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anúncio da pandemia de covid-19 em março de 2020 trouxe diversas transformações sociais. Com as restrições de locomoção e de contato social, setores indispensáveis tiveram que passar por adaptações. Uma das mais significativas ocorreu na educação, que passou a adotar o modelo de ensino a distância (EaD) em praticamente todas as modalidades de educação - desde treinamentos básicos a mestrados e doutorados.

Apesar de apresentarem, em média, desempenho pior do que os cursos presenciais, os cursos a distância trazem opções de ensino viáveis para alunos que necessitam trabalhar e estudar ao mesmo tempo e para pessoas que necessitam compartimentar ou flexibilizar os horários de estudo.

“A EaD se encaixa perfeitamente como solução para a realidade atual devido a sua flexibilidade, aos diversos meios de transmissão de conteúdo (vídeos, textos, aplicativos, jogos), aos canais de comunicação existentes, além de beneficiar os diferentes tipos de aprendizagens”, ressaltou a Fábia Kátia Moreira, consultora de EaD e tecnologia internacional que atua na área há mais de 25 anos.

Qualidade de vida

Para a consultora, “diante da pandemia da covid-19, mesmo as instituições mais tradicionais e resistentes à EaD estão lançando mão dessa modalidade, senão para oferecer novas possibilidades de aprendizagem aos estudantes, ao menos para garantir o cumprimento dos duzentos dias letivos exigidos em lei”. 

De acordo com a psicóloga e estudante de pós-graduação em Gestão de Pessoas Jaqueline Oliveira, o EaD oferece aumento em qualidade de vida, já que elimina a necessidade de deslocamento. “Me ajudou muito pela questão de flexibilidade de horários. Tenho uma vida muito corrida e moro em uma área que faz com que eu precise ficar em transporte público por, no mínimo, 1h30 antes de chegar na instituição de ensino. Ganhei qualidade de vida e me adaptei à didática. Acredito que não quero mais fazer ensino presencial”, afirmou.

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) mostra que tanto a procura quanto a oferta por cursos EaD tiveram aumento substancial entre 2020 e 2021, e que, apesar da situação criada pela pandemia, o mercado tende a se consolidar mesmo após o término das restrições sanitárias.

As características do EaD, entretanto, também trazem dificuldades. Entre elas, o aumento da inadimplência e da evasão escolar. Os dados coletados pela Abed mostram que, para 21,6% dos cursos EaD oferecidos, a inadimplência cresceu em até 50%. A evasão escolar também é maior via EaD – para 27,5% dos cursos analisados a evasão aumentou em até 50%.

Dos alunos entrevistados e que estão inadimplentes, 70% responsabilizaram a crise econômica criada pela pandemia como razão para suspender os pagamentos de mensalidades, enquanto 47,1% afirmaram ter dificuldades de adaptação ao ensino remoto emergencial. 

Dia Nacional do EaD

Instituído em 2003 pela Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed), o dia 27 de novembro marca a celebração do ensino a distância como ferramenta de educação e democratização do conhecimento. 

Para discutir temas relevantes sobre o assunto, como metodologias, perfis educacionais e desafios do mercado de EaD, a Abed preparou um calendário de palestras on-line gratuitas para o público – tanto alunos quanto educadores.

A programação completa pode ser conferida aqui

(Fonte: Agência Brasil)

Participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 farão, amanhã (28), as provas de matemática e ciências da natureza. As provas serão aplicadas tanto para os candidatos inscritos na versão impressa quanto na versão digital do exame. As questões serão iguais nas duas modalidades. 

Assim como na prova do último domingo (21), é obrigatório o uso de máscara de proteção facial. O documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente também são itens obrigatórios na prova. No Enem digital, as respostas são dadas no computador, mas os participantes recebem uma folha de rascunho para fazer os cálculos à mão, por isso, a caneta é também necessária.  

