O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação (MEC), anunciaram, nesta quarta-feira (14), a oferta de 8 mil vagas do curso de especialização Ciência é 10.
O curso é voltado para professores que lecionam ciências nos anos finais (6º ao 9º) do ensino fundamental na rede pública. Do total, mais de 3 mil vagas serão abertas em agosto deste ano, e 5 mil, em 2024.
É realizado na modalidade ensino a distância pela Capes em parceria com 18 instituições de ensino superior, localizadas em 13 Estados. Ao término, os docentes recebem certificado do MEC.
Com três módulos e carga de 480 horas, o curso visa ampliar os conhecimentos e metodologias dos professores nos temas vida, ambiente, universo e tecnologia.
Além de promover a qualificação profissional, outros objetivos da especialização são despertar a curiosidade científica e o interesse pelas carreiras tecnológicas entre os alunos, estimular a socialização do conhecimento por meio de aprendizagem participativa e inovadora e melhorar o desempenho dos alunos no Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa) no campo das ciências.
“Sabemos que os investimentos em ciência e tecnologia criam um círculo virtuoso na economia dos países, mas, muitas vezes, esquecemos os investimentos que devem ser feitos na base, ou seja, na formação das nossas crianças e adolescentes”, disse a ministra Luciana Santos (foto), acrescentando que iniciativas como o curso contribuem para fazer do Brasil um país mais competitivo, inclusivo e sustentável.
A presidente da Capes, Mercedes Bustamante (à esquerda na foto), disse que a instituição trabalha para levar o curso, criado em 2017, a regiões do país ainda não contempladas, como Norte e Nordeste.
Neste fim de semana, será dado o pontapé inicial para as disputas da primeira edição da Copa Bacabal de Futebol Amador, competição patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Quatro partidas válidas pelas oitavas de final vão movimentar o torneio. Os jogos serão realizados no Estádio de Brejinho, na cidade de Bacabal. Tanto no sábado (17) quanto no domingo (18), a bola começa a rolar a partir das 14h30.
No sábado, o duelo entre Granada Jovem e El Gurys abre a Copa Bacabal. Na sequência, às 16h, Aldeia de Madrid e Mata Fome se enfrentam. No domingo, a rodada dupla terá Rejeitados x Core Fit e Alto Alegre x Boa Vista. Vale destacar que os vencedores das partidas avançam às quartas de final. Em caso de empate no tempo normal, o time classificado para a próxima fase será conhecido nos pênaltis.
As outras quatro partidas das oitavas de final da Copa Bacabal de Futebol Amador ocorrerão somente nos dias 24 e 25 de junho. Os duelos da semana que vem são os seguintes: Lagoa do Gino x Copem, São José x Juventude, Panelinha x Baixo Açude e Internacional x Atlético Bom Jardim.
Lançamento
A primeira edição da Copa Bacabal de Futebol Amador foi lançada oficialmente no último sábado (10), em solenidade realizada na sede da Potiguar Home Center, no Parque Santa Clara, em Bacabal, com a presença dos representantes das equipes participantes. Durante o evento, houve o congresso técnico da competição que será disputada na categoria Adulto Masculino. Ao todo, 16 times vão participar do torneio que tem formato eliminatório.
Vale destacar que todas as equipes participantes receberam kits esportivos com uniforme completo (camisa, calção e meião) e bolsas esportivas para serem utilizados durante toda a competição. Tudo sobre a Copa Bacabal de Futebol Amador está disponível no Instagram oficial do torneio (@copabacabal).
Vem aí a primeira edição do Desafio 1X1 de Futebol Sintético. A competição, patrocinada pelo governo do Estado, pelo Grupo Audiolar e pelo Armazém Paraíba por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, vai agitar São Luís a partir deste mês. Nesta sexta-feira (16), haverá o lançamento oficial do torneio com a participação dos jogadores que estarão na disputa pelo título. A solenidade vai ocorrer às 19h30, na Arena Olynto, no Olho d’Água.
