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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) autorizou, na última quinta-feira (26), a nomeação de 160 novos servidores aprovados em concurso realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Os 82 pesquisadores e 78 tecnologistas serão distribuídos entre diferentes unidades de pesquisa do ministério. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (27), por meio da Portaria nº 9.727.

Em nota, a pasta explicou que as contratações estão condicionadas à existência de vagas na data da nomeação e à declaração de adequação orçamentária e financeira por parte do ordenador de despesas. Caberá ao MCTI verificar as condições e publicar as normas necessárias para a nomeação.

(Fonte: Agência Brasil)

– A Imperatriz Teresa Cristina morreu no dia 28/12, em 1889

*

Há muito venho resistindo a considerar a alternativa de origem do nome da capital do estado do Piauí como sendo um “cruzamento” das cinco primeiras letras de “Teresa” e as três últimas de “Cristina” – uma homenagem a Teresa Cristina de Bourbon, esposa de Dom Pedro 2º e terceira imperatriz do Brasil, que morreu em 28 de dezembro de 1889, em Porto, Portugal.

Mas Teresa Cristina havia nascido, a 14 de março de 1822, em Nápoles, hoje a terceira maior cidade italiana. Naquela terceira década dos anos 1800, Nápoles integrava o Reino das Duas Sicílias, que durou até março de 1861, quando fez parte da unificação dos vários reinos em um só, o Reino da Itália. O nome completo da inteligente, humana e dedicada imperatriz, chamada “Mãe dos Brasileiros”, é: Teresa Cristina Maria Josefa Gaspar Baltasar Melchior Januária Rosalía Lúcia Francisca de Assis Isabel Francisca de Pádua Donata Bonosa Andréia de Avelino Rita Liutgarda Gertrude Venância Tadea Spiridione Roca Matilde de Bourbon-Duas Sicílias. Não estranhe; nomes nobiliárquicos eram/são assim, desse jeitinho, para “mostrar” que os nobres eram “especiais” e para incluir nomes das famílias/casas reais de que provinham e, pela proximidade dos nobres com a Igreja Católica, para destacar nomes de santos e anjos.

Quanto ao nome “Teresina” ser uma composição de sílabas, hoje talvez construções assim não se estranhassem. Vejam-se assemelhados exemplos (deles nem sempre exemplares...) como os nomes de Paragominas (de “Pará”, “Goiás” e “Minas Gerais”), Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Piocerá (Piauí e Ceará) e Piocerão (Piauí, Ceará e Maranhão).

Na Internet, encontram-se diversos “sites” que registram, epidermicamente, a etimologia de “Teresina” ora como a junção de “Teresa” + “Cristina”, ora considerando apenas o primeiro prenome da imperatriz, “Teresa”, em sua forma diminutiva em italiano, a língua natal da nobre senhora.

À falta, por enquanto, de informação mais aprofundada, fiz a opção que afirma ser o politônimo “Teresina” uma forma diminutiva do primeiro nome de Sua Majestade Teresa Cristina, que, ao que se registra aqui e acolá, teria intercedido junto a seu marido o Imperador para que, como teria ocorrido com o município de Imperatriz, também a capital do Piauí tivesse “sacramentada” sua criação ou instalação. Lembre-se que tanto Imperatriz, no Maranhão, quanto a piauiense Teresina foram oficialmente fundadas quase ao mesmo tempo – Imperatriz em julho e Teresina em agosto de 1852.

Assim, e não é o caso, está patente que os nomes de Imperatriz (MA) e Teresina (PI)  vêm, o primeiro, do título majestático de Teresa Cristina, e, o segundo, do primeiro prenome (antropônimo) “Teresa”.

E por que, salvo melhor juízo e até prova em contrário, opto por acreditar (e, como não tenho compromisso com o erro, estou pronto a admitir a alternativa, desde que fundamentada, convincente), repito, por que opto por acreditar que o nome da capital piauiense, “Teresina”, é o diminutivo italiano de Teresa e não a construção com elementos silábicos e semissilábicos dos prenomes “Teresa” e “Cristina”?

Ocorre que, para a época, o “nível” era outro; o “pessoal” (da elite) era mais clássico, senão “classudo”, mais conservador, mais refinado, essas coisas imperiais (e imperiosas)...

Não dá para se imaginar – embora imaginação possa tudo – o à época jovem Conselheiro Saraiva (27 anos), como presidente da Província do Piauí, elaborando um nome assim. Advogado, futuro primeiro-ministro, vejo-o, com possível futuro assentimento da Imperatriz, lembrando-se (ou se informando sobre isso) de que, na língua italiana, o sufixo feminino “-ina” traz, entre outros usos, o carinhoso artifício de, posposto a um antropônimo, este novo termo  passar a significar “filho/filha de”.

Ora, é uma adequada / conveniente forma de agradecer e homenagear uma autoridade pela decisiva “participação” na criação e existência de uma cidade, logo uma capital – como ocorreria depois com Teresópolis (que é “cidade de Teresa” pelos dois elementos gregos do nome) e com a catarinense “Santo Amaro da Imperatriz”, onde a preposição “de”, como elemento de ligação entre dois substantivos (o hierônimo “Santo Amaro” e o título nobiliárquico “Imperatriz”), confere sentido de posse ou participação.

Originado do latim “-inus”, o sufixo feminino “-ina”, como explica Ciro Mioranza (in “Dicionário de Nomes Latinos” (vol. 1, 1997), é usado para formação de adjetivo (“divino”, “caprino”), designativo de habitante (“florentino”, “feltrino”), profissão (“postino” / carteiro; “arrotino” / amolador, afiador). Também, para comunicar que é pai/mãe de uma criança, o genitor ou a genitora dá à criança seu nome, acrescido do sufixo que demarca a ascendência ou descendência, por exemplo: “Paulino” ou “Paulina” é filho de Paulo ou Paula.

Assim, acho que esse quase latinório aí de riba parece ser a justificativa mais adequada e até mais convincente para o arguto, destemido e reconhecido administrador José Antônio Saraiva (baiano nascido em Santo Amaro, em 1º de maio de 1823, e falecido em Salvador, em 21 de julho de 1895). Seria mais conveniente dizer à Sua Majestade a Imperatriz que, com toda humildade ante a grandeza imperial, Teresina era a mais nova filha da Imperatriz...

Vale lembrar que a Imperatriz Teresa Cristina, sobretudo em seus diários, escrevia mais em italiano. Em seu livro “Teresa Cristina de Bourbon: Uma imperatriz Napolitana nos Trópicos – 1843/1889” (Rio de Janeiro, 2014), Aniello Angelo Avella escreve: “Do ponto de vista linguístico, o uso do italiano nos diários permanece dominante até os últimos anos de sua vida [da Imperatriz Teresa Cristina], ainda que alternando com o francês e o português [...]” (p. 94). Adiante, Avella sublinha: “[...] Teresa Cristina deixou na cultura de sua nova pátria [Brasil] um inconfundível e decisivo marco de italianidade” (p. 102).

