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Sem aulas presenciais em 2020, estudantes relatam que se sentiram prejudicados no segundo dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nesse domingo (24), os participantes fizeram as provas de matemática e de ciências da natureza. Com isso, encerrou-se a aplicação da versão impressa do Enem, que começou no último domingo (17), com as provas de linguagens, ciências humanas e redação. Os gabaritos serão divulgados na quarta-feira (27).

“O Enem não é difícil, é uma prova fácil, mas, se não tem acesso à educação básica, qualquer prova que vá fazer vai achar difícil”, disse a estudante Suelem Carvalho, 22 anos. Moradora da Maré, o maior complexo de favelas do Rio de Janeiro, ela relata que teve problemas com a conexão da internet e não conseguiu acompanhar as aulas on-line. “Temos problemas de sinal na Maré, e o pacote de internet não sustentava as aulas on-line. Ficamos muito despreparados”.

A estudante, que pretende cursar biologia, disse que só compareceu ao exame para não perder a isenção da inscrição. Os participantes isentos de pagar a inscrição do Enem perdem a isenção na aplicação seguinte caso não justifiquem a falta. O valor cobrado é de R$ 85. 

Além de se sentir despreparada, o fato de fazer o exame em meio à pandemia também deixou Suelem ansiosa. “Fazendo a prova, você toca na mesa, não sabe se a limparam, toca no olho, tira a máscara para comer. Isso já pode fazer com que pegue o vírus. E, se você mesma está assintomática, pode passar para alguém”, diz.

O estudante Samuel Serra da Silva, 19 anos, também se sentiu prejudicado. Ele conta que faltou um espaço adequado em casa para estudar e que não conseguiu se adaptar ao ensino a distância. Ele pretende cursar, novamente, o 3º ano do ensino médio este ano, possibilidade oferecida na escola pública onde estuda no Rio de Janeiro. Ele pretende cursar psicologia.

Sobre as medidas de segurança, ele conta que o espaçamento entre os estudantes aumentou em relação ao primeiro dia de aplicação. “Colocaram uma cadeira vazia entre os participantes, tinha um distanciamento maior. Sobre a máscara, achei um pouco ruim para respirar, mas é normal, é assim que saímos na rua e é assim que devemos também fazer a prova. Foi tranquilo”.

Em Piracuruca (PI), o estudante Edilton Brandão de Sousa, 18 anos, disse que, em exatas, se sentiu mais prejudicado por causa da falta de aulas presenciais que em humanas. "Porque exatas exigem mais as demonstrações de cálculos. E os professores precisam do quadro para mostrar para os alunos. E nossas aulas on-line foram todas pelo WhatsApp", disse.

Mesmo assim, ele reconheceu o esforço dos professores e disse que, de forma geral, achou "boas as questões. Havia poucas difíceis". Sousa quer cursar arquitetura.  

Comentários dos professores

Segundo a professora de química do ProEnem, que fez o exame, Caroline Azevedo, as provas estavam mais fáceis que em anos anteriores. "Achei mais fácil que nos últimos cinco anos. Achei a prova com muita teoria e pouco cálculo. Senti falta de alguns assuntos recorrentes, como eletroquímica. Alguns assuntos voltaram a aparecer, como radioatividade. Havia, também, muitas questões interdisciplinares [que envolvem mais de uma disciplina], com biologia e química”. 

Segundo a professora, no local onde fez prova, havia menos participantes que no primeiro dia de aplicação. “Muitos alunos faltosos, mais de 20”. No primeiro dia de aplicação, o exame teve uma abstenção recorde de 51,5%. Do total de 5.523.029 inscritos para a versão impressa do Enem, 2.842.332 faltaram às provas. 

"Sobre a prova de ciências da natureza, a gente pode dizer que foi do mesmo nível que em anos anteriores. Porém, o que chamou atenção foi a prova de biologia. Talvez tenha sido considerada a mais difícil das provas do Enem. Não no sentido do conteúdo, mas porque o aluno precisava ler muitas vezes para chegar à resolução dela", diz o professor Ademar Celedônio, diretor de Ensino e Inovações Educacionais do SAS Plataforma de Educação.

Segundo o professor, a prova de matemática teve uma boa distribuição dos assuntos, cobrando também conteúdos do ensino fundamental. "Porcentagem, regra de três, média, geometria. Mantendo um padrão, a prova trouxe, também, 14 questões de diversos assuntos em que eram abordados gráficos e tabelas", disse. 

Enem 2020

O Enem 2020 tem uma versão impressa, que começou a ser aplicada no último domingo (17) e terminou nesse domingo, e uma digital realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus são as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Candidatos com sintomas de covid-19 ou outra doença infectocontagiosa foram orientados a não comparecerem ao exame. Eles devem notificar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pela Página no Participante e terão direito a fazer o exame na data da reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

O exame foi suspenso no Estado do Amazonas, onde 160.548 estudantes estão inscritos para as provas; em Rolim de Moura (RO), onde há 2.863 inscritos; e, em Espigão d'Oeste (RO), com 969 inscritos, devido aos impactos da pandemia nessas localidades. Esses estudantes poderão fazer as provas também na reaplicação. Segundo o Ministério da Educação, foram cerca de 20 ações judiciais em todo o país contrárias à realização do exame.