No primeiro dia de Enem, os participantes fizeram as provas de linguagens, ciências humanas e redação. Ao todo, 74% dos 3,1 milhões de inscritos compareceram ao exame

O Enem impresso é realizado em 11.074 locais de prova em 1.747 municípios. Nessa modalidade, são mais de 460 mil pessoas envolvidas na aplicação do exame, entre coordenadores estaduais, municipais, aplicadores, corretores de redação e supervisores. Já o Enem digital envolve mais de 17 mil pessoas na realização das provas. O exame nesse formato será aplicado em 831 locais de prova em 99 municípios. 

Este será o segundo Enem aplicado neste ano, já que as provas de 2020 foram adiadas por causa da pandemia e acabaram sendo aplicadas em janeiro e fevereiro. 

O que é preciso saber

O Enem 2021 tem regras especiais por causa da pandemia. O uso de máscara facial é obrigatório nos locais de aplicação. Participantes que estiverem com covid-19 ou com outras doenças infectocontagiosas não devem comparecer ao exame e podem solicitar a reaplicação. O descumprimento das regras poderá levar à eliminação do candidato.

No dia da prova, além da máscara de proteção facial, é obrigatório levar documento de identificação original, com foto. Não são aceitos documentos digitais. Entre as identificações aceitas, estão a Carteira de Identidade, CNH, o passaporte e a Carteira de Trabalho emitida após 27 de janeiro de 1997. 

Outro item obrigatório é a caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente. Ela é necessária para preencher o cartão de respostas no Enem impresso. No Enem digital, ela poderá ser usada para fazer anotações na folha de rascunho. Não é permitido o uso de lápis ou borracha. 

É recomendado ainda que os participantes levem lanche e água, já que a prova tem uma duração longa. 

Também é recomendado que se leve, no dia do exame, o Cartão de Confirmação da Inscrição. Nele está, entre outras informações, o local de prova. O cartão pode ser acessado na Página do Participante.

Caso necessite comprovar que participou do exame, o estudante pode, também, na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho. 

Segundo dia de prova

No segundo dia de prova, os participantes resolverão questões de matemática e de ciências da natureza. As provas possuem 45 questões cada uma. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. Não é permitido entrar após o fechamento dos portões. As provas começam a ser aplicadas às 13h30 e terminam às 18h30. O horário é o de Brasília. 

O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.

Questões do Enem

Para testar os conhecimentos, os estudantes podem acessar, gratuitamente, o Questões Enem, um banco que reúne todas as questões do Enem de 2009 a 2020. No sistema da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar.

(Fonte: Agência Brasil)

O compositor e letrista da Broadway Stephen Sondheim, que ajudou o teatro musical norte-americano a evoluir além do puro entretenimento e alcançar novas alturas artísticas com obras como West Side Story, Into the Woods e Sweeney Todd, morreu nessa sexta-feira (26), em casa, aos 91 anos, de acordo com o jornal New York Times..

Sondheim, que acumulou oito prêmios Tony – o Oscar da Broadway –, começou cedo, aprendendo a arte do teatro musical quando ele era apenas um adolescente com o letrista Oscar Hammerstein II, de A Noviça Rebelde.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse em um tuíte, nessa sexta-feira, sobre Sondheim: “Uma das luzes mais brilhantes da Broadway se apagou esta noite. Que ele descanse em paz”.

A atriz e cantora Anna Kendrick chamou a morte de Sondheim de “uma perda devastadora”.

“Atuar em sua obra tem sido um dos maiores privilégios da minha carreira”, acrescentou Kendrick em redes sociais.

Lin-Manuel Miranda, criador de Hamilton e pupilo de Sondheim, descreveu o mestre como o maior letrista de teatro musical.

Os musicais de maior sucesso de Sondheim incluíram Into the Woods, que estreou na Broadway, em 1987, e usou contos de fadas infantis para desembaraçar obsessões adultas, o thriller “Sweeney Todd”, de 1979, sobre um barbeiro assassino em Londres cujas vítimas são servidas como tortas de carne, e A Funny Thing Happened on the Way to the Forum, de 1962, uma comédia ao estilo “Vaudeville” ambientada na Roma antiga.

