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Recife (PE), 04.04.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de Sanção do Projeto de Lei nº 9474/2018, que institui marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura, no Teatro Luiz Mendonça, Parque Dona Lindu, Recife. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em viagem ao Recife, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma cerimônia para marcar a sanção do projeto de lei que institui marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC), na noite dessa quinta-feira (4). O evento lotou o Teatro Luiz Mendonça, na capital pernambucana, e contou com a participação da ministra da Cultura, Margareth Menezes, de autoridades, artistas e realizadores culturais.  

Previsto na Constituição Federal, o SNC é definido pelos princípios de diversidade das expressões culturais, da universalização do acesso aos bens e serviços culturais e do fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais. A estrutura de governança do sistema é dividida de forma colaborativa entre diferentes entes da Federação (União, Estados e municípios), por meio de órgãos gestores, conselhos, conferências, comissões, planos de cultura, entre outros instrumentos de política pública e participação social.

“O que seria do mundo se não fosse a cultura, se não fosse a arte, a música, a dança, a pintura? Se não fossem vocês? Aquela pessoa que levanta todo dia de manhã tentando fazer alguma coisa para despertar o interesse em outra pessoa”, afirmou Lula à uma plateia repleta de artistas e fazedores de cultura.

Em discurso, o presidente destacou o papel do Congresso Nacional na aprovação da medida que, "apesar de ser maioria conservadora, teve a competência de entender que a cultura é parte da alma de uma nação”.

“Este sistema, a exemplo do Sistema Único de Saúde, do Sistema Único de Assistência Social e do Sistema Único de Segurança Pública, dá as condições para a estruturação de uma política cultural no Brasil, onde a União, os Estados e os municípios têm papeis bem definidos e muito claros. Todos cumprindo uma ação de financiar esse sistema, mas cada um com suas responsabilidades na execução da política pública”, explicou o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do projeto no Senado. O PL 5.206/2023, como nomeado durante a tramitação, foi aprovado pelo Congresso Nacional no mês passado.

A ministra Margareth Menezes lembrou que o SNC era um anseio do setor cultural pelo menos desde 2005 e, agora, consolida a existência permanente do Ministério da Cultura, pasta que havia sido extinta pelo governo anterior.

“A chegada do nosso Sistema Nacional de Cultura efetivará a existência do Ministério da Cultura no Brasil”, disse. Ela anunciou a abertura de escritório do ministério em todos os Estados e comparou o Sistema Nacional de Cultural com o SUS.

“Teremos representação do MinC em todos os Estados do Brasil. E teremos os agentes culturais, para chegar naqueles lugares onde nunca chegaram as ações culturais. Será como o agente [de saúde] do SUS”.

Margareth Menezes também destacou o papel das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, que, juntas, preveem fomento cultural de quase R$ 7 bilhões ao longo dos próximos anos, para financiar atividades culturais e assegurar repasses para que Estados e municípios executem a política pública na ponta.

Cantora e compositora baiana, a ministra da Cultura se emocionou durante o discurso na cerimônia de sanção do SNC e defendeu o setor como importante no desenvolvimento da economia do país.

“Somos mais de 5 milhões de pessoas que trabalham nas indústrias das economias criativas. O setor cultural é responsável por 3,11% do Produto Interno Bruto [PIB] do Brasil. Essa perseguição, a dúvida sobre o porquê investir na cultura, essa é a resposta. Nós participamos do desenvolvimento da economia, damos retorno na economia brasileira”, destacou. Ainda segundo Margareth, a pasta encomendou uma pesquisa para avaliar o retorno das políticas culturais na geração de emprego e renda.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 25/03/2024 - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa da entrega de cartões do Programa Pé-de-Meia para alunos de todo o País. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O programa Pé-de-Meia, que oferece incentivo financeiro para jovens permanecerem matriculados e concluírem o ensino médio, já tem 2,43 milhões de estudantes cadastrados. As contas desses alunos já foram abertas na Caixa, e eles estão aptos a receber os valores pagos pelo programa.

Com o Pé-de-Meia, os alunos receberão um pagamento mensal de R$ 200, além de um bônus anual de R$ 1.000. A primeira parcela já foi paga aos estudantes entre o fim de março e o início deste mês, de acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana.

São Paulo (SP), 03/04/2024 - O ministro da Educação, Camilo Santana, participa da coletiva de imprensa do lançamento do programa Pé-de-Meia na Secretaria de Estado de Educação de São Paulo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Segundo as regras do programa, que é coordenado pelo Ministério da Educação (MEC), os R$ 200 serão pagos por dez meses a cada ano e podem ser sacados a qualquer momento pelo estudante. Já os R$ 1.000 pagos ao fim de cada ano letivo, só podem ser usados pelo jovem após sua formação no ensino médio. A contrapartida é que o aluno frequente, pelo menos, 80% das aulas.

“Segundo o último Censo Escolar, o Brasil perdeu quase meio milhão de estudantes, que saíram da escola [no ensino médio], em um ano. E não é por escolha, é por necessidade. Dados do IBGE mostraram, agora, que o grande motivo de o aluno abandonar a escola é a questão financeira”, disse Santana, durante lançamento do programa no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (4).

Os valores recebidos, individualmente, pelos estudantes, somando o adicional de R$ 200 pagos pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), chegam a R$ 9,2 mil ao fim desta etapa da educação básica.

