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O Festival Internacional de Cinema Feminino (Femina) realiza sua décima quarta edição no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ) de 13 a 18 deste mês. Serão exibidos gratuitamente para o público mais de 30 filmes de curta e longa-metragem, dirigidos por mulheres cis e transgêneros, pessoas não binárias ou que se identificam socialmente como mulheres, de 35 países e oito Estados brasileiros.

A abertura do festival será no Estação Net Botafogo, no dia 12, às 21h, também com entrada franca, com exibição do filme Canções de Terra (Songs of Earth), da diretora norueguesa Margreth Olin. Inédito no Brasil, o documentário foi escolhido pela Academia de Cinema da Noruega para representar o país no Oscar de filme estrangeiro, em 2024. O filme será reprisado no dia 16, no CCBB RJ.

A diretora e produtora do Femina, Paula Alves informou que o festival terá duas competições de curtas e longas-metragens, sendo uma nacional e outra internacional. O júri para produções nacionais é composto por Ana Flávia Cavalcanti (atriz), Fernanda Teixeira (cineasta, montadora e diretora de arte) e Manaíra Carneiro (realizadora). Já o júri para os filmes internacionais é formado por Consuelo Lins (professora e pesquisadora), Marina Meliande (cineasta, produtora e montadora) e Beth Sá Freire (curadora de cinema).

Entre os destaques da programação, estão os filmes brasileiros Eu deveria estar feliz, de Claudia Priscilla, e Sua Majestade, o passinho, de Carol Correia e Mannu Costa, além de Upwards Tide, da austríaca Daniela Zahlner, e De onde nasce o Sol, da espanhola Gabriele Stein.

Na cerimônia de encerramento, no dia 18, será prestada homenagem a uma personalidade feminina do cinema brasileiro, como ocorre todos os anos. Nessa edição, a homenageada será a cineasta Laís Bodanzky, que estará presente ao evento. “A gente vai exibir Como Nossos Pais, que é o longa-metragem mais recente dela, lançado, de 2017. É um filme que tem tudo a ver com as questões de gênero”, disse Paula. A programação pode ser acessada aqui.

Femina

O Femina também promove, desde a  sua primeira edição, seminários em três dias consecutivos. Este ano, a diretora informou que eles serão realizados em parceria com o Grupo de Pesquisas sobre Gênero, Sexualidades, Reprodução e suas Interseccionalidades (Generis), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As três mesas têm os seguintes temas: Fontes de Dados e Pesquisas em Gênero, Identidades e Sexualidades, Desigualdades de Gênero no Trabalho, Ciências e Educação e Estudando a violência contra mulheres: o desafio dos dados. “É bem legal discutir o trabalho produtivo, a presença das mulheres no corpo docente das universidades, como pesquisadoras, somo solicitantes de patentes. Já conheço algumas dessas pesquisas e sou bem entusiasta”, afirmou Paula Alves

O Festival Internacional de Cinema Feminino é realizado pelo Instituto de Cultura e Cidadania Feminina, organização sem fins lucrativos, cujo objetivo é divulgar e promover o trabalho das mulheres no cinema e na cultura. Esse foi o primeiro festival a falar sobre questões de gênero, além de exibir, desde 2006, filmes de pessoas trans e não binárias. 

(Fonte: Agência Brasil)

Doze jovens da Orquestra de Câmara do Pantanal se apresentam às 17h deste domingo (10), com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), no Parque Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro.

A orquestra do Pantanal faz parte do Programa Vale Música de Corumbá, do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano. Também participam do concerto desta tarde estudantes de música do mesmo projeto nas cidades de Belém e Serra (ES).

Na programação, músicas de Bizet, Puccini, Villa-Lobos, entre outros compositores, tendo como solista a soprano Gabriella Pace. A regência será do maestro Renan Cardoso.

O evento é gratuito, com classificação livre, e celebra o encerramento das atividades desenvolvidas entre a OSB e os jovens do Programa Vale Música, que participaram de ações didáticas e artísticas juntos, ao longo deste ano.