“Eu amo tanto o teatro quanto a música, e toda a ideia de chegar a um público e fazê-los rir, fazê-los chorar – apenas fazê-los sentir – é primordial para mim”, disse Sondheim em uma entrevista de 2013 à Rádio Pública Nacional dos EUA.

Vários dos musicais de sucesso de Sondheim foram transformados em filmes, incluindo Caminhos da Floresta, estrelado por Meryl Streep, e Sweeney Todd, com Johnny Depp.

Uma nova versão cinematográfica de Amor, Sublime Amor, para a qual Sondheim escreveu a letra da música de Leonard Bernstein, que vai estrear no próximo mês.

(Fonte: Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nessa sexta-feira (26), o Projeto de Lei  nº 31, que garante verbas de R$ 135 milhões para pagar bolsas de formação para professores da educação básica. Os recursos serão destinados ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e ao programa Residência Pedagógica, além de outras ações voltadas à educação básica, como o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) e o Programa de Mestrado Profissional para Professores da Educação Básica (ProEB).

“A transformação do projeto em lei significa tranquilidade para milhares de bolsistas. Para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), é o que faltava para que fechássemos 2021 honrando os compromissos com a formação de professores para a educação básica”, afirmou Cláudia Queda de Toledo, presidente da instituição. “Estamos empenhados na recomposição orçamentária para que, no ano de 2022, consigamos pagar tudo em dia e sem precisar de créditos adicionais”, afirmou.

As verbas garantem o pagamento das bolsas dos programas até dezembro de 2021. O dinheiro complementa as verbas autorizadas pela Lei  nº 14.241 de 2021, sancionada na última segunda-feira (22) e que foi alocada para o pagamento de bolsas referente ao mês de setembro e outubro.

(Fonte: Agência Brasil)

O Festival de Música da Rádio Nacional FM anuncia os vencedores da edição 2021 neste sábado (27), às 20h, no Teatro da Caixa Cultural. Essa é a 13ª edição do evento que valoriza os artistas do Distrito Federal e Entorno e oferece espaço para divulgação dos seus trabalhos na programação da Rádio Nacional

Recorde

O Festival bateu recordes este ano: de inscrições – foram 445 músicas inscritas, de onde saíram as 50 semifinalistas que tocaram na Nacional FM durante dois meses, e de votação popular – mais de 30 mil votos na primeira fase, que ajudaram a selecionar as 11 concorrentes que participam do show da final. 

Os músicos finalistas concorrem nas categorias Melhor Música com Letra, Melhor Música Instrumental, Melhor Intérprete Vocal, Melhor Intérprete Instrumental, Melhor Letra e Melhor Arranjo. Serão premiadas, também, a Música Mais Votada pela Internet e a Torcida Mais Animada.

Pelo site da Rádio Nacional, o público poderá votar na sua música favorita até as 17h do dia 27 de novembro, em que será realizado o show da final.

Além das apresentações dos finalistas, enquanto o júri estiver reunido para decidir os ganhadores, haverá um pocket show com a Banda Base do festival, comandada pelo maestro Marcos Farias.

Em virtude das medidas sanitárias voltadas ao combate da covid-19, a presença de público será limitada a 50% da capacidade do teatro, mas a premiação também poderá ser acompanhada pelas redes sociais da Rádio Nacional.

Histórico

Foi no ano de 2009 que ocorreu a primeira edição de Festival de Música Nacional FM, consolidando várias iniciativas de apoio à cultura, aos artistas e à música de Brasília.

Desde então, o evento já foi realizado em auditórios ilustres, como o Teatro do Sesc DF, no Silvio Borgato do Setor Comercial Sul, Teatro Garagem da 913 Sul, CCBB e Cine Brasília. Desde 2015, os shows da final são realizados no Teatro da Caixa Cultural Brasília, parceria importante e já consolidada nessas últimas sete edições.

Chegando agora na sua 13ª edição, o Festival se mantém fiel a sua essência, que é abrir espaços para a execução de músicas de artistas de Brasília na programação da Nacional FM e proporcionar aos finalistas shows de alta qualidade, gravados pela TV Brasil para exibição em sua programação especial de fim de ano.