De acordo com o MEC, o programa estima atender 2,5 milhões de estudantes e terá um investimento de R$ 7,1 bilhões este ano. Alguns alunos ainda não estão cadastrados devido a problemas no CPF.

Beneficiados

Segundo o MEC, para receber a poupança do ensino médio, o aluno precisa ter Cadastro de Pessoa Física (CPF) e matrícula em série do ensino médio público, registrada até dois meses após o início do ano letivo.

Outros requisitos são ter de 14 a 24 anos e ser integrante de família beneficiária do Programa Bolsa-Família, que será prioridade no início do incentivo financeiro-educacional.

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nessa terça-feira (2), os resultados do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), que avaliou 1.998 instituições de educação superior, sendo públicas e privadas. Segundo o levantamento, 27,7% das instituições (554) tiveram o melhor desempenho, ficando entre as faixas 4 e 5 do indicador. Outros 60,3% obtiveram nota 3; 11,7% (234) ficaram na faixa 2 e 0,3% (6) na faixa 1, com o conceito mais baixo. 

Entre as instituições públicas federais, 94 das 111 avaliadas obtiveram IGC 4 ou 5 e nenhuma ficou nas faixas 1 e 2 do indicador. O número de instituições comunitárias nas faixas 4 e 5 passou de 31 para 39 entre 2018 e 2022. Já as privadas com fins lucrativos, que representam 53% (1.503) das avaliadas, aumentaram de 183 para 215 instituições com IGC igual a 4 ou 5, no mesmo período.

>> Veja, aqui, os resultados divulgados pelo Inep

O IGC corresponde à média das notas do Conceito Preliminar de Curso (CPC), referente aos cursos de graduação, e dos conceitos Capes dos cursos de programas referentes à pós-graduação stricto sensu, ponderadas pelo número de matrículas de cada curso.

Mestrado e doutorado

Segundo o Inep, nenhuma instituição que oferece cursos de mestrado ou doutorado ficou na faixa 1 do indicador. As instituições com mais programas dessa natureza se concentram nas faixas superiores (4 e 5). “O que leva a crer que a pós-graduação leva a uma maturidade institucional relevante, que reverbera na graduação”, diz o diretor de Avaliação da Educação Superior do Inep, Ulysses Teixeira. 

Outros indicadores

O Inep também divulgou os resultados de outros dois indicadores de qualidade da educação superior relativos a 2022. O Conceito Preliminar de Curso (CPC) combina aspectos como desempenho dos estudantes, valor agregado pelo curso, corpo docente e condições oferecidas para o desenvolvimento do processo formativo. Entre os 8.934 cursos de graduação com CPC calculado, 35,9% (3.208) tiveram desempenho entre as faixas 4 e 5 do indicador; 54,4% (4.861) obtiveram notas médias (3); 9,5% (848) ficaram na faixas 2 e 0,2% (17) na faixa 1.

Segundo o Inep, os resultados mostram uma tendência de crescimento no número de docentes com mestrado e doutorado nas instituições de ensino, além de uma avaliação positiva, pelos estudantes, das condições de oferta dos cursos de graduação vinculadas à organização didático-pedagógica, à infraestrutura e instalações físicas e às oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional. 

Já o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) busca mensurar o valor agregado pelo curso, ao considerar os resultados dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) ao fim da graduação, e o desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), dos mesmos estudantes quando eram ingressantes na educação superior. O resultado mostrou que as instituições públicas federais e estaduais, bem como as comunitárias, têm mais de 30% dos cursos nas faixas superiores do IDD (4 e 5). Foi analisada uma amostra de 7.569 cursos.  

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ), 02/04/2024 – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva durante inauguração do Impa Tech e início das aulas da 1ª turma de bacharelado em Matemática da Tecnologia e Inovação, na zona portuária da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta terça-feira (2), da inauguração do Impa Tech, com o primeiro curso de graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Rio de Janeiro. O ato marca o início das aulas da primeira turma de Matemática da Tecnologia e Inovação, com quatro anos de duração.

Em discurso, Lula destacou a importância da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), promovida pelo Impa desde 2005, no interesse dos alunos do ensino básico público pelo estudo nas áreas das ciências exatas e tecnológicas. Ao longo dos anos, a Obmep se tornou a maior olimpíada científica do mundo em número de participantes.

“Eu acho que todo filho da pessoa mais humilde, da pessoa de classe média baixa, tem o direito de ter oportunidade de chegar à universidade e ter um diploma de doutor. Educação não é privilégio para rico, educação é um direito de todos e a educação não é gasto, é investimento, e o Estado precisa assumir responsabilidade”, disse o presidente.

“Nosso papel é criar as condições para vocês [estudantes] subirem mais degraus, porque quem vai ganhar com isso não são vocês individualmente. Quem vai ganhar com isso é o orgulho do pai e da mãe de vocês, é o orgulho dos irmãos de vocês e é o orgulho desse país, que vai ter mão de obra altamente qualificada para disputar com o mundo, com qualquer país do mundo, qualidade, produtividade e, por que não, de evolução científica e tecnológica”, acrescentou Lula.

