Nesta terça-feira (13), o Fórum Jaracaty, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pela Equatorial Energia por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, vai entregar novas equipagens aos alunos de judô do projeto. Ao todo, serão entregues 60 quimonos para as crianças de 6 a 12 anos que praticam a modalidade diariamente.
A solenidade de entrega dos quimonos ocorrerá às 8h, na sede do Fórum, localizada na Av. Ferreira Gullar, nº 01, Bairro do Jaracaty, seguindo todas as recomendações sanitárias para a realização de eventos esportivos. Márcia Assunção, diretora do projeto, ressalta o quão significante é este momento para os alunos que participam das atividades.
“A disciplina nesse esporte vai desde a responsabilidade que temos de repor as equipagens dos nossos atletas e segue com o zelo que as crianças e adolescentes têm com esta equipagem. Estas particularidades, quando em conjunto, moldam o atleta para o esporte e para a vida”, explicou.
Além de judô, o Projeto Fórum Jaracaty disponibiliza aulas de tênis de mesa, de futsal, de informática, atividades na brinquedoteca e atendimentos de saúde para os alunos.
Sobre o Fórum
O Fórum Jaracaty é um projeto patrocinado pelo governo do Maranhão e Equatorial Energia, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. O projeto atua há mais de uma década transformando a vida de crianças e adolescentes dos bairros Jaracaty, Ilhinha e Liberdade. Atualmente, atende cerca de 200 crianças e adolescentes em sua sede, com esporte, informática e brinquedoteca. O projeto também fomenta atividades aos pais dos alunos, como cursos de corte e costura e culinária.
Observar o comportamento das pessoas pode ser um caminho para aprender tanto sobre o ser humano como também sobre os animais. Essa estratégia está por trás de um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Biólogos e engenheiros ambientais investigaram dados das buscas que milhões de indivíduos de 20 países fizeram na internet usando o termo “formigas”. Foram coletadas informações referentes a um período de 13 anos, de janeiro de 2007 a dezembro de 2019. Ao identificarem os períodos de maior volume nas buscas, os pesquisadores perceberam uma influência das alterações climáticas sazonais.
“Temperatura e precipitação são duas variáveis que estão relacionadas com a atividades das formigas. Então, nos meses mais quentes, elas se mostram mais presentes em locais indesejados, e o ser humano fica mais incomodado. As pessoas começam a buscar métodos para erradicá-las”, diz Antônio Queiroz, biólogo do Laboratório de Ecologia de Formigas da UFLA que liderou a equipe de seis pesquisadores envolvida no trabalho.
Um artigo com os resultados do estudo foi publicado na última semana, no Mymecological News – jornal científico administrado pela Sociedade Austríaca de Entomofaunística (ÖGEF, na sigla em alemão). O periódico é uma referência mundial em mirmecologia, a ciência que se ocupa do estudo específico das formigas.
Conforme o artigo, no hemisfério norte, onde as mudanças climáticas sazonais são mais intensas, há maior variação nas buscas ao longo do ano com picos nos meses de clima quente.
Em países com diferenças mais sutis entre as estações, o volume de pesquisas na internet sobre formigas tende a se manter mais constante.
Segundo Queiroz, a pesquisa está em sintonia com outros estudos que já apontaram para uma maior atividade desses insetos nos dias quentes, o que permite levantar a hipótese do declínio populacional decorrente do aquecimento global. Ele pondera, no entanto, que a diminuição do número de formigas é uma questão ainda em estudo. “O impacto do aquecimento global sobre espécies [de formigas] ainda não é um consenso como já é para as abelhas”, explica.
No fim do mês passado, o Journal of Biogeography, um periódico científico que publica textos com revisão por pares, já havia publicado os resultados de outro estudo do Laboratório de Ecologia de Formigas da Ufla que trata sobre o assunto. Liderada pelo biólogo Chaim Jose Lasmar, essa pesquisa investigou como as formigas procuram alimentos nos diferentes biomas do Brasil. O clima se mostrou como um elemento crucial nesse processo. O estudo sugere que o aquecimento global resultará em mudanças na vida das formigas e, consequentemente, terá repercussões nos ecossistemas onde elas existem.
Aspectos variados
A ferramenta usada para coletar dados das pesquisas na internet foi o Google Trends. O maior volume de buscas visa encontrar formas de erradicar os insetos. Segundo Queiroz, no Brasil, apenas 13% das buscas foram motivadas por curiosidade sobre as formigas. No entanto, o artigo destaca a influência de variados aspectos naturais, sociais, tecnológicos, culturais e linguísticos.
Há, por exemplo, maior constância do interesse dos internautas sobre o inseto em países onde há mais gêneros e espécies e onde maiores parcelas da população têm acesso à internet.
Na Colômbia, onde a formiga é usada por populações humanas como fonte de alimento, há pesquisas por receitas. Além disso, em países com idiomas derivados do latim, nota-se um volume perceptível de buscas sobre o significado das formigas nos sonhos.
“A curiosidade gera mais pesquisas em determinados locais. O interesse na biologia dos organismos está em alguma medida ligada à cultura do país”, explica Queiroz.
