EDITH VALOIS nasceu em 24 de novembro de 1910, na cidade de São Luís (MA), filha de Raimundo João Vallois e Esther Rosa Serrão Vallois. Iniciou sua trajetória docente como professora primária no município de Cajapió (MA) lecionando no curso primário. Ela teve uma vida dedicada à educação e, com isso, colheu os frutos do reconhecimento de muitos que aprenderam com ela não só os valores culturais, mas a virtudes e os valores levados para a vida.
Na família, não teve filhos biológicos, mas participou ativamente como educadora na vida de várias pessoas – orientando, instruindo, exercendo uma missão por vezes maior do que a de um pai ou mãe. Sua grande obra, com certeza a que a notabilizou, foi, quando, com suas irmãs – Maria do Rosário, Luiza Nazareth Valois e Ester Valois , fundou a Escola Santa Teresinha, adotando o carisma de Santa de Lisieux.
Edith Valois e suas irmãs fizeram de suas vidas um testemunho de amor, doação e dedicação ao trabalho educativo de milhares de crianças, muitas das quais se destacaram na sociedade como Manoel Rubim, Cursino Moreira, Diortina Ramos, Afonso Celso Valois, dentre outros.
A Escola Santa Teresinha contribuiu com a sociedade ludovicense por mais de 7 décadas na formação de pessoas conscientes, buscando proporcionar às famílias solidez e melhor condição de vida em um bairro desprestigiado e desacreditado. Contudo, isso não a intimidou. Enfrentou dificuldades e, por meio da educação, assumiu a missão de educar e evangelizar crianças e jovens dos bairro do Monte Castelo, Liberdade e adjacências.
Assim, Tia Edith, como era conhecida, com certeza está marcada em cada um de nós, seja como educadora – e por educadora frisa-se o conceito o qual vai além do simples ato de ensinar, professora, aquela que alfabetizou inúmeras pessoas e famílias residentes aqui em São Luís.
Professora Edith manteve com as famílias de seus alunos uma verdadeira ligação de amizade e respeito refletindo uma de suas características mais notáveis: a afabilidade.
A professora Edith foi uma verdadeira semeadora de virtudes morais, éticos e espirituais em seus alunos.
Dessa forma, é justo homenagear a sua memória, não apenas pela sua longevidade, mas pelos 200 ou 300 anos os quais a teremos em nossa história e memórias.
Esta é, portanto, a verdadeira virtude de quem fez a educação um sacerdócio. Resta-nos apenas agradecer a Deus de tê-la em nosso convívio, e nós que tivemos o privilégio de receber seus ensinamentos que foram de grande valia.
Sendo assim, resta apenas a certeza de que tudo que Edith Valois semeou ainda germinará por muitas gerações.
Com carinho de todos nós que a amamos como irmã, cunhada, tia, professora e por que não dizer avó.
* Texto de Rubens Valois Ferreira dos Santos Júnior (sobrinho-neto da professora Edith Valois), advogado e investigador da Polícia Civil do Estado do Pará.