Credenciamento

Referência em pós-graduação, em dezembro de 2023 o Impa foi credenciado como instituição de educação superiorA seleção dos alunos do Impa Tech também ocorreu no fim do ano passado, com 80% das vagas destinadas a estudantes com melhor desempenho em olimpíadas do conhecimento.

Gratuito, o Impa Tech tem como meta capacitar os estudantes para entrar de forma efetiva no mercado de trabalho de tecnologia e inovação. Ele está localizado no Porto Maravalley, polo de tecnologia desenvolvido Pela prefeitura do Rio de Janeiro, na zona portuária da cidade, e vai dividir um galpão de 10 mil metros quadrados com startups e empresas de tecnologia.

Os estudantes terão acesso a alojamento estudantil, sob responsabilidade da Prefeitura do Rio, e apoio financeiro do governo federal, com bolsa de R$ 500 e auxílio-alimentação de R$ 1.290 por mês. O bacharelado em Matemática da Tecnologia e Inovação vai atender 100 alunos no primeiro ano, com investimento de R$ 18,7 milhões, podendo chegar a 400 alunos ao fim de quatro anos.

Reconhecimento

De Rolim de Moura, interior de Rondônia, o novo aluno do Impa Tech, Caio Victor Ferreira da Costa, compartilhou memórias da sua vida estudantil e falou da importância da Obmep.

“Eu gosto de pensar que todos aqui começaram a contar com a ajuda dos pais, usando os dedinhos, até mesmo os grandes matemáticos aqui presentes, doutores e mestres, começaram assim. E a vida é construída a partir desses pequenos passos. E uma etapa muito importante na minha vida e na vida dos demais colegas que hoje ingressam no Impa Tech é a Obmep”, garantiu Caio.

“Para um estudante de escola pública, assim como eu, não é apenas uma medalha. Com uma medalha vêm reconhecimento e oportunidades. E eu estou aqui hoje graças a essas oportunidades”, acrescentou.

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que a Matemática é transversal e necessária em diversas áreas de conhecimento. “A Matemática está em todo lugar. Quando a gente olha para as obras de Oscar Niemeyer, nós temos que lembrar do pernambucano Joaquim Cardoso, que Niemeyer pensou aquela arquitetura extraordinária, mas alguém teve que ir fazer os cálculos”, afirmou.

“Se nós formos olhar o que acontece hoje no lançamento de satélite, na base de Alcântara, ou se a gente for estudar o que acontece na Biologia, na nanotecnologia, na biotecnologia, tudo isso tem Matemática. E é por isso que nós precisamos fazer a ciência básica, mas com essa visão aplicada que é que o Impa faz hoje em dia, aliás, faz desde 1952. Então, essa é, nada mais nada menos, a perspectiva que a gente está dando no dia de hoje, porque, afinal, é uma junção da educação com a tecnologia que se unem para esse futuro promissor”, destacou a ministra.

O Impa é um centro de pesquisa e pós-graduação em Matemática de renome internacional, com cursos de doutorado, mestrado e mestrado profissional. Qualificado como organização social, é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e ao Ministério da Educação (MEC).

Rio de Janeiro (RJ), 02/04/2024 – A  ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos durante inauguração do Impa Tech e início das aulas da 1ª turma de bacharelado em Matemática da Tecnologia e Inovação, na zona portuária da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Durante o evento, a Agencia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Secretaria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura do Rio também assinaram convênio que prevê aporte de R$ 4 milhões, por parte da ABDI, para criação de um hub de pesquisa e inovação em inteligência artificial no Porto Maravalley. A ABDI é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

(Fonte: Agência Brasil)

Encerra-se, nesta quarta-feira (3/4), o prazo para inscrições no Gestores em Movimento que será realizado em São Luís. O programa visa a capacitação de músicos, estudantes de música e administradores da área cultural em gestão de teatros, orquestras e salas de concertos, além da realização do Festival Gestores.

Para se inscrever, basta acessar o site www.gestoresmovimento.com

Apresentação do prograna

A equipe responsável pulo Gestores em Movimento apresentou o programa a potenciais parceiros em São Luís.

Na foto, um dos gestores do projeto Bruno Cunha (@brunomcunha), com o diretor da Galeria Trapiche,  Uimar Junior (@uimar.junior), e o diretor do Teatro da Cidade de São Luís,  Aldenor Filho (@aldenor_filho).

(Fonte: Assessoria de comunicação)

TIA LUÍZA

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“– Meu sobrinho, eu não sei nada de política... mas eu sei de você. E tenho certeza de que sei qual é a resposta que você vai dar”.

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Ela se chama Luíza Gama Soares e aniversaria neste 1º de abril. É minha tia. Em razão de seu nascimento no primeiro dia deste mês, ela e eu costumamos brincar um com o outro: “Luíza abre, Edmilson fecha” – porque eu sou do último dia do mesmo mês.

Há tempos, devia a mim mesmo, mas sobretudo à minha tia, um texto com registro de parte de uma conversa que ela e eu mantivemos há anos, lá por 2016 ou 2018, um desses anos de eleições.

Nessa época, eu era dirigente partidário em Imperatriz e candidato com, pelo menos, sete a oito campanhas disputadas para vereador, prefeito, deputado estadual e federal. No total, foram nove campanhas em que fui candidato.

