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– Edmilson Sanches homenageado. Um registro-resumo de algumas atividades e eventos da FLICT, a feira literária de Caxias

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Com três dias inteiros de duração, encerraram-se, na noite dessa quinta-feira (4/7/2024), a 22ª Feira Municipal de Literatura e a 7ª Feira de Literatura, Ciência e Turismo da Região dos Cocais (FLICT), realizadas pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (SEMECT), no Parque Ambiental, Bairro Pirajá, em Caxias (MA).

Por sua contribuição à Cultura, Educação e Literatura de Caxias e região, na abertura da Feira, dia 2, o administrador, jornalista e escritor Edmilson Sanches foi um dos homenageados do evento com o “Troféu Personalidades”, que lhe foi entregue pela professora e mestra Ana Célia Damasceno, secretária da SEMECT. Sobre a importância do homenageado, Ana Célia escreveu, em livro de sua coautoria: “Caríssimo Edmilson Sanches, sua voz tocou e toca outras vozes. Você é responsável por tudo isso!”

Edmilson Sanches também participou, em 3/7/2024, do evento de lançamento do livro “Refletindo Práticas e Elaborando Saberes” (452 páginas), para o qual foi convidado a ser um dos coautores, com texto sobre Educação. A volumosa obra reúne 49 professores e outros profissionais com experiência em Educação, que contribuíram com artigos, ensaios, relatos de experiência e entrevista, esta realizada pela secretária Ana Célia com a professora e ativista cultural Maria da Paz Costa Lamar, a Paizinha, fundadora da Associação Cultural Meu Boi Encanto de Caxias.

Durante todo os dias das duas Feiras, circulava gratuitamente, entre o grande número de participantes, convidados, visitantes e empreendedores exemplares da edição especial da revista “Spatio Plures”, 28 páginas, colorida, produzida pela Secretaria de Educação, com textos autorais, notícias e informações biográficas, culturais e literárias de mais de 40 autores, convidados e autoridades. Citado diversas vezes na publicação, Edmilson Sanches consta no quadro “Personalidades FLICT”, é lembrado em texto do escritor e juiz de Direito aposentado Elmar Carvalho, da Academia Piauiense de Letras, e no texto de “reconhecimento e valorização” dos agraciados com a Comenda Ubirajara Fidalgo, concedida a Sanches em 2020.

A COMENDA, O DRAMATURGO

A Comenda leva o nome de Ubirajara Fidalgo da Silva (1949-1986) em homenagem ao caxiense que é considerado o maior dramaturgo negro do Brasil e criador do Teatro Profissional do Negro, no Rio de Janeiro, onde faleceu. Ubirajara Fidalgo está inscrito no “Lista de Personalidades Negras” do governo federal brasileiro. Edmilson Sanches foi quem, em palestras, debates, conversas, textos etc., trouxe de volta, para Caxias, as realizações, o protagonismo, o pioneirismo e a importância de Ubirajara Fidalgo para o país. A convite da Secretaria de Educação do município, elaborou textos, minutas e sugestões para alimentar a reflexão e decisão de autoridades para a criação da Comenda com o nome do dramaturgo, cuja mãe, Srª Alzira Fidalgo, Sanches “descobriu” em São João do Sóter, município vizinho a Caxias onde escolas fizeram campanhas e encenaram peças sobre Ubirajara Fidalgo  O governo federal oficializou o ano de 2016 como “Ano Ubirajara Fidalgo da Cultura”. Segundo o governo federal, o “ator, diretor e dramaturgo, Ubirajara Fidalgo foi uma das grandes figuras emblemáticas do Movimento Negro no Brasil, nas décadas de 1970 e 1980. Um dos principais articuladores do Instituto de Pesquisa e Cultura Negra (IPCN), criado em 1975, com o objetivo de combater o racismo, o preconceito e a discriminação racial. Fundador do Teatro Profissional do Negro (Tepron), aliou a montagem de seus textos teatrais às questões relevantes relacionadas ao racismo, à discriminação no Brasil contemporâneo, ao preconceito, à homofobia, à misoginia, à desigualdade social e à ditadura militar. Os temas eram amplamente abordados nos debates políticos de cunho social realizados após as apresentações de suas peças. Foi precursor na inclusão de atores de periferias e favelas em uma companhia de teatro profissional, por meio da promoção de oficinas e “workshops” profissionalizantes. A memória e a história do ícone do teatro negro brasileiro ficou registrada com seu último trabalho em vida, a encenação da peça ‘Tuti’, no Teatro Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Portugal, em 1985.”