A diretora e fundadora do Instituto Moinho Cultural, Márcia Rolón, contou à Agência Brasil que a OSB ministra aulas on-line e presenciais para os alunos de música da entidade nas três cidades e, no concerto de hoje no Rio, as duas orquestras comemoram a parceria.

“Esse formato [de intercâmbio dos jovens] é muito forte e compacto, no qual a gente já está trabalhando há dois anos”, disse Márcia.

Na Expo 2020, realizada em outubro de 2021, em Dubai, nos Emirados Árabes, os jovens musicistas de diferentes polos do Programa Vale Música tocaram profissionalmente. Alguns dos alunos que se apresentarão no Rio já são profissionais, monitores ou professores do Moinho Cultural. “A gente capacita, e eles se tornam colaboradores do Instituto”, salientou a diretora. “Eles mesmos vão recriando o projeto”, completou.

Fronteira

O Instituto Moinho Cultural vai comemorar 20 anos de existência em 2024 com o lançamento de um livro que narra sua trajetória. Márcia Rolón conta que, ao longo desse período, o Moinho Cultural sistematizou uma metodologia própria de trabalhar na fronteira com a Bolívia.

“Hoje, tem um projeto sociocultural com uma linha muito forte de educação integral funcionando na fronteira como uma cultura de paz. A gente, na fronteira, trabalha nessa cultura de paz com música, dança, tecnologia e cultura literária, ou cultura de letramento”.

O Moinho Cultural tem dois grandes núcleos artísticos: a Companhia de Dança do Pantanal e a Orquestra de Câmara do Pantanal, além de 450 participantes fronteiriços. “A gente sistematizou isso e, no ano que vem, vai lançar esse método, com o intuito de conseguir uma franquia social, ou seja, disseminar essa conversa de fronteira”.

O concerto deste domingo e as ações que ocorreram durante o ano fazem parte do Conexões Musicais, programa de responsabilidade social da Fundação OSB, em atuação desde 2017, que já esteve presente em 30 municípios e impactou diretamente mais de 5,5 mil alunos.

A iniciativa tem como objetivos principais a valorização da cultura local, a transformação social em territórios de vulnerabilidade socioeconômica e a aproximação do público jovem da música de concerto, levando aprimoramento técnico a estudantes de música atendidos por projetos sociais parceiros.

O Instituto Moinho Cultural começou com 180 alunos em corpos artísticos de música e dança e, hoje, contabiliza mais de 100 mil beneficiados, direta e indiretamente.

(Fonte: Agência Brasil)

A noite de sábado (9), em Miami, nos Estados Unidos, foi de muitas vitórias para o Brasil. O Panam Sports Awards, premiação para os atletas que se destacaram durante o Pan e o Parapan – que, neste ano, foram disputados em Santiago, no Chile –, coroou o 2023 de quatro brasileiros: Rebeca Andrade (foto em destque), Monik Bisoni, Maria Eduarda Alexandre e Douglas Matera. No total, foram 16 categorias premiadas.

Rebeca, que conquistou quatro medalhas (dois ouros e duas pratas) em Santiago na ginástica artística, ganhou na categoria Participação de Destaque, para atletas que tiveram grande desempenho dentro e fora do esporte.

Monik Bisoni, que foi campeã do torneio feminino de e-football no Pan, ganhou como Melhor Atleta de E-sports.

Maria Eduarda Alexandre, da ginástica rítmica, foi a vencedora na categoria "Legado Cali 2021 feminina", para atletas que se haviam destacado anteriormente nos Jogos Pan-Americanos Júnior, dois anos antes, realizados na cidade colombiana. Em Santiago, a ginasta de apenas 16 anos ganhou quatro medalhas: ouro no arco e nas maças, prata na fita e bronze no individual geral.

Por último, o nadador paralímpico Douglas Matera, da classe S12 (baixa visão), ganhou como melhor atleta masculino do Parapan. Ele teve um desempenho incrível na capital chilena: disputou oito provas e ganhou as oito.