O Desafio 1X1 de Futebol Sintético promete disputas emocionantes priorizando o talento e a habilidade individual. No 1X1, os times são formados somente por um goleiro e um jogador linha e nada mais. Ganha a partida quem fizer mais gols e, em caso de empate, a decisão vai para o shoot-out.
O X1 é uma modalidade nova que caiu nas graças dos boleiros e vem ganhando cada vez mais adeptos em todo o país. E o Desafio 1X1 de Futebol Sintético é justamente uma competição que visa difundir esse esporte em São Luís. Tanto que esta edição do torneio terá a disputa de cinco categorias: Sub-13, Sub-15, Sub-17, Sub-19 e Sub-21.
“São Luís estava precisando de um grande evento de X1. O Desafio 1X1 de Futebol Sintético será uma competição bem legal, com a participação de 80 duplas distribuídas em cinco categorias, sendo 16 times em cada. Nossa expectativa é a melhor possível para o torneio. Quem quiser ver boas disputas e lances de habilidade não pode perder este desafio. Nosso muito obrigado ao governo do Estado, ao Grupo Audiolar e ao Armazém Paraíba por estarem patrocinando a competição e incentivando o crescimento do X1 na capital maranhense”, afirmou Waldemir Rosa, diretor-técnico do torneio.
Disputa
Durante o lançamento do Desafio 1X1 de Futebol Sintético, na sexta-feira (16), as 80 duplas participantes receberão uniformes completos (camisas, calções e meiões) para a disputa do torneio que terá formato eliminatório de disputas em quatro fases: oitavas de final, quartas de final, semifinal e final. Também na sexta, haverá o congresso técnico da competição que sorteará os duelos iniciais da competição.
Os jogadores dos times campeões e vice-campeões, de cada categoria (Sub-13, Sub-15, Sub-17, Sub-19 e Sub-21), ganharão, respectivamente, troféus individuais. Tudo sobre o Desafio 1X1 de Futebol Sintético está disponível no Instagram oficial do torneio (@desafio1x1slz).
Como funciona o 1X1?
Um goleiro e um jogador de linha de cada lado. Ganha quem fizer mais gols. Em caso de empate no número de gols, a decisão vai para o shoot-out no campo (grama natural ou sintética) e na quadra. Os campeonatos de X1 apontam os jogos com dois tempos de 15 minutos cada um. Cada atleta pode pedir um minuto de parada técnica por etapa, isso estando com a posse de bola e até dois minutos antes do fim da partida.
Um feito histórico para o esporte maranhense. Pela primeira vez, o Maranhão estará presente na disputa dos Jogos Mundiais Universitários de 2023, competição que será realizada em Chengdu, na China. Natural da cidade de Imperatriz, localizada a 632km de São Luís, o judoca Ítalo Mazzili (-66kg) assegurou uma vaga na equipe brasileira de judô que competirá em solo chinês no fim do mês de julho. O imperatrizense se classificou para o Mundial ao ser campeão do Desafio de Judô Universitário, evento nacional promovido pela Confederação de Desporto Universitário (CBDU), em Brasília (DF), nessa terça-feira (13).
Considerado um dos principais judocas da atual geração maranhense e dono de um judô de alto nível, Ítalo Mazzili mostrou estar em grande fase. Na disputa do Desafio de Judô Universitário, o imperatrizense não deu chances aos seus rivais e venceu todas as lutas que realizou. O desempenho rendeu a medalha de ouro e vaga direto para o Mundial em Chengdu.
“A competição foi muito importante porque foi seletiva para o Mundial Universitário. Fiz quatro lutas duríssimas, mas consegui vencer todas e, graças a Deus, conseguimos ser campeões e ficar com a vaga para o Mundial na China. Minha preparação para essa competição foi muito boa, consegui lutar bem e, agora, é focar nos próximos objetivos. Na próxima semana, em São Paulo, tem a Seletiva Olímpica. Vamos tentar conquistar uma vaga para entrar na Seleção Brasileira e, depois, vem o Mundial Universitário”, afirmou Mazzili.
