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O Festival on-line Cinema do Barulho – o Cinema Nunca Foi Mudo, que vai até 27 de abril, está oferecendo diversas atrações gratuitas. O projeto inclui oito sessões: três masterclass e cinco exibições de filmes, dois curtas, dois longas e um média-metragem, todos com acompanhamento musical ao vivo.

“Apesar de ser conhecido como cinema mudo, os filmes quase sempre eram acompanhados por músicos que faziam a trilha sonora ao vivo. Então, resolvemos criar o festival para homenagear essa época tão interessante do cinema”, afirmou Tony Berchmans, um dos idealizadores do evento. 

Entre os destaques do festival, que começou na última terça-feira (20), está a exibição, no sábado (24), do filme O Grande Negócio, de 1929, da dupla O Gordo e o Magro. A atração terá acompanhamento especial de foley (reprodução de efeitos sonoros), também ao vivo, pelos convidados Cristiano Pinheiro e Deia Freire.

Produzido em conjunto pelas empresas Cine 16, Cinepiano e Investe Produção e Gestão Cultural, o evento é transmitido sempre às 20h, no canal YouTube.com/cinepiano. A programação completa pode ser vista no site do festival .

(Fonte: Agência Brasil)

Fachada do Museu de Arte de Brasília

Entre os eventos comemorativos ao 21 de abril, aniversário da capital federal, está a reinauguração do Museu de Arte de Brasília (MAB), que estava fechado há 14 anos. Fundado em 1985, o museu tem um acervo de mais de mil obras importantes da produção nacional, assinadas por expoentes, como Tarsila do Amaral, Cildo Meireles e Sérgio Rodrigues.

Localizado nas proximidades do Lago Paranoá (SHTN, trecho 01, projeto Orla polo 03, Lote 05), o MAB estava fechado sob a justificativa de que o edifício não era adequado para servir de museu, motivo pelo qual ele teve seu funcionamento interrompido total ou parcialmente por diversas vezes, para que fossem implementados reparos ou reformas de infraestrutura.

De acordo com o governo do Distrito Federal, o museu sofreu uma grande intervenção entre 1998 e 2001, quando seu layout foi bastante renovado. Ainda segundo o GDF, “apesar da escala das obras, os melhoramentos foram pouco eficazes, já que o museu foi novamente fechado em 2007, devido à precariedade de suas instalações”.

Após a reforma, o MAB reabrirá hoje com sua área expandida. O prédio foi adequado à sua finalidade, enquanto museu. Foi instalado um sistema de ar condicionado em todo o edifício, e construído um laboratório para a restauração das obras de arte. Além disso, foram feitas melhorias voltadas à segurança do acervo e ao uso de fontes de energia ecológicas.

(Fonte: Agência Brasil)

A “Mostra Museu: Arte na Quarentena” leva, a partir de 20 de abril, imagens de obras de artistas de diversas nacionalidades – são 40 países de origem – para painéis digitais e estáticos da cidade de São Paulo. Os painéis estarão em diversos bairros, como Bela Vista, Bom Retiro, Mooca, República, Santana e Pinheiros, além de estações de metrô nas linhas azul, verde e vermelha.

O público também poderá conferir as obras por meio da galeria virtual disponível no site, que conta com obras criadas a partir de técnicas mistas, como animação, colagem, desenho, vídeo, ready-made, fotoperformance, instalação, pintura e gravura. O objetivo da mostra é fazer da arte um alento neste momento de pandemia, fomentar a produção artística da atualidade e democratizar seu acesso.

“Se por um lado toda a situação que estamos vivendo escancarou também nossas fragilidades, por outro, evidenciou saídas coletivas e fortaleceu uma rede de solidariedade e empatia, essenciais para alcançá-las”, disse Chiara Paim Battistoni, idealizadora do projeto, que incorpora a tecnologia como dispositivo a serviço da troca entre público, obra e artista.

Além dos painéis, que representam o eixo de artes visuais da mostra, há ainda um espaço dedicado à produção musical no site da mostra. O eixo de música tem curadoria do jornalista, diretor e roteirista Pedro Henrique França e reúne criações de cerca de 20 nomes da música brasileira contemporânea. São canções e videoclipes que estão disponíveis na plataforma multimídia da mostra, divididas em duas categorias: Lado A: Agora Presente e Lado B: Olhar no Futuro.

A primeira inclui artistas considerados já consagrados pelos organizadores, como Majur, Letrux, Criolo feat Milton Nascimento, Baco Exu do Blues, Emicida feat Gilberto Gil, Gal Costa, Pitty e Gaby Amarantos. Já a segunda traz novos talentos, como Jup do Bairro, Zé Manoel, Dulcineia, Marina Sena, Numa Ciro, Yan Cloud, MC Kunumi e Kaike.