O estudo também apontou que, apesar dos padrões nas variações sazonais se manterem, o número total de buscas sobre o inseto vem subindo ao longo dos anos em praticamente todos os países. Os pesquisadores acreditam que esse aumento decorre da crescente inclusão digital.
Divulgação científica
O artigo sugere ainda que os dados sobre o comportamento humano na internet podem ser usados em favor da divulgação de conhecimento científico. “Se sabemos quando as pessoas estão pesquisando sobre formigas com o intuito de erradicá-las, podemos aproveitar esse momento de interesse para divulgar os achados científicos e elucidar sobre a importância desses animais”, diz Queiroz.
O papel das formigas nos ecossistemas, embora seja bastante estudado pelos mirmecólogos, ainda é pouco conhecido pela população em geral. Esses insetos desempenham, por exemplo, funções relevantes na dispersão de sementes, na reciclagem de nutrientes, na recuperação dos solos e no controle de pragas rurais e urbanas.
Queiroz acredita que os meses mais quentes podem ser o momento certo para criar estratégias de disseminação de informações e também de dicas para prevenir uma invasão doméstica.
Como as formigas estão sempre em busca de recursos para suas colônias, o melhor caminho para evitar o incômodo com elas dentro de casa, de acordo com o biólogo, é bastante simples: não deixar comidas expostas.
“Os primeiros meses quentes do ano são os ideais para fazermos mais atividades de ciência. Há locais onde as formigas chegam a ser um problema de saúde, o que torna importante disseminar o conhecimento sobre formas de controle. Mas esse não deve ser o único foco. Precisamos mencionar os aspectos positivos, para desmistificar a aversão de muitas pessoas com insetos e formigas”, acrescenta.
A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) desenvolveu um método para ensinar química em instituições penitenciárias utilizando jogos adaptados para a população adulta. Com a técnica, foi averiguado aumento na aprendizagem e na memorização do conteúdo ensinado. O trabalho, desenvolvido por estudantes de química, foi apresentado em fevereiro deste ano, no Simpósio da Organização Internacional para Educação em Ciência e Tecnologia (Ioste, na sigla em inglês), na Coreia do Sul, realizado em formato on-line.
As autoras do projeto são Iara Koniczna e Larissa Feitosa, que cursaram química na Ufes. Elas usaram jogos feitos de material de papel para ensinar a tabela periódica e as combinações entre elementos químicos, entre outros conteúdos.
O trabalho, desenvolvido durante o estágio de Iara no Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha, foi apresentado na conclusão da graduação, em 2019. A experiência direcionou a carreira de Iara, que segue lecionando para pessoas privadas de liberdade.
A ideia surgiu diante dos desafios que Iara observou durante as aulas que acompanhou no Complexo Penitenciário, que possui várias restrições. Não é possível, por exemplo, fazer experimentos químicos.
Em algumas unidades, segundo Iara, os presos não podem sequer levar os livros para as celas para estudar, nem ter acesso a lápis fora dos horários de aula. “Tem sempre o mesmo problema, o esquecimento. Com o jogo, eles acabam fazendo mais conexões e conseguem ter melhor aprendizado e melhor memorização a respeito do conteúdo trabalhado”, diz Iara.
As estudantes basearam-se no jogo de tabuleiro Tabela Maluca, desenvolvido em pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR), para explicar os conceitos e propriedades dos elementos químicos. Outro jogo usado foi Batalha Naval, para ensinar dados dos elementos químicos, como período, números atômicos e raio atômico.
“Aplicamos um questionário com perguntas abertas sobre a tabela periódica e as respostas dos alunos foram muito frustrantes. Na outra semana, utilizamos os jogos e, depois, aplicamos o mesmo questionário. As respostas foram gratificantes”, conta. Ao término, 98% dos estudantes disseram que gostaram da aula.
Desafios da educação em prisões
Segundo a professora do Departamento de Teorias do Ensino e Práticas Educacionais do Centro de Educação da Ufes Mari Inêz Tavares, orientadora do projeto, ainda são poucas as pesquisas e o material desenvolvido especificamente para o público adulto. São ainda mais escassos os estudos voltados à educação de pessoas privadas de liberdade. No trabalho, foi preciso adaptar o jogo para esse público específico.
“Tem que ser um material que priorize a memória, já que eles não podem levar para dentro da cela nem para estudar nem para jogar. Tem que ser um material que facilite ao professor o controle visual enquanto está trabalhando com alunos, porque eles não podem esconder material com eles e levar. Se isso ocorrer, deve ser comunicado à segurança. E, tem que ser um material barato, leve, que seja fácil do professor levar para sala de aula”, explica. “O trabalho tem chamado atenção. Eu tenho recebido mensagens de professores e alunos de mestrado que trabalham no sistema prisional, que estão desenvolvendo pesquisas e que estão em busca de materiais”.
Pela Lei de Execução Penal, Lei 7.210/1984, os sistemas de ensino devem oferecer aos presos cursos supletivos de educação de jovens e adultos. Foi acrescentado à lei, em 2015, a oferta do ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação profissional de nível médio, visando a universalização desta etapa.