O presidente da Federação Maranhense de Judô (FMJ), Rodolfo Leite, enalteceu o desempenho de Ítalo Mazzili e disse que o judoca imperatrizense é um orgulho para todo o Maranhão. “A classificação do Ítalo para os Jogos Mundiais Universitários é uma notícia maravilhosa. O Ítalo e o pai Ranieri, que também é seu sensei, são a vanguarda do nosso judô, sempre trazendo resultados expressivos, abrindo novas fronteiras para o nosso judô. Só temos a agradecer por tudo que fazem pela nossa modalidade no Estado, levando o nome do Maranhão cada vez mais longe”, comentou.
Além de Ítalo Mazzili, o judoca Lucas Rios (-60kg) também representou o Maranhão no Desafio de Judô Universitário. Apesar de ter tido um bom desempenho no evento, Lucas terminou a competição na quarta colocação em sua categoria.
Maranhão em alta
A temporada 2023 está sendo especial para o judô maranhense. Além do excelente desempenho de Ítalo Mazzili, que se classificou para os Jogos Mundiais Universitários, o Maranhão obteve recentemente outro expressivo resultado nacional. No início de junho, o judoca Antonio Eduardo Rocha, da Academia Monte Branco, sagrou-se campeão brasileiro Sub-18 no peso Leve (-66kg). O Campeonato Brasileiro da categoria, principal evento nacional da classe juvenil, foi realizado no Rio de Janeiro e reuniu mais de 350 atletas de todo o país.
Com o título brasileiro, Antônio Eduardo Rocha se coloca na disputa por uma vaga na Seleção Brasileira que disputará o Campeonato Mundial Sub-18 entre os dias 23 e 27 de agosto, em Zagreb, na Croácia. Além disso, de acordo com a Confederação Brasileira de Judô (CBJ), os campeões brasileiros garantem 180 pontos no ranking nacional Sub-18 utilizado como critério de classificação para o Mundial cadete.
Vale lembrar que, em 2022, o judoca maranhense já havia sido destaque no cenário nacional. Antônio Eduardo Rocha chegou a ser convocado para integrar a Seleção Brasileira de Base que participou do Circuito Europeu de Judô e do Campeonato Mundial Cadete/Sub-18 de Judô, em Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina, onde ele foi o único atleta nordestino na competição internacional. Na temporada passada, o atleta da Academia Monte Branco ainda foi campeão do Meeting Nacional, vice-campeão da Seletiva Nacional Sub-18 e vice-campeão pan-americano Sub-18.
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), cursinhos populares e diversas entidades relacionadas à educação iniciaram, nessa terça-feira (13), uma campanha nas redes sociais para estimular estudantes de todo o país a se inscrever para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Chamada de #EnemAbrePortas, a campanha ressalta que o Enem é a principal porta de entrada para o ensino superior e que, nos últimos anos, vem registrando queda nas inscrições.
“A entrada no ensino superior pode transformar sua vida. Faça o Enem e abra novas possibilidades!”, diz a Ubes em uma das mensagens postadas em sua rede social.
Em nota, a presidente da Ubes, Jade Beatriz, diz que o objetivo da campanha é reforçar a importância do exame para que os estudantes realizem o sonho de entrar na universidade. “O exame é uma grande conquista para a educação, para a democratização do ensino. Por isso, a juventude, os estudantes, devem realizá-lo”, disse ela.
Nessa terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo para que os estudantes se inscrevam no Enem. Segundo o presidente, o país precisa voltar a valorizar esse exame, que chegou a ter 6 milhões de inscritos.
“É importante que todas as pessoas que tenham idade para se inscrever no Enem se inscrevam até o dia 16. Nós precisamos recuperar a força do Enem. É importante que todos que queiram fazer uma universidade se inscrevam para ter a oportunidade de ser doutor ou doutora”, disse Lula na primeira edição do programa Conversa com o Presidente, que tem transmissão pela internet
As inscrições para o Enem podem ser feitas até o dia 16 deste mês, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil. Neste ano, as provas do Enem serão aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro.
O governo federal quer valorizar as histórias, as memórias, os patrimônios e a diversidade de povos, grupos e movimentos socioculturais de todas as partes do Brasil. Para isso, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), do Ministério da Cultura (MinC), lançou, nesta terça-feira (13), em Brasília, o Prêmio Pontos de Memória 2023 - edição Helena Quadros.
