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Sítio arqueológico Cais do Valongo e Cais da Imperatriz, na região portuária do Rio

Das ladeiras de Ouro Preto às ruas de Salvador, passando pelo Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, ou pela Rota da Liberdade, em São Paulo, e chegando à Serra da Barriga, em Alagoas. Esses são alguns dos lugares que abrem as portas para o passado escravista brasileiro e contam para todos nós, até hoje, um pouco das origens do povo negro do país.

Mais de 130 anos depois da abolição da escravatura, assinada em 13 de maio de 1888, o afroturismo, modalidade que valoriza o patrimônio material e imaterial da população negra brasileira, vem ganhando espaço. Tanto que, em janeiro deste ano, o Ministério da Igualdade Racial e a Embratur iniciaram uma parceria para incentivá-lo.

O turismólogo e vice-presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro do Rio de Janeiro, Bruno Franco, diz que o termo afroturismo ainda é novo, mas essa é uma estratégia que já vem sendo estruturada há algum tempo.

“Por onde a diáspora africana nos levou, a gente deixou as nossas marcas. E essas marcas estão tanto hoje na história, na cultura, na música e, também, até em monumentos históricos. O afroturismo é contar a nossa história, por nós mesmos, na nossa essência”.

Uma das maiores referências nesse tipo de turismo no Brasil é o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, que ocupa o espaço que foi o de maior resistência à escravidão do país, liderado pelo herói Zumbi.  

Balbino Praxedes, representante regional de Alagoas da Fundação Cultural Palmares, destaca que, em 2022, o parque recebeu mais de 35 mil visitantes - um aumento de 51% em relação ao ano anterior. 

“O parque contribui para a visibilidade e reconhecimento da história do povo negro desta nação, a partir do momento em que ele nos leva à reflexão e entendimento dos fatos ocorridos por uma das etnias que compõe a nossa nação”.

No Rio de Janeiro, o Cais do Valongo, principal ponto de desembarque e comércio de pessoas negras escravizadas nas Américas, é tão importante que foi eleito Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Mercedes Guimarães, diretora do Instituto Pretos Novos, criado para preservar o patrimônio material e imaterial da região conhecida como Pequena África, no centro do Rio, explica o que o visitante pode aprender ao conhecer o Cais.

“É um livro a céu aberto. A gente fala do Machado de Assis, a gente fala da própria Mercedes Batista, o samba, as tias, o mercado que houve aqui da região e até chegar ao cemitério e também a gente leva depois para o Museu da História Afro-Brasileira”.

Bruno Franco também destaca que outro ponto relevante para o afroturismo no Rio de Janeiro é o Vale do Café. No entanto, este é um local que exige uma visita crítica.

“Porque tem a questão do fazendeiro, do cafezal, a glamourização da escravidão, né, como se fosse algo belo, e não é. Porque mostra as fazendas como coisa linda, quando, na verdade, aquilo, para nós, era um local de sofrimento”.

Em Ouro Preto, um dos destaques do afroturismo é a visitação à Mina do Chico Rei, africano escravizado que era rei no Congo, antes de ser trazido ao Brasil para trabalhar nas minas, e que conseguiu comprar sua alforria e também de outros escravizados.

Já em Salvador, a cidade mais negra do Brasil, há muitos museus e monumentos que reverenciam a cultura negra, além da sua forte influência na religiosidade e na culinária.

(Fonte: Agência Brasil)

O Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor) da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (EBA/UFMG) atribuiu mais uma imagem sacra ao escultor, arquiteto e entalhador Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, artista de renome do Barroco brasileiro.

A cabeça de São Francisco Penitente – um santo de vestir, representação sacra que era utilizada em procissões – foi devolvida à Paróquia de São Caetano, em Cipotânea, interior de Minas Gerais, em abril. “A gente não tem dúvidas com relação a essa atribuição”, confirmou à Agência Brasil a professora do Departamento de Artes Plásticas da EBA/UFMH e atual diretora do Cecor, Alessandra Rosado. Ela esclareceu, porém, que o Cecor não emite certificados de autenticidade, mas confirma a autoria das peças a partir dos múltiplos exames efetuados pela equipe do órgão.