O LIVRO, A CIDADE

O livro “Refletindo Práticas e Elaborando Saberes” foi lançado no dia 3/7/2024, em concorrido evento na Feira de Literatura. A profª Drª Erlinda Maria Bittencourt, que integrava a mesa de trabalhos, fez destacada apresentação de Edmilson Sanches, ressaltando-lhe as qualidades culturais, literárias, educacionais e jornalísticas e seu permanente exercício de divulgar Caxias e o Maranhão por dezoito  Unidades da Federação, Europa e Estados Unidos. Sanches não se cansa de falar e escrever, inclusive livros – como o “Do Incontido Orgulho de Ser Caxiense” –, que “Caxias é cidade que muito contribuiu com nosso país. Aqui nasceram mulheres e homens que dignificam o Brasil e os brasileiros. Aqui nasceu o autor das primeiras leis de proteção à mulher trabalhadora em nosso país. Aqui nasceu o autor da Bandeira do Brasil. Aqui nasceu o introdutor do cinema seriado (que deu origem às novelas e séries de TV). Aqui nasceu o dentista considerado "Glória da Odontologia Brasileira" e introdutor da anestesia odontológica no Brasil. O responsável pela criação do Ministério da Agricultura é caxiense. É caxiense aquele que dignificou a capoeira no Brasil (antes considerada "coisa de malandros", que sofriam perseguições da polícia). Aqui nasceu quem popularizou o título de "Cidade Maravilhosa" para o Rio de Janeiro. A primeira mulher formada engenheira-agrônoma na Universidade Federal de Viçosa foi uma caxiense. A última princesa da etnia fon era de Caxias, estudada e citada por autores de diversos países e consultada até por políticos nacionais, como Café Filho. Gonçalves Dias, o primeiro a escrever em português mas do modo brasileiro em nosso país, é caxiense. Quem redigiu a Lei do Ventre Livre foi um caxiense. Foi também um caxiense quem escreveu a lei de separação Igreja-Estado e de liberdade de crença e culto (antes era obrigatório, constitucionalmente, ser católico). As primeiras leis de proteção ao menor trabalhador, ao doente mental, ao índio foram redigidas por caxiense. Caxias é a única cidade brasileira, entre 5.570, que está presente, pelo talento de dois de seus filhos, nos dois maiores símbolos da Nação – a Bandeira e o Hino Nacional. Caxias é terra-mãe de Sinval Odorico de Moura, um raro caso de brasileiro que, conselheiro do Imperador, administrou quatro Estados brasileiros, inclusive o Piauí. E por aí segue Caxias por meio de seus filhos talentosos...”

ONDE ESTÁ A EDUCAÇÃO?

No texto inédito que, a convite, escreveu para o livro “Refletindo Práticas e Elaborando Saberes”, Edmilson Sanches faz um “relato de experiências e reflexões acerca da autonomia do processo educativo, com visitas a memórias pessoais, à História Antiga e Contemporânea e exemplos de aprendizagem, de conhecimento, de cultura e de desenvolvimento”. Sanches conclui relembrando pontos anteriores do trabalho: “O lápis que minha mãe mandou devolver... A educação como ato de autopermissão... Os desvios deseducativos – e criminosos – do Poder... A liberação, nas bibliotecas, para estudantes navegarem entre rios de estantes... As palavras de crença, desejo e esperança de estrangeiros sobre o nosso país... As pré-condições nefastas de um território que não impediram um povo de ser educado, grande e rico e, do outro lado, as condições fartas e férteis que não foram suficientes para desinfelicitarem um povo alegre, humano e trabalhador...  – tudo isso e muito mais têm a ver com a Educação. Sem “ismos” nem polissilabismos. Sem o cansaço de textos tecnoburocráticos feitos para ilustrarem currículos de autores e não modificarem em nada a situação de alunos.

Educação! Educação! Quantas injustiças se cometem em teu nome!...

Educação, onde estás?

SALÃO DO LIVRO DE IMPERATRIZ

Ainda este semestre, a Academia Imperatrizense de Letras (AIL) realizará durante nove dias, no Centro de Convenções, a 20ª edição do Salão do Livro de Imperatriz (Salimp). A Academia foi fundada em 1991 por Edmilson Sanches, que, em seu segundo mandato como presidente da AIL, criou o Salão do Livro com o nome Semana Imperatrizense do Livro.  Por decisão da Academia, foi denominado “Biblioteca Edmilson Sanches” o acervo de livros, jornais, revistas, mapas, documentos e vídeos da Entidade, acervo que é diariamente procurado por estudantes, pesquisadores, jornalistas, professores e visitantes. Em ofício dirigido ao jornalista Edmilson Sanches, o presidente da AIL, Raimundo Trajano Neto, escreveu: “Caríssimo Confrade: // Tenho o prazer de informar-lhe que em Reunião Ordinária da Academia Imperatrizense de Letras - AIL realizada em 1º de junho de 2023, foi decidido pela unanimidade dos membros participantes, que a Biblioteca da AIL receberá o seu nome em reconhecimento por ter sido o idealizador e fundador da AIL, bem como pelos inestimáveis serviços prestados a esse Sodalício ao longo de seus 32 anos de existência. // Parabenizo-o pela homenagem, ao tempo que desejo, em nome da Academia Imperatrizense de Letras - AIL, vida longa e saúde para continuar contribuindo não apenas com a Academia, mas com a criação e fortalecimento de instituições socioculturais em Imperatriz, a exemplo do recém-fundado Instituto Histórico e Geográfico de Imperatriz - IHGI, e com o Estado do Maranhão. // Atenciosamente”.

*EDMILSON SANCHES

FOTOS:

Entrada da FLICT no Parque Ambiental de Caxias. O livro e o troféu. Edmilson Sanches e o dramaturgo Ubirajara Fidalgo, sua mão, Dª Aldenora, e a irmã, Maria Cristina Fidalgo.

A primeira edição da Copa Princesinha do Vale do Pindaré de Futebol de Areia, competição que conta com o patrocínio do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, teve suas finais realizadas na última quinta-feira (27), na Arena Telson, que fica localizada ao lado do Estádio Binezão, em Santa Inês. Em decisões marcadas por grandes lances e muitos gols, o Aeroporto sagrou-se campeão do torneio masculino, enquanto o Palmeirense ficou com o título na categoria feminina.