A iniciativa vai distribuir R$ 1,6 milhão, em 40 prêmios de R$ 40 mil cada um, e é voltado a entidades e coletivos culturais que já contribuem com a identificação, registro, pesquisa e promoção do patrimônio material e imaterial desses grupos. As inscrições ficarão abertas de 20 de junho a 7 de agosto.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou que é importante reconstruir a história do Brasil, a partir da ótica de quem a vive. A ministra reconheceu o trabalho de quem se dedica a registrar “o fazer” e “o viver” dessas comunidades. “Após quase 10 anos sem editais para os Pontos de Memória, o Ministério da Cultura retoma essa importante iniciativa, com resgate da cultura e da memória. Assim como temos direito à cultura, assegurado na Constituição Federal, o povo brasileiro tem direito também à memória, em suas diferentes linguagens, a partir da ideia da participação social, com respeito à identidade, ao território e às memórias invisibilizadas”.
A presidente do Ibram, Fernanda Castro, valorizou o papel dos “fazedores de memórias”. E os agradeceu “por se fazerem presentes em todas as regiões do Brasil por meio da parceria, colaboração e luta que os pontos de memória representam”.
“Nos duros seis anos de desmonte cultural, vocês foram resistência e alento para todos nós. Agora, de resistência, seremos existência! Queremos que vocês sejam os protagonistas na nossa gestão compartilhada. Sem vocês, não temos como seguir adiante”, disse a presidente do Ibram.
Certificação
Para participar do Prêmio Pontos de Memória 2023 - Edição Helena Quadros é necessário que as entidades e coletivos interessados obtenham, até 20 de junho, a certificação de Ponto de Memória, concedida pelo Ibram. A solicitação deve ser feita on-line. O Ibram considera que o reconhecimento e o ingresso no Cadastro Nacional de Pontos de Memória podem servir para conseguir futuros apoios e parcerias.
Podem requerer a certificação as entidades ou coletivos culturais que desenvolvam programas, projetos e ações relacionadas à cultura, educação, museologia social com a valorização do patrimônio cultural e das memórias dessas comunidades.
A presidente do Ibram, Fernanda Castro, revela que, somente no último mês, mais 70 pontos de memória foram reconhecidos. “Como os da cultura hip-hop, quilombolas, indígenas, educação museal, reservas extrativistas, de rede de pontos de cultura e memória rurais, enfim, um universo diverso e colorido de iniciativas populares sobre museus, memória e cultura viva”.
Faças
Nesta terça-feira, durante o lançamento do edital do Prêmio Pontos de Memória de 2023, na sede do MinC, foram entregues novos certificados que reconhecem 44 pontos de memória (lista em anexo, no e-mail). A cerimônia foi recheada de apresentações culturais e falas dos representantes desses Pontos de Memória.
Mãe Baiana do Ilê Axé Oya Bagan, que participa do movimento social de combate ao racismo religioso no Distrito Federal, contou aos presentes sobre a resiliência após o incêndio que destruiu o terreiro de candomblé no Paranoá, em 2015. “Naquela época, tirei várias peças sagradas para um dia pensar em fazer um museu. E esse dia chegou, junto com o ponto de memória e de cultura, que está aberto à visitação”. Mãe Baiana considera o ato como criminoso, apesar da Polícia Civil do Distrito Federal descartar, em 2016, a motivação por intolerância religiosa.
O musicista Rafa Rrafuagi, do Rio Grande do Sul, colocou a plateia para cantar em homenagem ao Cinquentenário Mundial da Cultura Hip-Hop e convocou todos a espalhar as chamadas tecnologias sociais. “A tarefa de cada um que está aqui hoje é multiplicar [esse prêmio] e levá-lo para cada quebradinha do extremo do seu Estado. Através disso, a gente pode fazer com que os pontos de memória possam se auto reconhecer”, convocou.