(Fonte: Agência Brasil)

Presidente do Inep

O segundo dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 teve 55,3% de faltas, abstenção recorde no exame, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Do total de 5.523.029 inscritos no exame, menos da metade, 2.470.396, compareceu aos locais de prova. O índice foi maior que no primeiro dia, quando 51,5% dos inscritos não compareceram às provas. 

A média histórica de abstenção no Enem, segundo o Inep, é de cerca de 27%. O recorde anterior havia sido registrado em 2009, com 37,7% de abstenção. Foram eliminados no segundo dia 1.274 participantes por descumprirem as regras do exame, além de 14 emergências médicas. No primeiro dia, 2.967 candidatos foram eliminados.

De acordo com o presidente do Inep, Alexandre Lopes, o número de faltosos foi maior do que o esperado, mesmo assim, a realização do exame foi vitoriosa. “Têm vários motivos que podem levar as pessoas a fazerem ou não a prova do Enem, é uma decisão individual, e eu respeito a decisão individual das pessoas. O que é importante é o Inep assegurar a oportunidade, e isso nós fizemos. Estamos dando a oportunidade de quem quer fazer o Enem poder fazer”, diz. "Conseguimos assegurar, no meio da pandemia, que 5,6 milhões pudessem fazer a prova e que 2,5 milhões fizessem as provas. Acho que isso é uma vitória", acrescenta.

Segundo Lopes, o segundo dia transcorreu com tranquilidade. Não houve, até o momento, notificações de pessoas que foram impedidas de realizar o exame por causa da lotação das salas, como aconteceu no primeiro dia de aplicação. O Inep atualizou os números divulgados no último domingo. Até o momento, foi confirmado que isso se deu em 11 cidades, em 37 escolas.

Tanto esses estudantes quanto os participantes que foram prejudicados por questões logísticas, como falta de luz no local de prova, e aqueles que não fizeram o exame por apresentarem sintomas de covid-19 ou outra doença infectocontagiosa terão direito a fazer o exame na data da reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

O pedido para participar da reaplicação deve ser feito na Página do Participante. O sistema estará aberto, segundo Lopes, a partir das 12h desta segunda-feira (25). O prazo vai até o dia 29. Os resultados serão divulgados no dia 12 de fevereiro, quando os estudantes saberão se os pedidos foram aceitos ou não.

Segundo o Inep, até o momento, 18.210 candidatos solicitaram a reaplicação por causa de doenças infectocontagiosas. Desses pedidos, o Inep aceitou 13.716. “Nesses casos, não é preciso pedir a reaplicação porque o pedido foi feito no sistema, já foi deferido. Para essas pessoas, já estamos trabalhando na elaboração da prova. 

Enem 2021

Lopes confirmou a realização este ano do Enem 2021. Segundo ele, a prova deverá ocorrer no fim do ano, entre novembro e dezembro. A autarquia se prepara para realizar o exame novamente em um ambiente de pandemia. “Vamos fazer o Enem no final do ano, também no ambiente de pandemia. Entendemos que a aplicação do Enem em novembro, dezembro, será sob a cortina da pandemia. Em breve, soltaremos o edital do Enem 2021. Precisamos começar agora a preparar a aplicação do Enem”, diz.

De acordo com Lopes, é importante que o Inep mantenha o calendário das avaliações para que a sociedade não seja prejudicada e para que os estudantes não interrompam a trajetória de estudos.  

Gabaritos

O Enem 2020 tem uma versão impressa, que começou a ser aplicada no último domingo (17) e terminou nesse domingo, e uma digital, [Linkhttps://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2021-01/presidente-do-inep-explica-como-sera-primeira-edicao-do-enem-digital] realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

As notas do Enem podem ser usadas para ter acesso ao ensino superior e participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Programa Universidade para Todos (ProUni). O gabarito das provas da edição impressa será divulgado na quarta-feira (27).

(Fonte: Agência Brasil)

O Prêmio Sesc de Literatura edição 2021 abre inscrições na próxima segunda-feira (25), para escritores com obras inéditas nas categorias conto e romance. As inscrições são gratuitas. Os interessados têm até 19 de fevereiro para concluir o processo de inscrição, que é feito via internet. O regulamento completo pode ser acessado no site.

O Prêmio Sesc de Literatura é considerado um dos mais importantes do país. Ao oferecer oportunidades aos novos escritores, a premiação contribui para a renovação do panorama literário brasileiro e enriquece a cultura nacional. Os vencedores têm suas obras publicadas e distribuídas pela Editora Record, com tiragem inicial de 2 mil exemplares. Desde sua criação em 2003, mais de 16 mil livros foram inscritos e 31 novos autores foram revelados.

O analista de Literatura do Departamento Nacional do Sesc, Henrique Rodrigues, salientou que a parceria com a Editora Record contribui para a credibilidade e a visibilidade do projeto, uma vez que insere os livros na cadeia produtiva do mercado livreiro. Rodrigues observou que apesar da pandemia do novo coronavírus, o prêmio segue rumo à sua décima oitava edição, com o propósito de revelar novos escritores. 

Desde 2003, a premiação se consolidou como a principal porta de entrada de autores iniciantes no mercado literário do país. No ano passado, foram inscritos 1.358 livros, sendo 692 romances e 666 contos, informou o analista. 