Na final do torneio masculino da Copa Princesinha do Vale, o Aeroporto encarou o Mercantil Sabrina, em uma partida marcada pelo bom aproveitamento dos ataques. A equipe do Aeroporto foi mais eficiente no momento decisivo do jogo e faturou o título após vitória por 6 a 5.

Depois da decisão, ocorreu a cerimônia de premiação das duas equipes finalistas e dos destaques individuais do torneio masculino da Copa Princesinha do Vale. O campeão Aeroporto levou dois prêmios, com Gabriel sendo escolhido o melhor jogador e Beba vencendo como melhor técnico. Gabriel, do Mercantil Sabrina, ganhou a disputa de melhor goleiro, enquanto Klesio, do Vila Olímpica, foi o artilheiro.

Já na grande final da categoria feminina da Copa Princesinha do Vale, Palmeirense e DS protagonizaram uma partida emocionante, que empolgou o público na Arena Telson. Com um ataque forte e habilidoso, o Palmeirense venceu o duelo decisivo por 4 a 3 para conquistar a taça.

Além de ficar com o título da Copa Princesinha do Vale, o Palmeirense venceu todos os prêmios individuais da competição. Daiana levou o troféu de melhor jogadora, Lívia foi a artilheira, Jessica ganhou a eleição de melhor goleira e Jhenefer recebeu o troféu de melhor treinadora.

Todas as informações sobre a Copa Princesinha do Vale do Pindaré e a programação completa de jogos estarão disponíveis nas redes sociais oficiais da competição (@copaprincesinhadovale).

Cope Princesinha do Vale

A primeira edição da Copa Princesinha do Vale do Pindaré de Futebol de Areia contou com a participação de 16 equipes, sendo 8 em cada categoria. Vale destacar que todas as equipes participantes receberam kits com bolsas esportivas e uniforme completo. Esse material foi utilizado pelos times durante toda a competição. A entrega desses kits ocorreu durante o lançamento oficial do projeto, realizado no início do ano. 

A fórmula de disputa da competição foi bem simples. Na primeira fase, os 8 times de cada categoria foram distribuídos em dois grupos e se enfrentaram dentro de suas respectivas chaves. As duas melhores equipes de cada grupo avançaram para a fase eliminatória. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

As disputas da primeira edição da Copa WR Sports Kids, competição promovida pela Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7), vão ser abertas oficialmente neste fim de semana (6 e 7). Das cinco categorias que compõem o torneio em 2024 (Sub-6, Sub-8, Sub-10, Sub-12 e Sub-14), a bola vai rolar apenas pelo Sub-12, com os jogos sendo realizados na Arena Olynto, no Olho d’Água, em São Luís. 

No sábado (6), Palmeirinha e Grêmio Maranhense abrem a competição às 15h45. Na sequência, às 16h20, o Cruzeiro School Bacabeira estreia diante do Revelação. Já às 17h, a Afasca encara o SC Fut. No domingo (7), mais duas partidas vão movimentar o torneio Sub-12 da Copa WR Sports Kids: às 17h tem RAF07 x América Mineiro São Luís e, às 17h40, tem Ferinhas da Vila x Escola Flamengo Turu. 

De acordo com a FMF7, o principal objetivo da Copa WR Sports Kids é fomentar a prática do futebol 7 nas categorias de base dando oportunidade para que mais jovens atletas também possam ter a experiência de participar de competições oficiais da federação. 

“A Copa WR Sports Kids foi idealizada para que mais crianças e jovens aproveitem o futebol 7 aqui no Estado. Durante todo o ano, a FMF7 já promove diversas competições nas mais variadas categorias de base, mas o diferencial deste torneio, especificamente, é que ele é voltado para aqueles atletas que nunca jogaram um Campeonato Maranhense ou uma Super Taça, que são eventos tradicionais da federação. Nosso objetivo é fomentar a inclusão de mais jovens na modalidade”, explicou Waldemir Rosa, presidente da Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7). 

Pelo torneio do Sub-12, dezoito times estão na briga pelo título. São eles: SC Fut, HF12/Clube da Bola, Revelação, Cruzeiro School Bacabeira, Afasca, Palmeirinha Arena Bosque, Palmeirinha, Grêmio Maranhense, Escolinha Arena da Vila, Meninos de Ouro/SRT, GPV, São Luís Academy, RAF07, Ferinhas da Vila, América Mineiro São Luís, Escola Flamengo Turu, Escolinha Coliseu e HF12. 

Outras categorias

De acordo com o cronograma da FMF7, as demais categorias da Copa WR Sports Kids deverão ter início somente no mês de agosto. Vale destacar que ainda há vagas para equipes se inscreverem nas categorias Sub-6 e Sub-8. As escolinhas interessadas em participar devem entrar em contato com a organização do torneio pelo Instagram oficial (@fmf7ma).

JOGOS COPA WR SPORTS KIDS

Sábado (6/7) / Arena Olynto

15h45 – Palmeirinha x Grêmio Maranhense (Sub-12)

16h20 – Cruzeiro School Bacabeira x Revelação (Sub-12)

17h – Afasca x SC Fut (Sub-12) 

Domingo (7/7) / Arena Olynto

17h – RAF07 x América Mineiro São Luís (Sub-12)

17h40 – Ferinhas da Vila x Escola Flamengo Turu (Sub-12) 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Marco Aurélio

O Maranhão estará presente na 6ª edição do Campeonato Mundial de Karate Shotokan, competição que será realizada entre os dias 26 e 28 de julho, na cidade de Tóquio, no Japão. Ao todo, 8 caratecas maranhenses estão confirmados na Seleção Brasileira que competirá em solo japonês, no fim do mês. São eles: Marco Aurélio Mota (5º Dan), Gilbert Demousseau (3º Dan), Garance Demousseau (2º Dan), Elvacy Júnior (1º Dan), Radhyja Costa (1º Dan), Daniel Caripunas (2º Kyu), Vítor Augusto Sousa Nascimento Moraes (3º Kyu) e João Guilherme Maciel (3º Kyu). 