Essas citações, embora “en passant”, levam circunstancialmente a acreditar em uma “solução” mais “italiana”, mais linguística que artificial, em relação à origem do nome “Teresina”. “Petrópolis” e “Teresópolis” são cidades com o nome do casal – mas Teresina, a valer a formação linguística e toponímica, é filha de Teresa. E ser filha, é outro papo... Uma honra, até mesmo para uma Majestade...

* * *

Em relação à cidade de Teresina, comete-se o equívoco de definir que o epíteto "Cidade Verde", que para ela atribuiu o escritor caxiense Coelho Netto, seria motivado pela arborização da capital. Não. Nessa expressão o adjetivo "verde" faz referência ao tempo de existência da cidade: Teresina era uma cidade ainda jovem à época em que o grande polígrafo maranhense assim a chamou.

* EDMILSON SANCHES

Fotos:

Teresina à noite (ponte sobre o Rio Poty, por onde a cidade começou) e a Imperatriz Teresa Cristina.

O Caminho de Santiago como nunca antes visto e escrito. A partir da França, aos pés dos Pireneus, a rota mais desafiadora, os encontros mais improváveis.

Um homem e suas dúvidas. As aflições. Os momentos em que realidade e sobrenatural se confundem. Reflexões e lições. Amor, dor e esperança no diálogo com outros peregrinos. No fim da terra, o fim das angústias e o melhor encontro: consigo mesmo.

* * *

Este livro vai revelar a você dois caminhos: um que leva a Santiago de Compostela; o outro, que conduz ao coração de um homem.

Todo ser humano que sai à procura de alguma coisa já a carrega dentro de si. Por isso que uma busca não é uma busca -- é uma revelação. Como aconteceu a Cristo, que muito pregou – mas só após a cruz fez a ascensão. Ou com Buda, que tanto caminhou – mas sentado é que chegou à iluminação.

A imagem da busca é a de alguém que segue um caminho. A realidade da busca é a de um caminho que prossegue em alguém.

Mas os caminhos – de chão, de pedra..., existentes ou a se criarem – são necessários. Pois o que eles são, feitos em terra, e como eles estão, delineados em nossa mente, contribuem fortemente para sensibilizar, energizar e motivar o ser para a jornada.

Os bons caminhos raramente são fáceis. No percurso deles há sempre obstáculos – geralmente muitos, frequentemente grandes. O das Índias, tinha o Atlântico. O de Ícaro, o Sol. O de Drummond, a pedra.

O caminho de Vieira – o Luiz, professor, não o Antônio, padre – tinha tudo isso e muito mais. Para Luiz Vieira, autor deste “O Caminho das Estrelas”, o problema não era o oceano (que ele venceu de avião), nem o sol (que chapéu e protetor anteparavam) ou a multidão de pedras (de que se desviava). O problema eram os “outros” problemas: o desconhecido, a inexperiência, o(s) idioma(s), os costumes e até o antinatural, quando não o sobrenatural... Sem falar nas ansiedades, nas angústias, nas inquietações, no autoquestionamento (tipo “O que é que eu estou fazendo aqui?”). E o que dizer dos sonhos e pesadelos e das estranhas situações ou sensações de irrealidades e pararrealidades, quando não se sabe se se está desperto ou se se delira, quando não se sabe se pessoas e animais, ambientes e cenários são coisas reais dentro de um sonho ou se são fantasias e fantasmas dentro de uma realidade...

“Nenhum homem é feliz sem um delírio de algum tipo. Os delírios são tão necessários para a nossa felicidade quanto a realidade”, reconhecia Christian Nestell Bovee, escritor americano. Não creio que Luiz Vieira delirava quando, após ler um livro sobre o Caminho de Santiago, prometeu-se a si mesmo percorrê-lo – e, agora, muda da condição de leitor para a de autor de uma obra compostelana.

Vieira – ele mesmo escreve – queria aventura. Outros fazem o Caminho pela História, pela Cultura, pela Mística, razões bem mais humanistas do que as humanas esperanças e o pagamento de promessas ligadas a dinheiro e poder, saúde e prazer; e bem mais pias que as caridosas – e caras – indulgências com que, desde o século III “et multa saecula”, pecadores ganhavam oportunidade de reparar os males advindos de seus pecados para, lá adiante, limpar a própria alma e ganhar um terrenozinho no bem loteado Céu daqueles idos...

Se era aventura o que inicialmente desejava Luiz Vieira, ele recebeu muito mais. Parte desses ganhos ele guarda consigo; outra parte, e não é pouco, ele a divide aqui com os leitores. Divide sua ansiedade inicial, feliz, e os iniciais “tropeços” de primeira viagem, porém firme no propósito, empedernido igual a “burro xucro”.

O livro conduz o leitor a vivenciar o Caminho a partir do frio de zero grau nas montanhas franco-espanholas; a caminhar toda Zubire, uma cidade de só duas ruas; a ver/ouvir o burburinho da trimilenária Pamplona.

Mais adiante, ficamos sabendo da pessoa do autor e da pessoa de outras pessoas. Do autor, seus sonhos e sofrimentos; de outros, saberemos de “Seu” Franco e sua sabedoria franca, seu sorriso franco. Saberemos de “Seu” Paulo, fadiga e fome, pão e palavras.

À medida que caminha, Luiz Vieira nos encaminha, empresta-nos seus olhos, entreabre a mente, apresenta-nos de mais de perto quem ele viu, conheceu, conversou pelo Caminho: por exemplo, nos deixa saber, em Torres del Rio, de uma bruxa no quarto; da dor e redenção nas histórias de Maria, 80 anos; de uma neoamiga neozelandesa.

Em Azofra, apresenta-nos melancolia, desânimo... e Papai Noel. Mostra-nos os pés muito feridos e relata uma cura inesperada. O encontro com um espanhol bom de prosa. A catedral de Burgos, onde Luiz concorda com a beleza da igreja mas, cabreiro, discorda do “pay to pray” (pagar para rezar).

À medida que caminha, o autor mais no encaminha. Quando seus olhos perscrutam o Caminho, eles nos dizem de natureza e vastidão, beleza e solidão. Quando passa por lugares e se assenta em restaurantes e bares, quando faz pouso em beliche coletivo ou repouso em cama individual, quando se abanca em bancos de praças e ruas... de tudo isso dá conta o olhar vieirano.

Mas o radar humano do autor gosta mesmo é de emitir ondas emocionais, permeáveis às cargas de energia e sensibilidade emanadas de gente. É como se Luiz Vieira fizesse coro com Públio Terêncio Afro, poeta e dramaturgo da Roma de 22 séculos atrás: “Sou humano, e nada do que é humano me é estranho...”

E é nas histórias humanas que o autor vai (se) desentranhando e “desestranhando”. Luiz Vieira se junta a outro ser para com ele sentir e para dele saber. E para nos contar colorida e doloridamente da história de Lorenzo, em León, onde o autor vivenciou a mendicância e por horas, entre uma esmola e outra, ouviu relatos de uma vítima de crises econômicas além-Atlântico, crises que teimam em tornar coletivas as dores que são vividas individualmente, cotidianamente.