(Fonte: Agência Brasil)

A Declaração Universal de Direitos Humanos completa 75 anos neste domingo (10), e o mundo ainda não conseguiu garantir os direitos previstos neste documento para todas as pessoas. A prova disso são os conflitos, as guerras, além das violações diárias de direitos como alimentação e habitação. No Brasil, não é diferente.    

“Quando a gente fala em direitos para todos e na implementação da Declaração Universal, tem que entender que tem um caminho gigantesco a percorrer porque a gente está em um país em que tem miséria, em que tem fome, em que tem violência, em que tem uma família que tem um adolescente ou jovem negro que pode não voltar para casa simplesmente por ser um jovem negro, por ser um jovem periférico, por ser jovem morador de favela. A gente não está falando em implementação de direitos, a gente está falando que a gente está muito distante”, avalia a diretora de programas da Anistia Internacional Brasil, Alexandra Montgomery.  

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi firmada, em 1948, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, três anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, com o nazismo derrotado, o mundo divido entre socialistas e capitalistas e no início da Guerra Fria, que se estenderia de 1947 a 1991. O documento, aprovado pelo Brasil, prevê, de forma geral, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e a observância desses direitos e liberdades. Trata-se do documento mais traduzido no mundo, alcançando  500 idiomas e dialetos. 

No Brasil, a Declaração é incorporada à Legislação na Constituição Federal de 1988, garantindo a todas as pessoas os direitos à educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, entre outros.  

“Direito é direito. Não pode ser confundido com uma série de privilégios, e tem que se aplicar a todo mundo. Não pode se aplicar somente a alguns, senão não é direito, é privilegio”, ressalta Montgomery.  

Brasil

Para marcar a data, a Anistia Internacional Brasil destaca algumas das demandas brasileiras para a garantia dos direitos humanos. Entre elas, está a erradicação do assassinato de jovens negros por forças de segurança pública; a erradicação da violência baseada em gênero e do feminicídio; e, a garantia da proteção de defensoras e defensores de direitos humanos e ambientalistas. 

Dados nacionais mostram a dimensão dessas violações no país. Em relação ao assassinato de jovens negros por forças de segurança pública, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, uma média de 17 pessoas foram mortas pela polícia por dia, um total de 6.429 mortes; 99,2% das vítimas eram homens e 83,1% eram negros. 

Já em relação a violência contra mulheres, em 2022, segundo dados do Monitor da Violência e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher foi morta a cada seis horas em média, chegando a marca de 1.437 mulheres vítimas de feminicídio no ano.  

O Brasil é ainda o quarto país do mundo que mais mata defensores de direitos humanos e ativistas do meio ambiente e do clima. Houve um aumento de casos de assassinatos, ameaças, perseguições de camponeses, povos da floresta, indígenas e comunidades tradicionais nos últimos anos – enquanto em 2013 registrou-se 1.338 ocorrências, em 2022, foram 2.018, o que representa um aumento de 50%, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra.  

Medidas

A Anistia aponta ações do Poder Público para cada um dos casos. Entre elas, a definição explícita, em leis e regulamentos, da responsabilidade dos comandantes e outros superiores por conduta ilegal da polícia e proibição explícita da discriminação racial.  

A entidade aponta também como medida o aprimoramento de canais de atendimento e delegacias da mulher para garantia de um atendimento humanizado e baseado em princípios de direitos humanos e da não revitimização, com o devido treinamento de profissionais para escuta qualificada.  

Outra medida é a revisão do Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos e sua regulação, para garantir ampla participação social e que as medidas protetivas atinjam demandas individuais e coletivas, além de uma perspectiva racial e de gênero.  

Segundo Montgomery, é preciso garantir, no âmbito das decisões das políticas públicas, a participação da população e dos movimentos sociais, para que as medidas sejam mais adequadas às realidades brasileiras. A diretora de programas da Anistia Internacional ressalta que o Dia dos Direitos Humanos e os 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos é também uma data que marca “uma aposta na esperança.  Na esperança de um mundo melhor, na esperança de uma convivência mais pacífica, mais plural”, diz, e acrescenta: “eu gostaria de ter esperança, porque se não se tem esperança, não se tem perspectiva de futuro”.  