Os caratecas maranhenses foram destaques na última edição do Campeonato Brasileiro de Karate Shotokan, realizado em outubro de 2023, na cidade de Goiânia. O desempenho obtido no evento nacional foi determinante para que os atletas do Maranhão fossem convocados pela Confederação Brasileira de Karate Shotokan (JKS Brasil) para a disputa do Mundial da modalidade no Japão. 

Apesar de 8 maranhenses estarem confirmados no Campeonato Mundial, esse número poderia ter sido bem maior. A JKS Brasil chegou a convocar 19 atletas do Estado, mas, por falta de patrocínio, alguns perderam a oportunidade de competir fora do país.    

“É um evento de nível mundial, que será realizado no Japão, oportunidade mais que única. Os principais atletas do Brasil estarão presentes. Estamos confiantes e vamos dar o nosso melhor no Mundial. Poderíamos ter mais atletas do Maranhão na competição, mas, infelizmente, não foi possível devido ao elevado custo das despesas. Muitos dos nossos caratecas não conseguiram patrocínios para viajar para o Japão”, afirmou o sensei Marco Aurélio Mota. 

Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pelos atletas maranhenses para participarem desta edição do Campeonato Mundial de Karate Shotokan, a preparação da equipe seguiu a todo vapor. E o sentimento dos caratecas é um só: buscar bons resultados no Japão. 

Vítor Augusto

“Vamos fazer de tudo para conquistar os melhores resultados possíveis no Mundial lá no Japão. Passamos por dificuldades nos últimos meses, mas seguimos treinando forte para fazer bonito do outro lado do planeta. Vai ser minha primeira competição fora do país e estou muito animado em poder competir com os melhores do mundo. Assim como eu, meus companheiros também estão prontos e vamos fazer uma grande competição”, disse Vítor Augusto Sousa Nascimento Moraes.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Alunos em sala de aula. Foto: Sam Balye/Unsplash

Os candidatos ao Concurso Nacional Público Unificado (CNPU) que desejam desistir poderão solicitar a devolução da taxa de inscrição. O prazo estabelecido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) terá início nesta sexta-feira (5) e terminará no domingo (7). O pedido de reembolso deverá ser feito on-line, diretamente na plataforma do concurso, e cancelará a participação nas provas em 18 de agosto.

O anúncio foi feito pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, nesta quinta-feira (4), em Brasília. A medida tem o objetivo de atender os candidatos que possam ter sido prejudicados com o adiamento das provas previstas para 5 de maio e foram remarcadas para 18 de agosto, devido à situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, provocada pelas chuvas volumosas e enchentes que atingiram o Estado.

“A partir de amanhã [sexta-feira] até domingo, o pedido de devolução da taxa de cancelamento da inscrição estará disponível e pode ser feito no próprio sistema de inscrição. Qualquer candidato, em todo o Brasil, que pagou a taxa de inscrição, que não puder fazer a prova na data 18 de agosto, que é a nova data, poderá pedir sua inscrição de volta”, disse a ministra.

As regras do processo de solicitação para o reembolso do valor serão divulgadas em edição extra do Diário Oficial da União em um novo edital, que será publicado ainda nesta quinta-feira, adiantou a ministra do MGI.

O concurso unificado tem mais de 2,1 milhões de inscritos entre pagantes da taxa e isentos. Os candidatos a cargos de nível médio pagaram R$ 60 e para cargos de nível superior, R$ 90.

edital original do Concurso Unificado já previa o reembolso da taxa de inscrição, porém, apenas para situações específicas, casos de falta de energia e desastres naturais.

Local de prova

Outra mudança anunciada pela ministra Esther Dweck é que os candidatos com residência no Rio Grande do Sul, que fariam as provas em outros Estados; ou aqueles candidatos com residência em outros Estados que fariam prova no Rio Grande do Sul, poderão solicitar a alteração da cidade de realização das provas. O motivo é que o Estado ainda não teve a situação normalizada em diversos municípios e há problemas na logística aérea.

O prazo para os candidatos exclusivos desses dois grupos para fazer o pedido é, também, desta sexta-feira a domingo. 

“São 3 dias porque são essenciais para logística, para distribuição das salas e para fazermos as provas em 18 de agosto”, explicou a ministra.

O MGI apurou que 2.100 candidatos estão nessas duas situações.

Novo cronograma

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos anunciou, nesta quinta-feira, um novo cronograma para o chamado Enem dos Concursos, com destaque para as datas de divulgação final dos resultados e de início da convocação para posse dos aprovados e para ingressar nos cursos de formação, para cargos específicos.