Produzida em madeira policromada, a imagem de São Francisco Penitente foi encaminhada ao centro para restauração e conservação, em 2016, com outras 23 obras, dentro do Projeto Extramuros, financiado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG). O projeto foi viabilizado por meio de convênio celebrado entre o MP-MG, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), a UFMG e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), com o repasse de recursos advindos de medida compensatória obtida com a celebração de Termo de Ajustamento de Conduta com empreendimento minerário.

Todas as obras já foram devolvidas às suas paróquias como de autores desconhecidos, mas somente a de São Francisco Penitente teve a autoria reconhecida. A imagem tem 1,27 metro de altura e pesa, aproximadamente, 16 quilos (kg).

A primeira imagem cuja autoria foi confirmada pelo Cecor como sendo de Aleijadinho foi a de Nossa Senhora da Piedade, da cidade mineira de Felixlândia, há mais de dez anos. A de São Francisco Penitente é a segunda que teve a imagem confirmada como sendo de Aleijadinho.

Estudos

Alessandra Rosado explicou que, por se tratar de uma imagem de vestir, ela é formada por vários blocos e, desse modo, não tem uma estrutura esculpida de maneira artística. Os estudos referentes à atribuição a Aleijadinho foram feitos na cabeça da escultura.

“Porque as mãos e os pés não são do Aleijadinho”. Para comprovar a atribuição ao escultor barroco, foi feito um estudo interdisciplinar, com profissionais da área de história, conservadores e restauradores e cientistas da conservação. Todas as análises documentais encontradas sobre a peça, histórico, contexto da obra e período em que foi realizada, além da ação de Aleijadinho na região confirmaram a autoria.

Os elementos foram alinhados a análises físico-químicas, identificação da madeira, radiografias. “Essas radiografias são importantes porque, como é uma imagem que estava com repintura, isso dificultava a confirmação de sua autoria”.

Foi efetuada, então, uma análise mais apurada dos estilemas do artista, que são detalhes ou marcas próprias do escultor como a forma como ele faz as mechas dos cabelos, o lacrimal dos olhos, o sulco nasolabial, o formato do queixo, da barba, das orelhas.

“São estilemas que, no caso do Aleijadinho, são bem conhecidos, mas a repintura dificultava essa leitura”.

A pintura foi removida, mas ficou uma repolicromia. Ou seja, como a carnação original foi se perdendo com o tempo e, em um período bem antigo, foi feita uma nova carnação, ou repolicromia, informou a diretora do Cecor. Por cima da carnação, tinha outras repinturas que foram removidas. As radiografias permitiram visualizar mais detalhes para efeito de comparação com outras obras do Aleijadinho. Ocorreram, também, análises das tintas usadas, se eram compatíveis com o período analisado, a forma de utilizá-las.

“Tudo isso é trabalhado de forma conjunta com todos os membros da equipe. Isso facilita o entendimento melhor da obra e, também, a conclusão de que é uma obra de autoria do Aleijadinho.”

Função devocional

A professora destacou que a imagem de São Francisco Penitente é interessante, porque, há 40 anos, tinha deixado de cumprir sua função devocional e estava guardada na matriz. Foi Marcos Paulo Miranda, que é procurador de Minas Gerais e pesquisador de Aleijadinho, quem viu a imagem e achou que poderia ser uma escultura do Aleijadinho. Ele incluiu a obra para restauração junto com as demais. O documento do Cecor conclui que a imagem foi produzida por Aleijadinho entre 1790 e 1792, na região de Rio Espera, situada a 13 quilômetros de distância de Cipotânea.

Segundo Alessandra, a devolução demorou um pouco porque a peça entrou no Projeto Extramuros como uma obra sem autoria e, com todos os estudos, foi constatada a autoria do Aleijadinho.

O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), em parceria com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) acharam por bem aguardar até que houvesse maior segurança para a devolução da obra à matriz. A professora lembrou que os estudos ficaram paralisados durante dois anos da pandemia da covid-19. Em seguida, foram retomadas as tratativas para a avaliação da obra e algumas adaptações do espaço da igreja para onde a imagem retornou.