(Fonte: Agência Brasil)

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) vai apresentar hoje (26), no Green Rio, na Marina da Glória, o projeto Consolidação de Programas de Alimentação Escolar na América Latina e no Caribe, uma iniciativa de cooperação técnica internacional com o governo brasileiro que trabalha para fortalecer as políticas de alimentação escolar na região.

Os programas de alimentação escolar atendem a cerca de 85 milhões de estudantes na América Latina e no Caribe. Além de melhorar a qualidade da alimentação das crianças, a iniciativa fortalece a cadeia de agricultura familiar local, uma vez que incentiva os países a adquirir alimentos dos pequenos agricultores por meio de compras públicas.
Para a coordenadora do projeto, Najla Veloso, a alimentação escolar é uma estratégia de enfrentamento do sobrepeso e da obesidade e representa a possibilidade de educar para uma nova cultura alimentar. “Esse painel promoverá também a reflexão sobre as ações em andamento e as necessárias mudanças nessa política para a transformação dos sistemas alimentares”.

Segundo a FAO, a região é a mais cara para se alimentar de forma saudável, sendo uma realidade inalcançável para 113 milhões de pessoas.A falta de acesso a dietas saudáveis e a baixa qualidade da alimentação trazem impactos negativos e elevam a probabilidade de deficiências, aumentando o sobrepeso e a obesidade, assim como doenças crônicas não transmissíveis.

Importante evento para consolidar o Brasil como um país estratégico no cenário da bioeconomia mundial, o Green Rio está de volta presencialmente à Marina da Glória, no Rio de Janeiro, hoje (26) e amanhã (27) e também terá transmissão on-line, possibilitando a todos os interessados acompanhar os debates do evento.

O Green Rio teve sua primeira edição em 2012, quando foi um evento paralelo da Conferência Rio+20. Ao longo desses oito anos, o evento se firmou como plataforma de negócios sustentáveis que reúne expositores, palestrantes e representantes da economia verde e do setor orgânico. Este ano, o Green Rio tem atividades presenciais e transmissões on-line.

(Fonte: Agência Brasil)

Apoio para pernas e pé, auxílio para leitura, sala de fácil acesso, mesa para cadeira de rodas, prova superampliada, prova em Língua Brasileira de Sinais (Libras), prova em braile e uso do nome social. Esses são alguns dos recursos oferecidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para que o exame seja mais acessível e inclusivo. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Enem impresso oferece, atualmente, 16 recursos de acessibilidade e, o Enem digital, seis.

Os recursos são voltados para atender estudantes com baixa visão, cegueira, deficit de atenção, deficiência física, deficiência intelectual, deficiência auditiva, discalculia, dislexia, surdez, surdocegueira, transtorno do espectro autista e visão monocular. Podem também solicitar atendimento especializado as candidatas gestantes e lactantes e os participantes idosos. Alguns desses participantes podem inclusive contar com correção especial da redação, que levará em consideração as singularidades do candidato.

É preciso estar atento aos prazos previstos no edital do Enem para fazer as solicitações e fornecer os documentos necessários. Nesta edição, o Inep não divulgou quantos foram os estudantes que solicitaram atendimentos especializados ou o uso do nome social. Ao todo, 3,1 milhões de candidatos se inscreveram para as provas que começaram a ser aplicadas no último dia 21 e continuam neste domingo (28). 

Alice Marina Mendes, 21 anos, está entre os inscritos para fazer as provas em Libras. Este foi o primeiro Enem dela. “Achei muito bom, quando eu leio em português às vezes não consigo entender, pois português é muito profundo, principalmente texto longo. Então, explicar em Libras é mais claro”, diz. 