Outros relatos levam a experiências com personagens misteriosos (que nem a enigmática Ana, com seus exercícios e lições) e até o que não é “persona”, como o estranho cão no caminho de Palas de Rei.

Particularmente sensível à beleza, Luiz Vieira se deixa levar e enlevar pelo que lhe entra pelas vistas como imagens e lhe sai pelos dedos em palavras: a simplicidade do quarto e catre onde ele dormiu e onde o santo de Assis pode ter estado; o castelo de Gaudí, de 120 anos; a tradição do ritual da queimada; e o alumbramento com a “imponência” da catedral de Santiago de Compostela, onde abraços se deram e lágrimas se derramaram ao som de hinos e cheiro de incenso.

*

Este livro nos leva, literalmente, ao fim do mundo – como o acreditavam os viventes do século XV, tanto que deram o nome de Finisterra (“fim da terra”) a um lugar para além de Compostela. O autor foi até lá, e nos levou a esse fim – que ele não é de deixar nada pelo meio do caminho...

Há muito se sabe que nem todo caminho leva a Roma. Diversos levam a Jerusalém e alguns poucos verdadeiramente levam à maior das distâncias e ao mais desconhecido dos destinos: o interior de si mesmo.

A partir de um caminho exterior, Luiz Vieira fez sua jornada mais íntima. E chegou à Galícia, a Compostela, por uma das rotas mais desafiadoras, oitocentos quilômetros a pé, começando na França, nas faldas da cordilheira dos gelados Pireneus.

Não são muitos os caminhos que levam a Santiago de Compostela.

O mais novo deles é este livro.

Mais novo – e melhor.

Deixe-se levar...

* EDMILSON SANCHES

(*) Prefácio de Edmilson Sanches ao livro “O CAMINHO DAS ESTRELAS - Mistérios, Aventuras e Aprendizados no Caminho de Santiago de Compostela”, de Luiz Vieira, professor de Filosofia, ex-secretário de Educação de Parauapebas - PA, também autor de “O Escorpião e a Borboleta”. O livro “O Caminho das Estrelas” foi publicado pela Editora Viseu, do estado do Paraná.

Foto:

O autor, Luiz Vieira, e sua obra

A LISTA

*

Sim, “A Lista”.

É título de filme; aliás, de mais de um.

É título de livro; aliás, de mais de um.

Mas, neste caso, é nome de uma peça teatral, para a qual uma música de mesmo nome foi feita: "A Lista".

Em 2024 a música "A Lista", do cantor e compositor carioca Oswaldo Montenegro, completou 25 anos. "A Lista" é de 1999, era parte de uma peça de teatro e só dois anos depois, em 2001, Montenegro a lançou em disco – que também recebeu o nome de "A Lista".

A letra de "A Lista" sugere que se faça uma relação de amigos de ontem e de hoje;

... de sonhos, amores, "coisas" e situações em que nos reconhecemos (ou não mais);

... de mistérios que se queriam expostos e segredos que se desejavam ocultos;

... de mentiras alheias e próprias;

...  de defeitos pessoais que talvez fossem virtudes;

... de canções antes dispensadas e hoje delas dependentes...

A essa lista se poderiam acrescentar tantos itens:

os encantos que você não se permitiu ter – e os desencantos que não se permitiu chorar;

... as palavras que você ousou calar – e as impropriedades que decidiu falar;

... os barulhos vazios que você fez – e os silêncios repletos que você abafou;

... o olhar sem olhos que você não deu – e a cegueira arregalada que você manifestou;

... o que havia de farto em seus excessos (que você queria ter) – e o que havia de falto no outro (que você não queria ver);

... o coração que você não abriu, permitindo a ele apenas pulsar – e os ouvidos que você fechou ao choro da mulher dolorida, do homem sofrido, da criança faminta, das vidas destintas;

... o ser que você podia ter sido, que queria ser – e que agora, mais uma vez, promete, ou espera, que será;

... o elogio, o reconhecimento, que você poderia ter dito e feito – e não a adulação, incenso, bajulação que você faz de qualquer jeito;

... as palavras amigas, verdadeiras, pronunciadas em público e em particular – e não a falsa oração de despedida, frente a um caixão e um silêncio tumular...

Respeito é atitude para com todos. Amigo é palavra de muitos. Amizade é sentimento de alguns.

Ouça "A Lista", de Oswaldo Montenegro, com participação da cantora, compositora e apresentadora carioca Luiza Possi.

Uma música.

Duas interpretações.

Nenhum defeito.

Somente emoções.

*

Bom 2025.

*EDMILSON SANCHES

*

A LISTA (Oswaldo Montenegro)

Faça uma lista de grandes amigos

Quem você mais via há dez anos atrás

Quantos você ainda vê todo dia?

Quantos você já não encontra mais?

Faça uma lista dos sonhos que tinha

Quantos você desistiu de sonhar?

Quantos amores jurados pra sempre

Quantos você conseguiu preservar?

Onde você ainda se reconhece

Na foto passada ou no espelho de agora?

Hoje é do jeito que achou que seria?

Quantos amigos você jogou fora?

Quantos mistérios que você sondava

Quantos você conseguiu entender?

Quantos segredos que você guardava

Hoje são bobos ninguém quer saber?

Quantas mentiras você condenava?

Quantas você teve que cometer?

Quantos defeitos sanados com o tempo

Eram o melhor que havia em você?

Quantas canções que você não cantava

Hoje assovia pra sobreviver?

Quantas pessoas que você amava

Hoje acredita que amam você?

Rio de Janeiro (RJ), 19/12/2024 - O diretor artístico e maestro titular da Orquestra Petrobras Sinfônica, Isaac Karabtchevsky, durante sessão fotográfica para a Agência Brasil. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Orquestra Petrobras Sinfônica tem, nesta sexta-feira (27), às 19h, uma apresentação especial. Vai celebrar na Cinelândia, em frente ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no centro da cidade, os 90 anos do seu diretor artístico e maestro titular Isaac Karabtchevsky. No concerto organizado em parceria pela Petrobras Sinfônica (Opes), o Serviço Social do Comércio (Sesc RJ) e o Theatro Municipal, uma das características mais marcantes da trajetória do maestro estará de volta: a popularização da música clássica.

Durante décadas, era comum vê-lo à frente de orquestras em concertos que reuniam em espaços públicos, como praças e parques, grande quantidade de pessoas que mostravam interação com a música clássica. “Isso é algo totalmente inexplicável. É do ser humano ao se entusiasmar, se agitar. Esse é um conceito básico. A música tem esse poder mágico. Ela exerce sobre o ser humano uma função quase que emanente à sua formação sensorial. Por meio do nosso sistema nervoso, as notas se multiplicam e nos tomam por completo. É uma associação que se deve fazer quando se ouve música. Não conscientemente, é do ser humano ouvir música e se deixar emocionar por ela”, disse Isaac Karabtchevsky em entrevista à Agência Brasil.