Boatos de que alguma das imagens da Paróquia de São Caetano poderia ser de autoria de Aleijadinho surgiu ainda no início do distrito de São Caetano do Xopotó, elevado à categoria de paróquia em 1857, e que receberia o nome de Cipotânea em 1938.

Iphan

Em nota enviada à Agência Brasil, o Iphan reconheceu que o Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor) da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizou um “rigoroso trabalho técnico-científico e interdisciplinar para identificar a autoria do rosto da imagem como sendo de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho”.

De acordo com o Iphan, o trabalho exigiu um estudo completo da materialidade da escultura, abrangendo desde análise iconográfica e das características formais da peça até análises físico-químicas, radiografias, análise botânica da madeira, além da importante pesquisa histórica sobre a presença de Aleijadinho na região de Cipotânea ou Rio Espera.

“Assim, o Iphan entende que a atribuição de autoria de bens culturais produzidos em períodos remotos, especialmente antes do século 19, é uma tarefa complexa e requer um estudo aprofundado e a aplicação de diversas técnicas e métodos e, desta forma, não cabe à autarquia, neste momento, confirmar ou refutar a autoria da obra, reconhecida pelo Cecor e sim reforçar seu apoio e parceria na realização dos trabalhos”. 

(Fonte: Agência Brasil)

Reunindo trabalhos de 10 mulheres, nas linguagens da pintura, colagem, escultura e vídeo, a exposição coletiva “Entrelaços” foi aberta na manhã dessa sexta-feira (12), no Espaço de Arte Márcia Sandes, na Procuradoria Geral de Justiça, como uma das atividades em homenagem ao Dia das Mães. Integrantes e servidores do Ministério Público do Maranhão, artistas e representantes de outras instituições estiveram presentes na solenidade de abertura.

A mostra apresenta peças assinadas por Emi Ajé Dudu, Susana Alegria, Marlene Barros, Ana André, Cláudia Marreiros, Telma Lopes, Dulce Serra, Susana Pinheiro, Graça Soares e Marisa Silva. As técnicas são variadas: acrílica sobre tela, bordado livre, mista sobre algodão, tecelagem manual, entre outras.

Com curadoria de Marlene Barros e originalmente inaugurada, em março, no Departamento de Assuntos Culturais da Universidade Federal do Maranhão, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a “Entrelaços” reúne obras que abordam temas ligados ao universo feminino e representam ou evocam experiências corporais, além de questões políticas e sociais.

A coordenadora do Centro Cultural do MP-MA, Dulce Serra, participa com duas telas intituladas “Portal” e “Imaginários”, ambas na técnica acrílica sobre madeira e colagem.

Abertura

Na abertura, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau, ressaltou a ampla presença de mulheres nos cargos de poder no Ministério Público, algo incomum no MP brasileiro, e saudou as participantes da mostra. “As minhas guerreiras da instituição são fortes, atuantes e me ajudam muito. Além disso, as nossas expositoras são maravilhosas. Eu fico muito feliz com esta abertura hoje, engrandecendo o talento de nossas artistas que merecem todo o nosso respeito”, disse o chefe do MP-MA.

Em seguida, a curadora da exposição, a artista plástica Marlene Barros, destacou a pluralidade da exposição. “A gente chama a exposição de ‘Entrelaços’ em razão da diversidade. A gente tem artistas de diferentes gerações trabalhando com vídeo, picho e aquarela, por exemplo. Então, pensamos nesta mistura de idades, técnicas e temas para expor e fortalecer a cumplicidade que devemos ter uma com a outra”.

Em seguida, Dulce Serra comentou sobre o teor social e feminino da exposição. “Gostaria de falar sobre o meu imenso prazer e alegria de estar aqui, hoje, ao lado dessas grandes mulheres e artistas, cada qual com sua temática e luta, voltadas para as questões sociais e políticas, abordando racismo, misoginia, violência doméstica, ancestralidade”, concluiu.

Também participaram do dispositivo de honra a corregedora-geral do MP-MA, Themis Pacheco de Carvalho; a sobprocurador-geral para Assuntos Administrativos, Regina Leite; a ouvidora interina do MP-MA, Selene Coelho de Lacerda; a pró-reitora de Extensão e Cultura do MP-MA, Zefinha Bentivi.