(Fonte: Agência Brasil)

A Radioagência Nacional estreia, nesre domingo (10), o podcast Crianças Sabidas, com jornalismo voltado para o público infantil. O primeiro episódio explica o que são os direitos humanos, para marcar a celebração dos 75 anos do lançamento da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O documento internacional foi proclamado no contexto do pós-guerra e depois da criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, no intuito de assegurar a paz no mundo. 

Com produção, roteiro e narração da jornalista da Agência Brasil Akemi Nitahara, que é autora da série de livros infantis Naomi e Anita, o podcast conta também com a locução da menina Maria Eduarda Arcoverde, de 8 anos. 

Destacando os principais artigos da declaração, o trabalho traz explicações das especialistas Irene Rizzini, professora do Serviço Social da PUC-Rio e diretora do Centro Internacional de Estudos e Pesquisa sobre a Infância (Ciespi); e Andréa Sepúlveda, defensora pública do Estado do Rio de Janeiro que trabalha na coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.  

“Ao nascer, é muito importante que a criança seja muito bem cuidada, né? Porque ela nasce com muitos potenciais, todas as crianças, mesmo aquelas que, depois, vão mostrar que tem alguma doença, alguma deficiência qualquer, algum atraso no seu desenvolvimento. Mesmo assim, todo mundo tem potenciais”. 

 “Agora, para atingir esses potenciais, a criança precisa comer bem, ela precisa de afeto, de cuidados, ela precisa se sentir protegida, ela precisa se sentir segura. E essas coisas, não basta dinheiro. O dinheiro é importante para assegurar que ela tenha uma casa, que ela se sinta protegida, que, nessa casa, ela tenha alimentação pro corpo desenvolver, pro cérebro desenvolver. Mas, junto com isso, tem toda a parte emocional, que depende dela estar se sentindo segura, protegida e amada no seu contexto”, destaca a professora Irene. 

Dialogando com as crianças, Andréa fala que os direitos humanos são como “superpoderes”, porque, apesar de não estarem garantidos e muitas pessoas passarem por sérias violações, com eles é possível reivindicar seu cumprimento.  

“Quando eu falo que os direitos são como superpoderes, é porque eles são instrumentos. Se eles fossem totalmente implementados, a gente teria a sociedade ideal, né? Mas a gente vive numa luta de poderes. Então, quanto mais poder um determinado grupo tem na sociedade, mais os direitos daquelas pessoas são assegurados. As pessoas que têm menos poder, que estão numa situação de vulnerabilidade, não conseguem virar esse jogo. E, por isso, é muito importante que a gente tenha movimentos sociais, que a gente tenha educação para a política, que as pessoas saibam que elas podem lutar pelos seus direitos”.  

O primeiro episódio de Crianças Sabidas está disponível também, nos tocadores de áudio e com interpretação em Libras no YouTube.   (Fonte: Agência Brasil)

O Sampaio Corrêa, único representante do Brasil na Conmebol Libertadores de Beach-Soccer 2023, encerrou, nesse sábado (9), sua participação na competição sul-americana. A equipe tricolor terminou o torneio na sexta colocação com uma campanha com quatro vitórias e duas derrotas. O último revés tricolor aconteceu diante do Antioquia (COL) por 5 a 4. Com o triunfo, os colombiano conquistaram o quinto lugar. CLIQUE AQUI E CONFIRA OS MELHORES MOMENTOS DA PARTIDA.

No duelo contra o Antioquia, o Sampaio Corrêa foi surpreendido nos minutos iniciais. Melhor para o time da Colômbia, que abriu 2 a 0 no placar. A equipe maranhense melhorou em quadra, pressionou e, no segundo tempo, Sikinha e Edson Hulk (2) foram às redes: Sampaio 3 a 2. 

No terceiro período, os colombianos voltaram a igualar o marcador: 3 a 3. Com um bom volume ofensivo, o Sampaio fez 4 a 3 em um golaço de Netinho concluindo de bicicleta. No entanto, a vantagem no placar foi desfeita segundo depois. Na saída de bola, Donado chutou, a bola desviou na defesa tricolor e enganou o goleiro Jefinho: 4 a 4. 