A vontade de fazer a popularização da música, segundo o maestro, nasceu na época em que ia a teatros, via o público empolgado com música e pensava que esses espaços só tinham cerca de 2 mil lugares. “Eu pensava: tão pouca gente para arte tão grandiosa e ainda jovem, quase criança, já estava na adolescência, me ocorreu um impulso de que precisávamos fazer alguma coisa para que maior quantidade de público pudesse desfrutar de momentos tão lindos”, afirmou.

Um exemplo de apresentação com grande público ocorreu em 1986, no Projeto Aquarius, criado em 1972 pelo maestro, pelo jornalista Roberto Marinho e pelo gerente de promoções do Jornal O Globo, Péricles de Barros. A intenção era levar a música clássica ao maior número possível de pessoas. A encenação da ópera Aída, de Verdi, levou cerca de 200 mil pessoas à Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio. O elenco tinha 470 artistas e o concerto teve mais de duas horas de duração. Lá o público se acomodou no gramado e ocupou as águas do lago local.

Turnê Orquestra Petrobras Sinfônica - 5 cidades

Para o maestro, a reação positiva da plateia que, em muitos casos, assistia pela primeira vez um concerto é quase um ritual religioso onde as pessoas se movem, agradecem e se entusiasmam pelo canto. “Eles estão intimamente ligados. A origem do ser humano foi sempre por meio de grupos que, em tempos passados, se reuniam como congregações ou irmandades que cantavam em volta do fogo. Acho que a música impregnou a vida das civilizações passadas de uma maneira tão forte quanto hoje”, disse.

Iniciação

O interesse pela música surgiu cedo na vida do maestro, reconhecido como um dos mais relevantes da atualidade. “Eu verifiquei que o primeiro impulso já estava ali há muito tempo, desde que a minha mãe me amamentou e eu já a ouvia cantar. Então, era uma coisa instintiva, natural, orgânica. Ela veio com o primeiro amor, o primeiro carinho da minha mãe, que cantava em russo as canções de ninar. O elo de comunicação entre a matéria espiritual que é a música surgiu, certamente, com a minha mãe e de lá foi um crescendo contínuo”, contou.

Ainda criança, por orientação da mãe que tinha sido cantora mezzo soprano em Kiev, na Ucrânia, começou com aulas de canto com o professor australiano dela e, na sequência, vieram os instrumentos. “A minha mãe foi fundamental nesse processo, porque ela viu um talento natural, que o meu gesto era sempre sintomático com o conteúdo musical. Ela intuiu isso e me pôs imediatamente em contato com o professor de canto dela aqui no Brasil, em São Paulo, que se chamava Fan Krause, um austríaco que imigrou para o Brasil e dava aulas de canto e continuava ensaiando com ela. Eu assistia todos os ensaios e ele começou a me preparar para a futura carreira. Eu fazia exercícios, cantava muito, foi a minha primeira vocação, o meu primeiro ingresso no universo musical percorreu o canto. Devo muito, em primeiro lugar à minha mãe e, em segundo, ao professor que me introduziu nos segredos da música” relatou.

O estudo de canto era sempre com músicas clássicas, em geral Tchaikovsky, e trechos de óperas. “Isso durou mais ou menos até 12 anos de idade, quando ela me fez estudar música mais seriamente. Aí eu tinha professor de teoria e solfejo, nada em relação a regência ainda, mas essa a primeira fase foi a que cristalizou e solidificou minha carreira musical. Foram os primeiros passos, que são sempre tortuosos, até chegar a um ponto em que eu pudesse andar livremente.

O primeiro instrumento foi o piano e depois desenvolveu-se em outros. “O oboé foi uma decorrência natural disso. Por que um instrumento de sopro? Porque era um instrumento que cantava, então escolhi um instrumento de sopro, o oboé, que tinha uma sonoridade pastoril, íntima, linda. Até hoje quando me lembro das frases emitidas pelo oboé, é uma sensação de plenitude”, descreveu.

Karabtchevsky sentiu que poderia ser maestro ao se dar conta, no seu desenvolvimento, de que a música tem relação com o gesto. “As mãos representam um plano sensorial na dimensão de espaço que a música propõe. A música é uma arte que se reparte no tempo, mas o conceito dos gestos é totalmente espacial. Ele procura representar a música, as tonalidades, as inflexões que têm um fraseado musical. Quando você fala, por exemplo, eu estou falando com você e estou fazendo gestos inconscientes, porque o gesto denota similaridade com o fraseado musical e a regência. Como eu gesticulava muito ao cantar, foi daí que surgiram os primeiros esboços do que seria o futuro regente”, revelou.

A carreira brilhante tem destaques dentro e fora do país. Foi maestro titular de orquestras em Viena, em Veneza, onde começou a sua incursão no terreno da ópera. “Como estava fazendo ópera pela primeira vez, porque nunca tinha tido essa oportunidade aqui no Brasil, realmente foi uma descoberta. Estava lá à frente da orquestra fazendo as minhas primeiras óperas que tanto amo de Mozart, Verdi, Puccini, aqueles compositores que sempre me cercavam mas nunca eu os dominava”. Em 2009, Karabtchevsky foi incluído entre os ícones vivos do Brasil pelo jornal britânico The Guardian.

O maestro não distingue um concerto marcante, mas destacou que todo início de temporada tem uma energia diferente. “Certamente, sempre os inícios de temporadas são como comportas. Algumas águas represadas, no momento em que são abertas, descem com uma violência enorme em uma represa. Assim, vejo os concertos de inauguração da temporada. A potência dessas águas se reflete no decorrer da temporada. É uma coisa legal isso. Todos os primeiros concertos são os mais formidáveis sob esse aspecto lírico. Represas que foram abertas. Tem esse sentido”.

“As plateias reagem sempre em função dos melhores conceitos. Não que saibam disso. É uma coisa emanente, mas o público carioca, especialmente aqui no Rio de Janeiro, tem dado provas que aferem a disposição do músico em dar o seu melhor. É uma coisa inconsciente. Quando o músico projeta para a plateia o seu ideal de precisão, afinação e de musicalidade, as pessoas se dão conta disso.

Opes

Para o maestro, é um privilégio estar à frente da Orquestra Petrobras Sinfônica aos 90 anos completados nesta sexta-feira. “É o meu esteio e a forma que tenho de me comunicar com humanos, por meio de um instrumento perfeito. É um grupo de músicos que ultrapassa a dimensão de uma simples orquestra. Ela é uma família. Considero a Orquestra Petrobras Sinfônica parte da minha família. Eles se inserem nesse contexto humano de dar e receber. É permanente isso, é diário”, mencionou.

Rio de Janeiro (RJ), 03/10/2023 – Orquestra Petrobras Sinfônica durante evento de comemoração dos 70 anos da empresa, na Ilha do Fundão, no capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Na visão dele, o ensaio é sempre uma dádiva. “É uma forma superior de comunicação. Eu me regozijo por isso”.

O diretor-presidente da Orquestra Petrobras Sinfônica, Carlos Mendes, disse que o maestro é um grande ícone da cultura brasileira e da música de concerto, que sempre desenvolveu um trabalho lindo de popularização. “A nossa orquestra vem de uns dez, 12 anos para cá, com um viés muito voltado para isso. A gente realmente decidiu trazer esse público que não frequenta sala de concerto para perto de nós, com todos os nossos projetos, não só na música popular, mas também na música de concerto mais voltada para quem não está muito acostumado a frequentar as salas”, disse à Agência Brasil.