Tendo eu alguma prestação de serviços ao município imperatrizense, com postura e compostura ética em relação às coisas e causas da Política e da Administração Pública maiúsculas, com resultados eleitorais de mais de quatrocentos a até cerca de vinte e cinco mil votos, construiu-se na cidade e região uma percepção razoavelmente positiva em torno de meu nome, que se adensava em época de campanhas políticas.

Isso, de certa forma, e o fato de ser dirigente partidário (presidente), autorizava membros, sobretudo gestores e candidatos, de outros partidos a enviarem prepostos para tentar um “acordo”, uma convergência de esforços, essas coisas. Afinal, a Política – dizem – não é a arte do diálogo?

Pois certa feita um emissário de uma coligação partidária veio “dialogar” comigo. Veio com argumentos na fala... e algumas centenas de milhares de reais na mala.

O emissário era um conhecido meu, profissional liberal, professor universitário. Ele representava e negociava, naquele ano, os interesses político-partidário-eleitorais de uma coligação.

Após as cortesias iniciais de praxe, ele abriu o jogo, e a mala. Em resumo, disse que, se eu aceitasse isso e isso, a mala ficaria, eu contaria o dinheiro e, estando tudo certo, eu o informaria e ele ligaria para um determinado número (que ele me mostrou na tela de seu celular), após o que viria até a minha residência uma equipe de filmagem para gravar trinta segundos de imagens e áudio, em que eu diria que fulano e sicrano eram as melhores pessoas desde Jesus Cristo e declararia apoio à coligação e suas pretensões.

É claro, não disse sim nem não logo. Pedi ao emissário que esperasse, enquanto eu daria alguns telefonemas para ouvir a opinião de gentes de meu “grupo” político – na verdade, alguns amigos de referência e reverência, que (ainda) acreditam e apostam em nosso nome quando este é colocado entre os demais que, como eu, ousam entrar nesse moedor de carne e reputação humanas que são as campanhas, as eleições, a Política.

Enquanto o emissário estava, admirado, passeando os olhos pelas dezenas de milhares de livros de minha biblioteca, entrei no quarto, fechei a porta, liguei o ar-condicionado (para produzir um certo barulho...) e fui fazer contato com o “grupo”. Depois, liguei para minha tia Luíza – é aqui que ela entra na história...

Minha tia mora em um município do lado norte do Maranhão. Após pedir a bênção e procurar saber como ia ela de saúde (ela é setentã), contei-lhe o que estava ocorrendo naquele instante – a montanha de dinheiro por um apoio e tudo o que esse apoio representaria de envolvimento, cobranças etc.

Paciente e silenciosamente, minha tia me escutou. Quando terminei, ela, com aquela sabedoria que os mais velhos vão desenvolvendo ao longo das décadas de vida, só disse uma frase. Não falou nem se impressionou com o volume de dinheiro, com a retribuição (pouca, para alguns) que eu teria de dar para ter a “grana” e, depois, gastá-la. Minha tia não perguntou sobre o emissário... nada. Tia Luíza focou, centrou no essencial – que era o sobrinho dela. Sem titubear, sem arrodeio, segura, ela disse o que quase ninguém mais diria:

“– Meu sobrinho, eu não sei nada de política... mas eu sei de você. E tenho certeza de que sei qual é a resposta que você vai dar”.

Pronto. Só. Uma pancada. Como também se diz: Nem Salomão, em toda sua sabedoria, diria o que minha tia disse.

Naquelas palavras dela, estava o testemunho de quem, desde adolescente, com outra irmã (Isabel) e dois irmãos (Raimundo João e José Lourenço), conviveu com minha mãe, Dª Carlinda Orlanda Sanches, e comigo e meus outros quatro irmãos (Francisca Cláudia, Carlos Magno, Júlio César e Wendel). E não esquecer o Papai Velho (Papai Véi, como chamávamos), nosso avô materno Manoel, já falecido, que sabia tocar boiada e flauta e, além de histórias sobre nossos remotos antepassados e antecedentes, me falava de música e dos termos e notas musicais, acerca dos quais sou ignorante até hoje.

Tia Luíza disse, naquelas palavras curtas e sábias, da índole, da ética, da criação que todos (meus irmãos e meus tios) tivemos, sob a inspiração (honestidade) e a transpiração (trabalho) de minha mãe. Uma índole, uma ética, uma criação que, para alguns e para hoje (mas desde já há algum tempo), parecem coisas ultrapassadas, parecem “frescura”, lembranças de gente velha... Já imperam por aí as gerações que não conheceram ou não querem saber de hábitos e costumes como pedir a bênção, pedir licença ao passar entre duas pessoas que conversam, obedecer aos pais, respeitar os mais velhos, ter temor (ou. pelo menos, respeito) a Deus e aos valores espirituais.

Minha tia é da família, que é onde estão as poucas pessoas que sabem mesmo de mim, de minhas raízes, caule, tronco – quando alguns outros, que acham que me conhecem, da minha árvore de vida sabem, quando muito, apenas de ramos, folhas, flores, frutos...

As conversas com meus tios são repletas de lembranças e sorrisos.

Não temos problemas em rirmos de nós mesmos...

Memórias da infância, da adolescência e juventude...

As brincadeiras, as rodas de conversas, os jogos de mesa, as anedotas, as pescarias com simples anzóis de chumbada no Rio Itapecuru, quando este não era o atual curso d’água líquido, sujo e incerto de hoje...

