A pontuação empolga os competidores que vão dar o máximo para conquistarem o título da primeira etapa. Estamos felizes com o crescimento do beach tennis no Maranhão e com a participação cada vez maior de atletas de mais cidades do interior. Será uma competição incrível com altíssimo nível técnico”, afirmou Menezes Júnior, presidente da FBTM. 

Programação

Ao todo, 400 atletas estarão na disputa desta primeira competição oficial de 2025 do beach tennis no Maranhão. Os jogos terão início na quinta-feira (16), a partir das 17h, com os duelos das categorias por idade. Na sexta-feira (17), haverá os jogos das categorias mistas e, no sábado (18), será dia dos duelos das categorias de gênero. 

A programação oficial do Duna Open será encerrada somente no domingo (19). A partir das 8h, vão ocorrer as semifinais e finais das categorias de gênero (A, B, C e D). 

Outras etapas

De acordo com calendário divulgado pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), além do Duna Open, serão promovidas pela entidade que representa oficialmente a modalidade no Estado, outras 7 etapas do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis. As cidades de São Luís, Imperatriz, Bacabal e Santo Amaro vão sediar torneios ao longo de 2025.

Outras informações sobre Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis 2025 estão disponíveis no Instagram oficial da Federação de Beach Tennis do Maranhão (@maranhaobeachtennis).

JOGOS

Quinta-feira (16/1) / Arena Premium Olho d’Água

A partir das 17h – Categorias por idade 

Sexta-feira (17/1) / Arena Premium Olho d’Água

A partir das 16h – Categorias mistas 

Sábado (18/1) / Arena Premium Olho d’Água

A partir das 8h – Categorias de gênero 

Domingo (19/1) / Arena Premium Olho d’Água

A partir das 8h – Semifinais e finais das categorias de gênero (A, B, C e D) 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Destaque Concurso Unificado. Foto: Arte/EBC

As regras da convocação para o curso de formação dos candidatos aprovados no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) foram detalhadas pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), em edital publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (15).

convocação foi antecipada para o dia 4 de fevereiro, conforme anunciado, nessa na terça-feira (14), pela ministra Esther Dweck. Os cursos de formação estão previstos para os candidatos aprovados nos blocos 1 a 7. No caso do bloco 8, de nível médio, não será necessário aos aprovados fazerem o curso de formação.

A convocação para os cursos são para os candidatos aprovados nos cargos de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG); Analista de Comércio Exterior (ACE); Analista em Tecnologia da Informação (ATI); Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS); Analista de Infraestrutura (AIE); Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia (Aneel); Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários (Antaq); Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT) e Especialista em Regulação de Saúde Suplementar (ANS).

O ministério lembra que, para cada cargo, poderão ser feitas até três convocações, uma vez que o edital previa a possibilidade de inscrição em mais de um cargo. As outras convocações serão nos dias 11 e 18 de fevereiro. Sempre será aberto prazo de dois dias para manifestação de interesse em fazer o curso de formação necessário.

Remuneração e obrigações

“Durante o curso, os convocados receberão 50% da remuneração inicial prevista para o cargo, com exceção dos servidores públicos, que poderão optar por manter os vencimentos atuais”, informou o ministério. 

Segundo a pasta, a formação tem como objetivo “desenvolver competências técnicas, gerenciais e estratégicas, além de proporcionar um entendimento mais profundo sobre as funções e responsabilidades dos cargos no serviço público federal”.

De acordo com as regras anunciadas, as aulas e a duração dos cursos serão determinados por meio de regulamentos específicos das instituições responsáveis.

“Durante o curso, os matriculados deverão cumprir diversas obrigações, como frequentar todas as aulas e atividades programadas pontualmente, realizar e entregar trabalhos e avaliações nos prazos estipulados, cumprir atividades não presenciais e dedicar-se integralmente e exclusivamente ao curso de formação, tendo em vista que essa etapa é classificatória e eliminatória”, detalhou o ministério.

Inscrições

Para verificar se foi convocado, o candidato deverá acessar a página do CPNU nos dias 4 e 5 de fevereiro. Na área, ele identifica o cargo ou a carreira para a qual foi aprovado e confirma o interesse na vaga e, se for o caso, no curso de formação.