“A nossa relação com o maestro é sempre de muita troca, sempre muito intensa. O maestro é uma pessoa incrível, agradável, de uma cultura ímpar. A gente tem sempre a agradecer”, comemorou.

Os organizadores informaram que se no horário marcado para a apresentação estiver chovendo, o concerto será transferido para o dia seguinte (28), no mesmo horário. O repertório da noite começará com a Marcha Radetzky de Johann Strauss, seguida de Bolero, de Maurice Ravel. Estão incluídas na lista também A Dança Húngara nº 5, de Johannes Brahms; Danúbio Azul, de Johann Strauss Jr. Toccata - Trenzinho do Caipira, da obra Bachianas Brasileiras nº 2 do maior compositor brasileiro, Heitor Villa-Lobos. O encerramento será com a Valsa das Flores, de O Quebra-Nozes, e a Abertura 1812, ambas de Tchaikovsky.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília - 10/07/2023 - Página do Sisu 2023 na internet. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

As inscrições para a edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025 começarão no dia 17 de janeiro e poderão ser feitas, exclusivamente, pela internet, no endereço  https://acessounico.mec.gov.br/sisu até as 23 horas e 59 minutos do dia 21 de janeiro.

De acordo com o edital publicado pelo Ministério da Educação, o processo seletivo será constituído de uma única etapa. Os candidatos poderão se inscrever em até duas opções de vagas. O resultado da chamada regular será divulgado dia 26 de janeiro, no Portal Único de Acesso.

Estão aptos a participar da seleção os estudantes que tenham completado o ensino médio, participado da edição de 2024 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não tenham zerado a prova de redação. Aqueles selecionados dentro do número de vagas disponíveis, na chamada regular ou por meio da lista de espera, deverão realizar a matrícula na universidade no período indicado no edital.
As vagas serão preenchidas pelas instituições segundo a ordem de classificação dos candidatos, de acordo com as notas obtidas no Enem. Não será permitido ao estudante selecionado optar pelo ingresso no primeiro ou no segundo semestre.

Cotas

Segundo informações do MEC, a classificação dos estudantes se dará, primeiramente, na modalidade ampla concorrência. A reserva de vagas ofertadas pela Lei de Cotas ocorrerá na sequência, com o "objetivo de beneficiar, sem distorções, os candidatos realmente demandantes de política compensatória para acesso ao ensino superior".

Confira o cronograma 

Inscrições17 a 21 de janeiro
Chamada regular26 de janeiro
Matricula ou registro acadêmico junto à instituição27 a 31 de janeiro
Manifestação de interesse na lista de espera26 a 31 de janeiro

 (Fonte: Agência Brasil)

DO EFÊMERO AO ETERNO

SERÁ UM MILAGRE O FINITO DE NÓS RESISTIR AO INFINITO DO TEMPO

– Uma coisa é você ter história; outra, é a História ter você

– Você sobreviverá ao túmulo? E o que o livro tem a ver com isso?

(Reflexões sobre vida, livro e pós-vida)

*

Como o sabem os médicos e biólogos – mas não apenas eles –, os seres humanos são finitos: nascem, vivem, morrem.

Somos os mais perfeitos (?) e complexos elementos da (ou na) Natureza,...

... somos os únicos com percepção de si mesmos (sencientes),...

... somos os únicos organismos vivos que conferem sentido aos demais organismos vivos e às coisas materiais e imateriais que (n)os rodeiam...

... e, entanto, somos seres de existência curta,...

... de escassa longevidade,...

... de pouco tempo de vida.

Enquanto isso, outros representantes do reino animal estão nadando de braçadas à frente dos humanos no oceano da vida. Há peixes – carpas, por exemplo – que vivem fácil mais de 220 anos.

Tubarões e lagostas sesquicentenários.

Tartarugas e baleias bicentenárias (e estas são mamíferos que nem nós...).

Ostras e moluscos de quatro séculos.

E nem se fale de certas águas-vivas (medusas), que, simplesmente, são imortais, voltam ciclicamente a ficar jovens após um tempo na maturidade, e assim vão vivendo... para sempre.

No reino vegetal, árvores de quatro milênios, como pínus, ciprestes e teixos.

E é de admirar a resistência, a duração dos pequenos, dos muuuuuuuuuuuuuuuito pequenos, os micróbios, que dominam no mínimo 80% da biomassa da Terra (os seres vivos, plantas incluídas) e vivem muito, e bote muuuuuuuito nisso.

Os micro-organismos são a prova de que tamanho não é documento.

Há bactérias que são quase eternas, podendo viver dezenas (há registros de centenas) de milhões de anos.

... Mas ninguém quer ser uma bactéria ultralongeva,...

... ou um fungo semieterno,...

... muito menos um vírus (i)mortal...

De qualquer maneira, fartos ou minguados em anos, os organismos vivos (ou pelo menos 99,9% deles) têm algo em comum:

... vão deixar de existir,

... vão sumir,

... de-sa-pa-re-cer.

E cada infinitesimal molécula deles/nossa procurará ou formará outra estrutura, vivente ou não.

A Ciência afirma: apenas 0,1% dos organismos terá a sorte de virar fóssil, e assim existir/resistir no tempo, embora nada assegure que o fóssil de um ser vivo ou de parte dele (animal, vegetal ou coisa e tal) seja encontrado.

Será um milagre o finito de nós resistir ao infinito do tempo. Sem fósseis, sem registros, é impossível a algo ou a alguém existir na História – pois História é a existência contada, conhecida, no mínimo intuída.

*

O livro é o novo fóssil. Um fóssil de papel. Um fóssil que se dá a conhecer.

Livros são pequenas pirâmides de celulose e tinta que conservam o principal dos tesouros humanos: conhecimentos, emoções, informações sobre a vida de algo ou alguém, registros sobre o que nos rodeia e que existe de nossa pele para fora ou que, em nosso corpo e mente, existe, ou criamos, de nossa pele para dentro.

É neles, livros, que deixamos marcas, caracteres, figuras. Formas, fôrmas, fórmulas.

Nos livros (nos) imprimimos, isto é, assumimos e revelamos a beleza e o desespero,...

... a alegria e a angústia,...

... o sentido, a sensação e o sentimento de sermos o que somos (gente) no desfrute de termos o que temos (vida).

Assim, cada livro vai-se mantendo como um seguro a mais contra o esquecimento,...

... a perda,...

... o sumiço,...

... a extinção.

Rascunho de eternidade, um livro nos livra do pó. Faz-nos sobreviver ao túmulo.

Algumas pessoas permitem-se pequenos exercícios de posteridade. Seres comuns e iguais – animais – ante a Ciência, mas únicos e especiais -- sujeitos – ante a História.

Seres singulares em sua pluralidade e plurais em sua singularidade.

Apesar disto, não importaria para a História o trabalho de cada um, a vida de cada um, se isto não fosse comunicado.