Anonimato

Os livros são inscritos pela internet por pseudônimos. Rodrigues afirmou que isso impede que os integrantes da comissão avaliadora reconheçam os reais autores, o que evita qualquer favorecimento. Os romances e contos são avaliados por escritores profissionais renomados, que selecionam as obras vencedoras pelo critério da qualidade literária. Os autores premiados vêm sendo convidados para outros importantes eventos internacionais, como a Primavera Literária Brasileira, realizada  na França; o Festival Literário Internacional de Óbidos, em Portugal; e a Feira do Livro de Guadalajara, no México.

Os vencedores da edição de 2020 foram Caê Guimarães, do Espírito Santo, na categoria romance, com a obra “Encontro você no oitavo round”; e Tônio Caetano, do Rio Grande do Sul, na categoria conto, por “Terra nos Cabelos”. Henrique Rodrigues avaliou que a escolha de vencedores de diferentes partes do Brasil reafirma o aspecto de diversidade do projeto em descobrir talentos de todas as regiões do país.

Em 17 anos de prêmio, diversos autores foram descobertos e se consolidaram na literatura nacional, entre os quais estão Juliana Leite, Rafael Gallo, Luisa Geisler, André de Leones, Franklin Carvalho, Sheyla Smanioto e Lucia Bettencourt.

(Fonte: Agência Brasil)

Pelo sétimo ano consecutivo, a  TV Brasil acompanha o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com o especial Caiu no Enem. O programa tem a participação de professores que fazem a correção das principais questões logo após o término do segundo dia de provas neste domingo (24), ao vivo, às 19h30.

Além da transmissão na telinha da emissora pública e nas redes sociais da TV Brasil, a produção também vai ao ar pelas rádios Nacional FM Brasília (96,1 MHz), Nacional de Brasília (AM 980 kHz), Nacional do Rio de Janeiro (AM 1130 kHz) e Nacional da Amazônia (OC 11.780KHz, 6.180KHz).

Apresentado pela jornalista Priscila Rangel, o especial recebe especialistas em matemática e ciências da natureza e suas tecnologias (física, química e biologia). Esses professores comentam o exame, destacam quais foram os principais temas cobrados, apontam as surpresas e analisam as questões mais complexas e polêmicas.

Além de resolverem alguns dos pontos mais relevante da avaliação, os convidados tecem comentários gerais sobre a prova. O Caiu no Enem também explica o cálculo da nota, mostra como os estudantes podem utilizá-la.

Os educadores ainda compartilham orientações sobre escolha da carreira, concorrência para ingresso na faculdade, mercado de trabalho, profissões, habilidades e aptidões do futuro. Eles também trazem outras dicas e esclarecem dúvidas dos estudantes sobre o sistema de seleção para acesso ao ensino superior.

Produzido pelos veículos da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), o programa ainda tem flashes com a cobertura jornalística do Enem. A equipe de reportagem traz a participação dos alunos com entrevistas e mostra trechos da coletiva.

Os interessados em participar do especial podem interagir pelas redes sociais. Basta utilizar a hashtag #EBCnoEnem que será usada em todos os veículos da EBC durante a cobertura que as diversas produções fazem do exame

Plataforma reúne questões do Enem

A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) preparou um banco que reúne todas as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009 a 2019 para os alunos testarem seus conhecimentos e se prepararem melhor para a prova.

No sistema, o estudante pode escolher quais áreas do conhecimento quer estudar. A plataforma vai selecionar as questões de maneira aleatória para que o candidato possa resolvê-las. A página busca ajudar os alunos ao facilitar o acesso e familiarizá-los às mais recentes abordagens da avaliação.

Sobre os conteúdos das provas

Ao todo, cerca de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos para fazer as provas do Enem 2020. Essa edição do exame terá uma versão impressa, nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital.

No dia 17 de janeiro, os alunos fizeram 45 questões de ciências humanas e suas tecnologias que envolvem conhecimentos de história, geografia e sociologia. Também resolveram 45 questões de linguagens, códigos e suas tecnologias e escreveram uma redação. Essa primeira prova teve cinco horas e meia de duração.

Já neste domingo, dia 24 de janeiro, os concorrentes terão cinco horas para fazer as 45 questões de matemática e mais 45 de ciências da natureza que avaliam o aprendizado em disciplinas como física, química e biologia. 

Alerta para o horário do exame

A aplicação do Enem segue o horário de Brasília. Os portões sempre abrem às 12h e fecham às 13h. A avaliação começa às 13h30. Os estudantes devem ficar atentos para verificar na localidade onde moram o horário exato do exame. 

Serviço:

Caiu no Enem
Domingo, dia 24/1, ao vivo, das 19h30 às 21h
Site: https://tvbrasil.ebc.com.br/webtvFacebookhttps://www.facebook.com/tvbrasil
Twitter: https://twitter.com/TVBrasil

Veículos: TV BrasilRádios Nacional FM Brasília (96,1 MHz), Nacional de Brasília (AM 980 kHz), Nacional do Rio de Janeiro (AM 1130 kHz) e Nacional da Amazônia (OC 11.780KHz, 6.180KHz)

(Fonte: Agência Brasil)

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Estudantes de todo o país fazem, hoje (24), a segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Os portões serão abertos às 11h30. Os estudantes podem entrar no local de prova até as 13h, no horário de Brasília, e as provas começam a ser aplicadas às 13h30. Neste domingo, os participantes fazem as provas de matemática e de ciências da natureza, com 45 questões cada uma. Os estudantes terão cinco horas para resolver as questões. A prova termina às 18h30.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, a recomendação é que os estudantes cheguem com antecedência e que seja mantido o distanciamento entre as pessoas, mesmo fora dos locais de aplicação. Quem for diagnosticado com covid-19 ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até o momento do exame não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esses estudantes terão direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro. A partir de amanhã (25), eles podem fazer o pedido na Página do Participante.