A participação será garantida somente após a resposta afirmativa, clicando no “Sim” relativo à convocação e à efetivação da matrícula nas instituições. O ministério lembra que a lista inicial de convocados considera as opções de cargo indicadas no momento da inscrição.

“À medida que os candidatos confirmam a participação, novas vagas são abertas em outros cargos, com listas atualizadas sendo publicadas nos dias 11 e 18 de fevereiro. Aqueles reconvocados para cargos de maior preferência terão sua vaga anterior automaticamente disponibilizada para outro candidato”, destacou o ministério, ao reiterar que a convocação para o curso de formação em um cargo implica na exclusão do candidato das listas relativas a cargos de menor preferência.

Ainda de acordo com o ministério, mesmo após a convocação, o candidato poderá ser chamado para um cargo de maior preferência, caso seja classificado, avançando na lista de aprovados para as outras vagas que, durante a inscrição na primeira etapa do concurso, foram de sua preferência.

A maioria dos cursos de formação serão ministrados em Brasília, com exceção do cargo de Especialista em Regulação de Saúde Suplementar (ANS), cuja formação ocorrerá no Rio de Janeiro. No caso do cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT), o curso será híbrido, com parte presencial em Brasília e parte on-line.

Caberá à Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e o Cebraspe a organização dos cursos, que terão carga horária variando entre 140 horas e 540 horas, a depender do cargo.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 15/01/2025 - O ministro da Educação, Camilo Santana, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta quarta-feira (15), em Brasília, que o pagamento da primeira poupança prevista no programa Pé-de-Meia para alunos que concluíram o ensino médio - no valor de R$ 1.000 – será feito em fevereiro próximo.

“O presidente vai autorizar a gente a pagar a todos os alunos que concluíram o primeiro ano do Pé-de-Meia uma poupança de R$ 1.000. E quem fez o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] vai receber uma parcela extra de R$ 200 agora em fevereiro”, informou.

Ao participar de entrevista à emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Camilo Santana lembrou que os incentivos financeiros figuram como “políticas importantes para manter o aluno em sala de aula”.

Como é o programa

Lançado em novembro de 2023, o Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional voltado a estudantes matriculados no ensino médio público beneficiários do Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

Ao comprovar matrícula e frequência, o estudante recebe o pagamento de incentivo mensal, no valor de R$ 200, dinheiro que pode ser sacado a qualquer momento.

No caso da educação de jovens e adultos, ao comprovar matrícula, o estudante recebe um incentivo de R$ 200, além de incentivo mensal de R$ 225 pela frequência, ambos disponíveis para saque.

O beneficiário do Pé-de-Meia ainda recebe R$ 1.000 ao término de cada ano concluído. O dinheiro só pode ser retirado da poupança após a formatura no ensino médio.

Considerando as parcelas de incentivo, os depósitos anuais e o adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os valores chegam a R$ 9,2 mil por aluno.

(Fonte: Agência Brasil)

Historiador Rodrigo Goyena é o entrevistado do DR com Demori, da TV Brasil, e fala sobre Proclamação da República.

O processo que tornou a Proclamação da República possível e os efeitos da República na formação social brasileira são temas centrais do DR com Demori, que recebeu o historiador e autor do livro Entre oligarquias – as origens da República brasileira (1870–1920), de Rodrigo Goyena Soares.

Cientista político pelo Institut d’Études Politiques de Paris (SciencesPo) e pós-doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), Goyena critica a maneira como a história é ensinada.  

Segundo ele, é o contexto que produz os homens, sendo homens e mulheres apenas produtos de um determinado tempo.

“É o contrário do que se aprende como sendo a história. A história no ensino médio é ensinada numa sequência de acontecimentos em que determinadas personalidades são espécies de faróis, guias absolutos do destino nacional ou dos destinos internacionais, como se eles fossem a mola propulsora das transformações históricas”.

Afirma ainda que a liberdade humana é absolutamente restrita e está condiciona às possibilidades de uma estrutura, que é o próprio contexto. 

Ao fazer um paralelo do Brasil hoje e o Brasil do passado, Goyena relembra o período após a Guerra do Paraguai (1864 – 1870), considerado um dos maiores conflitos do mundo no século XIX, e que marcou um desgaste profundo no Brasil, com grande dívida interna e, posteriormente, externa.