O Sampaio era melhor em quadra e criava inúmeras oportunidades. Mas as chances de gol eram, uma a uma, sendo desperdiçadas. No fim, Acosta aproveitou jogada ensaiada em uma cobrança de escanteio para, de cabeça, dar números finais ao jogo e garantir o quinto lugar da Conmebol Libertadores para o Antioquia. Com o revés, o Sampaio Corrêa ficou na sexta posição. 

“Tivemos um pouco de azar na partida de hoje, mas a gente, tanto os atletas e quanto a comissão, assumimos a responsabilidade da derrota. Quando ganha um, ganha todos e, quando perde um, perde todos. A equipe vai continuar unida em busca de nossos sonhos e vamos dar ainda muitas alegrias à torcida do Sampaio. Agora, é levantar a cabeça e seguir em frente”, afirmou o ala Filipe Silva. 

Campanha

O Sampaio Corrêa fez uma fase de grupos perfeita na Conmebol Libertadores de Beach-Soccer 2023 ao vencer suas três partidas com autoridade e terminar na liderança do Grupo C com 9 pontos: 6 a 2 sobre o San Antonio (PAR), 7 a 2 sobre o Sportivo Cerrito (URU) e 5 a 4 sobre o Acassuso (ARG). Nas quartas de final, o time tricolor foi derrotado pelo Presidente Hayes (PAR) por 7 a 5. 

Com o revés, o Sampaio foi para a disputa do 5º ao 8º lugar. Nessa fase, venceu o Camba Pizzero (CHI) por 4 a 1 e perdeu por 5 a 4 para o Antioquia (COL).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

– A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção foi assinada há 20 anos, em 9 de dezembro de 2003, no México.

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Senhores Corruptos: Ao reenviar-lhes pela enésima vez esta missiva, ante as últimas informações de corrupção em Brasília e ante as velhas demonstrações de cinismo, começo dizendo-lhes que estou meio sem opção acerca de qual vocativo usar no início desta carta. (Se não sabem  – até porque suas preocupações giram é em redor dos números, do dinheiro, e não das letras  –, vocativo é o modo como se chama, como se trata alguém no começo de uma correspondência).

Seria um contrassenso chamá-los “Excelentíssimos Senhores Corruptos”. Igualmente, não pegaria bem “Ilustres Corruptos”. “Prezados Corruptos”, então... – seria a maneira mais simples, embora, da mesma forma, inadmissível. Qualquer palavra a mais, um oxímoro, um paradoxo.

Na verdade, vocês são apenas o que são: corruptos.

Não adianta o esforço de mídias compradas, os discursos e trejeitos e encenações. Não interessa que famintos de comida e pobres de consciência os louvem.

Importa tampouco se vocês são as peças principais ou acessórias/“assessórias”, se apenas “preparam o terreno” e fazem o “jogo sujo”, para manter o emprego ou partilhar uma porção infinitamente menor do saque, da pilhagem, do butim.

Nada importa. No fundo, na alma, em essência, todos vocês são apenas isso: corruptos.

Fiquem sabendo: corrupção é defeito de personalidade. Ou melhor, é ausência dela. O corrupto se acredita no direito de possuir o que não é seu. Ele furta, ele rouba, mas nem por isso ele é propriamente um gatuno ou um ladrão (repetindo, ele não passa disso mesmo: é, tão só e para sempre, um corrupto).

Não importa se suas ações são ou não do conhecimento de outros ou se haja ou não sentença definitiva da Justiça: o corrupto sabe que ele não presta, que ele não é um modelo, que ele não adiciona valor, embora subtraia rendas. Ele sabe que é um corrupto. E para o mais Supremo de todos os tribunais, é o que basta.