Como outros estudantes surdos, Alice tem Libras como primeira língua. “A maioria dos surdos não entende português, por isso é necessário colocar a prova em Libras, que é a língua deles e a minha. Ouvintes têm a língua deles, que é o português. A nossa é Libras”, explica. A vídeoprova em Libras é uma demanda antiga. Ela passou a ser aplicada em 2017. A partir de 2018, as provas já aplicadas passaram a ser disponibilizadas no portal do Inep para, assim, os participantes poderem estudar as questões e conferir os gabaritos, como ocorre com a aplicação regular.

Com o exame mais inclusivo, surge também a demanda por preparos específicos voltados para cada tipo de necessidade especial. Foi a falta de material de estudos voltados para estudantes surdos que fez com que Bruna Wendhausem Enne fundasse o Sinaliza Enem, curso on-line de preparo para o Enem em Libras. 

“A prova em Libras é muito importante para os surdos. Além da língua, a prova adaptada tem algumas questões, por exemplo, que têm a ver com música, com microfone, alto falante, coisa que esses estudantes não têm acesso no cotidiano deles. Ela não é só traduzida, é pensada para os surdos”, diz. 

Bruna explica que, assim como o português, Libras tem regionalismos. O cursinho preocupa-se, então, em mostrar para os alunos os diferentes sinais usados nas diversas partes do Brasil para que eles possam estar preparados no dia do exame.

O cursinho, que foi criado em 2020, ajudou no preparo de três candidatos aprovados no ensino superior com o último Enem. Para Bruna, a inclusão desses estudantes trará, também, transformações para as universidades. “A gente percebe o primeiro surdo que entra, a universidade está completamente desesperada, chega a ligar para ele para confirmar a matrícula. Depois, isso muda. Quando outros entram, já tem um grupo para recebê-los”. 

Tempo adicional

Ottis Dominique Medeiros Vör Tonons é autista e tem transtorno do deficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Esta é a segunda vez que faz o Enem. Ele tem direito a recursos como tempo adicional de prova, auxílio para leitura e auxílio para transcrição. Em 2018, fez essas solicitações. “A pessoa leu a prova toda para mim - tem a opção de ler só quando precisar ou ler tudo. Fiquei em uma sala separada, eu poderia andar pela sala também. Uma pessoa lê, e outra transcreve”, conta.

Este ano, Tonons acabou perdendo o prazo de solicitação dos recursos e acabou fazendo a prova regular. “A prova em si foi muito ruim, principalmente por ter algumas questões que têm como opção ironia e eu não saber onde ela está, sabe? Essas pegadinhas, ironias, me atrapalham. Tinha apenas 17 pessoas na sala comigo. O ventilador fazia um som horrível”, diz. 

São mudanças que fariam toda a diferença e que permitiriam que ele demonstrasse de fato os conhecimentos que tem. “Eu chutei 15 questões que tinham o enunciado muito grande e foquei nas questões pequenas, me forçando a ler, pensar e responder em um minuto as outras 30. No cartão resposta, literalmente ficou faltando marcar a questão 90. Ficou bagunçado pra mim este ano”.

Melhorias

Apesar dos avanços na acessibilidade, ainda há o que pode ser melhorado no Enem. No caso dos participantes surdos, uma das melhorias citadas por Bruna é que as plataformas de inscrição no Enem e nos programas que utilizam as notas da prova, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ainda não disponibilizam versão em Libras. “Eles ainda têm dificuldade com isso”, alerta.

Outro recurso disponibilizado pelo Enem é o uso do nome social. O tratamento pelo nome social é destinado ao participante que se identifica e quer ser reconhecido socialmente em consonância com sua identidade de gênero, como os participantes transexuais, travestis ou transgêneros. 

Tonons está também entre esses candidatos. “Para mim, [o nome social] é importante não só pelo conforto de se sentir certo em um lugar, mas também a segurança que isso dá na hora da prova. Pode parecer que é besteira, porque só é chamado o nome uma vez [durante a aplicação do Enem], mas não é. Para quem não tem o documento retificado, isso pode causar desconforto, a sensação de "lembrar quem era antes" ou até de perder um tempo durante a prova, lembrando da situação incômoda de ouvir um nome que de fato não é seu e ter de atender por ele”, diz. 