“Significou um desgaste muito grande orçamentário e, portanto, um desgaste político. O orçamento não é apenas uma planilha contábil. O orçamento é eminentemente político, afinal de contas é com orçamentos que se discute e se define quanto vai para quem, a partir de qual lugar”, explica. 

O historiador explica ainda que o fim da Guerra do Paraguai faz surgir uma politização das Forças Armadas no país. Segundo Goyena, a tropa retorna insatisfeita e frustrada com o poder civil que não teria amparado suficientemente a corporação militar, que reivindicava reformas coorporativas e direitos. “Muito rapidamente essas reivindicações se politizaram. São reivindicações que, no fundo, assinalavam quase que a saída dos quartéis para as ruas, que diziam respeito também a um projeto de economia política para o Estado".

Insatisfação dos militares e Brasil industrial

A insatisfação dos militares com a monarquia e a favor de um Brasil industrializado teria sido o gancho para a Proclamação da República, assim como as medidas que foram adotadas pelo Império e que “aceleraram a ruptura final”. De acordo com Goyena, a lei que decretou do fim da escravidão, em 1888, não previa indenização aos donos de escravos, o que gerou uma crise no sistema orçamentário do Estado.

“Fez com que todo mundo corresse aos guichês para descontar imediatamente as letras e ter papel moeda ou algo equivalente que fosse mais confiável do que uma letra escorada numa escravidão que não seria mais”, detalha.

Para injetar liquidez ao país, o governo chegou a contrair um empréstimo de 20 milhões de libras na época. 

Em termos comparativos, a Guerra do Paraguai gerou para o Brasil uma dívida de 5 milhões naquele período. "Quando o Partido Republicano Paulista vê isso, fica incrédulo, e fica incrédulo a ponto de dizer, acabou, agora tem que vir a República”, relembrou. 

Após várias reuniões secretas com Deodoro da Fonseca, o golpe foi articulado e executado em 15 de novembro de 1889.

“Estavam dispostos a dar um golpe, porque aquilo é um golpe militar, de fato, como a gente teve em 1964”, finaliza.

Após liderar o movimento que resultou na Proclamação da República, Deodoro da Fonseca exerceu o cargo de presidente provisório e posteriormente foi eleito pelo Congresso Constituinte como o primeiro presidente constitucional da República, permanecendo no cargo até 23 de novembro de 1891. 

Serviço

O programa DR com Demori foi ao ar nessa terça-feira (14), às 23h, na TV Brasil, YouTube, app TV Brasil Play e nas rádios Nacional e MEC. Todos os programas estão disponíveis no YouTube da TV Brasil.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 14/01/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação Camilo Santana, durante cerimônia de lançamento do programa Mais Professores, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo federal lançou, nessa terça-feira (14), o Pé-de-Meia Licenciaturas, uma bolsa mensal de R$ 1.050 para estudantes de graduação que ingressem em cursos de licenciatura via Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Desse valor, o aluno beneficiado poderá sacar até R$ 700 por mês. Os outros R$ 350 ficarão depositados em uma poupança e poderão ser sacados após o professor recém-formado ingressar em uma rede pública de ensino e em até cinco anos após a conclusão do curso. A medida faz parte do Programa Mais Professores, que envolve várias ações para incentivar e valorizar a docência.

"Esse importante programa é para atrair, estimular e incentivar as pessoas a entrarem nas licenciaturas e permanecer", afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana, durante cerimônia de anúncio do programa, no Palácio do Planalto. O Pé-de-Meia Licenciaturas reproduz a fórmula do programa de mesmo nome destinado a reter estudantes do ensino médio na escola, e que hoje alcança quase 4 milhões de alunos.

No caso da bolsa para estudantes de graduação, ela deve começar a valer a partir de 2025, conforme inscrição dos estudantes no Sisu, que começa na próxima sexta-feira (17). Os alunos aptos a receber a bolsa são aqueles com nota mínima de 650 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que se matriculem em algum curso de licenciatura reconhecido pelo MEC. Ao todo, serão 12 mil vagas nessa primeira etapa, e a primeira parcela deve ser paga a partir de abril.