Atualmente, de acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), há cerca de 750 mil pessoas cumprindo pena em unidades prisionais no Brasil. Destes, 93 mil - o equivalente a 12% – estudam, seja na alfabetização (9,7 mil), no ensino fundamental (31 mil), no ensino médio (15 mil), superior (738) ou em outras atividades educacionais.
Impactos da pandemia
Hoje, formada, Iara segue dando aulas para pessoas privadas de liberdade, além de lecionar, também, em escolas regulares. “Se me perguntassem se eu prefiro o sistema prisional ou aqui fora, eu digo que prefiro o sistema prisional. Muitos deles nunca foram alfabetizados. Tenho um aluno de 58 anos que foi alfabetizado no sistema prisional. Agora, ele está no regime semiaberto. Ele fala ‘hoje eu consigo ler’”, conta e educadora.
Com os jogos, ela também impactou os alunos. “Teve uma fala de um estudante de que naquele momento do jogo, ele esqueceu que estava em uma cadeia, esqueceu dos problemas que tinha na cela dele. Aquilo me chocou muito”.
Durante a pandemia, a educação foi afetada como um todo. Nas prisões, no entanto, a internet não é uma opção para a educação. “Nós selecionamos os conteúdos e fazemos um questionário para eles responderem. A gente nota uma dificuldade muito grande porque eles não têm muito recurso, têm dificuldade de entender”, diz, Iara.
Segundo o Depen, até o fim de março, foram confirmados 46.889 casos de covid-19 no sistema prisional, com 143 óbitos em decorrência da doença.
O Ministério da Educação (MEC) anunciou, neste domingo (11), que voltará a calcular as notas de corte do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) como fazia antes de 2020. Com essa decisão, a nota do candidato parcialmente classificado no curso de sua primeira opção de inscrição não será mais computada para efeito do cálculo da nota de corte do curso de sua segunda opção.
As notas de corte, considerado o modelo de cálculo antigo, serão divulgadas na madrugada de terça-feira (13) e na de quarta-feira (14). As inscrições poderão ser feitas até as 23h59, no horário de Brasília, do dia 14.
O Sisu seleciona estudantes para vagas em instituições públicas de ensino superior com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Podem se inscrever aqueles que fizeram o Enem 2020, aplicado este ano. São ofertadas, nesta edição, 206.609 vagas em 5.571 cursos de graduação, distribuídos em 109 instituições em todos os Estados do Brasil e no Distrito Federal.
Na hora da inscrição, os candidatos podem escolher até duas opções de curso. Uma vez por dia, é calculada a nota de corte com base nas inscrições feitas até aquele momento, e o candidato é informado da sua classificação parcial. Até o término do período de inscrição, os candidatos podem mudar as opções de curso.
Notas de corte
Neste processo seletivo, os candidatos estavam tendo acesso à classificação tanto para a primeira quanto para a segunda opção de curso, independentemente de terem se classificado para a primeira opção.
Em processos seletivos anteriores, aqueles que eram classificados para a primeira opção de curso eram desconsiderados no cálculo da segunda opção. Isso porque eles já ocupariam a vaga da primeira opção.
Considerar a nota deles no cálculo da segunda opção de curso pode fazer com que a nota de corte desses cursos aumente. Para especialistas, isso cria uma camuflagem e um aumento de notas de corte que pode não ser real. Como os estudantes podem mudar a opção de curso, o risco é que eles sejam induzidos a mudar de opção, escolhendo, talvez, cursos que não os agradem tanto.
Mudança
Diante de apelos contrários à forma de divulgação da nota de corte, adotada a partir de 2020, o MEC determinou que essa nota volte a ser divulgada como era antes daquela alteração no seu formato, “desde que em condições de indicar aos candidatos informações que permitam ampliar as chances de ingressar na educação superior e se graduar em uma das 109 instituições públicas de ensino superior com ofertas de vagas nesta edição do Sisu”, diz a pasta.
O MEC acrescenta, no entanto, que o modelo adotado em 2020 não configura erro nem desvirtua a ocupação de vagas. “O formato de geração das notas de corte, vigente desde 2020, havia sido alterado na ocasião do processo seletivo do primeiro semestre daquele ano, para demonstrar a integralidade das notas de todos os candidatos, independentemente da situação de classificação na primeira opção de curso”.
Alerta
A nota de corte é a menor nota para o candidato ficar entre os potencialmente selecionados para cada curso, com base no número de vagas disponíveis e no total dos candidatos inscritos naquele curso, de acordo com o desempenho obtido no Enem. As notas de corte são diferentes para cada modalidade de concorrência, ou seja, tanto para quem se inscreve nas vagas de ampla concorrência, ações afirmativas e cotas, bem como suas subdivisões, conforme as opções elencadas no ato da inscrição ao Sisu.
No portal do Sisu, o MEC faz um alerta:
“A nota de corte é apenas uma referência para auxiliar o candidato no monitoramento de sua inscrição, não é garantia de seleção para a vaga ofertada. O sistema não faz o cálculo em tempo real”.