Em sua fala, o líder comunitário do Quilombo do Grotão, de Niterói (RJ), José Renato Gomes da Costa, defendeu o legado de resistência e luta do povo negro no Brasil. “Participo do maior movimento que celebra o nosso povo no país que, nós, negros, fizemos na força escrava. Um país em que, até hoje, os negros ainda não conseguiram participar de forma justa e igualitária na sociedade brasileira. O povo negro merece muito mais. A história tem quer ser contada como realmente aconteceu, com a injustiça que fizeram com os negros”.
Já a articuladora Ayanami Gonçalves, de Recife, celebrou a visibilidade de mulheres transexuais negras, travestis e de homens gays negros, dentro da cultura de baile do Ballroom, movimento político e de entretenimento que destaca a diversidade de gênero, sexualidade e raça. “Desde 2016, no Recife, eu e minhas colegas, minhas parceiras de luta, encabeçamos esse movimento, levando a cultura Ballroom a espaços públicos e fazendo acontecer. Estamos aqui, como ponto de memória, para resgatar a memória dos nossos ancestrais”.
Homenagens
O Prêmio Pontos de Memória homenageia, este ano, a doutora em Educação do Pará Helena do Socorro Alves Quadros, vítima da pandemia da covid-19, em 2021.
A educadora fundou o Ponto de Memória da Terra Firme, em Belém, um dos pioneiros no Brasil que preservam a memória de comunidades que não puderam expor seus valores sociais e culturais.
No local, Helena contribuiu para reunir fotografias, entrevistas, contos, lendas e objetos que contam a história da comunidade do Bairro da Terra Firme.
Helena Quadros também foi lembrada pela atuação no setor educativo do Museu Paraense Emílio Goeldi, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A filha da homenageada, Camila Quadros, emocionada, falou sobre o legado da mãe, que entendia os museus como espaços abertos. “Helena foi uma pessoa extremamente atuante na museologia comunitária e social. A ideia era que ninguém ficasse excluído dos museus, que todo mundo pudesse ter se acesso a um museu. Ela pensou no ingresso comunitário e daí as coisas foram se desenvolvendo, criando vários projetos”.
“Minha mãe, realmente, gostava do que fazia: atuar na academia, com a universidade, mas, também atuava em centros comunitários, dentro do Museu Goeldi. Ela não parava”, relembra a jovem Camila Quadros sobre a mãe que trabalhava com vários públicos.
Após anos de negociações em quase três décadas desde que foi contrabandeado do Brasil para Alemanha, o fóssil Ubirajara jubatus foi devolvido ao Cariri cearense.
O exemplar de um dinossauro ancestral das aves, que viveu há 110 milhões de anos, é o primeiro da espécie encontrado na América Latina e o mais antigo da Bacia do Araripe, na divisa entre Ceará, Piauí e Pernambuco.
Retirado de forma irregular do Brasil nos anos 90, o fóssil estava no Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, na Alemanha e retornou à origem no dia 4 de junho.
O fóssil do tamanho de uma galinha e revestido por penas está em duas placas (positiva e negativa) medindo uma placa 47 centímetros (cm) por 46cm x 4cm, pesando cerca de 11,5kg. A segunda placa mede 47cm x 46cm x 3cm, com peso aproximado de 8kg.
Para celebrar a repatriação do fóssil, o Ministério das Ciências e Tecnologia, o governo do Ceará, a Universidade Regional do Cariri e representantes do governo alemão fizeram cerimônia solene nessa segunda-feira (12).
O reitor da Universidade Regional do Cariri, Francisco do O’ de Lima Júnior, destacou a concretização da decisão tomada por autoridades alemãs em meados do ano passado. “Nos dá de brinde essa convivência, essa cooperação, por reconhecer que para a gente ter autodeterminação politica, ética, vale também o reconhecimento do nosso patrimônio. Então, aqui, a Universidade Federal do Cariri, em nome da nossa comunidade acadêmica, nós queremos agradecer toda nossa cooperação que já se desenvolve no conjunto de pesquisa em andamento”.