"No último Enem, 19 mil alunos acima de 650 pontos escolheram fazer licenciatura. Apenas 5 mil se matricularam. E desses, os dados mostram que, ao longo dos anos, metade desiste. Então, a gente quer praticamente triplicar o número atual de ingressantes na licenciatura com notas do Enem acima de 650 pontos", explicou o ministro a jornalistas após o evento.

R$ 2,1 mil para professores

Além do apoio financeiro a estudantes de licenciatura, o programa prevê a Bolsa Mais Professores, com apoio financeiro a docentes das redes públicas de ensino da educação básica e que pretende aumentar a atuação em regiões com carência de professores, em medida similar ao Programa Mais Médicos, que contrata profissionais de saúde para regiões desassistidas. O participante receberá uma bolsa mensal no valor de R$ 2,1 mil, mais o salário do magistério, pago pela rede de ensino a qual está vinculado. Além disso, durante o período da bolsa, o professor cursa uma pós-graduação lato sensu com foco em docência. A abertura de inscrições para essa bolsa está prevista para começar no segundo semestre, a partir da adesão das redes de ensino dos Estados e municípios, por meio de edital que deverá ser aberto nos próximos dias.

"Quem dá aula na periferia das grandes metrópoles desse país sabe que ser professor é um risco. Ser professor é um risco. Esperar ônibus tarde da noite, pegar ônibus de manhã lotado, chegar na escola sabendo que as crianças estão com preocupação, muitos nem tomaram café em casa. E, às vezes, menino com violência, menino que sai de casa brigado com a mãe porque não comeu, porque não sei lá, e vai tentar jogar a sua raiva na professora e no professor", afirmou o presidente Lula, durante o anúncio do programa.

"Se a gente não motivar que professor e professora sejam uma profissão, eu diria, promissora, uma profissão que dê a eles a certeza de que eles estão trabalhando em benefício das pessoas e que o Estado poderá ajudá-la através do município, através do próprio Estado, de que esse professor não vai ser molestado, não vai apanhar. Então, essas coisas que nós temos que cuidar e que nós estamos fazendo aqui", acrescentou.

Prova Nacional

Outra medida anunciada é a Prova Nacional Docente (PND), criada para melhorar a qualidade da formação, estimular a realização de concursos públicos e induzir o aumento do número de professores nas redes públicas de ensino. A PND será realizada, anualmente, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a mesma autarquia que realiza o Enem. Estados e municípios poderão utilizar a PND em seus processos de seleção de professores, substituindo concursos públicos. Docentes interessados se inscrevem diretamente no Inep. A primeira PND tem previsão de ser aplicada em novembro.

O Programa Mais Professores ainda prevê descontos em hotéis, a partir de uma parceria com o Ministério do Turismo e a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH), para docentes das redes públicas. O valor dos descontos ainda não foi detalhado.

O MEC criou uma página na internet com informações sobre o programa..

(Fonte: Agência Brasil)  

Brasília (DF), 18.08.2024 - Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Ester Dweck, durante entrevista coletiva sobre o balanço do Concurso Público Nacional Unificado – CPNU.  Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) antecipou o calendário para o Concurso Nacional Unificado (CNU). O resultado sairá com uma semana de antecedência, no dia 4 de fevereiro. Nessa data, terá início o prazo para a confirmação de participação nos cursos de formação previstos para os blocos 1 a 7. No caso do bloco 8, de ensino médio, não será necessário, aos aprovados, fazerem o curso.

As informações foram dadas pela ministra Esther Dweck na tarde desta terça-feira (14), em coletiva de imprensa.

"No dia 4 de fevereiro, serão divulgadas as listas dos aprovados nas vagas já previstas no edital para todas as vagas. Vocês sabem que cada bloco tem várias vagas e vários cargos. Então, serão divulgadas essas listas e, nesse mesmo dia, naquelas carreiras que ainda têm uma última etapa, que é a etapa do curso de formação, as pessoas já serão convocadas para o curso", disse a ministra.

Os candidatos terão dois dias (4 e 5 de fevereiro) para confirmar o interesse em participar da primeira convocação do curso de formação. Isso deverá ser feito na área do Candidato. 