Pois uma coisa é você ter história; outra, é a História ter você.

No mundo laico, secular, só há eternidade na História.

Entre outras coisas, um livro documenta histórias vividas e histórias de vidas ainda vívidas.

Evidentemente, um livro não documenta toda a história de cada ser – não existem livros assim.

Um livro com uma história de alguém é um resumo pessoal, lacônico, icônico, que apenas anuncia a pessoa, informa (o) que ela é, diz que está, comunica que chegou. Conta que existe. Conta um pouco de sua existência.

Não importa quanto tempo viva um ser: ele só será ser se se souber que ele é, ou foi. E um livro serve – também – para isso.

De alguma forma, ficção ou realidade, romântico ou técnico, todo livro é um livro de História.

Da pequena História de cada um na imensidão do Tempo que é de todos – e do Tudo...

* EDMILSON SANCHES

Rio de Janeiro - O ator Ney Latorraca fala à imprensa no velório da atriz Tônia Carrero, no Theatro Municipal (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O ator Ney Latorraca, de 80 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (26), no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da Clínica São Vicente, hospital onde o artista estava internado.

A clínica não divulgou informações sobre o motivo da morte, a pedido da família do ator.

Filho de artistas, Antônio Ney Latorraca nasceu em 25 de julho de 1944, em Santos (SP). Sua carreira começou quando tinha seis anos, com participações na Rádio Record.

Sua estreia no teatro ocorreu aos 19 anos, na peça Pluft, O Fantasminha, de Maria Clara Machado. Passou pelas emissoras Tupi, Cultura, Record e SBT, mas foi na Globo, onde estreou em 1975, que fez alguns dos personagens memoráveis da televisão: o Barbosa, do programa de humor TV Pirata, e Vlad, da novela Vamp.

Manifestações

Nas redes sociais, colegas, artistas e fãs lamentam a morte e prestam homenagens. A atriz Fernanda Torres prestou uma homenagem no Instagram: "Trabalhei com esse gênio chamado Ney Latorraca na TV, no teatro, e assisti a tudo o que o Ney fez, desde Estúpido Cupido.

Um gênio, um gênio, um ator extraordinário, um louco fabuloso, um companheiro maravilhoso. "Inaceitável a partida dele". 

Na mesma rede social, a atriz e autora Lúcia Veríssimo publicou fotos em que aparece ao lado de Latorraca com a mensagem: "Uma coisa era certa a cada encontro: as gargalhadas. Um ator estupendo, um senso de humor afiado e o deboche era um traço marcante. Que se faça muita luz em seu caminhar querido".

No X, a apresentadora Ana Maria Braga publicou: "Sua partida deixa uma lacuna imensurável na cultura brasileira. Ney encantou gerações com seu talento e carisma, tornando-se um ícone inesquecível das artes cênicas. Seu legado artístico permanecerá vivo em nossos corações e memórias. Nossos sinceros sentimentos à família, amigos e admiradores".

Em nota, o Ministério da Cultura (MinC) expressou "profundo pesar pelo falecimento do ator e diretor". A pasta lembrou momentos marcantes da carreira de Latorraca como quando, na cidade de São Paulo, foi aprovado em um teste com o diretor Plínio Marcos, no Teatro Arena, para a peça Reportagem de um Tempo Mau, escrita pelo próprio Plínio. A peça acabou sendo censurada pelo governo militar, e os atores presos.

"Ney se destacou em papéis memoráveis, como o Volpone, de Um Sonho a Mais (1985); o vampiro Vlad, de Vamp (1991); e o Barbosa, do humorístico TV Pirata (1988)", diz o ministério. "Neste momento de luto, nos solidarizamos com a família e os admiradores desse grande artista".

(Fonte: Agência Brasil)

“Menino, peço-te a graça

de não fazer mais poema

de Natal.

Uns dois ou três, inda passa...

Industrializar o tema,

eis o mal”.

(CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE [1902-1987],

poeta brasileiro)

**

Jesus Cristo não nasceu em 25 de dezembro. Não nasceu em Belém. Não descendia de Davi.

O Natal era, na verdade, uma festa pagã, uma comemoração daqueles que, na antiga Roma, não eram batizados ou eram adeptos de religiões que não tinham batismo. Isso acontecia cerca de 1694 anos atrás, por volta do ano 330 de nossa era, ou seja, trezentos anos depois de Jesus Cristo ter sido crucificado.

O 25 DE DEZEMBRO PAGÃO

A festa dos pagãos homenageava o Sol. Como quase tudo antigamente, o calendário, as festas, as comemorações e homenagens baseavam-se nas leis da natureza. E o dia 25 de dezembro, naquela época, era o dia imediatamente posterior ao solstício de inverno, isto é, quando o Sol, no seu movimento de declinação, ficava na posição mais baixa, mais próxima do planeta Terra. Registros atuais informam que, hoje, o solstício de inverno ocorre em 23 de dezembro.

Os pagãos não gostavam daquela excessiva aproximação do Sol à Terra, mas o fato disso ocorrer significava que o astro-rei já estava reiniciando sua trajetória de retorno. Era algo como: “depois da tempestade, a bonança”, ou seja, após o solstício, o Sol voltava a subir para a parte mais alta do céu, e dali, de uma saudável distância, continuava a emitir seus raios, agora bem mais amenos e benfazejos para todos.

Essa festa era chamada de “Solis Invictus” (“Sol Invencível”) e o 25 de dezembro era considerado “o dia natalício do Sol Invicto”.

O 25 DE DEZEMBRO CRISTÃO

Os cristãos (portanto, pessoas que receberam o batismo) não gostavam nadinha daquele festival dos sem-batismo, os pagãos. Afinal, só Cristo, somente Deus deveria ser razão para tais homenagens. Tentaram, os cristãos, acabar com a festa, mas ela já estava muito arraigada nos costumes, era parte das tradições.

Então, como quem não pode com o inimigo deve se juntar a ele, os cristãos começaram a comemorar, também em 25 de dezembro, o dia natalício, o dia de nascimento do “verdadeiro Sol, a Luz do Mundo”-- Jesus Cristo. À medida que o cristianismo se ia fortalecendo, com o aumento do número de cristãos e a ampliação do poder da Igreja, não teve jeito: os cristãos se apropriaram da festa e deram-lhe outro significado, mais espiritual. Agora, só os livros de curiosidades históricas guardam o que era o Natal... antes do Natal.

OS PRESENTES

Como sempre fica algo da antiga cultura, a absorção da festa pagã pelos cristãos não conseguiu extinguir um costume: o dos presentes. Na festa do “Sol Invencível”, nos idos de 330, os escravos tinham uma espécie de dia de alforria: podiam sentar-se à mesa com os seus senhores e destes recebiam presentes.

Hoje, o capitalismo, que só considera cidadão quem for consumidor, transforma o período de Natal no mais fértil momento de vendas de todo o ano. É o lado pagão da festa, pois, normalmente, os presentes têm em vista os próprios filhos (...e não o Filho de Deus) e os próprios pais na terra (...e não o Pai Eterno).