Pescar também pelo método de “tapagem”, em que a entrada de água de um braço do rio era obstruída com uma barreira ou barragem feita de toras de madeira, galhos, folhas, barro etc. e, depois, esvaziada, após o que se retiravam com as mãos, da água rasa, diversos tipos de peixes – piaus (de coco, de vara), curimatás, pescadas, surubins, branquinhas, carás, mandis (inclusive o mandi dourado), traíras, lampreias, anojados, aniquins, mandubés, piabas, piranhas, caranbanjas, futricas (mandis e outros peixes ainda bem pequenos), tubis, sarapós, muçuns, cangaparas (espécie de pequenas tartarugas)... E também retirávamos, de locas em lajes, bodós, violas e outros cascudos (inclusive o sete léguas)...

Cozinheira de mão cheia e de pratos vazios (pois do que ela prepara nada sobra...), tia Luíza mantém a tradição familiar de excepcionais mulheres de mão boa e paladar bom na cozinha, que nem mãe Carlinda e tia Isabel e também minha irmã Cláudia. Aqueles peixes, então, cozidos, fritos ou, em certos casos, assados, eram de a gente comer que “dava bom dia a jumento”  (expressão da época – anos 1960/1970 – de múltiplo uso e sentido).

Um tempo atrás, tia Luíza esteve umas duas semanas comigo, na casa em que moro. Entre tantas lembranças que reavivamos, lembrei a ela a frase:

“– Meu sobrinho, eu não sei nada de política... mas eu sei de você. E tenho certeza de que sei qual é a resposta que você vai dar”.

Foi não.

A resposta que dei foi: “Não”.

Eu não aceitei a proposta.

Sei que há os que dizem ou diriam que não veem problema em aceitar uma oferta ou negociação política dessas, que faz parte do “jogo”, que não se perde uma reputação por isso etc. etc.

Bom, cada um decide como lhe convém, como pode e quer. O certo é que, minutos depois de nos despedirmos, o advogado e emissário político enviou-me mensagem pelo telefone, onde expressava sua admiração por mim, dizia que veio apresentar a proposta porque era sua missão dentro do partido, porém – afirmou ele – já sabia desde o início que, apesar da volumosa tentação monetária, eu não iria aceitar.

Como se vê, a gente também ganha quando não se perde...

Por suas palavras, obrigado, tia Luíza.

E, neste 1º de abril, dia de seu aniversário, que o bom Deus cuide de sua saúde, mantenha seu bom humor e amplie seu crescimento espiritual.

Felicidades.

A bênção.

Parabéns.

(... E guarde minha fatia do bolo...).

* EDMILSON SANCHES

FOTOS:

Tia Luíza e o filho, Diego. Bons de trabalho... e bons de prato...

NÃO É FÁCIL

*

Não é fácil pregar o novo, o diferente, o justo, o correto. Pode-se terminar enxovalhado pelas multidões e sacrificado na cruz.

Não é fácil pregar – e praticar – o novo. Poucos aceitam mudanças em cima daquilo de que se beneficiam.

Quando recusamos uma nova mensagem, ou a proposta de um novo jeito de ser, de um diferente modo de fazer, não nos diferenciamos daqueles que, frente ao palácio de Pôncio Pilatos, pediam por Barrabás e condenavam o Pregador ao martírio dos cravos, ao suplício da cruz.

Neste ano eleitoral, só a Sexta-Feira passada foi da Paixão e Santa – todas as demais serão da Política e do fingimento.

Mas o povo quer que seu político escolha a claridade, não o acinzentamento;

... o holofote potente do campo de futebol, não a lâmpada tremeluzente da boate da esquina.

Escolher a luz, não a escuridão;

... a transparência, não a obscuridade;

... a seriedade, não o acanalhamento;

... o servir, não o ser vil ou servil;

... a verdade, não a mentira;

... o Bem, o Bom, o Belo, não o mal, o ruim, o feio.

Enfim, procurar o humano e o divino, e não o desumano e o diabólico.

*

Boa Páscoa para você.

* EDMILSON SANCHES

Tiradentes (MG), 18.01.2024 - 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes. – Mussum, o filmis. Foto: Universo Produção/Divulgação

Ocorre até a próxima terça-feira (2) o 26º Festival de Cinema Brasileiro em Paris, na capital francesa. O evento deste ano homenageia o ator e diretor Antônio Pitanga, ícone do cinema brasileiro. Ao todo, 30 produções nacionais serão exibidas durante o festival, que se realiza no renomado cinema de arte L’Arlequin.

Os parisienses, turistas ou brasileiros que estejam em Paris interessados em conhecer o Brasil pelas telas do cinema poderão conferir filmes legendados em francês que retratam desde a disputa política eleitoral no país até os que retratam a Floresta Amazônica por dentro.

O documentário No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut, conta como foi a eleição de outubro de 2022 até o dia 8 de janeiro de 2023. Já o documentário A Invenção do Outro, de Bruno Jorge, mostra uma expedição liderada por Bruno Pereira em busca de estabelecer contato com indígenas isolados.

Para a produtora Ana Arruda, da Sétima Cinema, empresa especializada em exibição e distribuição de projetos de cooperação internacional, em especial, entre Brasil e França, o Festival é uma vitrine histórica para os filmes brasileiros.