Ao término, o Coral Vozes do MP se apresentou aos presentes, interpretando a música “Romaria” de Renato Teixeira.

Serviço:

Exposição coletiva “Entrelaços”

Local: Espaço de Arte Márcia Sandes (Procuradoria Geral de Justiça)

Aberta para visita em horário comercial

(Fonte: MP-MA)

O edital com cronograma e regras para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 já está disponível para os interessados em participar do certame, que será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As inscrições ficam abertas do dia 5 a 16 de junho.

Além de apresentar datas e horários dos exames, o Edital nº 30 detalha os documentos necessários, bem como as obrigações do participante, incluindo situações em que o candidato poderá ser eliminado. A taxa de inscrição é R$ 85 e deve ser paga até dia 21 de junho.

A publicação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (inep) traz também critérios para correção das provas e procedimentos para pessoas que precisam de cuidados especiais durante o concurso, bem como orientações sobre horário e local do exame.

Horários

Os portões de acesso serão abertos às 12h e fechados às 13h e as provas começam a ser aplicadas às 13h30. O término será às 19h, no primeiro dia, e às 18h30, no segundo. Estão previstas exceções de horário em casos específicos, no caso de participantes com solicitação de tempo adicional aprovada, ou com pedido de recurso de vídeo para a prova em Libras.

As inscrições devem ser feitas na Página do Participante, no portal do Inep, onde outros acessos indicam cronograma, tutoriais e orientações, além de uma área com as dúvidas mais frequentes dos candidatos. O texto detalha como será feita a reaplicação do teste e as situações em que poderá ser refeita, como problemas logísticos e doenças infectocontagiosas, por exemplo.

Os gabaritos das provas objetivas serão publicados no dia 24 de novembro no Portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados no dia 16 de janeiro de 2024 no mesmo site.

Covid-19

Apesar de o país não estar mais em situação de emergência sanitária devido à pandemia, o instituto informa que será necessária a utilização de máscara de proteção à covid-19, “nos estados ou municípios onde o uso da máscara em local fechado seja obrigatório por decreto ou ato administrativo de igual poder regulamentar”.

As notas do exame são usadas para o ingresso de estudantes em universidades públicas e privadas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais podem ser aproveitados pelos estudantes brasileiros interessados em cursar uma graduação em instituições portuguesas, que mantêm convênio com o Inep.

(Fonte: Agência Brasil)

Filha mais nova de um dentista americano e uma dona de casa de ascendência italiana, Rita Lee Jones de Carvalho nasceu no dia 31 de dezembro de 1947 na capital paulista. Ainda adolescente, deixou a vida sossegada no bairro da Vila Mariana ao ser conquistada por “esse tal do rock and roll”. No fim dos anos 1960, passou a fazer parte do grupo Os Mutantes, ao lado dos irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias.

Rita era fã do rock inglês e norte-americano, mas também acompanhava as tendências musicais brasileiras. Ela era praticamente uma síntese de brasilidade e cosmopolitismo, em uma época que a bossa nova reinava e a guitarra elétrica era mal vista.

De repente, a menina meio americana, ruiva e de sardas, parecia ter tudo a ver com o movimento tropicalista que começava a tomar forma nas mentes de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil.

“Foi muito forte pra mim aquilo. Finalmente conheci meu lado brasileiro. É isso. É uma mistura de tudo, eu sou uma mistura de tudo. Eu sou mais brasileira do que Pelé... Ou tanto quanto Pelé... Ou tão brasileira quanto o Geraldo Vandré.... A minha cabeça fez nhóoooin…”, disse a artista.

A saída do grupo Os Mutantes, no início dos anos 1970, foi conturbada. “Eu fui expulsa dos Mutantes. Foi triste. Sofri pra xuxu. Aí fiz uma letra. E a gente gravou o disco, tudo, mas eu não conseguia cantar a música”.

“Kiss baby, pena que você não me quis, não me suicidei por um triz, ai de mim que sou assim”, diz a letra de Mutante.

A artista, no entanto, logo voltou a cantar acompanhada pela Banda Tutti Fruti. Nesta época, em plena ditadura, teve canções censuradas e chegou a ser presa, em 1976, quando estava grávida do primeiro filho.