Vocês, corruptos, elaboram mil e uma desculpas públicas, tentam iludir o próprio sentido e consciência, mas em qualquer canto do cérebro de vocês tem, pelo menos, um dos 86 bilhões (gostaram do número?) de neurônios, pelo menos uma célula cerebral, repita-se, um neurônio entre 86 bilhões ululando e pululando com a informação gravada, como se fora uma placa interna e eterna, indestrutível: “Eu sou um corrupto”. Sem falar que nem todas as pessoas (e elas são muitas e variadas em uma cidade e oito bilhões na Terra) se deixam iludir pelo carnaval e pantomimas que o cinismo, a amoralidade e a hipocrisia criam.

Enquanto escrevo estas maltraçadas linhas, vem-me à mente o vocativo menos inadequado para vocês: “Caros Corruptos”. Porque vocês são “caros” mesmo. Manter a fome de dinheiro, a sanha por poder de vocês não é barato. Vocês arrombam cofres, maquiam contas, mascaram ações, forjam, falsificam, alteram documentos e adulteram pessoas, criam do nada e somem com tudo.

Isso não quer dizer que vocês sejam “mágicos” ou “artistas”. São, apenas, corruptos. Este é o nome, este é o (des)qualificativo, esta é a pecha que, como carimbo na testa, como tatuagem na alma, vocês irão levar para o túmulo e deixar na História.

Todo corrupto é um criminoso, um assassino: rouba oportunidades, nega direitos, descumpre deveres e, até, mata mesmo. Quando podia alimentar mais, preferiu encher sua própria mesa. Quando podia empregar mais, empregou para si. Quando podia construir obras, construiu papéis. Quando podia produzir coisas, fabricou imagens. Para o corrupto, o valor das coisas está no preço das pessoas.

Vocês, corruptos, tinham opção. Não roubar. Não fazer “caixinhas” ou “caixas dois” com dinheiro alheio. Não produzir falsos testemunhos. Não ameaçar. Não intimidar.

Vocês tinham opção. Entretanto, pelo poder do dinheiro e pelo dinheiro do Poder, preferiram render-se ao patrimônio, vender-se ao Demônio.

Não se sabe qual é a concepção de felicidade de vocês nem se vocês a procuram. De qualquer modo, felicidade é estado do ente (isto é, do ser), é uma condição da mente. Nos corruptos, isso muda para “estado doente” e “condição demente”.

Doença... Loucura... A sanidade moral e mental foi subvertida.

Corruptos: vocês estão ferrados. Mais dia menos dia, vocês vão pagar. Ah, se vão!... Um dia a Imprensa deixará de ser tão “imprensada” (por vocês), a Justiça será mais justa, o Ministério Público será mais do povo, e o povo será menos besta. E se as leis e a coragem de quem as deveria manter não são suficientes, da lei natural os corruptos não escaparão: ela vergará seu peso sobre eles, e eles, de bolso cheio e alma vazia, morrerão.

E a História inscreverá em lápide a sentença final:

“Aqui jaz um corrupto.

Sua vida não foi um exemplo para a sociedade; sua morte é um alívio para a Humanidade.

Pela imagem e semelhança que tinha, ele envergonhou a Deus.

Que Ele se apiede de sua alma.

‘Requiescat in pace’.

[Descanse em paz]”.   

* EDMILSON SANCHES

O percentual de pretos e pardos nomeados para trabalhar como docentes de universidades públicas após concurso foi de 0,53% entre junho de 2014 e dezembro de 2019. O percentual é 37 vezes menor do que estabelece a lei: 20% das vagas.

No cômputo total dos concursos públicos naquele período, as pessoas negras ficaram com 15,4% das vagas para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.

Os dados constam no Relatório Quantitativo sobre a Implementação da Lei 12.990, de 2014, elaborado, em 2021, pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com outras instituições.

A baixa seleção de pretos e pardos para o magistério superior se explica pelo fracionamento da oferta de vagas. “Como a norma se aplica apenas aos casos em que haja mais de três vagas disponíveis, o efeito da divisão por cargo/região é a diminuição do total de vagas reservadas para cotas, especialmente nos órgãos ou instituições onde é comum haver muitas unidades administrativas ou campi espalhados por diferentes regiões do país”, descreve relatório apresentado nessa sexta-feira (8), na Enap em Brasília.