Quando Chico Anysio morreu, em 2012, o programa 3 a 1 da TV Brasil fez uma homenagem ao relembrar uma entrevista dele no programa, concedida em 2008.
No dia 14, a morte da filósofa francesa Simone de Beauvoir completa 35 anos. Um dos ícones do movimento feminista, Simone de Beauvoir foi tema de uma questão no Enem no ano de 2015. Na época, o programa Caiu no Enem repercutiu a questão:
O dia 14 (Dia Mundial do Café) vem com um brinde à bebida que acompanha a manhã de muitos brasileiros. Para além de item indispensável na primeira refeição do dia de algumas pessoas (que aqui no país recebeu o nome de “café da manhã”), o café é importante na economia (como relembra essa matéria da Agência Brasil de 2019) e até fonte de inspiração para canções (como mostrou o essa edição do Momento Três de 2015).
- Nascimento do cantor, compositor, cronista e músico maranhense de MPB José Ribamar Coelho Santos, conhecido como Zeca Baleiro (55 anos)
- Dia Mundial da Doença de Parkinson
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- Nascimento do pedagogo cearense Lauro de Oliveira Lima (100 anos) – conhecido pela sua atuação política na educação e pelo desenvolvimento do método psicogenético, estruturado a partir da epistemologia genética de Jean Piaget
- Nascimento do humorista, ator, radioator, produtor, locutor, roteirista, escritor, dublador, apresentador, compositor e pintor cearense Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, conhecido artisticamente como Chico Anysio (90 anos)
- Lançamento da Vostok 1, primeira espaçonave tripulada com ser humano (60 anos) - o cosmonauta russo/soviético Yuri Alekseievitch Gagarin se tornou o primeiro ser humano a viajar pelo espaço
- Início da Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra de Secessão ou Guerra Civil dos Estados Unidos (160 anos)
- Ocorre o primeiro lançamento de um ônibus espacial, o modelo norte-americano Columbia, com a missão STS-1 (40 anos)
- Inauguração do aeroporto de Congonhas (85 anos)
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- Nascimento do psicanalista francês Jacques-Marie Émile Lacan (120 anos)
- Nascimento do dramaturgo, escritor e Nobel de Literatura irlandês Samuel Barclay Beckett (115 anos)
- Nascimento do compositor paulista Carlos Henrique Paganetto Roma (85 anos) – conhecido por ter criado a música e letra do hino oficial do Santos Futebol Clube
- Dia do Hino Nacional Brasileiro
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Morte do músico, compositor e saxofonista fluminense Victor Assis Brasil (40 anos) – um dos mais aclamados instrumentistas do jazz brasileiro
- Morte da estilista mineira Zuleika de Souza Netto, a Zuzu Angel (45 anos)
- Morte da escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista política, feminista e teórica social francesa Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone de Beauvoir (35 anos)
- Morte do filósofo, jurista, político, professor universitário e poeta paulista Miguel Reale (15 anos)
- Dia Mundial do Café
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- Morte do poeta fluminense Dante Milano (30 anos)
- Morte do cantor e compositor norte-americano Joey Ramone (20 anos)
- Dia Mundial do Desenhista – a data foi criada para comemorar o aniversário de Leonardo da Vinci
- Dia Nacional do Desarmamento Infantil
- Dia Nacional da Conservação do Solo
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- Nascimento do compositor e letrista fluminense Antônio de Pádua Vieira da Costa, o Luís Antônio (100 anos)
- Dia Mundial da Voz
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- Nascimento do autor de telenovelas, escritor, dramaturgo, jornalista e publicitário paulista Benedito Ruy Barbosa (90 anos)
- Nascimento do produtor, guitarrista, baixista, compositor e cantor baiano Hyldon de Souza Silva, o Hyldon (70 anos)
- Dezenove membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra são mortos pela Polícia Militar durante o confronto no Pará, no chamado Massacre de Eldorado dos Carajás (25 anos)
- Fim da Guerra dos Trezentos e Trinta e Cinco Anos entre os Países Baixos e as Ilhas Scilly (35 anos)
- Dia Internacional dos Hemofílicos
- Dia Nacional da Botânica – a data foi instituída pelo Decreto de Lei nº 1.147, de 24 de maio de 1994, em homenagem às comemorações dos 200 anos do nascimento do naturalista alemão Carl Friedrich Philipp von Martius
- Estreia do programa Quadrante, na Rádio MEC (60 anos)
Lá pelos idos de 1955, “bons tempos aqueles / quando o Reino era cristão”, como diz Gonçalves Dias, e éramos meninos e felizes, chegava a São Luís, o até ontem artista de cinema e cantor José Mojica, agora Frei José Francisco Jesus Mojica de Guadalupe, Frade da Ordem Menor dos Franciscanos, nascido em San Gabriel, México, em 14 de abril de 1896 e falecido em Lima, Peru, em 20 de setembro de 1974.