No último domingo (17), os participantes fizeram as provas objetivas de linguagens e ciências humanas, com 45 questões cada uma, e a prova de redação. Encerrada a aplicação do Enem impresso, o gabarito das provas objetivas deverá ser divulgado até esta quarta-feira (27) e, as notas finais, no dia 29 de março. Com as notas em mãos, os estudantes podem pleitear uma vaga no ensino superior.    

Itens obrigatórios

Para fazer o exame, alguns itens são obrigatórios. Neste ano, além do documento oficial de identificação com foto e da caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, itens obrigatórios também nos exames anteriores, a máscara de proteção facial passa a integrar essa lista. Os participantes que não estiverem com máscara de proteção facial não poderão ingressar no local de prova. 

É recomendado que os participantes levem máscaras extras para trocar durante a prova. Haverá nos locais de prova álcool em gel para que os estudantes higienizam as mãos, mas é permitido que os participantes levem seu próprio produto caso desejem.

Como se trata de uma prova longa, também é recomendado que os participantes levem lanche e água e/ou outras bebidas, com exceção de bebidas alcoólicas que não são permitidas e podem levar à eliminação do candidato. É recomendado também que se leve no dia do exame o Cartão de Confirmação da Inscrição. Nele está, entre outras informações, o local de prova. O cartão pode ser acessado na Página do Participante

Caso necessitem comprovar que participaram do exame, os estudantes podem, também na Página do Participante, imprimir a chamada Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho.  

Enem 2020

O Enem 2020 terá uma versão impressa, que começou a ser aplicada no último domingo (17) e termina neste domingo, e uma digital, realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.  

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

No primeiro dia de aplicação, o exame teve uma abstenção recorde de 51,5%. Do total de 5.523.029 inscritos para a versão impressa do Enem, 2.842.332 faltaram às provas. 

O exame foi suspenso no estado do Amazonas, onde 160.548 estudantes estão inscritos para as provas; em Rolim de Moura (RO), onde há 2.863 inscritos; e, em Espigão D'Oeste (RO), com 969, devido aos impactos da pandemia nessas localidades. Esses estudantes poderão fazer as provas também na reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro. Segundo o Ministério da Educação, foram cerca de 20 ações judiciais em todo o país contrárias à realização do exame.

(Fonte: Agência Brasil)

Depois da última refeição, fixou-se na varanda da Casa Grande, antiga, histórica, na Rua do Egito, hoje Tarquínio Lopes Filho. E dele a conversa amiga, alegre, festiva. A conversa de sempre com os seus familiares. Muitas horas assim, muito tempo na narrativa dum acontecimento, dum fato, duma piada. Nele, o amadurecimento dos anos. Nele, a sua tranquilidade de espírito. Nele, o Passado vivendo nele. Sua vida em trabalho, em inteligência. Nele, o médico. Uma soma de conhecimentos preciosos. Uma expressão fortíssima de valor mental. E, diante dele, a família: Dona Cirila. Uma parente, uma amiga de muitos anos. A companheira de tantas idades. Depois que a mãe morreu, ela ficava. Nela, a assistência de todos os momentos.

E Cesário Veras conversava. Na velhice, a marca de todas as resistências. Uma velhice sem sustos. E, na palestra, o toque de sua boêmia espiritual. A vibração de sua alma de artista, um cultivador do Belo, da Arte. Uma vida na abundância e no esbanjamento de suas emoções. Sim, conversava na noite, na iluminação dos candelabros. Alma simples. Boa. Uma mensagem de solidariedade humana. Médico. Formou-se, em 1918, pela Universidade da Bahia. Nasceu em Rosário, em 20 de outubro de 1889. E Cesário Veras conversava e prendia a atenção da pequena assistência.

E os que o olhavam, certamente, relembravam o homem público que viveu o ilustre médico maranhense. Sim, esteve no Legislativo Estadual, um representante do povo. Dele, a palavra medida, a grandeza da atitude política. Decepcionou-se. Esteve na Saúde, ocupando o posto de secretário. Sanitarista. Publicou estudos. Atuação eficiente e conquistou aplausos. Depois, secretário de Educação. A mesma conduta. A participação válida. Depois, nele, o Mestre, professor da Faculdade de Farmácia e do Colégio Santa Teresa. Aí, a cultura. O didático. O professor convincente. Toda sua vida nessas caminhadas difíceis. Com ele, a força da sua capacidade de trabalho. A riqueza de pensamento evoluído. Sua vida num cumprimento do dever. Sua vida no exercício dos compromissos assumidos. Uma afirmação constante. Era assim Cesário veras.

Mas ele conversava na varanda. E, de momento, interrompe a palestra. Sim, ia dormir. Tinha que acordar cedo. E viram-no encaminhar-se para seu quarto. Um quarto de casal abrigando a vida de um solteiro. Entrou e lá estava a sua cama de pau-brasil. Toda a mobília construída pela madeira histórica, “cor de brasa” que deu origem ao nome: BRASIL.