Justiça

O levantamento também traz análise de conteúdo de 129 ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Esses processos judiciais ingressaram entre 6 de junho de 2017, quando a Corte julgou a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ACD nº 41) relacionada à lei de cotas no serviço público, e 15 de outubro deste ano, quando encerrou a coleta para a pesquisa.

Conforme o estudo, uma das razões apontadas para as dificuldades do cumprimento da lei “é a inconsistência na interpretação da norma, tanto por parte do Poder Judiciário como por parte dos gestores que formulam os editais para seleção e apresentam compreensões diversas sobre o cumprimento do texto legal.”

Para evitar a judicialização contra as cotas para negros nos concursos públicos e outras demandas contra a Lei nº 12.990/2014, o relatório propõe que o texto da norma passe a incluir certames para cartórios de registro e para cargos e empregos permanentes e provisórios nas Forças Armadas.

O documento também aponta para a necessidade de capacitação para o letramento racial dos magistrados e integrantes do Poder Judiciário; e propõe a garantia de que a ordem classificatória da lista de vagas reservadas tenha efeito ao longo de toda a carreira funcional dos servidores nomeados por cotas; entre outras medidas.

(Fonte: Agência Brasil)

Em 35 anos de carreira, os Racionais MC’s quebraram diversas barreiras ao fazer com que o rap produzido nas periferias de São Paulo chegasse a todo o país. Críticas à violência policial, à desigualdade social e ao racismo foram ouvidas nas rádios e na televisão, por jovens, trabalhadores e, também, pelos que tinham poder de decisão. Os quatro integrantes do grupo abriram mais uma porta ao se tornarem os primeiros negros e os primeiros músicos a receber o título de doutores honoris causa pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O parecer recomendando a concessão da honraria inclui os rappers Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e KL Jay entre os “maiores intelectuais da contemporaneidade brasileira”. A distinção foi aprovada pelo conselho universitário da instituição no fim de novembro.

“Trata-se de uma unidade referenciada pela coletividade. E que em suas letras e práticas públicas devolve à coletividade um sentido de história partilhada e associativa, que busca tocar imediatamente a audiência de pobres e negros periféricos. Mas, a partir deste lugar, fala sobre e para o Brasil, mais amplo que aquela audiência”, diz o professor Mário Medeiros, do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e presidente da comissão de especialistas formada para avaliar a pertinência da concessão do título ao grupo.

Formação teórica

A ideia de conceder o título de doutores honoris causa aos Racionais surgiu em uma disciplina de graduação ministrada pela professora Jaqueline dos Santos, que também é pesquisadora de Geledés Instituto da Mulher Negra. A organização foi fundamental na formação política do grupo. Foi lá que, no início da década de 1990, os músicos se aproximaram de temas como o feminismo negro.

“O Geledés era nosso ponto de encontro na época. A gente se encontrava para trocar informações, ideias e livros, falar sobre os livros, as leituras. Era um ponto de encontro – a [escritora e ativista antirracismo] Sueli Carneiro era tipo a chefe. Dali, começou a surgir todo um movimento, uma história de escrever as letras e de praticar as coisas que Malcolm X [ativista dos direitos humanos e defensor do nacionalismo negro nos Estados Unidos, morto em 1965] falava. Dali, a gente despertou o interesse pela leitura”, relembrou Kl Jay em aula pública na Unicamp, em novembro de 2022.

Segundo o professor Mário Medeiros, a proposta também foi pensada em conjunto com outras instituições como o Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial (Afro Cebrap) e a Universidade Estadual de Londrina.

Leitura obrigatória

A primeira incursão formal dos Racionais na Unicamp, no entanto, foi em 2020, quando o livro Sobrevivendo no Inferno passou a ser de leitura obrigatória para o vestibular de ingresso na universidade. A publicação traz as letras do álbum lançado, em 1997, pelo grupo.

O disco tem algumas das músicas mais conhecidas do grupo, como Diário de um Detento. “Após o lançamento da música, diversos grupos de rap começaram a surgir dentro dos presídios, como 509-E, Detentos do Rap e Liberdade Condicional, entre outros, que viram no gênero musical uma saída para transformar suas vidas”, diz sobre os impactos da produção do grupo.