Principais endereços dos painéis digitais e estáticos:

Rua Bela Cintra x Av. Paulista – em frente ao Colégio São Luíspainel estático
Av. Paulista, 1.374 – Metrô Trianon Masppainel digital
Av. Paulista, 500 – Metrô Brigadeiropainel digital
Av. Tiradentes, 615 – Fatecpainel estático
Av. Ipiranga, 102 x Rua da Consolaçãopainel estático
Rua da Mooca, 1.839painel estático
Av. Cruzeiro do Sul, 1.801, Metrô Tietê – Portuguesapainel estático
Av. Brigadeiro Faria Lima, 801 x Largo da Batata – Metrô Faria Limapainel estático

Exibição nas estações do Metrô: Ana Rosa, Barra Funda, Brás, Brigadeiro, Consolação, Luz, Paraíso, República, Santa Cruz, Sé, Tatuapé, Trianon-Masp, Itaquera, Jabaquara e São Bento.

(Fonte: Agência Brasil)

O Arquivo Público do Distrito Federal (ARPDF) organizou um conjunto de cinco exposições virtuais inéditas e inclusivas, chamado de Brasília - uma epopeia de 130 anos, para comemorar os 61 anos da cidade.

As exposições contam com recursos de acessibilidade direcionados a deficientes visuais e surdos (Ledor e Libras).

Em um esforço de servidores do Arquivo Público, foi realizada uma curadoria entre os mais de 8 milhões de documentos do arquivo. Foram organizadas centenas de fotos, documentos e filmes, além de fatos e curiosidades sobre o planejamento, construção e inauguração da cidade.

A cada dia desta semana, é liberada uma exposição virtual. A primeira foi a Comissões Cruls, na última segunda-feira (19). Em seguida, vieram as Histórias do Lago Paranoá, nessa terça-feira (20), e hoje (21), Núcleo de Apoio. Amanhã (22), será a vez da Praça do Cruzeiro e, por fim, na sexta-feira (23), Marco Zero.

Acessibilidade

O acervo do Arquivo Público conta com 60% de seus itens digitalizados e adaptados para cegos e surdos. Segundo o superintendente do ARPDF, Adalberto Scigliano, o processo de digitalização teve início no ano passado. “Nossa meta é chegar até o fim deste 2021 com todas as mídias em formato acessível para todos os portadores de necessidades especiais, sejam elas deficientes auditivos, visuais, ou com alguma limitação”, afirmou.

Scigliano ressalta que o objetivo da exposição é revelar o que não estava acessível à população. “Nosso trabalho vai muito além de só recolher documentos antigos e publicá-los. Queremos nos aproximar ao máximo da população brasiliense e contar suas narrativas, que, até um tempo atrás, estavam nas sombras”, ressaltou.

“É preciso conhecer o passado, mexer nos arquivos e entender a história de um povo para, assim, conseguir desenhar uma perspectiva de futuro. Quando uma população não sabe da história de seu próprio povo, as perdas são imensuráveis para todo o país”, ressaltou.

(Fonte: Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (20), o texto-base do projeto de lei que proíbe a suspensão de aulas presenciais durante pandemias e calamidades públicas, exceto se houver critérios técnicos e científicos justificados pelo Poder Executivo quanto às condições sanitárias do Estado ou município. Os parlamentares analisam agora destaques apresentados pelos partidos e que, se aprovados, podem mudar o texto.

O projeto de lei torna a educação infantil, os ensinos fundamental e médio e a educação superior serviços essenciais, que são aqueles que não podem ser interrompidos durante a pandemia.

O texto prevê ainda, como estratégia para o retorno às aulas, critérios como prioridade na vacinação de professores e funcionários de escolas públicas e privadas e a prevenção ao contágio de estudantes, profissionais e parentes pelo novo coronavírus. Esse retorno deverá ter ações pactuadas entre Estados e municípios, com participação de órgãos de educação, saúde e assistência social.

O projeto define parâmetros de infraestrutura sanitária e disponibilização de equipamentos de higienização e proteção, incluindo máscaras, álcool em gel 70%, água e sabão, nos momentos de recreio, de alimentação e no transporte escolar.

“Apesar dos esforços das redes estaduais e municipais para a oferta do ensino remoto, os prejuízos à aprendizagem de crianças e adolescentes, notadamente os mais pobres e vulneráveis, têm sido imensos pela suspensão das aulas presenciais. E mesmo com a adoção do ensino remoto, há estudos realizados em diversos países sobre os efeitos da pandemia de covid-19 na educação que evidenciam perdas significativas de aprendizagem”, argumentou a deputada Joice Hasselman (PSL-SP), autora do substitutivo aprovado.