Tonons conta que, em 2018, não conseguiu usar o nome social na prova. Segundo ele, o pedido poderia ser mais simples. O participante deveria poder solicitar como quer ser chamado e a conferência se daria pelo CPF, nome da mãe, sobrenome. De acordo com o edital do Enem, atualmente, é preciso enviar uma foto recente nítida, além de documento de identificação oficial com foto, válido. 

Enem 2021

O Enem começou a ser aplicado no último dia 21 e continua neste domingo (28), quando os estudantes farão as provas de matemática e de ciência da natureza. 

O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.

Questões do Enem

Para testar os conhecimentos, os estudantes podem acessar, gratuitamente, o Questões Enem, banco que reúne todas as questões do Enem de 2009 a 2020. No sistema da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. Confira aqui mais detalhes da cobertura da EBC do Enem 2021. 

(Fonte: Agência Brasil)

Nada de filme hollywoodiano ou ficção científica. Uma missão da Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, será lançada, na madrugada desta quarta-feira (24), rumo a um asteroide no espaço.

É a Dart (Missão de Teste de Redirecionamento de Asteroide Binário, na sigla em inglês), que tem o objetivo de avaliar se é possível mudar o curso de um desses corpos celestes com o impacto de uma espaçonave.

Com cerca de 620 quilos (kg) e 19 metros (m) de diâmetro, a nave será lançada em um foguete da Space X, o Falcon 9, direto da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia.

Segundo a Nasa, o alvo da missão é o asteroide Dimorphos, que faz parte do sistema duplo e orbita um maior batizado de Didymos.

A missão conta com a colaboração da Agência Espacial Europeia (ESA), que ajudará no trabalho de rastreio e contato com a espaçonave.

De acordo com a Nasa e com a ESA, as rochas espaciais não são uma ameaça para a Terra, mas os testes são significativos para futuras ações com asteroides.

A Dart deve atingir Dimorphos em 2022 – um choque que deve alterar, ligeiramente, a rota e formar uma cratera, o que deve ser captado por telescópios terrestres.

Em 2024, outra missão da ESA seguirá rumo aos meteoros para fazer a coleta de dados e avaliar o impacto nas rochas.

(Fonte: Agência Brasil)

Vizinho ao Cais do Valongo, na Gamboa, região central do Rio de Janeiro, o Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab) foi inaugurado nesta terça-feira (23). O espaço é um dos 15 pontos de memória que compõem a Pequena África, na região portuária, e fica localizado no Centro Cultural José Bonifácio.

O museu foi criado em 2017, por meio de decreto, mas nunca tinha sido aberto ao público. Na época, o Muhcab foi idealizado para ser um braço do centro que ainda será criado para catalogar o acervo arqueológico encontrado naquela região.

Foi definido como um museu de tipologia híbrida: museu de território, museu a céu aberto, museu de responsabilidade social e museu histórico. Está situado na Pequena África, região com papel fundamental no resgate, na preservação e revitalização da memória afro-brasileira e que tem como marco zero o Cais do Valongo.

No espaço, o público poderá conferir algumas das obras do acervo, que reúne, aproximadamente, 2,5 mil itens, entre pinturas, esculturas e fotografias, além de trabalhos de artistas plásticos contemporâneos. Por ser um museu de território, as edificações e os elementos urbanos também são catalogados como acervo.

A atual gestão da Secretaria Municipal de Cultura executou a limpeza e o restauro das calhas para impedir vazamentos. As peças passaram por higienização, algumas também por pequenos restauros ou ganharam uma nova moldura.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que participou da inauguração, disse que foi feito um grande investimento para que o prédio funcione como uma espécie de farol que, com o Instituto dos Pretos Novos e o Cais do Valongo, possa chamar a atenção para a cultura do povo negro na formação da história da capital fluminense. “E que assim, num futuro não tão distante, possamos construir uma sociedade mais justa e mais igual”, completou o prefeito.