Antes de colocá-lo no cenário do velho Colégio Marista, eis algumas notas sobre a vida artística do famoso frade, para melhor ilustrá-lo neste comentário. Mojica começou estudando agronomia, mas abandonou para se dedicar a música, passando a cantar, sendo que vai viver em Nova York (EUA), começando como lavador de pratos. Volta, em 1917, ao México e é contratado pela Companhia de espetáculos Cultos S.A., fazendo o papel de Rodrigo, em “Otelo” de Verdi, apresentando-se no Teatro Abreu. Depois, apresenta-se no Opera de Chicago, onde faz papéis pequenos. Até que, em 1921, consegue um papel em “El Amor por três laranjas” [Um Amor por Três Laranjas], de Prokofiev e Pelléas et Mélisande ao lado da atriz Mary Garden.
Faz um enorme sucesso, sendo contratado pela Century FOX, tornando-se estrela a fazer vários filmes: “One Mad Kiss”, “The Yellow Ticket”, “Hay que Casar al Príncipe”, “El Rey de los Gitanos”, “Mi Último Amor” e “La Melodia Prohibida”. Volta, em 1938, ao México onde faz os filmes: “El capitán Aventurero” e “Caminos de Nueva na España”. Em 1939, grava “La Canción del Milagro”. Em 1942, volta ao Opera de Chicago para fazer o papel de Fenton em “Falstaff” de Verdi. No ano seguinte, abandona a posição de galã e passa a viver na Ordem Franciscana no Peru. Inicialmente, recebe a ordem de irmão leigo, depois se torna presbítero e recebe o nome de Frei José Francisco Jesus Mojica de Guadalupe.
Posteriormente, volta a cantar em participações especiais, a compor tangos e boleros famosos mundialmente, como “Dos Sapatios”, “Solamente Una Vez” e “Besame”, que fez grande sucesso na época e até hoje tida como um clássico da música latino-americana.
E, na Ilha do Amor, o ilustre frade foi hóspede de honra do Colégio Marista!
Depois dessa apresentação, tenho de, numa leve pincelada, acertar a rosa dos ventos, para dizer o que nos contam alguns historiadores: O Colégio Maranhense São Francisco de Paula [esse é seu nome por extenso], conhecido apenas por Colégio Marista. Abro, aqui, um parêntesis para estes esclarecimentos: Esta instituição chegou a São Luís em 1908, instalando-se no próprio prédio da Arquidiocese, sendo, depois, erguido em uma grande área na “Quinta do Barão”, conhecida anteriormente por “Quinta das Laranjeiras”, que pertenceu ao Morgado José Gonçalves da Silva, cognominado o “Barateiro”, tido como o homem mais rico do Maranhão, tanto que ajudou o governo da rainha D. Maria I na guerra contra a Espanha, no fim do século XVIII, com mantimentos e dinheiro, cujo altruísmo monetário estendia-se diretamente às capitanias do Maranhão, do Ceará e do Pará. Era um benemérito da pátria, respeitado e querido em toda a cidade. Talvez por isso, o bispo diocesano de São Luís, dom Santino Maria da Silva Coutinho ordenou que, naquele ano de 1811, se passasse portaria em forma de estilo, com vistas ao requerimento do proprietário, para que pudesse erigir um Oratório público com uma porta para a Rua da “Quinta das Laranjeiras”, no Caminho Grande, surgindo, assim, a Capela de São José das Laranjeiras, até hoje existente, tendo sido muito frequentada pela sociedade católica de São Luís.
A “Quinta das Laranjeiras” perdeu o nome para “Quinta do Barão”, em virtude de uma filha de José Gonçalves da Silva, “O Barateiro”, ter-se casado com o 2º Barão de Bagé, Paulo José da Silva Gama, sucessor do pai, que também era Barão de Bagé, e a senhorial área tomou como nome o seu título — e ficou como “Quinta do Barão”, com início na Rua Grande, a ostentar o belo portão, sendo bordados os estuques em volta, a tomar no caixilho as armas do Barão de Bagé, terminando a propriedade com uma cerca na Rua do Apicum, à sombra de velhos tamarineiros...
Era lá, repito, que se erguia solene o prédio e toda a área do Colégio Maranhense São Francisco de Paula, dos Irmãos Maristas, onde agora, neste dedo de prosa, se encontra o Frei Mojica, aproveitando a noite daquela sexta-feira e do sábado, para apresentar-se no Teatro Artur Azevedo, onde, sob grandes aplausos, cantou suas canções e óperas, a angariar fundos para sua Obra Missionária.
No domingo, pela manhã, ele celebrou a Santa Missa na Capela do Colégio, Consagrada a Nossa Senhora do Rosário, em cuja homilia contou aos irmãos Maristas e alunado presente, internos e externos, pedaços de sua vida artística, e como aconteceu seu chamado por Deus, em dizendo, por fim, que não era mais o artista que ali estava, mas um humilde servidor de Jesus Cristo, e, por conseguinte, um filho Seráfico de Francisco de Assis.