“É um festival importante para mostrar como o Brasil é bem maior, bem mais amplo do que três obras de referência, três clássicos que foram mais reconhecidos em outras décadas. Em termos de mercado, aquece bastante para a coprodução, é um ponto de encontro também onde distribuidores, produtoras vão para buscar os talentos, para ter um contato direto com artistas brasileiros”, diz.

Parte do Brasil também será exibida em Paris por meio de um documentário que conta a história da cena de funk, soul, rap e pagode, entre outros ritmos, que marcaram a vida paulistana nas décadas de 1970 e 1980. O filme Chic Show, de Emílio Domingo e Felipe Giuntini, conta a história do baile Chic Show, que recebeu artistas como Tim Maia, Gilberto Gil, Kurtis Blow, Betty Wright e até James Brown.

Outro filme que retrata o Brasil é Mussum, o Filmis, de Silvio Guindane, que conta a história do humorista Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, dos Trapalhões. O festival exibiu ainda o documentário Nas Ondas de Dorival Caymmi, de Locca Faria, que revela a criação das obras musicais do baiano Dorival Caymmi. Já a ficção Meu Nome é Gal, de Dandara Ferreira e Lô Politi, conta a história do movimento Tropicália e como ele transformou a música brasileira.

Outra obra exibida é o documentário Utopia Tropical, de João Amorim, feito a partir de uma conversa entre o linguista e escritor estadunidense Noam Chomsky e o atual assessor internacional da Presidência da República, o embaixador e ex-ministro Celso Amorim. Na conversa, ambos discutem a ascensão e queda dos governos de esquerda na América Latina nos últimos anos.

Já os filmes de ficção que estão na mostra competitiva do festival são: Sem Coração, de Nara Normande e Tião, Betânia, de Marcelo Botta, Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria, Pedágio, de Carolina Markowicz, Pérola, de Murilo Benício, Felicidade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges, A Batalha da Rua Maria Antônia, de Vera Egito e O Diabo na Rua no Meio do Redemunho, de Bia Lessa.

Confira a programação completa aqui.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou que o Festival é fundamental para ampliar a visibilidade dos filmes e dos artistas brasileiros no cenário internacional. “Nesta edição do festival de Paris, que tem o Pitanga como homenageado, o público vai viver uma experiência cinematográfica única, marcada pela qualidade e originalidade de nossas produções”, destacou.

Homenageado

O 26º Festival de Cinema Brasileiro em Paris homenageia Antônio Pitanga. “Figura importante do cinema brasileiro, já atuou em mais de 70 filmes, e em sua rica e longa carreira colaborou com diretores emblemáticos do Cinema Novo como Glauber Rocha, figura central do movimento. A homenagem que lhe será prestada este ano oferecerá ao público a oportunidade de conhecer uma seleção dos filmes mais significativos da sua carreira”, destaca a organização do evento.

Entre os filmes da carreira de Antônio Pitanga transmitidos em Paris, estão: Barravento, de Glauber Rocha, Na Boca do Mundo, primeiro filme dirigido por Pitanga de 1979, além de Ladrões de Cinema, de Fernando Coni Campos, Casa de Antiguidade, de João Paulo de Miranda Maria e Pitanga, documentário sobre o ator dirigido por sua filha, a também atriz Camila Pitanga.

“Sua trajetória de mais de cinco décadas é marcada por interpretações memoráveis e pela participação em filmes que se tornaram referências no cenário cinematográfico nacional e internacional”, exaltou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

(Fonte: Agência Brasil)

Fim de Sexta-Feira Santa...

Sabe essas horas em que caímos embevecidos ante a Beleza?

Beleza nos detalhes da Criação.

Nas formas fêmeas femininas curvas contornos curvaturas formas fléxeis férteis formas de mulher fôrma do Homem.

Nas cores tessitura odores textura sabores contextura de flores e frutos.

Beleza no que podemos, nós seres humanos, extrair de nós mesmos – como a Música.

Ah... a música!...

Para este fim de semana, antes de embebedar-se com os atuais gêneros musicais que “arrastam multidões”, permita-se menos de três minutos com uma composição de antigo gênio musical.

“Gloria in Excelsis Deo”, do italiano Antonio Vivaldi, 346 anos de seu nascimento neste março de 2024.

Há versões dessa música, ao sabor ou humor do maestro/arranjador. Umas, mais rápidas; outras, bem menos.

A língua italiana tem nomes para a velocidade ou “andamento” em música: pianíssimo, piano, largo, adagio, andante, allegro, allegretto, presto...

Bom fim de semana.

E curta esse curto trecho da Grande Música.

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Advirto logo:

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DE MÚSICA NADA SEI. APENAS SINTO – SINTO MUITO...

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De música nada sei.

Não sei identificar qualquer daqueles símbolos que dizem representar notas musicais.

Aliás, sequer sei quando uma nota musical é ela:

DÓ para mim ainda é piedade, compaixão, uma pena...;

RÉ é apenas a mulher solitária esperando a sentença ante o juiz;

MI é tão só uma parte desse mimimi monótono, repetitivo, fastidioso, maçante, recorrente, enfadonho...;

FÁ, meu Deus, no máximo é parte de alguma coisa: metade de fato, redução modernosa de "Fátima", antes "Fafá";

SOL é o astro-rei, fonte de calor e vida, indevidamente responsabilizado pela seca na natureza mas não pela secura dos homens;

LÁ ainda é ali, aquele lugar, onde quem não sabe cantar soletra monossilabicamente “lalalá”;

SI é para os que deviam cair em si em vez de estarem cheios de si entre si mesmos.