Medeiros enxerga o título dado aos músicos como uma forma de abrir as portas da universidade para valorização de grupos até hoje sub-representados na instituição. “A Unicamp poderá iniciar um ciclo distintivo e distinto em sua trajetória, em que intelectuais negros, mulheres intelectuais e intelectuais dos povos originários possam ser reconhecidos e representados como sujeitos valorizados por uma renomada instituição de conhecimento e saberes, em que sua contribuição para produção de conhecimento sobre a sociedade é legitimada”, enfatiza.

Além disso, o professor espera que a honraria se estenda a todas as comunidades que, no mundo, “compartilham com o grupo as experiências e marcas sociais históricas comuns”. “O efeito irradiador de sentidos positivos, político e cultural, é muito amplo”, afirma.

(Fonte: Agência Brasil)

Principais nomes do kitesurf brasileiro, os maranhenses Bruno Lobo e Socorro Reis foram indicados ao prêmio “Melhores do Ano 2023”, maior homenagem da vela no país, promovida pelo site Regras de Regata. Heptacampeões brasileiros da modalidade e medalhistas nos Jogos Pan-Americanos de 2023, Bruno e Socorro estão na disputa do prêmio de melhores velejadores do ano em suas respectivas categorias. Para votar, basta acessar o seguinte linkregras.com.br/vote

Durante a temporada de 2023, Bruno Lobo, que é patrocinado pelo Grupo Audiolar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Bolsa-Atleta e da Revista Kitley, brilhou em eventos internacionais e garantiu vaga antecipada nos Jogos Olímpicos de 2024. Bruno faturou o seu segundo ouro na história da Fórmula Kite nos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile, ficou no Top 10 do Mundial de Vela, que ocorreu em agosto, na Holanda, e também conquistou o quinto lugar no evento-teste da Olimpíada, realizado em julho, na Marina de Marselha, na França, sendo o único atleta da América do Sul na disputa e lutando pelo título contra os principais nomes da modalidade no planeta.

Também neste ano, Bruno Lobo se destacou na Allianz Regatta, evento válido como etapa da Copa do Mundo de Vela e disputado no início de junho, em Lelystad, na Holanda. O atleta maranhense foi o melhor kitesurfista das Américas e conquistou a nona posição na classificação geral da competição. Já em abril, Bruno foi o melhor atleta das Américas, ficou em sétimo lugar entre os países e também conquistou a 11ª posição na classificação geral do Troféu Princesa Sofia, um dos eventos mais tradicionais da vela, em Palma de Mallorca, na Espanha.

Socorro Reis

Socorro Reis, que é patrocinada pela Fribal e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Grupo Audiolar, da Revista Kitley e do programa Bolsa-Pódio, também teve ótimas campanhas ao representar o Maranhão em eventos continentais e mundiais. Antes de conquistar a inédita medalha de bronze no Pan 2023, Socorro Reis defendeu o Brasil no Campeonato Mundial de Vela e conquistou um resultado expressivo na tradicional Allianz Regatta, evento válido como etapa da Copa do Mundo de Vela e que reuniu as principais kitesurfistas do mundo no início de junho, em Lelystad, na Holanda. A maranhense foi a segunda melhor atleta das Américas e a 21ª colocada geral na competição em águas holandesas.

Além disso, Socorro Reis teve um desempenho de alto nível nos primeiros eventos do ano. Em fevereiro, a maranhense garantiu o segundo lugar das Américas e a nona posição na classificação geral do Clearwater US Open, que ocorreu em Clearwater, nos Estados Unidos. Já em março, Socorro brilhou no Campeonato Pan-Americano de Fórmula Kite, em Cabarete, na República Dominicana, onde conquistou o vice-campeonato continental e ficou na terceira colocação na classificação geral. Socorro Reis também representou o Maranhão e o Brasil na tradicional Semana Olímpica Francesa, disputada em abril, na cidade de Hyères.

(Fonte: Assessoria de imprensa)