Veja as novas datas:

- 5 a 7 de julho – prazo para candidatos de todo o Brasil solicitarem devolução da taxa de inscrição;

- 5 a 7 de julho – abertura de sistema para os candidatos do Rio Grande do Sul que fariam prova em outros Estados ou candidatos de outros Estados que fariam prova no RS solicitarem alteração do polo de provas;

- 7 de agosto - disponibilização dos cartões de confirmação de inscrição, com local de prova;

- 18 de agosto – aplicação das provas em 26 Estados mais o Distrito Federal;

- 18 de agosto, após às 20h – divulgação dos cadernos de provas em PDFs;

- 20 de agosto​ – divulgação preliminar dos gabaritos das provas objetivas;

-  20 e 21 de agosto – prazo para entrar com eventuais recursos quanto às questões formuladas paras provas e/ou aos gabaritos divulgados;

- 10 de setembro – disponibilização da imagem do cartão-resposta;

- 8 de outubro – divulgação das notas finais das provas objetivas e da nota preliminar da discursiva;

- 21 de novembro – divulgação final dos resultados;

- janeiro 2025 – início da convocação para posse e cursos de formação, quando o cargo prever.

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo (SP) 04/07/2024 - O Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, abre ao público nesta sexta-feira (5) três novas exposições que dialogam com o tema Histórias da Diversidade LGBTQIA+, escolhido para ser trabalhado pelo museu neste ano de 2024.
Foto: Ventura Profana/Masp/Divulgação

O Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, abre ao público, nesta sexta-feira (5), três novas exposições que dialogam com o tema Histórias da Diversidade LGBTQIA+, escolhido para ser trabalhado pela instituição neste ano.

A primeira delas é uma coleção da artista norte-americana Catherine Opie, um dos principais nomes da fotografia internacional contemporânea e que fica em cartaz até o dia 27 de outubro. Chamada de Catherine Opie: o gênero do retrato, a exposição apresenta 63 fotografias de suas séries mais emblemáticas e que foram desenvolvidas ao longo de mais de três décadas de trabalho. A curadoria é de Adriano Pedrosa e Guilherme Giufrida.

Opie é precursora na discussão sobre questões de gênero. “Catherine Opie é uma artista que surgiu ali na cena californiana, onde estudou nos anos 80. Ela inicia com prática muito diversa, fazendo fotografias de arquitetura e análises sobre a sociedade e a cultura americana. Catherine fazia parte de um coletivo de pessoas lésbicas, trans, travestis e gays que estavam vivendo ali a experiência de uma vida urbana, noturna, sobretudo em São Francisco. Decide, então, começar uma série de retratos, no sentido de registrar mesmo, de transformar em imagem essa experiência social que estava vivenciando”, contou Giufrida, em entrevista à Agência Brasil.

São Paulo (SP) 04/07/2024 - O Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, abre ao público nesta sexta-feira (5) três novas exposições que dialogam com o tema Histórias da Diversidade LGBTQIA+, escolhido para ser trabalhado pelo museu neste ano de 2024.
Foto: Catherine Opie/Masp/Divulgação

Em suas fotografias, a artista retrata diversas expressões e subjetividades de indivíduos e coletivos que se identificam com gêneros e orientações sexuais diversas, especialmente pessoas queer. “Ela foi pioneira em perceber, registrar e transformar essa experiência em uma galeria, usando o sentido clássico que o retrato tem na história da arte”, afirmou o curador.

Por isso, a curadoria pensou em dar nova abordagem à apresentação dessas imagens, fazendo um diálogo com o próprio acervo artístico do museu. “Catherine estava dialogando com toda a tradição do retrato, na questão da pose, da cor chapada ao fundo, dos objetos que aparecem nas fotografias. E temos, aqui no Masp, um conjunto significativo dos maiores retratistas da história ocidental. Então, a gente decidiu misturar e justapor alguns retratos dela [feitos por Opie] a retratos aqui da coleção do museu”, explicou Giufrida.

“Procuramos estabelecer diálogos humorados, críticos ou algumas vezes ácidos, com 21 obras da nossa coleção que, também, vão entrar na exposição. Por isso, a exposição se chama O Gênero do Retrato, porque a artista está lidando tanto com essa tradição do motivo do retrato na história da arte, como também subvertendo essa tradição trazendo discussões sobre corpo, sexualidade e identificação de cada um”, disse o curador.

Lia D Castro

A segunda mostra, que fica em cartaz até o dia 17 de novembro, traz os trabalhos da artista e intelectual Lia D Castro, que tem sua primeira mostra individual em um museu.

Lia D Castro: em todo e nenhum lugar tem curadoria de Isabella Rjeille e de Glaucea Helena de Britto e apresenta 36 obras da artista, a maioria delas pinturas de caráter figurativo e que exploram cenários onde o afeto, o diálogo e a imaginação são importantes ferramentas de transformação social. “A artista trabalha com pintura, instalação e fotografia. Trabalha com diversas mídias, e tudo isso faz parte de um projeto que ela vem desenvolvendo, no qual se utiliza da prostituição, do trabalho do sexo, para investigar questões relacionadas à masculinidade, à cisgeneridade e à branquitude”, disse Isabella Rjeille.

São Paulo (SP) 04/07/2024 - O Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, abre ao público nesta sexta-feira (5) três novas exposições que dialogam com o tema Histórias da Diversidade LGBTQIA+, escolhido para ser trabalhado pelo museu neste ano de 2024.
Foto: Lia D Castro_Carlos_Davi/CABREL/Masp/Divulgação

Por meio desses encontros com homens cisgêneros, em sua maioria brancos e heterossexuais, que produz seus trabalhos. “A maioria dos trabalhos que a Lia desenvolve e que estão na exposição é feita de forma colaborativa, junto com seus clientes que são, majoritariamente, homens brancos, autodeclarados heterossexuais, de classe média e alta e que a procuram para o trabalho do sexo. A Lia vai trabalhar com esses rapazes na elaboração do trabalho. A pintura não é um fim, mas um meio”, explicou a curadora.