Sim, entrou e acomodou-se. E, com os que ficaram, a lembrança viva do médico, do homem ilustre. E diante deles, agora, o outro Cesário Veras: o enamorado das relíquias, o operário das coisas raras. Com ele, o milagre de realizar milagres! E vieram, para o ornamento da casa antiga, os candelabros. Com cada um, uma forma. Com cada um, uma mensagem de arte. A mão que escrevia a fórmula para salvar doentes trabalhava para salvar relíquias! E organizou o seu Museu de Arte. E o sobradão passou a ser uma atração turística da cidade, desta São Luís que ele tanto amou: seu passado e suas tradições.

Reconstruiu o prédio antigo. No corredor, duas estátuas: a Arte e a Indústria. Em toda a casa, a presença de obras preciosas e pouco vulgar. E, no salão principal, o plano de cauda, antigo, vestido de cuidados. Ali, o seu dono executava a música de sua predileção. A música clássica. Ali, vibrando as teclas do instrumento de sua predileção, esquecia as amarguras, afastava as decepções sofridas, a ingratidão dos homens, a maldade dos homens. Era a sua vida em repouso. Era a sua vida em amor. Amor ternura, amor inteligência, amor arte, espírito. Era assim.

E Cesário Veras dormia. Um pouco mais, a varanda dormia. A casa entrava na ronda do silêncio, da noite calma. E manhã ainda, cedo ainda, sol entrando pelas janelas, a vida em trepidação, tudo acordando, acordando os sonhos, a vida. Tudo. Mas Cesário Veras dormia. E, quando dona Cirila entrou no quarto para chamar o “seu Nhouzá”, Cesário Veras dormia ainda, mas dormia o sono da eternidade. Seu coração estava sossegado. Seus olhos estavam fechados para a vida, para o sol, para as suas relíquias. Morrera à noite, à sombra de seus sonhos mais lindos, talvez sonhando com os seus candelabros, com a sua mobília de pau-brasil, com seu piando de cauda, com o seu Museu de Arte, sonhando com a sua velha Cirila. Tudo assim. E, à tardinha, sol no poente, no caixão de pinho, suas mãos cruzadas sobre o peito, seu caixão de rosas, Cesário Veras, seu corpo, foi sepultado numa cova perto da Capela do Cemitério do Gavião.

Mas na cidade onde foi criança, na cidade onde cresceu, onde trabalhou, onde foi útil, ficará nítida a sua lembrança, ficará sua vida na vida tradição e cultura da cidade. É a nossa homenagem. É a homenagem do povo.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 8 de janeiro de 1969 (quarta-feira).

Neste domingo, comentamos algumas...

Dúvidas do dia a dia

1ª) Décimo terceiro OU décimo-terceiro? Salário mínimo OU salário-mínimo?

“Décimo terceiro”, seja o numeral ordinal seja o substantivo referente ao pagamento que os trabalhadores recebem no fim de ano, deve ser escrito sem hífen:

“Chegou em décimo terceiro lugar”;

“Todos os empregados receberam o décimo terceiro”.

“Salário mínimo” é aquele salário que o governo estabelece como o menor possível a ser pago a um trabalhador:

“O governo já estabeleceu qual será o valor do salário mínimo a partir de janeiro”.

“Salário-mínimo”, com hífen, é aquele que recebe salário mínimo:

“Ele é um salário-mínimo”.

2ª) Blitze OU blitzen OU blitzes?

Temos aqui uma palavra de origem alemã. Se for considerada palavra da língua portuguesa, deve seguir nossas regras de formação de plural: palavras terminadas em “z” fazem plural com o acréscimo de “ES”:

feliz – felizes, rapaz - rapazes; avestruz – avestruzes; giz – gizes; blitz – blitzes…

Acrescentando...

Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla

Blitz. [Abreviatura do al. Blitzkrieg.] S.f. 1. Guerra-relâmpago. 2. Batida policial de improviso. 3. Visita feita de surpresa por fiscais de um órgão público a um estabelecimento ou empresa para flagrar irregularidades e puni-las, se constatadas: A saúde pública fez uma blitz em bares e restaurantes. / “Deputados pedem à Polícia Federal e à Receita que façam blitzes nas casas de jogo”. (JB, 26/5/95)

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo

Blitz. Existem dois equivalentes em português: incursão (guerra) e batida (policial). Plural: blitze.

Manual da Redação – jornal Folha de S.Paulo

Blitz – Forma reduzida de “Blitzkrieg” (guerra-relâmpago, em alemão). É singular: Foi organizada uma blitz. O plural é blitze: Foram organizadas várias blitze.

Manual de Redação e Estilo – jornal O Globo

BlitzPalavra alemã incorporada ao vocabulário, dispensa destaque gráfico. Como o plural alemão é pedante, recomenda-se usar, no plural, palavras nossas, como operações, incursões e batidas.

O português do dia a dia – prof. Sérgio Nogueira

Blitz - A palavra é alemã. Trata-se de flagrante organizado por uma corporação policial. O singular é “blitz”: “A polícia fez uma blitz”. Se considerarmos uma palavra já aportuguesada, o plural é blitzes: “A polícia fez várias blitzes”.