O sucesso absoluto viria na parceria com o marido Roberto de Carvalho. Nos anos 1980, seus álbuns venderam milhões de cópias, com hits eternos como Lança Perfume e Baila ComigoFlagraDoce Vampiro e tantos outros.

Militância

Além da música, Rita se engajou em causas importantes. Nos anos 1990, foi uma das primeiras vozes a se levantar pela preservação da Floresta Amazônica e pelos direitos dos povos indígenas.

“Por favor, vejam o que significa um decreto em favor dos índios. Não é nada paternalista, caridade. É respeito à raça humana. E pensar no futuro. Estamos quase no final do milênio, está na hora de fazer essas coisas”, declarou.

Na última década, Rita Lee foi se afastando aos poucos dos holofotes. O último álbum de estúdio foi lançado em 2012, e o último show foi em 2013, no aniversário de São Paulo. Durante a pandemia, chegou a fazer uma apresentação online com o marido Roberto de Carvalho.

Em 2021, lançou a canção Change, em francês, e também foi homenageada com uma grande exposição no Museu da Imagem e do Som, na capital paulista. Neste mesmo ano, quando foi diagnosticada e começou a tratar um câncer de pulmão, suas aparições foram se tornando ainda mais raras.

A irreverência, sua característica mais marcante, a fez rejeitar o título de Rainha do Rock brasileiro. No fim do ano passado, em entrevista à revista Rolling Stone Brasil, Rita confessou que considerava o apelido cafona. Disse preferir ser conhecida como Padroeira da Liberdade.

Camaleoa, foi muitas e foi única: de Miss Brasil 2000 a Todas as Mulheres do Mundo. Embora nenhum título possa dar conta de Rita Lee, que ela nos permita, hoje, saudá-la rainha. Salve!

(Fonte: Agência Brasil)

A cantora Rita Lee, 75 anos, morreu na noite desta segunda-feira (8). Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e desde então tratava a doença.

A família confirmou o falecimento nas redes sociais da cantora. Ela morreu em sua residência, em São Paulo, na capital paulista, no fim da noite de ontem. “Cercada de todo amor e de sua família, como sempre desejou”, diz o comunicado da família.

O velório será aberto ao público no Planetário do Parque Ibirapuera, nesta quarta-feira (10), das 10h às 17h. “De acordo com a vontade de Rita, seu corpo será cremado.

A cerimônia será particular. “Neste momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos”, diz a família.

Edição: Graça Adjuto

A nadadora maranhense Sofia Duailibe voltou a se destacar na Copa Brasil de Águas Abertas, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). A atleta da DM Aquatic, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, sagrou-se campeã da categoria Infantil I Feminino nas provas de 2,5km e 5km da sexta etapa do evento nacional, que ocorreu nesse fim de semana, sábado (6) e domingo (7), em Maceió (AL). 

Sofia Duailibe acumula resultados expressivos nas últimas etapas da Copa Brasil de Águas Abertas. Na etapa de Porto Seguro, realizada entre os dias 14 e 16 de abril, a atleta da DM Aquatic garantiu dois títulos da categoria Infantil 1 e um vice-campeonato geral com ótimos desempenhos nas provas dos 2,5km e 5km. 

Em março, Sofia Duailibe sagrou-se campeã geral feminino na prova de 1,5km e ficou com o vice-campeonato geral feminino nos 2,5km da etapa de Porto Alegre (RS) da Copa Brasil, além de faturar os títulos das categorias Geral e Infantil 1 nas provas de 1,5km e 2,5km da etapa de Petrolina (PE). 

Os troféus conquistados nas três etapas da Copa Brasil em 2023 reforçam o excelente momento de Sofia Duailibe no cenário nacional da natação. No ano passado, ao disputar a etapa de Brasília da Copa Brasil de Águas Abertas, Sofia foi campeã da categoria Petiz 2 nas provas dos 1,5km e 2,5km e ficou na terceira posição da categoria Geral nos 1,5km. 