O ministério lembra que, para cada cargo, poderão ser feitas até três convocações, uma vez que o edital previa a possibilidade de inscrição em mais de um cargo. As outras convocações serão nos dias 11 e 18 de fevereiro. Sempre será aberto prazo de dois dias para manifestação de interesse em fazer o curso de formação necessário.

A ministra ressaltou que a convocação do candidato para o curso de formação em um cargo específico implica na eliminação desse candidato para os demais cargos escolhidos conforme a lista de preferência apresentada na primeira etapa do certame.

"Quando entrar na área do candidato, ele verá uma mensagem informando que a pessoa foi chamada para o curso de formação desta carreira.  Ali, pergunta se quer participar ou ou não. Caso a pessoa diga OK, ela confirma e, posteriormente, será chamada fazer a matrícula no curso de formação. Isso significa que ela não estará mais na lista de classificação daqueles cursos abaixo da preferência dela", disse a ministra.

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ) 13/01/2025 – Fechado desde 2020, o Museu Nacional de Belas Artes celebra 88 anos com exibição do andamento de sua reforma estrutural e palestra com arquitetos que trabalham no projeto. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Fechado para visitação desde 2020, o Museu Nacional de Belas Artes está com mais de 90% de sua reforma concluída segundo estimativas dos arquitetos envolvidos no projeto.

Rio de Janeiro (RJ) 13/01/2025 – A museóloga Daniela Matera, diretora do Museu Nacional de Belas Artes, fala sobre as obras no prédio, fechado desde 2020, em celebração de 88 anos. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Daniela Materas

Trata-se da maior obra já realizada no edifício, que possui 20.958 metros quadrados e guarda um dos maiores acervos do país, com aproximadamente 70 mil itens, incluindo diversas obras emblemáticas para a história brasileira. Entre elas, estão as telas Primeira Missa no Brasil e Batalha dos Guararapes, concluídas respectivamente em 1861 e em 1879 pelo pintor Victor Meirelles.

Localizado na Praça da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, o Museu Nacional de Belas Artes celebrou nesta segunda-feira (13) o aniversário de 88 anos da assinatura do Decreto-Lei 378/1937 pelo então presidente Getúlio Vargas, no qual foi criada a instituição. Para marcar a data, foi realizada uma palestra com arquitetos envolvidos na reforma.

Apesar do estágio avançado da obra, a expectativa é que a reabertura completa ocorra apenas em 2026. No entanto, a museóloga Daniela Matera, diretora de museu, conta que ao longo desse ano pretende realizar diversos eventos nos espaços que já estiverem liberados.

Rio de Janeiro (RJ) 13/01/2025 – Fechado desde 2020, o Museu Nacional de Belas Artes celebra 88 anos com exibição do andamento de sua reforma estrutural e palestra com arquitetos que trabalham no projeto. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Há a expectativa de abrir ao público em breve a lojinha, o café e o teatro, bem como permitir o funcionamento normal do centro de pesquisa e do centro de documentação. A escolha de uma nova identidade visual também está nos planos.

Daniela destaca também que as atividades ao público nunca deixaram de ocorrer.

"Fechados estamos, mas abertos também. Nesses últimos anos, transbordamos, realizando eventos e atividades que extrapolam as nossas barreiras físicas, em um movimento de transbordamento como um movimento contínuo e constante, como um rio".

Obra

Iniciada há quase cinco anos, a reforma envolveu praticamente todo o edifício. Na fachada, por exemplo, foram restaurados os relevos em terracota, os baixos-relevos, os nichos e os medalhões com retratos de integrantes da Missão Artística Francesa que desembarcou no Brasil, em 1816.

Rio de Janeiro (RJ) 13/01/2025 – Fechado desde 2020, o Museu Nacional de Belas Artes celebra 88 anos com exibição do andamento de sua reforma estrutural, que atuou em esquadrias e vidros. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Esquadrias e vidros também foram todos recuperados. Para a parte interna, também foi desenvolvido um projeto de proteção contra incêndio.

Embora o Museu Nacional de Belas Artes tenha sido legalmente criado em 1937 e inaugurado em 1938, o edifício é mais antigo. Ele foi construído entre 1906 e 1908, durante as modernizações urbanísticas realizadas pelo prefeito Pereira Passos no Rio de Janeiro, que era na época a capital federal.