1001 dúvidas de português – José de Nicola e Ernane Terra

BLITZ

Palavra de origem alemã que significa “batida policial de improviso e que utiliza grande aparato bélico”, cujo plural é blitze.

Naquela noite, aconteceram duas blitze na zona leste da cidade.

Manual de Redação e Estilo – Fundação Assis Chateaubriand (por Dad Squarisi)

Blitz - Plural: blitzes (forma cada vez mais consagrada). Existem as formas portuguesas – batida, operação policial.

Tira-dúvidas da língua portuguesa – Antônio Mesquita

Blitze

A variação para o plural de blitz, por ser palavra inglesa, se grafa conforme a segunda opção. Embora estranho, é assim mesmo.

Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa – Luiz Antonio Sacconi

bli,tz

Palavra alemã, abreviatura de Blitzkrieg. Pl. blitze. Os fiscais fizeram várias blitze na galeria Pajé, em busca de contrabandos.

Não erre mais! – Luiz Antonio Sacconi

uma blitz, duas...

blitze, já que em alemão o plural de blitz é blitze. Os nossos jornalistas que, até pouco tempo atrás usavam duas “blitz” já passam a usar a forma certa. Repare nestes exemplos, para firmar conhecimento: Em razão da onda de sequestros, a polícia tem feito muitas blitze pela cidade de São Paulo. Passei por várias blitze sem me pararem.

Mas sempre há exceções. No site do Terra: Garotinho faz ronda para avaliar as 81 “blitzes”.

Quem sabe sabe; quem não sabe continua batendo muitas palmas...

Dicionário “Houaiss”

BLITZ

Acepções
■ substantivo feminino de dois números

1 Rubrica: história, termo militar. ed. de blitzkrieg ('ofensiva poderosa') Obs.: inicial maiúsc., em al. 2 Rubrica: termo militar. ataque aéreo inesperado

3 Derivação: por extensão de sentido. Regionalismo: Brasil. batida policial, esp. de caráter inesperado, que ger. mobiliza grande aparato Ex.: durante a b. foram apreendidas armas de grosso calibre 4 Regionalismo: Brasil. operação ou campanha não militar, iniciada sem aviso prévio e de modo intenso e coordenado (p.ex., ação fiscalizadora, ou de pesquisa etc.)5 Derivação: sentido figurado. Rubrica: futebol. Regionalismo: Brasil. sucessão de ataques

Etimologia
red. do al. Blitzkrieg

Gramática
pl.: Blitzen (al.)

Uso
Blitz 'relâmpago' é do gên. masc. em al.; no Brasil, blitz é do gên. fem.

Dicionário “Aurélio”

Blitz (blits) [Al.]

Substantivo feminino.

Batida policial, esp. a que é feita para verificação de veículos e passageiros. [Com inicial maiúscula. Pl.: Blitze.]

Dicionário “Caldas Aulete”

Blitz  (Al. /blíts/)

sf.

1. Batida policial ou ação militar de surpresa: A polícia fez uma blitz na saída do túnel 2. Mil. Ataque aéreo: A blitz aconteceu nas bases rebeldes 3. Fiscalização realizada sem aviso prévio: O MEC fará blitz em cursos superiores a cada quatro anos4. Fut. Série de ataques: A partir daí começou a blitz em busca de gols5. F. red. de blitzkrieg (al.), ataque intenso, ofensiva-relâmpago [Com inicial maiúsc., nesta acp.][Pl.: blitze.][F.: Red. do al. Blitzkrieg, ' guerra-relâmpago'.]

Volp 5ª Edição 2009

Palavras estrangeiras

blitz s.f.2n. al.

3ª) Dia seguinte à OU da final?

Tanto faz. As duas formas são corretas e aceitáveis:

“Só deu entrevista no dia seguinte à final OU no dia seguinte da final”.

4ª) “Piscineiro” existe OU não existe?

É lógico que existe. É assim que nos referimos àquele profissional que cuida de piscinas. O fato de a palavra ainda não aparecer registrada em alguns dicionários não significa que ela não exista. O que faz uma palavra existir é o seu uso. Importante é que a palavra seja criada dentro dos nossos padrões gramaticais. O uso do sufixo “-eiro”, para designar “atividade profissional”, é normal: ferreiro, mineiro, tesoureiro, banqueiro, marceneiro, serralheiro, funileiro… Assim sendo, piscineiro é corretíssimo.

Acrescentando...

Dicionário Priberam

piscineiro (piscina + -eiro)

s.m.

Indivíduo que cuida de piscinas.

5ª) Passo a passo OU passo-a-passo? Dia-a-dia OU dia a dia?

Sem hífen.

São expressões adverbiais:

“Seguiu passo a passo o que ensinava o manual”;

“Seus problemas crescem dia a dia”.

“Passo a passo” significa “de modo vagaroso, lentamente”; “dia a dia” significa “diariamente, dia após dia”.

São formas substantivadas:

“Devemos seguir o passo a passo indicado pelo manual”;

“Eles gostam muito do nosso dia a dia”.

“Dia a dia” é o mesmo que “cotidiano”.

6ª) Protocolado OU protocolizado?

Tanto faz.

O ato de “registrar em protocolo”, originariamente era somente PROTOCOLIZAR:

“Os documentos foram devidamente protocolizados”.