Críticas 

Parlamentares de diversos partidos de oposição obstruíram os trabalhos durante a votação por serem contra a volta durante a segunda onda de pandemia de covid-19. Na avaliação da deputada professora Rosa Neide (PT-MT), é necessário discutir o aumento de tecnologia e equipamentos para que professores e alunos possam recuperar o tempo perdido durante o período de aulas paralisadas.

“Estamos no ápice da pandemia. Temos mais de 360 mil mortos. Há milhares de profissionais da educação que já perderam a vida, mesmo com aula remota e fazendo algumas atividades presenciais”, afirmou a deputada Rosa Neide. “Queremos, sim, vacinas para todos e todas, queremos tecnologia para as escolas, queremos protocolo seguro, e não obrigar profissionais da educação a virem para a sala de aula para a morte, estudantes levarem o vírus para casa”.

Para a líder do PSOL, deputada Talíria Petrone (RJ), a discussão deve estar focada no estabelecimento de regras seguras para viabilizar o retorno às aulas. Segundo a parlamentar, outro projeto de lei estabelece “critérios epidemiológicos”, “que não colocam em risco nem alunos, nem famílias, nem profissionais de educação”.

“Nós queremos escolas abertas. Queria repetir aqui, queremos escolas abertas, porque entendemos que a escola é lugar fundamental para enfrentar as desigualdades de um país, para a alegria das crianças, para a saúde mental das crianças, para a alimentação das crianças, para compartilhar o cuidado com mães sobrecarregadas, mas não queremos isso a qualquer custo”, argumentou.

(Fonte: Agência Brasil)

Os trabalhadores do setor da cultura afetados pela pandemia de covid-19 terão direito a mais tempo para pedirem o benefício da Lei Aldir Blanc. O presidente Jair Bolsonaro editou decreto que estende para 2021 a utilização do benefício emergencial destinados ao setor.

No fim do ano passado, o governo tinha editado a Medida Provisória 1.019, que permite o pagamento do auxílio da Lei Aldir Blanc ao longo deste ano. Serão pagas apenas as verbas inscritas em restos a pagar (recursos autorizados em 2020 para execução em 2021).

Sem a MP, a Lei Aldir Blanc perderia a validade no fim do ano passado. No entanto, para eliminar incertezas sobre a continuidade do benefício, o governo decidiu, também, alterar os prazos do Decreto 10.464, de agosto do ano passado, que regulamentava o programa.

Com R$ 3 bilhões destinados a diminuir o impacto da pandemia sobre o setor cultural, a Lei Aldir Blanc introduziu três tipos de apoio: renda emergencial de R$ 600 para os trabalhadores, distribuição de prêmios e subsídio mensal de até R$ 10 mil para a manutenção de espaços artísticos e culturais. Os gestores deverão divulgar, em sites públicos, as informações sobre os valores a serem pagos e os beneficiários dos recursos neste ano.

Segundo o Palácio do Planalto, dados da Secretaria Especial de Cultura revelam que, no fim do ano passado, 57% dos entes federativos ainda estavam no início do processo de empenho (autorização de gastos) dos recursos da lei, e 81% tinham liquidado (verificado a destinação) menos da metade dos recursos empenhados.

O Planalto ressaltou que o novo decreto não representa aumento de gastos públicos, apenas permite a execução dos restos a pagar e traz maior segurança jurídica ao setor da cultura, assegurando a continuidade das ações emergenciais relacionadas à pandemia.

(Fonte: Agência Brasil)

A segunda edição da “Escolinha Gol de Placa”, iniciativa social patrocinada pelo governo do Estado e pelo El Camiño Supermercados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, foi encerrada no último fim de semana, em Bacabal (MA), com a realização do Campeonato Interno, torneio que contou com a participação das 60 crianças ligadas ao projeto. Os jogos foram realizados na Associação Atlética Boa Vida seguindo todas as recomendações sanitárias necessárias. Dessa vez, a Escolinha Verona foi convidada para participar da competição, disputada em três categorias: Sub-9, Sub-11 e Sub-13.

A realização do Campeonato Interno já é tradição dentro da “Escolinha Gol de Placa”. É um evento bastante aguardado pelas crianças, que têm a oportunidade de mostrar toda sua evolução dentro de campo após meses de treinos semanais. Nesta edição do torneio, a garotada do Gol de Placa levou a melhor sobre o Verona e venceu todas as decisões.