Os clientes não são apenas pintados: eles mesmos participam de toda a concepção do trabalho, sugerindo como gostariam de ser retratados e até assinando as obras feitas em conjunto com a artista. “Ela fala que não quer representá-los, mas apresentá-los de uma maneira em que eles também tenham  voz ativa”.

Em entrevista à Agência Brasil, a artista contou que, antes do retrato, ela costuma perguntar a seus clientes questões que geralmente são direcionadas a pessoas LGBT+ ou negras: “Quando você se percebeu branco? E quando se descobriu cisgênero ou heterossexual?”. Com isso, ela subverte questões sobre raça, gênero e sexualidade.

“No meu processo inicial de pesquisa, vou usar da prostituição como meio de comunicação e de ponte até chegarem esses meninos. No terceiro ou quarto encontro, a gente começa a escrever sobre o trabalho que está por trás ou além da prostituição. Quero saber quem são eles, o que fazem. E aí vou fazendo algumas perguntas também mais relacionadas à branquitude, quando eles descobriram que são brancos e o que é ser branco em relação a outros povos não brancos dentro do Brasil. Meu foco é falar sobre a branquitude do homem brasileiro. O trabalho passa por esse processo de prática de sexo, pela entrevista e, depois, vou perguntar a eles se eles têm interesse em ir para museus”, explicou.

Durante esse processo, Lia contou que também foi se “autodescolonizando”. “Fui entendendo o quanto meu corpo era objetificado. Fomos educadas para ver o mundo com os olhos de um homem branco e odiar como pessoas brancas. Chamo isso de retina colonial. Uma das funções da retina é captar a imagem e transformá-la de acordo com a memória que ela tem sobre essa imagem. Fomos educadas a ver o mundo com os olhos de um homem branco. E como podemos tirar esses véus, essas camadas? Durante esse processo, fui tirando todas essas escamas da branquitude e as memórias da masculinidade branca, porque isso é compulsório”.

Em sua obra, Lia apresenta um processo criativo marcado por escolhas que são sempre coletivas: da paleta de cores à assinatura das obras. Nos trabalhos, a artista também se retrata: enquanto os homens estão nus, ela encontra-se vestida, tendo seu corpo coberto por esparadrapos, na contramão da tradição histórica da pintura ocidental, em que a grande maioria dos nus é feminina.

“Meu trabalho é organizar os desejos dessas pessoas. Então, eles vão escolher suas poses, a paleta de cores e vão também assinar. Eu não os represento, eu os apresento. Eles estão na assinatura, estão em suas escolhas afetivas. Quando falo do Davi, não falo dele como objeto. O Davi existe, ele está ali pela assinatura, pelo seu DNA e por sua memória afetiva de escolha”, disse.

Afeto, aliás, é uma das palavras-chave para entender o trabalho da artista. “Muitas vezes, ela aparece na série junto com eles. Outras vezes eles estão sozinhos, no sofá. Ou, às vezes, aparecem com a cabeça sobre o colo dela, ela lendo um livro. O livro é algo muito recorrente na obra da Lia”, lembrou a curadora. “Tem essa construção que a Lia cria, esse lugar de vulnerabilidade e intimidade. Ambos ali estão numa situação de vulnerabilidade, nesse lugar de intimidade, mas também tem esse espaço possível para abordar as questões de maneira muito afetuosa e transformadora”, acrescentou. 

Além das pinturas, a exposição vai apresentar fotografias de registro do processo utilizado por Lia. Há, também, um caderno de desenhos com anotações mais teóricas e desenhos feitos pela artista, com técnicas preparatórias para pintura.

Ventura Profana

A última mostra, que pode ser vista até o dia 18 de agosto, será apresentada na sala de vídeo do museu e se dedica aos trabalhos da artista visual, pastora, cantora, escritora e compositora Ventura Profana. A curadoria é de David Ribeiro.

“Ventura Profana trabalha com muitas linguagens como audiovisual, música, intervenções artísticas. Ela tem uma linguagem bastante múltipla. Esse trabalho artístico é imbuído de um sentido missionário, religioso, espiritual. Antes de se intitular como artista, escritora, cantora e compositora, Ventura costuma se colocar em primeiro lugar como pastora missionária, ou seja, ela é uma pessoa que está nesse desejo, nesse interesse, de comunicar uma palavra de fé e de transformação e que está buscando construir ou apresentar muitas possibilidades de vida, especialmente para corpos dissidentes, pessoas trans, travestis, racializadas”, disse o curador.

Assim como em um trabalho missionário, a artista busca ressignificar os símbolos e valores da doutrina cristã, combatendo a visão opressora e fetichista que reproduz a exploração de corpos negros e travestis. “Isso é o que Ventura chama de teologia da transmutação, um pensamento espiritual, filosófico ou moral em que a artista pastora divulga e transforma todas as violências e sentimentos de desprezo na base de construção de uma nova vida”, explicou Ribeiro.

Nessa mostra, serão apresentados quatro vídeos inéditos: A maior obra de saneamento, O poder da trava que ora, Procure vir antes do inverno e Para ver as meninas e nada mais nos braços. “Eles representam, com bastante vigor, esse pensamento espiritual, religioso e filosófico da artista pastora”, resumiu o curador. Além dos vídeos, o Masp vai promover, no dia 17 de julho, às 19h, em seu canal no YouTube, um bate-papo com a artista e o curador.

Mais informações sobre as três exposições podem ser obtidas no site do museu, que tem entrada gratuita todas as terças-feiras e, também, na primeira quinta-feira do mês.