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, também comemorou a retomada do fóssil ao país. Ao destacar a importância da cooperação científica mantida com a Alemanha há mais de 50 anos, a ministra também apontou que espera por outros eventos semelhantes de repatriação de bens da União. “Espero que esse reconhecimento por parte da Alemanha seja inspiração para outros países que detêm, em circunstancias não elucidadas, outras espécimes da biodiversidade paleontológica brasileira”.
O Museu Nacional do Rio de Janeiro chegou a ser cogitado como local de abrigo ao fóssil do dinossauro. No entanto, Ubirajara jubatus fará parte do acervo do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, que pertence à Universidade Regional do Cariri, na cidade de Santana do Cariri, no Ceará. O local recebe, em média, 2 mil visitantes por mês.
Foram abertas, nesta segunda-feira (12), as inscrições para o Prêmio Literário da Biblioteca Nacional, concedido desde 1994 e considerado um dos mais conceituados do país. O objetivo é reconhecer a qualidade intelectual das obras publicadas no Brasil. Este ano, a novidade é o Prêmio Akuli, categoria criada com o objetivo de preservar cantos ancestrais e narrativas da oralidade, recolhidas no Brasil entre povos originários, ribeirinhos e de matrizes culturais.
Akuli foi um célebre narrador de histórias ancestrais, pertencente à cultura Arekuná, que transmitiu ao etnólogo alemão Theodor Koch-Grünber a literatura oral que serviu de base para Mário de Andrade escrever o clássico da literatura modernista brasileira Macunaíma.
Para o presidente da Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi, o prêmio agrega e completa a memória oral e as narrativas transmitidas de geração a geração. “A ideia é privilegiar a produção oral, quando ela passa a integrar a fixação, o livro, a memória que se recupera, porque a Biblioteca Nacional também é a casa da memória”, afirma Lucchesi.
Inscrições
As inscrições, que são gratuitas, vão até o dia 28 de julho, e poderão ser feitas pela internet. O prêmio tem dez categorias: Poesia (Prêmio Alphonsus de Guimaraens), Romance (Prêmio Machado de Assis), Conto (Prêmio Clarice Lispector), Tradução (Prêmio Paulo Rónai), Ensaio Social (Prêmio Sérgio Buarque de Holanda), Ensaio Literário (Prêmio Mario de Andrade), Projeto Gráfico (Prêmio Aloísio Magalhães), Literatura Infantil (Prêmio Sylvia Orthof), Literatura Juvenil (Prêmio Glória Pondé), e Histórias de Tradição Oral (Prêmio Akuli). O vencedor de cada uma recebe R$ 30 mil.
Podem concorrer pessoas físicas com nacionalidade brasileira, com obras em 1ª edição, redigidas em língua portuguesa e publicadas por editoras nacionais entre 1º de maio de 2022 e 30 de abril de 2023.
O concurso é aberto, também, a autores independentes, desde que a obra esteja em Depósito Legal, ou seja, que tenha enviado um exemplar de sua publicação à Biblioteca Nacional, por qualquer meio ou processo, tendo como objetivo assegurar a coleta, a guarda e a difusão da produção intelectual brasileira. Também é exigido que a obra traga impresso o número do International Standard Book Number (ISBN), o sistema que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país e a editora, individualizando-os inclusive por edição.
Segundo o presidente da instituição, “os prêmios da Biblioteca Nacional buscam dar relevo à produção literária de nosso país”. São prêmios que levam os nomes de escritores consagrados, e que resumem de modo abrangente as vozes plurais de nosso país, completou Lucchesi.
Uma das principais revelações do esporte do Maranhão, a nadadora Sofia Duailibe teve um grande desempenho na 8ª etapa da Copa Brasil de Águas Abertas, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e realizada no sábado (10) e no domingo (11), em Fortaleza. A atleta da DM Aquatic, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, brilhou nas provas de 1,5km e 2,5km, faturando dois títulos na categoria Infantil I Feminino e garantindo dois vice-campeonatos da disputa Geral Feminino, com atletas de todas as faixas etárias.