No Sub-9, os meninos do Gol de Placa venceram nos pênaltis, após empate por 2 a 2 no tempo normal. Já no Sub-11, o “time da casa” goleou por 8 a 3, enquanto, no Sub-13, vitória por 5 a 2. Mais importante que os três títulos conquistados, o campeonato serve como instrumento para coroar o sucesso de mais uma edição do projeto social, que utiliza o esporte e a educação como ferramenta para formar bons cidadãos.

“Essa temporada da Escolinha Gol de Placa foi de superação devido à situação da pandemia. Mas, graças a Deus, conseguimos proporcionar esporte e educação para nossas crianças da melhor maneira possível. Temos a certeza de que fizemos o nosso melhor, e o fruto de toda essa dedicação foi poder contribuir para com o crescimento humano dessas crianças. Nosso muito obrigado ao governo do Estado e ao El Camiño Supermercados e a todos que se empenharam pelo sucesso desse importante projeto”, explicou Kléber Muniz, coordenador do evento. 

Paralelamente às disputas dentro de campo, o projeto também promoveu um Festival de Conhecimentos Gerais, uma competição educacional de perguntas e respostas com todos os alunos do projeto. No fim, o jovem Luís Jordan foi o campeão ao vencer, na decisão Diego Nogueira. Os finalistas do festival receberam troféus e medalhas.

O projeto

Idealizada para transformar a vida de crianças carentes na cidade de Bacabal, a “Escolinha Gol de Placa” é uma iniciativa dedicada a utilizar o esporte e a educação como ferramenta para formar bons cidadãos. Nesta edição, o projeto atendeu crianças com idade entre 8 e 12 anos.

O principal diferencial do projeto é conseguir unir esporte e educação na formação das crianças participantes da escolinha. Para isso, os meninos recebem acompanhamento pedagógico e aulas de futebol semanalmente. Todas as atividades são ministradas por profissionais multidisciplinares e com experiência no ensino educacional e esportivo. Nos dias das aulas e dos treinos, cada aluno tem alimentação garantida pelo projeto.

Assim como na edição anterior da escolinha, todas as crianças beneficiadas receberam um kit com todo o material esportivo necessário (uniforme, chuteiras, caneleiras e bolsas esportivas) para participar das aulas. Além disso, elas também receberam cadernos e garrafinhas de água individuais.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Um bate-papo com a participação do casal de velejadores Heloísa e Vilfredo Schurmann, a surfista Suelen Naraisa, a oceanógrafa Raqueline Monteiro e o ator Mateus Solano marcou, hoje (20), o lançamento oficial, no Brasil, da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. 

Com a exibição de um vídeo gravado pelo secretário-executivo da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Vladimir Ryabinin, a live transmitida pelo YouTube foi organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Em 2017, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, de 2021 a 2030. O objetivo é conscientizar a população global sobre a importância dos oceanos e mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada a colaborarem com ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares.

No Brasil, eventos preparatórios regionais vinham ocorrendo desde 2019. Com o apoio de um comitê de assessoria e grupos de mobilização regionais, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação planejou diversas ações para integrar e beneficiar a ciência oceânica em todas as áreas do conhecimento.

Além da conversa desta manhã, vários eventos on-line ocorrerá até o próximo dia 22, propondo o diálogo e a reflexão sobre as ações necessárias para mobilizar a sociedade a enfrentar ameaças como a poluição oceânica e a perda da vida marinha devido à pesca predatória, entre outras causas.

Outras informações sobre a programação podem ser obtidas na página do ministério.

(Fonte: Agência Btasil)

As inscrições para a Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) estão abertas até a próxima sexta-feira (23). A competição, realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é aberta para professores e alunos do ensino fundamental (8º e 9º anos) e do médio de escolas públicas e particulares de todo o país.

As provas começam no dia 3 de maio e vão até 12 de junho. Ao todo, serão seis fases on-line com questões de múltipla escolha e tarefas. Para participar, os interessados devem formar equipes compostas por um professor de história e três alunos. Cada fase da competição dura uma semana.

O preço para inscrição, por equipe, para alunos e professores de escolas públicas é R$ 58. Já para escolas particulares, o preço é R$ 118, por equipe. Participaram da última edição, no passado, 69,8 mil inscritos de todos os Estados brasileiros.

As inscrições podem ser feitas aqui. Mais informações estão disponíveis no site oficial da competição.