Coleção de medalhas na Copa Norte

Além dos títulos na Copa Brasil de Águas Abertas, Sofia Duailibe brilhou na Copa Norte de Natação / Troféu Leônidas Marques, que foi realizada entre 27 e 30 de abril, em São Luís. A nadadora maranhense conquistou 10 medalhas na categoria Infantil 1 da competição regional: foram cinco ouros nas disputas dos 200m costas, 400m livre, 800m livre, 1.500m livre e 2,5km (águas abertas), quatro pratas nos 50m costas, 100m costas, 200m livre e 200m medley, e um bronze no revezamento 4x50m livre misto. 

A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com os apoios da DM Aquatic e do Colégio Literato.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Uma das principais revelações do esporte maranhense, o surfista Kadu Pakinha, que conta com o patrocínio do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, teve um ótimo desempenho no Grumari Masters, que foi realizado entre sábado (6) e domingo (7), na Praia de Grumari, no Rio de Janeiro. Com muita habilidade e desenvoltura sobre a prancha, Kadu garantiu a quarta posição na categoria Sub-16 Masculino da competição em águas cariocas. 

Embalado pela participação de alto nível no Grumari Masters, Kadu Pakinha viaja agora para Pernambuco, onde vai competir em um dos principais eventos do ano: a primeira etapa do Circuito Brasileiro de Surf de Base, que ocorre entre quinta-feira (11) e domingo (14), na Praia do Borete, em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca. 

Em busca de novas experiências e de desenvolvimento no esporte, Kadu Pakinha está passando a temporada de 2023 no Rio de Janeiro, com uma intensa rotina de treinamentos no Recreio dos Bandeirantes. Em sua primeira competição no Rio, em fevereiro, o jovem maranhense atingiu as quartas de final nas categorias Sub-16 e Sub-18 do Quissamã Pro-Am 2023, na Praia Barra do Furado, em Quissamã. 

Kadu Pakinha mira uma temporada repleta de títulos após um 2022 histórico, com destaque para a participação no Campeonato Maranhense de Surf, onde foi campeão na categoria Sub-16 e garantiu a terceira colocação na categoria Open. 

Na última temporada, Kadu também chegou às quartas de final do Iguape Pró, do Maresia Ondas do Futuro e do Circuito Caucaia, além de representar o Maranhão nas categorias Sub-14 e Sub-16 do Circuito Brasileiro de Surf de Base. Por causa dos grandes resultados durante todo o ano, Kadu Pakinha foi eleito o melhor atleta de surfe na 18ª edição do Troféu Mirante Esporte, maior premiação esportiva do Estado.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Um dia os filhos cresceram, a casa ficou vazia, sobraram saudade e tédio. A alagoana Roxinha, então com 59 anos, conseguiu ocupar o coração e o tempo com arte. Ao lado do marido, começou a desenhar em folhas de papel, depois nas paredes de casa e tomou tanto gosto pela coisa, que todo tipo de material foi transformado em tela. Até sucatas encontradas em um lixão.

O que era para ser uma “brincadeira”, ultrapassou os limites do povoado de Lagoa de Pedra, às margens do Rio São Francisco, e ocupa um espaço no Museu do Pontal, Rio de Janeiro. Inaugurada no sábado (6), trata-se da primeira exposição da artista.

“Eu fiquei sozinha com o meu marido e um filho dentro de casa. O filho saía de noite e ficávamos só os dois. E, aí, o marido disse assim: 'vamos desenhar?'. Eu disse que não sabia desenhar nada. E ele disse que a gente aprendia, para se entreter. Aí, eu consegui junto com ele. Toda noite, a gente desenhava. E a gente ria, porque pareciam duas crianças desenhando. Eu mostrava o que fazia, ele mostrava o que fazia, e a gente começava a rir”, conta a artista, hoje com 69 anos.

Setenta pinturas compõem a mostra Roxinha: uma vida de novela. O título cita uma das referências preferidas da artista: as histórias de amor que viu na TV. Traços, cores e diálogos são inspirados em cenas que ficaram guardadas na memória. Há, por exemplo, uma obra que retrata a novela infantojuvenil Malhação. Outra, sobre um casamento que aconteceu em O Cravo e a Rosa, pintada sobre o que sobrou de um televisor antigo de tubo.