Nessa tarde de domingo, aplicada às práticas esportivas, e na véspera de ir embora, Frei Mojica, numa das salas de recreação, chamou quase todos os alunos ali presentes, botando-os em fila, juntamente com mais alguns Irmãos professores, e se pôs a jogar sinuca... a ganhar de todos... Será que “amarelaram” os “sparrings” do padre, ou foi mesmo seu senso profissional, acostumado nos grandes cassinos e salões de jogos do mundo?
Num desses intervalos, eu o encontrei no brônzeo silêncio dos corredores do colégio, a caminhar juntamente com o Irmão Máximo António, professor de música e regente do canto orfeônico; desinibi-me ante sua figura descontraída e bonachã e lhe pedi um autógrafo, oportunidade que lhe perguntei por que tinha deixado a vida artística; e ele, ao entregar-me o cartão assinado, pelo qual agradeci, respondeu-me afavelmente: “Penso que o meu talento artístico foi-me dado como missão a cumprir, em obediência a um tempo certo para acontecer... Não só como está dito ‘n’O Eclesiastes’, mas também como sentencia Santo Isidoro!”
... E a olhar sorrindo para o Irmão Máximo António, continuaram a caminhar, desaparecendo rumo ao refeitório.
* Fernando Braga, in “Conversas Vadias” [toda prosa], antologia de textos do autor.
Vejamos o que dizem os nossos principais dicionários: a) Inspirar: “introduzir (ar) nos pulmões; estimular; influenciar”;
b) Expirar: “expelir (ar) pelos pulmões; exalar último suspiro; morrer; chegar ao fim”.
Leitor quer saber qual é a forma correta:
“No nosso sistema, o cadastro dos idosos INSPIRA ou EXPIRA a cada doze meses”?
O que se quer dizer é que o prazo de validade do cadastro dos idosos termina, que o cadastro perde a validade, que o prazo fica vencido. No sentido figurado, significa que o cadastro “morre”.
O correto, portanto, é: “No nosso sistema, o cadastro dos idosos EXPIRA a cada doze meses”.
2ª) Que é um VELÓDROMO?
Não sei se é verdade, mas um jornalista, leitor deste BLOG, garante que um deputado do seu Estado criou um VELÓDROMO, que seria o local onde as pessoas velam seus entes queridos neste período de pandemia do novo coronavírus.
Isso significa que, para o deputado, VELÓDROMO seria o local próprio para velórios. O que ele fez? Juntou a VELA (dos velórios) com DROMO, que vem do grego e significa “lugar, pista”. Bem criativo!
Se já temos o “hipódromo” (pista para corridas de cavalos) e o “autódromo” (para corridas de automóveis) e se já criamos o “sambódromo” (local para desfiles de escolas de samba), o “fumódromo” (local para os fumantes) e o “camelódromo” (local para as barracas dos camelôs), o deputado se achou no direito de criar o “velódromo”.
O problema é que a palavra VELÓDROMO já existe. Vem do francês “vélodrome” (vélo = bicicleta + “drome” = pista), ou seja, há muito tempo que “velódromo” é o nome que se dá para o local onde ocorrem corridas de bicicletas.
3ª) Grande maioria?
Vários leitores querem saber se “grande maioria” não é uma redundância.
Concordo com os leitores quando dizem que não existe “pequena maioria”.
Por outro lado, é interessante lembrar que 50% + 1 já é maioria e que, quando falamos em “grande maioria”, estamos falando em algo em torno de 90%, certamente em algo acima de 80% ou em quase a totalidade.
A meu ver, “grande maioria” se justifica porque tem sentido próprio e não se opõe a “pequena maioria”. Isso significa que não considero “grande maioria” uma redundância.
4ª) Vérsus OU versus OU contra?
A palavra VERSUS vem do latim e significa “contra”. Assim sendo, podemos dizer: “Sampaio versus Vasco” ou “Sampaio contra Vasco”.
Quanto à grafia, o melhor é escrever VERSUS sem acento agudo, pois em latim não havia acentos gráficos. Seria o mesmo caso de campus e habeas corpus.
5ª) Constrangimento ilegal?
Leitor quer saber se “constrangimento ilegal” não seria uma redundância, pois todo constrangimento é ilegal.
Não vejo redundância, embora concorde com o leitor quando afirma que não se fala em “constrangimento legal”.
O problema é que a palavra CONTRANGIMENTO apresenta várias acepções: “coação; embaraço, vergonha; acanhamento, timidez; aborrecimento, descontentamento”. Isso significa que nem todo constrangimento seja ilegal (= fora da lei ou contra a lei).
6ª) Intenção OU intensão?
Nosso leitor tem inteira razão. As duas palavras existem.
Vejamos o que dizem os nossos dicionários:
a) INTENÇÃO = “aquilo que se pretende fazer, propósito, plano, ideia; desejo, intento”;
b) INTENSÃO = “ato de intensar; força, veemência, energia; aumento de tensão”.
INTENSAR significa “tornar(-se) mais intenso; intensificar(-se)”.
7ª) Ressarcir OU devolver?
Não são sinônimos.