Pois é. De música nada sei.

Só sinto.

Sinto muito...* EDMILSON SANCHES

“Cultuo a vida”

(Carvalho Junior)

*

Enquanto o escritor Carvalho Junior lutava pela sobrevivência, eu ficava pensando no que pensavam suas duas maiores obras – as filhas – e a esposa, Joseneyde. Sem querer, mas sem controlar, me lembrava de minha mãe doente, entubada, e de como seríamos nós seus filhos sem ela, a grande mãe, a grande fieira, o grande cambo que nos unia a todos. (Aliás, a palavra “Cambo” é título de um livro que estou escrevendo e Carvalho Junior por “n” vezes me dizia do quanto gostava desse título e brincava: “– Se você não escrever esse livro, escrevo um com esse nome...”.

Não há como esquecer as conversas ao telefone por horas e horas seguidas, o sem-número de áudios e as mensagens, as dúvidas e perguntas que me fazia o Carvalho Junior sobre algum aspecto da Língua Portuguesa, da Literatura e da História caxiense.

A gente fica pensando no quanto de orações, “energias”, mensagens, poemas, imagens foram feitos, enviados, trocados, todos torcendo pela recuperação do grande jovem poeta. Nas solenidades – controladas, desaglomeradas... – dos dez anos da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão, a Asleama, de 15 a 19 de março deste 2021, quantas vezes antes e/ou depois de pronunciamentos eu e outros colegas acadêmicos nos manifestamos com uma fala sobre o Carvalho Junior e pedidos e endereçamentos de minutos de silêncio e contrição, energia e oração em prol do Carvalho...

Em janeiro último, Carvalho Junior, Eziquio Barros Neto e eu  vencemos a tarde e a noite em uma mesa frente ao Excelsior Hotel, em Caxias (neste momento estou em Fortaleza/CE), e, entre goles de um líquido ouro, partilhamos sonhos áureos para Caxias, para o futuro da cidade, para um possível reconhecimento da grandeza de seus valores de ontem e de agora... (Aliás, era nesse Hotel, mas, também frequentemente, no menor bar do mundo, o Fiapu, do amigo Paulo Sérgio Assunção, praticamente em frente à Igreja Matriz, que Carvalho, Ezíquio e eu nos reuníamos, “lavando o peritônio” e remoçando sonhos que poderiam envelhecer de tão sonhados que são...).

Jovem, 35 anos, não fumante, forte... Nós, que não sabemos nada, nos perguntamos: Como pode ter ido o Carvalho Junior, assim?

30 de março de 2021...

Caxias, o Maranhão e o Brasil não só perdem o Carvalho professor, gestor escolar, ativista cultural, sonhador por uma Caxias melhor – perde também provavelmente seu mais consistente e promissor poeta das últimas décadas. Ele me falava de um novo livro em preparo, além de outros já prontos, inclusive um livro infantil, para o qual me pediu um prefácio, em versos.

Joseneyde e as meninas não deixarão que essas obras se enterrem com seu Autor. Ante tantos dias de luto, dor, tristeza, saudade, publicar os inéditos de Carvalho Junior é uma forma de o escritor ressuscitar em palavras e dar-lhe a parição de mais filhos – de celulose e tinta, que também cuidarão de eternizar o pai-Autor.

Não é fácil desviver... Aliás, nós, os Morituros, de verdade nem intuímos isso de verdade. Parece que o fato de se estar vivo provoca a ilusão de que se seja eterno em carne e osso. Mas – já o disse – não somos eternos; somos apenas enfermos – enfermos de vida.

Carvalho Junior foi à frente, para desvendar o maior dos mistérios poéticos – a Criação (“poesia”, em grego).

Carvalho resistiu o quanto pôde.

E, quando tombou, tombou para o Alto.

Descansa, Grande Poeta.

Carvalho Junior:

Conterrâneo – de Caxias;

Colega – de Magistério, Educação, Literatura;

Parceiro – de ideais;

Confrade – de Academias;

Amigo – de sempre.

*

(ESCRITO E PUBLICADO EM FORTALEZA/CE, 30 DE MARÇO DE 2021)

*

Aqui, o prefácio para o livro infantil (inédito) escrito pelo Carvalho Junior:

CHIQUINHO SAPATINHO

(para o livro “A Volta do Sapatinho de Ploc”, de Carvalho Junior)

*

Tem pai. Tem mãe. Tem irmãos. Tem, claro, amigos.

Se briga, se zanga, se se irrita, o que faz?

– Uns biquinhos.

Além do topete, da pose e a teimosia,

sim, ele, um menino, levado, o que traz?

– Sapatinhos...

... que cheiram a festa e, nham!,  goma de mascar

– bola (ploc!) que estoura gostoso no ar.

Estoura também bolha-tempo, e o guri cresce

– pois Peter Pan é (de) outra história:

– um tiquinho

de gente que voa, voa. Nosso menino, não:

tem pés no  chão. Vira pai. É clara sua glória.