O termo novela também representa a vida da própria artista, com diferentes tipos de emoções. Sejam elas difíceis, como o trabalho pesado e a distância dos filhos. Ou episódios românticos e bem-humorados. Momentos do cotidiano da família e do povoado também estão retratados nas obras de Roxinha, que já trabalhou no cultivo de macaxeira, milho e feijão, quebrou brita em uma pedreira local e varreu as ruas de Lagoa de Pedra.

Descoberta artística

O primeiro profissional do campo artístico a identificar o trabalho de Roxinha foi André Dantas. Ele é um dos curadores da mostra no Museu do Pontal e disse ter se encantado ao descobrir as produções da artista. Tanto que adquiriu várias delas e cobriu as paredes do espaço cultural que possui na Ilha do Ferro, em Alagoas.

“Quando conheci a Roxinha, não sei como explicar, mas foi amor à primeira vista mesmo, da maneira mais simples. Uma senhora que me recebeu com o coração aberto. Ao chegar na casa de Roxinha, não tinha nenhuma peça à venda. Mas tinha uma parede linda repleta de desenhos, de pinturas em azulejos, algumas esculturas. Era um universo mágico naquela residência. O que mais me chamou a atenção foi a paleta de cores, o tipo de ilustração e a espontaneidade dos desenhos”.

Angela Mascelani, diretora artística do Museu do Pontal, explica que, para entender o valor estético das pinturas, é preciso conectá-las com a vivência da artista. As experiências que ela acumulou, as perspectivas bem-humoradas sobre a vida rural e como ela desconstrói estereótipos sobre o papel da mulher na sociedade.

“Ela tem uma coerência estética inusitada, que, no meu ponto de vista, nasce de uma escassez. Porque ela não tem os materiais, ela desenha no papel, ela desenha na parede. E também não há os condicionantes como uma formação acadêmica, o aprender a desenhar na escola. Ela faz as obras dela com uma maior liberdade. Um tipo de liberdade que a gente não é capaz de traduzir inteiramente”.

Lucas Van de Beuque, diretor-executivo do Museu do Pontal, explicou que a descoberta do trabalho de Roxinha é resultado de um projeto que começou em 2020 com artistas populares de Alagoas e incluiu o desenvolvimento de um filme com eles.

“A gente começou a fazer um mergulho na arte de Alagoas. Em 2020, foi feita uma pesquisa e, em 2021, voltamos lá e filmamos os artistas. Eu acho que a mostra sobre a Roxinha evidencia, de uma forma muito interessante, a qualidade da arte popular no Brasil. E o quanto é importante a produção artística das pessoas que estão nesses lugares sociais”.

Serviço

O Museu do Pontal fica na Avenida Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra da Tijuca.

Horário: exposição aberta de quinta-feira a domingo, das 10h às 18h (o acesso às exposições se encerra às 17h30).

Ingressos: gratuitos ou com contribuição voluntária.

(Fonte: Agência Brasil)

A partir da semana que vem, o MIMO Festival leva música gratuita para três cidades brasileiras: São Paulo, entre os dias 12 e 14 deste mês, Rio de Janeiro, nos dias 16 e 17, e Itabira, em Minas Gerais, de 19 a 21 de maio. A programação especial vai comemorar os 20 anos do festival.

Nesse período, foram realizadas 57 edições em 12 cidades do Brasil e da Europa, com apresentação de 4 mil músicos. Os destaques do festival deste ano são Paulinho da Viola, Arnaldo Antunes & Vítor Araújo, a estadunidense Lakecia Benjamin, a banda congolesa Jupiter & Okwess e o inglês Don Letts.

A idealizadora é Lu Araújo, que, em 2023, resolveu organizar um festival que colocasse artistas para se apresentar em lugares reconhecidos como patrimônios culturais e históricos do país. É o caso das ladeiras de Olinda, em Pernambuco, sede da primeira edição. A programação leva sempre em conta a diversidade de músicos e estilos.