O prédio foi o primeiro local de funcionamento da Escola Nacional de Belas Artes. O arquiteto Adolfo Morales de Los Rios apresentou um projeto bastante detalhista que incluiu inúmeros elementos decorativos, ornamentos e colunas, além de demandar a importação de diversos materiais. Há, por exemplo, portões de ferro que vieram da Alemanha.

Rio de Janeiro (RJ) 13/01/2025 – O arquiteto João Legal Leal explica as obras no prédio do Museu Nacional de Belas Artes, que celebra 88 anos. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
João Leal

À frente da atual reforma do Museu Nacional de Belas Artes, o arquiteto João Legal Leal manifesta satisfação com o resultado da obra, mas alerta que a instituição precisa manter rotinas de conservação para evitar o avanço de possíveis danos futuros.

"É preciso entender que a obra de restauração não se resume a uma etapa, que é concluída e acaba. Ela é permanente. O trato de mais de 20 mil metros quadrados de área construída em um museu é permanente. É uma obra constante que nunca deixará de acontecer, diariamente. Nós temos uma equipe de manutenção, mas além disso temos trabalhos diuturnos, inclusive durante a noite e nos fins de semana, para manter esse edifício em funcionamento".

Rio de Janeiro (RJ) 13/01/2025 – Visita à cúpula do  Museu Nacional de Belas Artes, que celebra 88 anos com exibição do andamento de sua reforma estrutural e palestra com arquitetos que trabalham no projeto. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Cúpula central

Na atual reforma, um dos grandes desafios envolveu a cúpula central. A princípio, foi aprovado um projeto para demolir a estrutura e reconstrui-la por inteiro. Seria, portanto, um elemento absolutamente novo, porém buscando reproduzir características da cúpula original.

Em 2021, no entanto, arquitetos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) passaram a defender uma outra proposta: a manutenção e a recuperação do esforço estrutural, a impermeabilização e o tratamento dos materiais.

Um dos motivos para se pensar em uma alternativa era a preocupação da então gestora do Museu Vera Mangas, com a repercussão e o resultado da demolição da estrutura.

"Ela estava com receio do efeito que a demolição teria para fora. O que as pessoas achariam ao passar por aqui?", conta a arquiteta do Iphan, Letícia Pimentel.

Rio de Janeiro (RJ) 13/01/2025 – Fechado desde 2020, o Museu Nacional de Belas Artes celebra 88 anos com exibição do andamento de sua reforma estrutural e palestra com arquitetos que trabalham no projeto. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Após análises, houve o convencimento de que a deterioração da cúpula estava relacionada à infiltração de água da chuva. Assim, um projeto que envolvesse uma impermeabilização eficaz poderia estender a vida útil da estrutura. Letícia conta que a cúpula nunca havia sido submetida a um trabalho de conservação em mais de 100 anos.

Apesar de defender a proposta implementada, a arquiteta destaca o profissionalismo da equipe anterior, que previu a demolição da cúpula. "Ambas as propostas encontravam acolhida nas teorias da restauração. Importante entender que restauração não é uma ciência exata", afirmou. Segundo ela, a primeira proposta dava mais foco à estrutura, enquanto a alternativa que foi desenhada se prendeu aos materiais.

Rio de Janeiro (RJ) 13/01/2025 – Fechado desde 2020, o Museu Nacional de Belas Artes celebra 88 anos com exibição do andamento de sua reforma estrutural e palestra com arquitetos que trabalham no projeto. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A mudança de rota recebeu o aval do Iphan, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), que é vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e que foi responsável por garantir os recursos financeiros.

Agora, uma das principais pendências antes da reabertura completa é a reforma do sistema elétrico, que contará com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A petrolífera Shell, patrocinadora master do Museu Nacional de Belas Artes, irá financiar a climatização e os trabalhos de renovação das atividades educativas e da exposição de longa duração.

Há, ainda, o apoio da Associação de Amigos e Colaboradores do Museu Nacional de Belas Artes (ABA) na atualização do acervo de arte contemporânea e no desenvolvimento do projeto executivo para uso do cine-teatro.

(Fonte: Agência Brasil)