DEVOLUÇÃO do dinheiro é diferente de RESSARCIMENTO.
RESSARCIR é “fornecer compensação, indenizar, cobrir o prejuízo, reparar o dano; abastecer, prover”.
Teste da semana
Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas das frases abaixo:
1ª) “Eles não _________ a calma”;
2ª) “Chamaram os que ainda não _________ na CPI”;
3ª) “O juiz já _________ no caso”.
(a) manteram / deporam / interviu;
(b) mantiveram / depuseram / interveio;
(c) mantiveram / deporam / interveio;
(d) manteram / depuseram / interviu;
(e) mantiveram / deporam / interviu.
Resposta do teste: letra (b).
Verbos derivados devem seguir a conjugação dos verbos primitivos: MANTER é derivado de TER: se eles TIVERAM, eles MANTIVERAM; DEPOR é derivado de PÔR: se eles PUSERAM, eles DEPUSERAM; INTERVIR é derivado de VIR: se ele VEIO, ele INTERVEIO.
Carlos Cunha resolveu publicar o seu primeiro livro de versos. Lançou-o provocando surpresas. Não houve a preparação para o ato desta sua resolução. Nada. O poeta não quis esperar mais tempo. Insistiu em enfrentar as dificuldades e, estas, sempre estiveram na sua caminhada pela Vida. E POESIA DE ONTEM apareceu numa magnífica encadernação. Uma edição surpreendente. Moderna. Trazendo o sabor da novidade.
Manuseamos o opúsculo e, em cada página, a mensagem do seu autor. Na capa, a ilustração do pintor Antônio Almeida, uma sensibilidade de arte moderna. E lemos o livro do professor e jornalista que há em Carlos Cunha.
Conhecemos o poeta e o homem que existem no autor de POESIAS DE ONTEM. Uma expressão de tenacidade, de esforço e de dinamismo. Uma vida submetida a uma existência trabalhosa. Pobre, fez a pobreza a trincheira da sua resistência. Com ele, a fulguração intelectual. Com ele, o estudioso, a vontade de realizar alguma coisa de útil, útil a si, a sua família e aos seus conterrâneos. E conseguiu.
Bacharelou-se em Filosofia e está concluindo o curso de Geografia. Fundou o Ginásio Nina Rodrigues, o Colégio “Lourenço de Moraes” e, agora, oferece-nos seu primeiro livro de poemas. No lar, junto da esposa e de seus filhos. Realizou-se. Está na vida. Está na luta, está na conquista da glorificação intelectual. E se soube tão bem exemplificar a vida da Formiga melhor nos deu o exemplo da vida da Cigarra. Uma Cigarra boêmia cantando nos estios. Está na festa do esbanjamento do talento.
Seus poemas denunciam isto. Seus versos têm beleza, têm arte, têm sensibilidade. Contagiam. Mensagem da sua alma em sonhos, em realismo. Têm, também, um pouco de revolta. Reações naturais da sua formação mortal.
Sem pertencer a nenhuma escola literária, escolinhas de grupos, Carlos Cunha é o poeta da SENSIBILIDADE, o poeta deste romantismo que encanta, que tem fascinação e magia. Poesia da alma que desponta para sentir melhor a Vida.
Há, ainda, o poeta simbolista. São tendências, variedades de expressões e há a força dum sentimento próprio, sua maneira de sentir, de transmitir seus pensamentos, de criar emoções. A sua poesia não se fixou dentro das influências do meio intelectual em que vive. Não. Não se fixou dentro das medidas duma orientação poética. Sua poesia tem a sua presença em tudo. Riqueza da sua alma no transbordamento de sua Vida em amor, sua Vida na exaltação das suas próprias energias criadoras.
Não há o estranho. Não. Há a identificação da sua alma enamorada, seus sentimentos jogados no esbanjamento da inspiração, do talento, da forma sem os retoques duma técnica acadêmica. É a poesia pura, nascida na sua própria fonte. Água cristalina da fonte inesgotável da sua inteligência inquieta, sempre ditando belezas, dando aos versos o calor de sua própria existência em luta constante para chegar ao alto, atingir este AZUL que ele simboliza na paisagem de seus poemas.
Há a poesia nascida das experi6encias, a moldura de quadros vivos e impressionantes. Esta poesia está neste seu primeiro livro de poemas POESIAS DE ONTEM. Sim, tem a sua meninice, sua mocidade na rebentação dos anos.
É assim que sentimos o poeta que acaba de publicar o seu livro de estreia. POESIAS DE ONTEM.
Menino pobre das ruas da cidade, Carlos Cunha ainda está nas ruas desta Ilha de Sonhos, plantando, na terra dadivosa, a boa semente e colhendo já, os bons frutos. O poeta de HOJE marca o seu encontro com o poeta de AMANHÃ, mais vigoroso, mais senhor de si, mais EU, mais independente e, em seu favor, a iluminação de um SOL, clareando sempre a sua caminhada para o Panteão dos nossos MAIORES. POESIAS DE ONTEM são as poesias de sempre, as poesias de CARLOS CUNHA.
* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 19 de maio de 1967 (sexta-feira).
O Festival Instrumental Mulambo Jazzagrário reunirá neste fim de semana, em nove apresentações, 12 projetos e artistas das periferias do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, entre outras cidades, totalizando a participação de mais de 40 músicos. As apresentações poderão ser acompanhadas neste sábado (10) e domingo (11), em formato virtual, a partir das 16h, no YouTube da Rádio Escada, produtora visual localizada na capital fluminense.
Esta é a sexta edição do festival e a primeira que com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio da Lei Aldir Blanc. O patrocínio possibilitou que o evento ganhasse uma dimensão maior, reunindo grandes nomes da música instrumental e novos talentos que foram “garimpados” pelos curadores Nathália Grilo e Roberto Barrucho nas periferias do país.
Entre os músicos convidados, um dos destaques é o pianista Amaro Freitas, de Recife, segundo o curador Roberto Barrucho. Da periferia da capital pernambucana, Freitas ganhou o respeito internacional e tem discos lançados na Europa. “Trazer esse tipo de músico, que já tem uma projeção internacional, serve para provar aos moradores das periferias que é possível, que existe um caminho para os que estão conseguindo fazer a música e um modo de viver e de se expressar artisticamente”, disse o curador à Agência Brasil.
Tributo
A primeira edição do evento ocorreu em 2016, na zona oeste do Rio de Janeiro, como um tributo ao multi-instrumentista carioca Fernando Grilo, que morreu precocemente aos 22 anos, em 2015, quando viajava para o Nordeste para fazer uma apresentação com o percussionista Naná Vasconcelos.
Segundo Barrucho, Fernando Grilo usava a música instrumental na periferia do Rio como uma força local, “como potência, para as pessoas entenderem que podem fazer esse tipo de arte também”. Grilo influenciou uma geração de músicos, produtores e agitadores culturais da cena da música instrumental independente e suburbana do Rio de Janeiro.
Por meio de iniciativas como “Jazz na caixa”, promovida na Vila Aliança, em Bangu; “Realengo of Jazz”, no Viaduto de Realengo; e da “Oficina de música criativa”, em Manguinhos, Fernando Grilo agitou a cena musical dos subúrbios do Rio, mostrando um caminho para a visibilidade da cena instrumental periférica.
O curador explicou que, ao atingir espaços marcados pela violência policial e pelo abandono do Estado, Grilo alimentou sons de qualidade de modo acessível a todos, construindo uma rede de possibilidades para músicos de comunidades e guetos. “Era a música também como movimento de ação política”, disse Roberto Barrucho, que assina a curadoria do festival com a viúva de Fernando Grilo.
A partir da primeira edição em homenagem a Grilo, os organizadores decidiram transformar o evento em um festival de caráter permanente.
Delicadeza e sensibilidade obtidas por meio da transparência de cores, que, na maioria das vezes, são suaves. Essas são algumas das características da pintura em aquarela. Mas, para transmitir a emoção e a força do trabalho executado pelos bombeiros de Brasília, a artista por paixão, Luiza Aguirre, teve de subverter alguns desses conceitos. Em vez de cores delicadas, os tons são quentes, como o vermelho e o alaranjado. Em vez de pequenas telas, as obras são grandiosas. Tudo para retratar, em 50 quadros, o dia a dia de profissionais que têm como rotina a vida e a morte.
O fruto de dois anos de trabalho da médica que se tornou artista plástica pode ser conferido na exposição “CBMDF: Ação e Arte”. A mostra vai até o dia 16 e faz parte da programação especial em comemoração aos 61 anos de Brasília.
Nas obras, o público pode conferir um pouco do cotidiano dos militares do Corpo de Bombeiros: ações de resgate, a tragédia em Brumadinho e até o trabalho de auxílio na doação de leite materno (os bombeiros são alguns dos responsáveis pela coleta do leite). “Procurei colocar a minha emoção e a força e coragem desses militares nessas pinturas. Quem vê essa exposição vê um desfile de coragem, desprendimento, ajuda e civilidade”, revela a artista.
“É uma honra ver o trabalho da nossa corporação em um local tão simbólico para a capital do país. A exposição apresenta ao público aquarelas figurativas nas quais evidencia a luta diária dos bombeiros e bombeiras que atuam no CBMDF. A artista conseguiu representá-la com beleza e poesia”, avalia o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), coronel Willian Augusto Ferreira Bomfim.
Visitas
A mostra está sendo realizada no Centro de Atendimento ao Turista Casa de Chá na Praça dos Três Poderes. Quem quiser conferir a exposição pode ficar tranquilo. Todos os protocolos de segurança de prevenção à covid-19, definidos em decreto pelo governo do Distrito Federal, são adotados nas visitações. Entre eles, o uso obrigatório de máscara facial e de álcool em gel, bem como o distanciamento com acesso limitado.
Serviço
Exposição “CBMDF: Ação e Arte”
Quando: Até 16 de abril, das 9h às 18h
Onde: Centro de Atendimento ao Turista Casa de Chá – Praça dos Três Poderes