(Fonte: Agência Brasil)

Alunos saindo de escola na Estrutural, no Distrito Federal

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prorrogou, para 31 de agosto, o prazo final para coleta de dados da 1ª etapa do Censo Escolar 2024 para toda a rede de ensino do Rio Grande do Sul. A medida excepcional foi adotada devido às enchentes e à situação de calamidade pública que atingiram o estado Em maio.

O Censo Escolar é a principal pesquisa estatística da educação básica e é realizado em regime de colaboração entre as secretarias estaduais e municipais de Educação, com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país.

Os responsáveis por declarar as informações devem preencher os formulários de modo on-line ou por meio da migração de dados, no Sistema Educacens. Mesmo com a prorrogação, os dados do Censo Escolar continuam a ter como referência a realidade escolar da última quarta-feira do mês de maio, dia 29 daquele mês, para todo o país.

Censo escolar

O levantamento do Censo Escolar abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica: ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos (EJA) e educação profissional e tecnológica.

Os indicadores possibilitam monitorar o desenvolvimento da educação brasileira e a efetividade das políticas públicas educacionais. As estatísticas do Censo Escolar contribuem para que os atores educacionais possam compreender a situação educacional do Brasil, das unidades federativas e dos municípios, bem como das escolas.

As estatísticas de matrículas servem de base para o repasse de recursos do governo federal e para o planejamento e a divulgação das avaliações realizadas pelo Inep.

Parte dos indicadores também é referência para o monitoramento e cumprimento das metas do Plano Nacional da Educação (PNE), diz o Inep.

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo (SP) 03/07/2024 - História de comunidade indígena premiada em Cannes chega aos cinemas
Foto: A Flor do Buriti/Divulgação

Um céu estrelado que só é possível ver em áreas distantes das luzes urbanas faz fundo ao balançar de um maracá, chocalho indígena. O ritmo do instrumento é acompanhado por cantos na língua krahô sobre as cores das flores. É assim que começa a A Flor do Buriti, filme premiado no Festival de Cannes, na França, e que estreia nesta quinta-feira (4), nos cinemas brasileiros.

“Quando o Hyjnõ sacode aquele maracá, como diz o antropólogo Viveiros de Castro, é um acelerador de partículas. Eu acho que, a partir disso, abrem-se muitas possibilidades”, reflete a codiretora Renée Nader Messora. A frase do renomado antropólogo foi dita para comparar o papel xamanismo nas sociedades indígenas à ciência nas culturas ocidentais.

O maracá de Francisco Hyjnõ Krahô foi ouvido no Cinema Claude Debussy, onde ocorre um dos mais importantes festivais dedicados à sétima arte. Ali, o elenco, formado essencialmente por atores indígenas de comunidades krahô do norte de Tocantins, foi premiado.

“Você tem um cinema como Debussy, cheio de gente e aí, no palco, você tem membros de uma comunidade indígena do norte do Brasil falando a sua própria língua, falada por 4 mil habitantes”, descreve Renée, para dimensionar a importância da exibição em Cannes.

A Flor do Buriti foi filmado ao longo de 15 meses, apoiando-se no trabalho de formação que os diretores João Salaviza e Renée Nader Messora desenvolveram nos territórios krahô. “A gente começou primeiro a trabalhar com o audiovisual como ferramenta. A comunidade estava muito curiosa e querendo aprender o cinema, fotografia, edição”, conta Renée sobre o processo que já teve como fruto o longa-metragem Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, lançado em 2018.

São Paulo (SP) 03/07/2024 - História de comunidade indígena premiada em Cannes chega aos cinemas
Foto: A Flor do Buriti/Divulgação

A partir da formação, foi criado um coletivo de audiovisual na aldeia.

Massacre e milícia

Neste filme, os indígenas encenam dois momentos históricos marcantes para a comunidade: um massacre que aconteceu em 1940 e o recrutamento dos jovens, em 1969, para integrarem uma milícia indígena formada pela ditadura militar, no poder à época. As lembranças contextualizam a situação atual dos krahô, que lutam por espaço na política e para livrar suas terras dos invasores, fazendeiros e traficantes de animais silvestres.

São Paulo (SP) 03/07/2024 - História de comunidade indígena premiada em Cannes chega aos cinemas
Foto: A Flor do Buriti/Divulgação

“O ponto de partida, a chispa inicial, foi essa vontade que a gente tinha de trazer a história do massacre. Era uma vontade desde o Chuva é Cantoria, que foi filmado em 2015 e 2016”, conta a diretora sobre como o projeto surgiu. No meio do caminho, as batalhas cotidianas da comunidade foram trazendo elementos para a construção do novo filme.

“Um pouco mais tarde, o Francisco Hyjnõ que é um outro protagonista do Flor do Buriti, estava muito envolvido num processo de roubo de terra em uma fronteira da área indígena. Ele já tinha feito a denúncia para a Funai, já tinha conseguido o drone para capturar essas imagens aéreas e utilizar essas imagens como prova. Essas imagens terminaram também por entrar no nosso filme”, detalha Renné a respeito do processo de construção do longa.

Narrativas

Com indígenas em parte da equipe de roteiro, o filme mistura visões de mundo e formas de contar histórias. “O filme tenta abrir isso [outras maneiras de contar histórias], não tem mais um protagonista único, são vários protagonistas. E tem essa maneira de contar onde as temporalidades vão se misturando, vão tentando criar uma nova forma. Quanto mais a gente dialoga e passa tempo junto com a comunidade, mais esessa forma vai entrando na nossa forma de fazer filme”, diz a diretora ao relatar a imersão na cultura krahô.