NASCIMENTO E MORTE

Voltando às primeiras palavras deste artigo, esclareça-se que tanto o nascimento quanto a morte de Jesus Cristo não têm data certa. De certo sabe-se que Cristo nasceu... antes de Cristo. Pois é: em função dos cálculos das sucessivas mudanças no calendário ocidental, sabe-se, hoje, sem nenhuma margem de erro, que Jesus Cristo não nasceu no ano da era que leva seu nome (Era Cristã). Jesus teria nascido pelo menos quatro ou até oito anos antes. Estudos mais recentes dão conta de que o Salvador nasceu há 2030 ou 2031 anos, portanto, seis ou sete anos antes da Era Cristã. Neste caso, o próximo ano não seria 2025; deveria ser 2031 ou 2032. No mínimo, 2030. Como calendários são convenções, isto é, feitos e aceitos pelas pessoas, ninguém cogita de fazer o acerto pelo que reza a Ciência e a História. Assim, “la nave va”, e vai-se vivendo.

Os Evangelhos são relatos de Mateus, Lucas, João e Marcos, todos quatro, acredita-se, com convivência pessoal com Jesus. (Existem também os Evangelhos de Pedro e Tomé, ainda não considerados pela Igreja). Esses quatro livros bíblicos foram escritos entre os anos 70 e 100 do século 1, ou seja, pelo menos cerca de 40 a 70 anos após a morte de Cristo. Embora haja contradições entre si em alguns dados, os evangelistas que mais trataram da infância de Jesus (Mateus e Lucas) são unânimes em um fato: que o nascimento de Jesus deu-se ainda no reinado de Herodes Magno (não confundir com os filhos deste, de mesmo prenome: Herodes Antipas e Herodes Felipe). Portanto, como Herodes morreu quatro anos antes do ano 1 da Era Cristã, Jesus, quando foi crucificado, poderia ter até perto dos quarenta anos, e não apenas os 33 anos tão falados e anunciados (“33, idade de Cristo” – dizem, profanamente, os cantadores de bingo).

Portanto, Cristo nasceu entre 8 a.C. e 4 a.C., na cidade de Nazaré, da Galileia, e não em Belém, da Judéia. Não é sem motivo que Jesus era e ficou mais conhecido como “nazareno” (lembrando a cidade natal) ou “um certo galileu” (lembrando a província). Nazaré teria de 2 mil a 3 mil habitantes. A versão de que José e Maria, grávida, foram a Belém por causa de uma contagem de população já foi descartada pelos historiadores atuais, embora ainda subsista na mente de quase todos os cristãos, fixada pelas músicas, conversas e, modernamente, pelos meios de comunicação, livros, cinema etc. Como Belém era a cidade de Davi, e como queriam ligar Jesus à descendência de Davi, forçaram a barra e construíram o roteiro e o motivo da viagem de José e Maria.

O nome “Jesus” (que em aramaico significa: “Javé é a salvação”) é uma variação de “Josué”, nome, por sua vez, muito comum entre os judeus  -- tanto que o primeiro nome de Barrabás também era Jesus.

“Cristo” não era um nome, mas um título, que significa, em hebraico, “o ungido”, “o messias”.

Adulto, Jesus tinha 1,80m e 79kg, altura e peso médios dos judeus da época. Esses números coincidem com os dados extraídos da imagem do sudário de Turim (Itália). Esse sudário, como se sabe, seria uma espécie de lençol com que fora coberto o Cristo morto, que deixou suas marcas no pano através de um processo ainda não explicado (radiação?), quando da sua ressurreição.

Pesquisadores e historiadores estão convencidos de que Cristo morreu com a idade de 33 a até 39 anos. Estudiosos respeitados calculam até a data precisa: ou 7 de abril de 30 (portanto, há 1994 anos), ou 30 de março de 36 (1988 anos atrás). Vale observar a diferença de mais ou menos uma semana no dia e de até sete anos no ano.

Os fatos sobre Cristo são assim mesmo. Os evangelistas não eram historiadores, eram seguidores, admiradores, homens de fé. Não dispunham de instrumentos materiais ou metodológicos para relatar os fatos. Não é de estranhar, portanto, os erros, as contradições, as omissões. Talvez sequer soubessem os evangelistas que estavam fazendo história, como personagens e autores, biógrafos do próprio tempo.

Desse modo, os Evangelhos são para crer, não para ver. Eventualmente, o que neles está escrito pode servir de “pista” para os arqueólogos do saber, os desenterradores do passado, no belo ofício de buscar respostas e clarificar obscuridades. Pois todos queremos luz, seja no passado em que não vivemos, seja no futuro para onde, pós-morte, iremos.

Cristo, talvez, não seja para decifrar – é para amar.

Talvez não tenha nascido para a História – mas para a memória.

Talvez não tenha nascido para a Ciência – mas para a consciência.

Muito mais espiritualidade, não apenas historicidade – nem, muito menos, materialidade.

II

O NATAL DE NOEL

A história de Papai Noel começa com a vida da pessoa que inspirou esse personagem. No ano 281 (portanto, há 1.743 anos) nasceu Nicolau. Sua cidade era Patara, um porto na antiga região da Lícia, província romana situada na costa oriental da Ásia Menor, hoje Turquia. O apóstolo Paulo, a caminho de Roma, passou pela Lícia e pelas cidades portuárias Patara e Mira.

O FILHO

Os pais de Nicolau, Epifânio e Joana, eram muito ricos. Embora desejassem ardentemente ter filhos, Nicolau foi o único, que só chegou depois dos primeiros anos de matrimônio e após muitas orações e penitências.

A CARIDADE

Nicolau crescia em sabedoria e bondade, e acompanhava os pais nos atos de caridade que eles pais faziam todos os sábados, à porta do palácio onde moravam, onde se formavam extensas filas de pessoas carentes, que recebiam alimentos, dinheiro e roupas, tudo dado em nome do Menino Jesus.

A PESTE

Uma terrível peste abateu-se em Patara e em toda a Lícia. Muita morte e sofrimento por todos os lados. Nicolau e seus pais fizeram tudo o que podia, do alimento e cuidados com os enfermos ao sepultamento dos mortos e ao consolo do sofrimento dos familiares daqueles que morriam. Epifânio e Joana deram muito mais – deram a própria vida, ceifada pela doença.

O BISPO

Quando a peste passou, Nicolau, sem os pais, tornou-se o único herdeiro e não mudou: continuou empregando os bens herdados a serviço dos pobres. Entrou na carreira eclesiástica e chegou a bispo da mais importante cidade da Lícia, Mira. Seu trabalho de caridade não parava e, anonimamente, continuava a repartir seus bens materiais.

O VIZINHO

Um dos episódios mais conhecidos da história do bispo (depois santo) Nicolau deu-se quando ele soube do drama de Licondro, um homem honrado e arruinado, que fora guerreiro dos exércitos romanos. Pobre e velho, Licondro, que era vizinho de Nicolau em Patara, não sabia como conseguir o dinheiro necessário para formar o dote, o conjunto de bens necessário para que cada uma de suas filhas tivesse um bom casamento. Quase passando fome, Licondro decidiu que suas filhas deveriam vender a própria virgindade para não morrerem de tanta necessidade.