Segundo o diretor do Museu, Leandro Santanna, além da visitação, o público poderá fazer oficinas de teatro e percussão. “Nossa exposição de reabertura, Protagonismo, Memórias, Orgulho e Identidade, revela fragmentos da potência de um povo que construiu este Brasil lutando contra os olhares enviesados”, destacou.

Em maio deste ano, o Muhcab ganhou seu site, fruto de uma cooperação internacional da Prefeitura do Rio com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), por meio da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o projeto Territórios Negros.

Fundado, em 1877, pelo imperador Pedro II como a primeira escola pública da América Latina, o Centro Cultural José Bonifácio faz parte do Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana. O palacete foi restaurado em 2013.

O Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira fica na Rua Pedro Ernesto, 80, Gamboa, e funciona de quinta a sábado, das 10h às 16h, com entrada gratuita.

(Fonte: Agência Brasil)

Uma das maiores promessas do esporte maranhense, a jovem nadadora Sofia Duailibe, de apenas 11 anos, teve um desempenho espetacular no Campeonato Cearense Mirim/Petiz de Natação e no Campeonato Cearense de Maratonas Aquáticas – V Festival de Águas Abertas, realizados nos dias 20 e 21 de novembro, em Fortaleza (CE). Mostrando o seu alto nível de competição, a atleta da Apcef, que conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, e do Banco da Amazônia, venceu todas as provas que disputou na capital cearense e aumentou sua coleção de títulos.

Na disputa do Cearense Mirim/Petiz, Sofia Duailibe conquistou quatro medalhas de ouro, levando a melhor nas provas dos 50m borboleta, 50m livre, 200m e 400m livre. Além disso, a nadadora maranhense foi campeã das categorias Petiz 1 e Geral Feminino na prova dos 800m no Cearense de Maratonas Aquáticas.

O grande feito de Sofia Duailibe nas competições em Fortaleza ocorreu poucos dias após a jovem atleta da Apcef se destacar no I Torneio de Esportes em Tuntum (MA), onde foi campeã da categoria Petiz e ficou na terceira colocação na disputa geral dos 1.500m feminino nas provas da maratona aquática. Também neste mês de novembro, a nadadora maranhense faturou medalhas nas três provas que disputou no Troféu Jesus Motta de Natação Mirim/Petiz, competição estadual realizada na Escola Nina, em São Luís, levando o ouro nos 100m costas e 400m livre, além de ficar com a prata na prova dos 100m livre.

Recentemente, Sofia Duailibe já havia ido muito bem em competições regionais. Em agosto, no Festival CBDA Norte-Nordeste de Natação Mirim/Petiz – Troféu Pedro Nicolas, em Boa Vista (RR), a nadadora maranhense conquistou oito medalhas, sendo três pratas e cinco bronzes. Em outubro, subiu ao pódio nas provas dos 100m, 200m e 400m livre do Norte-Nordeste de Clubes Mirim/Petiz – Troféu Kako Caminha, realizado na cidade de Maceió.

Campeã em águas abertas

Vale lembrar que a temporada 2021 tem sido muito especial para a nadadora maranhense. Em setembro, Sofia sagrou-se campeã do Norte/Nordeste de Águas Abertas – Troféu Walter Figueiredo Silva, competição realizada em São Luís. A atleta da Apcef dominou a prova dos 750m para terminar na primeira colocação na categoria Petiz.

Em agosto, no Circuito de Maratona Aquática Mirim/Petiz, realizado em Roraima, Sofia foi vice-campeã na prova dos 800m. Ainda este ano, Sofia foi campeã do tradicional Desafio do Cassó de maratona aquática na prova dos 1.650m. Ela também foi ouro na Copinha Brasil de Maratonas Aquáticas nas categorias 400m e 800m. Na primeira etapa do Circuito de Maratonas Aquáticas Elite, venceu a prova dos 1.500m e, na primeira etapa do Circuito de Maratonas Aquáticas, foi ouro na prova dos 250m (Petiz 1) e campeã geral Mirim/Petiz.

A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pelo Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e pelo Banco da Amazônia. Ela ainda conta com os apoios da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef) e da Escola Portal do Saber. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)