As narrativas indígenas podem parecer complexas para pessoas não habituadas, mas abrem mais possibilidades de acolher a pluralidade de pontos de vista. “Uma forma muito mais aberta, que contempla muitos olhares também. Às vezes, o mito está sendo contado a partir da perspectiva de uma pessoa humana, mas, por momentos, o mito passa a ser contado a partir da perspectiva de um animal. A pessoa que escuta e que não está muito treinada vai se perdendo nessa multiplicidade. Aqui, a gente queria trazer um pouquinho dessa sensação”.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 22/11/2023  Ministro da Educação, Camilo Santana, durante audiência publica nas comissões de Fiscalização e controle e Educação. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

Uma nova resolução governamental, assinada nesta quarta-feira (3), autoriza o Ministério da Educação (MEC) a liberar recursos do Programa Dinheiro Direito na Escola (PDDE) para estabelecimentos de ensino de cidades cuja prestação de contas pela prefeitura esteja pendente. Para entrar em vigor, a resolução precisa ser publicada no Diário Oficial da União.

“Algumas escolas estão deixando de receber recursos por causa dessa situação”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana, ao anunciar a assinatura da resolução durante a 3ª Reunião Plenária do Conselho da Federação, colegiado formado por representantes dos governos federal, estaduais e municipais que está reunido hoje, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Segundo Santana, há cerca de 264 mil processos de prestação de contas pendentes de análise no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Entre eles, alguns estão há mais de 15 anos tramitando.

“Já saiu prefeito, entrou outro prefeito, voltou [o primeiro], e a pendência continua lá. Devido a essas pendências, estávamos deixando de repassar às escolas de todo o país cerca de R$ 100 milhões [do PDDE]”, disse o ministro.

Santana explicou que, pela resolução, os atuais gestores de municípios com pendências que queiram receber os recursos do programa terão que protocolar uma representação no Ministério Público Federal (MPF).

“Com isso, liberaremos o repasse dos recursos do PDDE a fim de não prejudicar as escolas. Claro que o processo [de análise da prestação de contas antigas] seguirá, e os gestores responderão por qualquer eventual irregularidade”, garantiu o ministro ao assegurar que a medida beneficiará “milhares de escolas e milhões de estudantes brasileiros”.

“O programa Dinheiro Direto nas Escolas agiliza o uso de recursos diretamente nas escolas, para questões de reparos e ações em várias áreas. É um mecanismo ágil que utilizamos, inclusive, para repassar recursos às escolas gaúchas [afetadas pelos recentes temporais no Rio Grande do Sul] poderem ao menos fazer a limpeza”, concluiu o ministro.

(Fonte: Agência Brasil)

Heptacampeão brasileiro de kitesurf e atleta número 1 da modalidade nas Américas, o maranhense Bruno Lobo, que é patrocinado pelo Grupo Audiolar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Bolsa-Atleta e da Revista Kitley, faz os últimos ajustes para a participação nos Jogos Olímpicos de 2024, na França. Com foco total no maior desafio de sua carreira, Bruno está em sua terceira semana de treinamentos na cidade de Marselha, que receberá a inédita competição olímpica de Fórmula Kite.

A Marina de Marselha, onde Bruno Lobo está treinando e vai lutar pela medalha olímpica, traz ótimas lembranças ao kitesurfista maranhense. Na temporada de 2023, Bruno foi o único atleta da América do Sul a participar do evento-teste dos Jogos Olímpicos, onde faturou a quinta colocação, resultado que o credencia como um dos principais candidatos ao pódio da Fórmula Kite, cuja disputa será entre os dias 4 e 8 de agosto.

“O período de treinos aqui em Marselha está sendo bem produtivo. Estou procurando tirar o máximo de lições, entendendo como funciona o local de prova, as condições de vento, pois cada dia aqui venta em uma condição diferente. Também estou testando os equipamentos e treinando com outros atletas. Estou me dedicando ao máximo e evoluindo a cada dia em busca de fazer uma grande Olimpíada”, declara Bruno Lobo.

Antes do período de treinos em Marselha, Bruno Lobo conquistou um excelente resultado em outra competição na França, ficando em nono lugar no Campeonato Mundial de Fórmula Kite, realizado em maio, na cidade de Hyères. O kitesurfista maranhense teve um ótimo desempenho diante dos principais nomes da modalidade no planeta, chegando até as semifinais e garantindo presença no Top 10 do Mundial pelo segundo ano consecutivo.

Sétimo colocado no ranking mundial de Fórmula Kite, Bruno Lobo também registrou grandes performances em dois eventos na Espanha, no início da temporada de 2024. O kitesurfista maranhense conquistou o quarto lugar no Campeonato Europeu de Fórmula Kite, realizado em março, em Los Alcázares, e garantiu a 11ª posição do Troféu Princesa Sofia, que foi válido como etapa da Copa do Mundo e disputado em abril, em Palma de Mallorca.

Temporada anterior

Em 2023, Bruno Lobo colecionou resultados históricos, com destaque para a vaga antecipada em Paris 2024, o hepta brasileiro de Fórmula Kite e a conquista de seu segundo ouro na história da modalidade nos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile. O maranhense também alcançou o Top 10 do Mundial de Vela, foi o nono colocado na Allianz Regatta e colocou o Brasil em sétimo lugar na disputa por países do Troféu Princesa Sofia, na Espanha.

(Fonte: Assessoria de imprensa)