O  DOTE

Tomando conhecimento do fato, Nicolau, durante três noites, jogou pela janela da casa de Licondro uma bolsa cheia de moedas de ouro, suficiente para o dote de cada uma das três jovens. Toda vez que mandava a bolsa de moedas, fazia chegar ao conhecimento da família de Licondro que era o Menino Jesus que enviava aquele socorro.

O SAPATINHO

Aliás, vem das práticas de Nicolau a origem do sapatinho na janela ou no pé da cama para receber presente. Certa noite, ao fazer mais uma de suas caridades, o saco de moedas que fora posto na janela caiu dentro do sapato da pessoa beneficiada.

A TRASLADAÇÃO

O bispo Nicolau chegou a sofrer perseguição, no tempo do Imperador Deocleciano. Morreu em 6 de dezembro de 350, aos 70 anos. Foi sepultado em um mosteiro da cidade de Mira. Com a invasão da região da Lícia pelos turcos, em 1804, e para evitar a profanação, soldados e marinheiros italianos transportaram o corpo para a catedral da cidade de Bari, na região da Apúlia, sul da Itália, onde se encontra trasladado desde 9 de maio de 1807. A categoria dos marinheiros tinha em São Nicolau um santo protetor, havendo registros de diversos milagres.

OS MILAGRES

Depois da morte de Nicolau, quem invocava seu nome, sobretudo os pobres, era atendido. No século 6, a devoção a São Nicolau já estava espalhada e chegou ao Ocidente no século 9. Os milagres começaram a acontecer, especialmente na véspera do Natal, que os cristãos, como se sabe, já começavam a comemorar como homenagem ao nascimento de Cristo, em substituição à festa pagã do “Sol Invicto”.

O SÍMBOLO

Na França, no século 16, os festejos de São Nicolau foram deturpados e viraram símbolo comercial. “Noel”, em francês, significa “Natal”. Mas foi da Alemanha que partiu para o mundo a vinculação definitiva de São Nicolau como símbolo maior do Natal. A figura do Papai Noel de hoje nasceu em 1881, nos Estados Unidos.

A ÁRVORE

A árvore de Natal, o pinheiro, já era utilizada pelos antigos romanos, que nelas penduravam máscaras de Baco, o deus do vinho. Mas foi na Alemanha que a árvore do Natal de hoje teve origem, pelo padre e reformador protestante Martinho Lutero. No século 16, Lutero enfeitou um pinheiro com velas, para mostrar às crianças como, simbolicamente, era o céu na noite de nascimento de Jesus Cristo.

O PRESÉPIO E A MISSA

O presépio e a missa do galo foram criações de São Francisco de Assis. O presépio – que apareceu a primeira vez em Greccio, Itália, em 1224 – é para lembrar o ambiente em que Jesus vivia. O presépio era exibido à meia-noite, hora simbólica do nascimento de Cristo. Depois, acontecia uma missa, que era “acompanhada” pelo canto dos galos, aves que habitualmente se “manifestam” às primeiras horas da madrugada.

A MÚSICA

A música “Noite Feliz”, a mais conhecida do Natal, é de 1818, e foi composta na Áustria pelo músico Franz Xaver Gruber, com anotações do padre Joseph Franz Mohr, que imaginou como teria sido a noite do nascimento de Cristo.

O ENDEREÇO

Coube à Finlândia, numa “sacada” inteligente, ser a “hospedeira” e detentora do endereço “residencial” do bom velhinho. Papai Noel mora no Círculo Polar Ártico, na cidade de Rovaniemi, capital da região da Lapônia, na gelada Finlândia. Quem quiser, pode escrever ao Papai Noel, que lá se chama Santa Claus. O endereço: Santa Claus – Arctic Circle, SF 96930 – Rovaniemi – Lapônia – Finlândia.

* *

Turquia... França... Alemanha... Estados Unidos... Itália... Áustria... Finlândia... Como se vê, a construção e manutenção das pessoas, personagens e símbolos do Natal envolvem as diversas regiões do mundo.

Espera-se que, um dia, todo esse esforço sirva para além das comidas, dos presentes e dos atos religiosos eventuais, formais.

Viva(-se) o Espírito do Natal.

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BIBLIOGRAFIA: Vida de Jesus (Ernest Renan, Ed. Martin Claret, SP, 1995); Dicionário Bíblico (John L. MacKenzie, SP, Ed. Paulinas, 1983); Um Santo Para Cada Dia (Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini, SP, Ed. Paulus, 1996); Os Santos de Cada Dia (J. Alves, SP, Ed. Paulinas, 1990); Guia dos Curiosos (Marcelo Duarte, Ed. Cia. das Letras, SP, 1995); revista Galileu, n° 113, dez./2000, Ed. Globo, RJ; revista IstoÉ, n° 1629, 20/12/2000.

* EDMILSON SANCHES

São Paulo (SP) 18/08/2024 UNIP em São Paulo, candidatos  do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) a espera da abertura dos portões.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que publicará, em edição extra do Diário Oficial da União, o edital específico para convocação dos candidatos que concorrem às vagas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) reservadas para pessoas negras. A expectativa é que a edição extra seja publicada ainda nesta segunda-feira (23).

De acordo com o ministério, o edital prevê que, a partir de hoje, os candidatos deverão consultar, no site da Fundação Cesgranrio, a Área do Candidato para verificar a convocação, a data, o horário e o local determinados para sua “banca de heteroidentificação”.

“O edital informa que são de inteira responsabilidade do candidato essa consulta à área do candidato e o comparecimento ao procedimento no dia, local e hora marcados, pois não haverá remarcação para outro dia, local e horário, nas hipóteses de desconhecimento ou de quaisquer impedimentos eventualmente alegados pelos convocados”, alerta o ministério.

Os candidatos convocados para a nova etapa deverão consultar, na área do candidato, os cargos para os quais foram habilitados para o envio de títulos. Já o upload dos títulos deverá ser feito nos dias 2 e 3 de janeiro de 2025.

“Serão considerados para pontuação na etapa de avaliação de títulos apenas aqueles obtidos até a data de 11 de outubro de 2024, ainda que os documentos comprobatórios tenham sido expedidos posteriormente”, acrescentou o ministério.

Ações afirmativas

Entre os 2,11 milhões de inscritos confirmados que disputam as 6.640 vagas do certame para 21 órgãos da administração pública federal, 415.496 se autodeclararam pardos e pretos e concorrem a vagas reservadas às cotas raciais.

A reserva de vagas para pessoas negras nos concursos públicos é garantida desde 2014, pela Lei nº 12.990, que destina 20% das vagas oferecidas nos processos seletivos a esse público.

A Instrução Normativa do MGI nº 23, de 25 de julho de 2023, complementa a legislação e estabelece os procedimentos de heteroidentificação, para comprovar ou não a condição étnico-racial de uma pessoa por meio de uma comissão de avaliadores.

(Fonte: Agência Brasil)