Nas últimas cinco etapas da Copa Brasil, Sofia Duailibe conquistou oito títulos, disputando provas de 1,5km, 2,5km e 5km na categoria Infantil I Feminino, e, ainda, obteve quatro vice-campeonatos, resultados que colocam a jovem maranhense entre as principais atletas da nova geração na modalidade de águas abertas no Brasil.
Além do excelente momento nas etapas da Copa Brasil, Sofia Duailibe, também, sagrou-se campeã na prova dos 5km da categoria Infantil I Feminino no Campeonato Brasileiro de Águas Abertas e venceu a disputa geral dos 2,5km na Copa São Luís. Os dois eventos foram realizados no fim de abril, em São Luís.
Medalhas na natação
Em meio aos títulos nos eventos de águas abertas, Sofia Duailibe também coleciona conquistas nas piscinas. Representando o Colégio Literato, Sofia faturou três medalhas de ouro na categoria infantil feminino dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs), nas provas dos 50m costas, 100m costas e 400m livre, que foram realizadas no dia 3 deste mês, na piscina do Iema, em São Luís.
Sofia Duailibe se destacou ainda na Copa Norte de Natação / Troféu Leônidas Marques, que foi realizada entre 27 e 30 de abril, em São Luís. A nadadora maranhense conquistou 10 medalhas na categoria Infantil 1 da competição regional: foram cinco ouros nas disputas dos 200m costas, 400m livre, 800m livre, 1.500m livre e 2,5km (águas abertas), quatro pratas nos 50m costas, 100m costas, 200m livre e 200m medley, e um bronze no revezamento 4x50m livre misto.
A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com os apoios da DM Aquatic e do Colégio Literato.
A kitesurfista maranhense Socorro Reis, que é patrocinada pela Fribal e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Grupo Audiolar, da Revista Kitley e do programa Bolsa-Pódio, mantém a rotina de grandes resultados na temporada de 2023. Em fase de ajustes para brigar pela tão sonhada vaga nos Jogos Olímpicos, Socorro Reis foi a segunda melhor atleta das Américas e a 21ª colocada geral na Allianz Regatta, evento válido como etapa da Copa do Mundo de Vela e que reuniu as principais kitesurfistas do mundo em Lelystad, na Holanda.
Apesar de ter competido de igual com os principais nomes da modalidade, Socorro Reis saiu da Holanda com o sentimento de que poderia ter conseguido uma colocação melhor. Alguns erros durante as regatas iniciais atrapalharam o desempenho da kitesurfista.
“Apesar das condições na Holanda serem bem parecidas com as que eu treino, cometi muito erros. Arrisquei algumas vezes e as escolhas não foram tão boas. Mas agora é correr atrás para corrigir os erros e ajustar os detalhes. Tenho pouco tempo para isso e é uma corrida contra o tempo, mas a vontade de vencer e chegar ao topo é muito maior que qualquer desafio. Vou dar tudo de mim e vou conseguir meu tão sonhado objetivo”, explicou Socorro.
Boa temporada
Maior nome do kitesurf feminino no Brasil, Socorro Reis teve excelentes desempenhos nos primeiros eventos do ano. Em fevereiro, a maranhense garantiu o segundo lugar das Américas e a nona posição na classificação geral do Clearwater US Open, que ocorreu em Clearwater, nos Estados Unidos. Já em março, Socorro brilhou no Campeonato Pan-Americano de Fórmula Kite, em Cabarete, na República Dominicana, onde conquistou o vice-campeonato continental e ficou na terceira colocação na classificação geral. Além disso, Socorro Reis representou o Maranhão e o Brasil na tradicional Semana Olímpica Francesa, disputada em abril, na cidade de Hyères.
Evoluindo a cada competição, Socorro Reis ainda terá dois meses de preparação para os maiores e mais importantes desafios da temporada, valendo a classificação para os Jogos Olímpicos de 2024: o Campeonato Mundial de Vela, entre os dias 10 e 20 de agosto, na cidade de Haia, na Holanda, e os Jogos Pan-Americanos, que serão disputados entre 25 de outubro e 5 de novembro, em Santiago, no Chile. Um bom desempenho nesses eventos garante o passaporte da kitesurfista maranhense para Paris 2024.