PROTOCOLAR originariamente era somente um adjetivo:

“São exigências protocolares” (= exigências do protocolo).

Hoje em dia, porém, PROTOCOLAR pode ser usado como verbo, sinônimo de PROTOCOLIZAR. Assim sendo, podemos dizer que “os documentos foram devidamente PROTOCOLIZADOS ou PROTOCOLADOS”.

7ª) Tunisiano OU tunisino?

Depende.
Quem nasce na Tunísia é tunisiano; quem nasce em Túnis ( = capital da Tunísia) é tunisino.

É semelhante aos casos de paulista (Estado de São Paulo) e paulistano (cidade de São Paulo), de carioca (cidade do Rio de Janeiro) e fluminense (Estado do Rio de Janeiro).

Teste da semana

Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas das frases abaixo:

1) A atriz tem olhos __________ e cabelos __________;
2)  Ela comprou duas blusas __________.

a) azul-claros / castanho-escuros / azul-piscina;

b) azul-claros / castanho-escuros / azul-piscinas;

c) azuis-claros / castanhos-escuros / azuis-piscinas;

d) azuis-claros / castanhos-escuro / azuis-piscinas;

e) azuis-claro / castanhos-escuro / azuis-piscina.

Resposta do teste: letra (a).

O plural dos adjetivos compostos se faz flexionando somente o segundo elemento: olhos azul-claros, cabelos castanho-escuros, camisas rubro-negras, bandeiras verde-amarelas. Quando o segundo elemento de uma cor composta é um substantivo, nenhum dos dois elementos vai para o plural: blusas azul-piscina, azul-céu, verde-garrafa, verde-oliva, rosa-choque, vermelho-sangue…

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O Sítio Roberto Burle Marx, uma unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passou por uma requalificação, ampliando o acesso público à vida e obra do paisagista Roberto Burle Marx. O projeto, concluído em dezembro, teve por objetivo valorizar os locais de visitação, melhorar as instalações de trabalho, aperfeiçoar as condições de acessibilidade e potencializar as ações de pesquisa e educação.

Com 407 mil metros quadrados e uma coleção de mais de 3.500 espécies de plantas tropicais e subtropicais, o espaço, localizado em Barra de Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, conta com obras de artistas consagrados e do próprio paisagista como pinturas, gravuras, móveis, cerâmicas, tapeçarias, murais, painéis de azulejos, todos os itens de sua coleção particular. Os recursos de acessibilidade incluem mapas e maquetes táteis e réplicas 3D de obras para manuseio.

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“A diversidade toda da sua produção, a expressão da sua vida, das suas relações, das suas experiências, todas se encontram no sítio, e é fundamental que elas sejam cada vez mais fortalecidas, conhecidas e reconhecidas pelo público em geral, como uma parte importante da história e da cultura nacional”, disse Andréa Bueno Buoro, diretora do Intermuseus, organização responsável pela concepção e gestão do projeto de requalificação.

Ela ressalta que o sítio é um patrimônio histórico e cultural tombado e de propriedade do Iphan, e é nele que se encontra a melhor expressão da multiplicidade do legado de Roberto Burle Marx. “Ele é uma personalidade singular na cultura brasileira. Ele tem um reconhecimento nacional e internacional não só como paisagista, mas também como artista, colecionador e intelectual”.

O sítio é tombado como patrimônio cultural brasileiro nas esferas municipal, estadual e federal, além de candidato ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.

Nascido em 1909 em São Paulo e criado no Rio de Janeiro, onde morreu em 1994, Burle Marx foi reconhecido internacionalmente como paisagista. Além de projetos espalhados pelo mundo, ele concebeu paisagens de destaque no país, como os jardins do Complexo da Pampulha, em 1942; o jardim do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1954; o paisagismo do Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, em 1961; os jardins e a grande tapeçaria do Salão de Banquetes do Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, em 1962; e o famoso traçado do calçadão de Copacabana, em 1970.

Burle Marx foi também artista plástico, pintor, escultor, designer de joias, figurinista, cenógrafo, ceramista e tapeceiro. O resultado dessas facetas pode ser visto pelo público no sítio, que foi para o artista um laboratório de experimentações botânicas e artísticas. Lá, ele morou e produziu em seus últimos 20 anos de vida. De autoria de Burle Marx, o sítio tem um acervo de cerca de 1.700 peças. Os temas são diversos, mas há uma predominância das composições abstratas em sua produção.

O novo percurso de visitação do sítio abrange o interior da residência, dando acesso a ambientes como a sala de jantar, a sala de visitas, a sala de música, onde fica o piano de cauda da mãe do artista, a sala das cerâmicas, que guarda boa parte da coleção de arte popular, o quarto de Burle Marx, o quarto de hóspedes e a cozinha.

Agora, também é possível contemplar de perto quadros e fotos de família, assim como as coleções do paisagista, que incluem arte cusquenha, pré-colombiana, sacra e popular brasileira. Há, ainda, um guia multimídia no formato de aplicativo, com roteiros em português, inglês e espanhol, em audiodescrição e em Libras.

A visitação é por meio de visitas guiadas, mediante reserva pelo I do sítio ou pelo telefone (21) 2410-1412. As visitas ocorrem em grupos de até cinco pessoas, de terça a sexta-feira, às 13h, 13h30 e 14h, e o ingresso custa R$ 10.