 – É, Chiquinho...

O Chiquinho – feito gente feita de letras

 ... e carinho

para quem sabe ler e imaginar – ao menos

– um pouquinho.

*

REPERCUSSÃO

– “Que belas palavras!! Você o descreveu tão perfeito que ao ler suas palavras tive a sensação de que escrevia olhando para ele” (RENATA SANTOS FERREIRA, professora. Caxias/MA, 30/3/2021)

– “Uma grande perda para nossa literatura, caro confrade. Nosso amigo Carvalho estava no ápice de sua produção intelectual. Resta-nos as boas lembranças e a saudade. O legado permanece para sempre.” (HUMBERTO BARCELOS, professor, escritor, gestor de marketing; da Academia Imperatrizense de Letras. Imperatriz/MA, 30/3/2021)

– “Uma tristeza... um grande amigo e irmão... uma tristeza...” (ANTÔNIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA, mestre em História/UFPE; professor, escritor; do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão/IHGM. São Luís/MA, 30/3/2021)

– “Caro Sanches, sempre me encanto com suas bonitas palavras!! Hoje, minha alma está chorando, mesmo sem conhecer o jovem senhor que partiu para a eternidade 🙏 Meus sinceros sentimentos. LINDALVA BASTOS LOPES. Imperatriz/MA, 30/3/2021)

– “Que bom que existe pessoas como você, que valoriza os amigos. // Muito jovem o seu amigo, poeta, professor e papai de duas lindas meninas. Descanse em paz, e lá do alto continue cuidando do seu maior tesouro: “Família”. (MARIA DO SOCORRO DIAS MOURA, graduada em Pedagogia; servidora pública federal. Caxias/MA, 30/3/2021)

– “Nossos sentimentos!” (PAULO HELDER, advogado, ex-procurador da Prefeitura de São Luís. São Luís/MA, 30/3/2021)

– “Muito triste. Meus pêsames.” (HAROLDO SABOIA, graduado em Direto/UnB e em Economia/Universidade de Paris I, França. Jornalista. Vereador. Ex-deputado federal. São Luís/MA, 30/3/2021)

– “Ser humano espetacular. Muito triste.” (MARIO LUNA FILHO, médico, poeta, contista, ensaísta. São Luís/MA, 30/3/2021)

– “Perdemos um bom poeta. Perdeu a literatura maranhense”. (Wilson Martins, artes gráficas e cênicas. São Luís/MA, 30/3/2021)

– “Bela Homenagem!!! Você sempre descrevendo muito bem os seus sentimentos e nos emocionando.... // Até logo ao jovem Poeta! Grande perda!🥺💐” (Kelen Oliveira, caxiense, professora; graduada em Pedagogia. São Paulo/SP, 30/3/2021)

– “Ah que pena! Lamento a sua perda, Edmilson Sanches. Vocês eram muito próximos. Não tive a honra de conhecer pessoalmente o poeta, mas li algumas de suas produções. Muito talento, uma perda para Caxias”. (LUÍSA VAZ, Licenciada em Letras e Ciências Religiosas. Revisora (artigos, monografias, dissertações, teses, livros...). Ambientalista. Fortaleza/CE, 30/3/2021)

– “Que pena, meu Deus! Que pena!😪😪” (Luciana Bezerra, empresária de Turismo. Caxias/MA, 30/3/2021)

– “DEUS o levou para a Morada Celeste... Descanse em Paz, Poeta!” (SILVÉRIA MARIA DA SILVA VIEIRA, graduada/Cesc-Uena. Caxias/MA, 30/3/2021)

– “Uma bela homenagem, onde sentimos um verdadeiro laço de amizade. // Que Deus conforte o coração de todos os amigos e familiares.” (FLOR DE LIS SILVA, graduada/Uema e FAI. Caxias/MA, 30/3/2021)

– “Lamentável perda para a poesia e para a vida... Maldito e inclemente vírus invisível!... // Meus sentidos pêsames!!” (Chico Senna, graduado em Direito/Unifacema e Letras/Uena; servidor público municipal. Caxias/MA, 30/3/2021)

– “Descanse em paz, professor”. (FRANCISCA RIBEIRO, Timon/MA, 30/3/2021)

– “Vou insistir em perguntar sempre... Somos tão órfãos de "novos tudo"? Qual o motivo de deixar essa terra de poetas na ausência desse??? // Tive a honra e o prazer de degustar um pouco desse dia registrado na foto, de onde ouvi ele falar da legitimidade que acompanha a minha pessoa... Que descanse em paz 🙏🏽” (CONSTANTINO FERREIRA CASTRO NETO – TINO. Economista/Uniceuma; empresário; desportista. Caxias/MA, 30/3/2021)

– “Magnífica sua descrição! O poeta se foi em carne, mas seu legado ficou eternizado e será sempre lembrado quando pensarmos em poesia. // Que tenha o descanso no paraíso celestial poeta!” (DIAH OLIVEIRA, graduada/Uema; ex-servidora pública municipal e estadual. Caxias/MA, 31/3/2021)

– “Meu Deus! Lamentável!😪” (MARIA DA PROVIDENCIA SILVA. Rio de Janeiro/RJ, 1º/4/2021)

*

* EDMILSON SANCHES