(Fonte: Agência Brasil)

O tradicional Festival Panorama, um dos principais eventos de artes do corpo, dança e performance do Brasil e da América Latina, promove, este ano, a primeira edição Jangada/Raft. A primeira parte, denominada Festival Panorama Jangada, terá início no próximo fim de semana, apresentando projetos artísticos criados por jovens da periferia do Rio de Janeiro. Para esta etapa, foram recebidos 56 projetos que responderam ao edital publicado em fevereiro passado, com o objetivo de abrir oportunidades na pandemia do novo coronavírus para artistas da periferia carioca. Foram selecionados para essa primeira “flutuação” cinco criações fluminenses, informou, hoje (20), à Agência Brasil o diretor de produção do festival, Rafael Fernandes.

Festival Panorama teve a primeira edição em 1992. Só deixou de ser realizado em 2019, por falta de financiamento, e em 2020, devido à pandemia do novo coronavírus. No ano passado, foi feita somente uma maratona de leituras, que durou três dias. Ao longo da sua história, apresentou companhias e artistas nacionais e estrangeiros, com papel fundamental na construção da memória da dança e da arte contemporânea no Rio de Janeiro, bem como a importância da relação entre essa arte e o seu público.

Para retornar com a programação este ano, a organização teve a ideia da jangada. “O Panorama segue navegando nos mares revoltos de hoje, desta vez como uma jangada, carregando consigo cinco projetos do Rio de Janeiro”, manifestou a diretora-geral do evento, Nayse López. “É juntar vários pedaços para criar uma nova forma de apresentar as obras”, esclareceu Fernandes. “Essa jangada é a união desses artistas cariocas para reunir forças para superar as adversidades”, completou.

Ineditismo

Os cinco projetos escolhidos são Èdà (vídeo dança com cenas performáticas gravadas pelo território da Favela da Maré), O Berro (vídeo que aborda a realidade do cárcere do Brasil, com a participação de duas mulheres atingidas pelo sistema prisional e uma juíza criminalista), Práticas de invasão (dança/paisagem que negocia com a condição de mundo que estamos vivendo), Elegbará (dança efêmera e visceral que dialoga com a cidade e faz das ruas um verdadeiro palco) e Museu dos Meninos – Sem título para uma radiocoreografia (experiência coreográfica por meio de palavras, som e música).

As obras escolhidas são todas inéditas e utilizam ferramentas audiovisuais, sendo que uma delas apresentará coreografia a partir de um áudio, outra será executada e transmitida ao vivo pela internet. Os projetos dos jovens e grupos da periferia do Rio foram selecionados por um coletivo do qual fazia parte a diretora-geral do evento, Nayze López, atendendo aos requisitos de qualidade artística, ineditismo e biografia dos artistas. “Nessa seleção, o objetivo foi esse: trazer novas caras. Acabou que foi uma seleção bastante jovem”, disse Rafael Fernandes. “Eles são jovens, mas não são inexperientes. Todos têm um currículo que a gente acredita que contribui, artisticamente, para a programação”.

A primeira parte do Festival Panorama Jangada/Raft, dedicada aos artistas do Rio de Janeiro, tem apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio da Lei Aldir Blanc. O público pode encontrar as redes sociais onde serão exibidas as performances no site oficial do festival. No dia 24, às 17h, será transmitida a obra Práticas de Invasão; no dia 25, também às 17h, Museu dos Meninos. Nos dias 30, 1º e 2 de maio, será transmitido o projeto Elegbará, às 20h. No dia 1º de maio, será a vez da obra Èdà, às 20h e, no dia 2, encerrando a programação dessa primeira parte do festival, o público conhecerá o projeto O Berro, às 18h. Nos dias 25, 26, 28 e 2 de maio, as apresentações serão seguidas de “conversas flutuantes” ou bate-papos, com os elencos dos projetos.

Segunda flutuação

Rafael Fernandes explicou que as parcerias internacionais sempre foram importantes para o festival, bem como a exibição de obras de artistas estrangeiros para o público brasileiro, mas, este ano, o propósito do Festival Panorama Jangada foi contribuir para a cena local, destacou. Na segunda etapa, que se desdobra no Festival Raft (jangada em inglês), a ideia foi firmar coproduções internacionais.

A edição do Festival Raft é patrocinada por teatros e produtores estrangeiros. Neste momento, está sendo realizada convocatória para seleção de dez artistas brasileiros, de todas as regiões do país, que se exibirão no festival, também no formato virtual, no fim de agosto. O calendário será divulgado posteriormente. A exigência é que os projetos tenham sempre alguma relação com o corpo.

Ao término da edição, os coprodutores internacionais poderão escolher quais obras serão exibidas nos seus teatros e festivais no exterior, a princípio de maneira virtual, disse Fernandes. Segundo o diretor, essa é uma experiência de produção inédita no Brasil, que o Festival Panorama pretende desenvolver.

(Fonte: Agência Brasil)