(Fonte: Agência Brasil)

A startup brasileira Phelcom Technologies, ligada ao Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, foi a vencedora do prêmio World Summit Awards (WSA) na categoria saúde e bem-estar. A premiação ocorreu em dezembro, em Viena, na Áustria. O prêmio tem como objetivo reconhecer tecnologias que promovam a resolução de problemas da sociedade e é dirigido pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ONU).

Os finalistas foram julgados nos quesitos de sustentabilidade, objetivos, técnica e estratégias. Apoiada pela Financiadora de Inovação e Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (Finep), a Phelcom Technologies desenvolveu o Eyer, um retinógrafo portátil – instrumento que permite a realização de exames oculares, de frente e fundo de olho. 

O equipamento funciona acoplado a um aparelho celular, tem a mesma qualidade de um retinógrafo de mesa, e é capaz de diagnosticar doenças que afetam a visão como a retinopatia diabética, glaucoma, e a degeneração macular relacionada à idade. 

“A solução desenvolvida pela empresa permite democratizar o acesso a exames de retina e ajuda na prevenção da cegueira e deficiência visual grave, que atinge cerca de 250 milhões de pessoas, e mais de 75% dos casos poderiam ser evitados. São doenças que muitas vezes, se não tratadas, podem levar à cegueira”, disse o sócio e CEO da Phelcom Technologies, José Augusto Stuchi. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de cegueira no mundo são evitáveis. “O aparelho é portátil, leve e de fácil operação, o que significa que qualquer profissional de saúde minimamente treinado pode usá-lo para realizar exames de retina em menos de um minuto. Os exames são automaticamente sincronizados com a internet, habilitando o diagnóstico remoto”, explicou.

O Eyer está há um ano e meio no mercado e conta com a aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

(Fonte: Agência Brasil)

O Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, passa a funcionar a partir deste sábado (23), com medidas mais restritivas de visitação no setor floresta, onde estão os pontos turísticos a Cascatinha Taunay, o Pico da Tijuca e a Cachoeira das Almas. A falta de respeito aos protocolos sanitários de prevenção do novo coronavírus (covid-19) levou a Unidade de Conservação Federal a adotar as mudanças, que devem permanecer, pelo menos, até o fim do verão.

O aumento no número de casos da doença na cidade também pesou na decisão. Os dados do terceiro boletim epidemiológico da Prefeitura do Rio, divulgado ontem (22), indicam que todo o município do Rio de Janeiro está com risco alto para a covid-19. 

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) alertou que, se continuar o desacato às equipes e às regras sanitárias, as restrições poderão ser ampliadas.

O setor floresta ficou fechado de março a julho de 2020. Quando foi reaberto, passou a funcionar das 8h às 17h, mas a partir de amanhã, nos fins de semana e feriados, ficará aberto das 7h às 14h. A capacidade foi reduzida para 1.500 pessoas ao dia.

De acordo com o ICMBio, autarquia do Ministério do Meio Ambiente a quem o parque está subordinado, assim que o setor atingir a lotação máxima de 1.500 pessoas não será mais permitida a entrada de novos visitantes, e sem filas de espera. Esse número de visitantes representa 68% da média de visitantes nos meses de dezembro e de janeiro, somente aos fins de semana. A contagem dos visitantes começou em 2018. Nesse período, a média foi de 2.200 pessoas por dia. 

Acesso

O único acesso para entrada e saída do setor floresta será pelo portão do parque na Praça Afonso Viseu, no Alto da Boa Vista.

Os outros setores do Parque Nacional da Tijuca continuam com o horário de funcionamento das 8h às 17h.

Até agora, só o Corcovado e o Parque Lage, localizados dentro do parque, tinham cota máxima de visitação. No entanto, com o comportamento inadequado dos visitantes visto nos últimos fins de semana, foi necessário limitar o número de pessoas para evitar aglomerações. 

Segundo o ICMBio, os monitores e servidores do parque foram desacatados no fim da semana passada e no feriado de São Sebastião (20), ao lembrarem as regras estabelecidas no dia 9 de julho de 2020, quando a unidade foi reaberta parcialmente e com normas de visitação.

Entre as infrações, estão o uso e o descarte irregular de máscaras, aglomerações em cachoeiras, grandes grupos com mais de 10 pessoas, falta de distanciamento social nos picos das trilhas, acessos a locais interditados. 

O desrespeito às medidas sanitárias já tinha levado o Parque da Pedra Branca a restrições mais severas. A visitação é de segunda a sexta, das 8h às 17h, não sendo permitida a entrada nos fins de semana e feriados. A proibição parcial entrou em vigor no dia 24 de agosto de 2020, quando a falta de colaboração de parte do público provocou aglomerações no topo da trilha e foram registrados grupos com mais de 10 visitantes. O esquema no Pedra Branca também deve continuar, pelo menos, até o fim do verão.

“Importante destacar que a colaboração de cada pessoa é essencial para que as regiões e atrativos do parque ainda restritos voltem a ser liberados, contribuindo para a segurança de todos”, disse o ICMBio.

Na página do Parque Nacional da Tijuca na internet o visitante pode se informar sobre os locais que estão liberados, os que continuam fechados e as regras de visitação durante a pandemia. As informações estão também nas redes sociais do parque.

(Fonte: Agência Brasil)