“Como é um evento gratuito, posso apostar muito mais em coisas não tão midiáticas, mas que são muito boas para o público. E essa experiência acaba sendo uma abertura de janelas para o público, que pode descobrir músicas além das que ouve na televisão, nas mídias sociais, nas rádios. E, além disso, conhecer culturas novas. Eu não tenho conhecimento de nenhum outro festival do Brasil que tenha trazido, em 20 anos, tantos artistas de tantos continentes diferentes”, disse Lu Araújo.

Desde 2003, o MIMO passou pelas cidades mineiras de Ouro Preto e Tiradentes; Rio de Janeiro e Paraty, no Estado do Rio, Recife, João Pessoa, São Paulo, Serra, no Espírito Santo, e São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Amarante e Porto, em Portugal, também receberam o evento. Entre centenas de concertos, destaque para nomes como Gilberto Gil, Tom Zé, Hermeto Pascoal, Emicida, Buena Vista Social Club, Madredeus, Ibrahim Maalouf, Toninho Horta, Chucho Valdés, Richard Bona, Egberto Gismonti, Chick Corea, Richard Galliano, Guinga, Isaac Karabtchevsky e Nelson Freire.

Além de música, o festival apresenta filmes e realiza workshops e debates com a presença do público. Uma ação paralela é a etapa educativa, em que, a cada edição, artistas convidados participam de aulas para crianças, jovens e estudantes de música. As atividades são gratuitas, e a organização do evento calcula que mais de 30 mil alunos tenham sido beneficiados até hoje.

“Claro que ninguém vai se formar em uma hora e meia ou duas horas de um workshop. Mas são artistas muito importantes, inspiradores, que se você conseguir sair com um elemento positivo daquela aula para o seu trabalho, já é válido. Todos os grandes nomes que passaram pelo festival ministraram aulas. Ter uma aula com Chick Corea, Philip Glass ou Herbie Hancock é um luxo”, disse Lu Araújo.

São Paulo

Na capital paulista, o MIMO Festival começa às 18h do próximo dia 12, na Arena B3, com apresentação do português Manuel de Oliveira. Às 21h, o Grande Auditório do Museu de Arte de São Paulo (Masp) recebe os argentinos do Piazzolla Octeto Electrónico, comandado por Nico Sorin. No dia 13, o Parque Villa-Lobos recebe shows da banda Jupiter & Okwess, da República do Congo, da saxofonista americana do jazz Lakecia Benjamin, dos ingleses Prince Fatty e Shniece Mcmenamin com o brasileiro Monkey Jhayam e o DJ inglês Don Letts, que vai fazer um set especial e apresentar o novo longa-metragem de sua autoria,  “O Rebel Dread”.

Haverá, ainda, concertos de Arnaldo Antunes, com o pianista Vítor Araújo, de Lucinha Turnbull e do cabo-verdiano Mario Lucio & Os Kriols. No domingo do Dia das Mães, a edição paulista do evento vai ser encerrada no Parque Villas-Lobos, com apresentação de Paulinho da Viola.

Rio de Janeiro

Na capital fluminense, o MIMO é em um único dia: 16 de maio, na Cidade das Artes Bibi Ferreira, na Barra da Tijuca. As apresentações serão na Sala Eletroacústica, no Teatro de Câmara e na Grande Sala. Entre as atrações, Lakecia Benjamin, Mario Lucio & Os Kriols, Bruno Capinan, Jupiter & Okwess, Manuel de Oliveira, Don Letts e o Piazzolla Octeto Electrónico por Nico Sorin.

Além da música, haverá mostra de cinema no dia 17, na Estação NET Botafogo, com a exibição dos filmes As canções de amor de um bicha velha, do diretor André Sandino Costa, e Rebel Dread, de William e Badgley.

Itabira

A cidade natal do poeta Carlos Drummond de Andrade será sede do MIMO de 19 a 21 de maio. Os shows serão no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade e na Concha Acústica e o concerto do violonista português Manuel de Oliveira, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.

As principais atrações do MIMO em Itabira serão Arnaldo Antunes e Vítor Araújo, Simone Mazzer, Don Letts, Jupiter & Okwess e o grupo Gilsons, e a Orquestra de Câmara da Fundação Carlos Drummond de Andrade.

A programação completa e os locais dos shows estão disponíveis no site do evento.

(Fonte: Agência Brasil)