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Lembrando papai… A PALAVRA DO GOVERNADOR SARNEY*

E Sarney falou, mais uma vez, aos maranhenses. Dessa vez, ouviu-se o governador na plenitude do Poder Executivo. Uma expressão autêntica de responsabilidade funcional. Uma posição governamental nítida. E, com ele, o ressurgimento da autoridade constituída. Com ele, o esplendor da liderança oposicionista, da liderança povo. Ainda com ele, a grandiosidade de um programa administrativo que, executado totalmente, assegurará, para o Maranhão, um Estado político-administrativo amplamente progressista e desenvolvimentista. Ainda com ele, o fortalecimento duma ação governamental dinâmica, precisa, atuando com desenvoltura em vários setores da administração federal, forçando a caminhada para atingir os objetivos do programa reformista do seu governo, atraindo, para a terra maravilhosa, a terra rica, a ajuda necessária do governo federal. Com ele, a luta cívica contra a inércia, a paralisação, e vencendo as dificuldades, imprimindo uma nova orientação, impondo corretivos e empurrando o Estado para uma situação grandiosa de realizações imprescindíveis. E já agora, acreditamos, ninguém tem mais dúvidas sobre este realismo que foi prometido em praça pública e que, já agora, aí está esboçando nas primeiras providências que vêm sendo tomadas pelo governador José Sarney. Ninguém mais na dúvida e, até dos seus adversários, se ouve a referência construtiva. De seus inimigos, mesmo com “toques” de malícia, há (eles já não mais escondem) o registro do reconhecimento nobilitante. Nem estes podem esconder esta verdade histórica, esta verdade esplêndida: “Sarney fará um grande governo”. “Sarney não decepcionará”. E é esta a verdade que está empolgando, qu está eletrizando, que está diante de todos por meio dos pronunciamentos do líder popular, do governador dinâmico que há em Sarney. E esta verdade contagia a todos, galvaniza.

Na sua fala de quinta-feira, última, pela TV, falando aos conterrâneos, o maranhense ilustre, acreditamos, surpreendeu a muitos (principalmente os seus adversários) com o informativo duma ação governamental extraordinária, ação governo, ação trabalho, ação energia e dinamismo, desenvolvida no Sul do país com um único pensamento: servir o Maranhão, buscar soluções imediatas para os problemas maranhenses. E Sarney, não o candidato, não o político, mas Sarney, o governador, o administrador, empolgou. Provocou emoções. Não foi um relato meramente informativo. Não. Valeu mesmo por uma prestação de contas autênticas, sem a rasura do aproveitamento ilícito, sem o vício do irreal, sem o “festim” da documentação improvisada, ardilosa, para “convencer”, para oficializar a mecânica dos processos administrativos, terrivelmente facciosos. Com Sarney, a grandiosidade dos fatos, do acontecimento sério, da providência séria. Com Sarney, a dureza no insistir, a dureza no conseguir, rompendo a barragem de todas as desconfianças e reconquistando, para o Estado, para o governo do Maranhão, o respeito, a confiança e a certeza de que o Estado se reencontrou com as suas possibilidades para melhor progredir, para melhor desenvolver-se. Com Sarney, a posição certa. Com Sarney, a atitude inflexível e já, com o Maranhão, o despontar duma nova era, de acontecimentos que virão reafirmar que o povo não errou em ter eleito Sarney para o Executivo maranhense.

A fala do governador deixou bem claro que o nosso Estado caminha definitivamente para o desenvolvimento. Diante dos ouvintes e dos que estavam em frente dos aparelhos de televisão, olhos fixos em Sarney, o desfile de providências as mais necessárias, as mais imediatas, as mais urgentes para atender e assegurar, com êxito, o programa reformista do governo. Para garantir soluções para os problemas maranhenses, para ajudar o governo a colocar o Estado nos altiplanos das grandes realizações. Exato. Diante da TV, a corrida dos números (!), dos auxílios concedidos, dos planos executados, das providências tomadas, e, em tudo isto, a presença do dinamismo, da atividade, da energia do governador José Sarney.

Com os que o ouviram e o olharam, na noite histórica de quinta-feira última, a presença das emoções mais vivas, mais sinceras. Uma vibração cívica, a afirmação de que o Maranhão liberta-se dum processo político que, por muitos anos, o acomodou a um plano de governo medíocre, governo restritamente partidário, governo de estagnação, governo de enriquecimento fácil.

Mas a fala do governador Sarney a todos empolgou e reafirmou a sua disposição de bem governar, de bem dirigir o Estado. E dando uma lição de democracia, depois de fazer o relato completo das suas atividades no Sul do país, o governador reafirmando a sua luta em prol do Maranhão, disse:

“Peço a colaboração, até da oposição, para a tarefa de soerguimento do Maranhão, no que ela possa ajudar em benefício do povo”.

E o direito, o sensato é governar sem o cerco das prevenções. A luta não é só de Sarney, é de todos, é do Maranhão. 

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 1º de maio de 1966 (domingo).